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Escrito por José Joaquim

Certamente a Conmebol não estudou a situação financeira e a herança maldita deixada pelos governos anteriores do Brasil, quando estabeleceu os valores dos ingressos da Copa América acima da realidade nacional.

O IBGE publicou dados do ano de 2017, mostrando que 21,5  mil empresas fecharam suas portas nesse ano, mesmo com o país saindo da recessão.

Segundo o levantamento, o país perdeu 363.125 empresas em relação ao patamar do período pós-recessão em 2013. No mesmo período, foram extintos 3,227 milhões de empregos. A recuperação será lenta e gradual.

Por outro lado a previsão do PIB nacional para 2019 é de um pequeno crescimento de no máximo 1%, mostrando de forma clara que a situação econômica ainda continua no fundo do poço.

E o que o futebol tem com esses fatos? É uma pergunta que poderia ser feita por nossos visitantes.

Na verdade, a resposta é bem simples, pois o esporte hoje é um negócio do setor de entretenimento e faz parte da economia brasileira, dependendo de uma aceleração para o seu crescimento, e realizar maiores investimentos.

Um crescimento como esse irá resvalar nos fluxos de caixa dos clubes, e como consequência imediata na sua capacidade de gastar.

Um bom exemplo vem das dificuldades encontradas para a contratação de patrocínios, e isso já vem acontecendo nos últimos tempos, quando as empresas certamente terão que conter os seus gastos para sobreviverem, refletindo nas suas participações no futebol.

Quando um número como esse é anunciado, se forma uma equação, cujo resultado final também chega ao esporte. Com a economia lenta, o primeiro segmento afetado é a mão de obra.

As oportunidades diminuem, os salários caem por conta da demanda que se sobrepõe a oferta, e com isso o consumo é afetado, pois torna-se seletivo, e diminui as lucratividades das empresas, que por sua vez realinham os seus orçamentos, inclusive nos investimentos nos esportes. Tal fato afeta também a bilheteria dos jogos.

Em momentos como esse, existe a necessidade de uma gestão racional e planejada, para evitar que a farra dos últimos anos possa continuar, e com um controle de gastos para atender as necessidades reais e globais das agremiações.

Um clube tem que ser pensado a longo prazo, e certamente os dirigentes terão que aprender que a estrutura do futebol tem que ser melhorada, de forma profissional, sob o comando de pessoas que tenha uma visão macro do que acontece em seu entorno sobretudo na sua economia, que é a mola mestra do desenvolvimento.

Para os esportes e em especial o futebol, o momento será o de se gastar bem e de forma correta, evitando as insanidades cometidas pelos cartolas que só pensam no presente e esquecem do futuro, que pelo menos nos próximos dois anos no Brasil a situação ainda será de dificuldades.

Todo cuidado é pouco.

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