A teoria do equilíbrio competitivo é um dos pontos mais importantes para a evolução de um time de futebol, que é aplicada nos grandes clubes europeus, e tem como base a distribuição de receitas, que hoje é um dos maiores gargalos para a evolução do futebol no Brasil.
Essa teoria é utilizada nos Estados Unidos através de suas grandes Ligas, vem dando certo, pois todas estão entre as maiores do mundo, ou seja algo que tem que ser copiado.
A teoria do equilíbrio competitivo tem como base de sua estrutura um estudo que mostrou que o interesse dos espectadores e, portanto a renda gerada, são proporcionais à incerteza dos resultados, e essa incerteza é bem maior quanto mais igualdade houver entre os times concorrentes.
Uma teoria simples e racional, e quando observamos os resultados do futebol brasileiro, verificamos o quanto estamos distantes de que isso possa acontecer, desde que a concentração de receitas não permite que algo de novo apareça, os personagens continuam os mesmos e nunca em sua história foi tão previsível.
Não se pode entender que vários clubes com potencial não sejam fortalecidos, criando assim mais emoções nas competições, e com isso a maximização da renda.
Existe uma mentalidade perversa entre nossos principais clubes, com o apoio da detentora dos direitos de transmissão, que desejam ganhar tudo, mesmo com a morte de times que poderiam dar uma boa contribuição ao sistema, por terem boa estrutura, demanda e capacidade de competição mais linear.
O beisebol, basquete, hóquei sobre o gelo, o futebol americano e o futebol que é chamado de soccer, nos Estados Unidos, aplicam a teoria do equilíbrio competitivo, e o próprio futebol europeu já vem sentido esse reflexo, quando começou a adotar um sistema mais correto de distribuição de receitas, não o socialista norte-americano, mais um meio termo, dando condições maiores aos seus clubes de menor porte.
Enquanto isso, no futebol brasileiro, os cartolas sequer ouviram falar dessa teoria, e continuaram na sua marcha autofágica de destruição do futebol.
Na realidade nunca leram o livro ¨A Bola não entra por acaso¨, da autoria de Ferran Soriano, ex-CEO do Barcelona e hoje do City, que fez uma citação a tal teoria, e que nos motivou a estuda-la.