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Escrito por José Joaquim

Lemos no dia de ontem uma noticia sobre a audiência do Programa Linha de Passe, da ESPN-Brasil, na última quarta-feira no pós jogos da Libertadores. Segundo o colunista essa foi o dobro da segunda colocada.

Tal fato demonstra que aqueles que acompanham o futebol, acolhem programas com maior qualidade.

Há  muito tempo que vem acontecendo a queda latente do jornalismo esportivo brasileiro, e um programa como o Linha de Passe é algo fora da curva.  

Aquelas mesas redondas de épocas anteriores deram seus lugares a programas que não tem nenhuma responsabilidade jornalística. A Rede Globo não promove nenhum programa de debate, a não ser em ocasiões especiais. Fica a cargo da TV fechada ligada ao grupo Globo, o Sport TV, fazê-lo, mas são encenações no sistema feijão com arroz, sem o menor comprometimento.

O Linha de Passe destacado, tem um bom conteúdo, e é um dos últimos sobrevivente de um jornalismo que está em coma numa UTI. Podemos até não gostar de alguns dos seus participantes, mas existe uma isenção nas suas análises.

Além disso, a Globo, depois sendo seguida pelas outras emissoras, adotaram a contração de convidados no lugar de jornalistas. Tanto na TV aberta como na fechada, os jogos transmitidos tem um ex-jogador fazendo comentários. Vendem audiência, mesmo falando do nada para o nada.

Cansamos de baixar o som da nossa televisão, por não suportarmos comentários sobre uma partida, tão diferentes de sua realidade.

Nada temos contra a participação desses convidados, desde que no meio aparece algumas boas cabeças, mas são poucas no contexto geral. Um Juninho Pernambucano quando estava comentando era um bom exemplo, mas se tornou uma agulha no palheiro.

Não sabemos para que servem as escolas de jornalismo que existem pelo Brasil afora. Estão preparando o que? Para atuarem em que e aonde? Os lugares estão sendo ocupados por aqueles que chamamos de mídia ilusória.

Lemos há muito tempo um artigo da jornalista Bianca Garcia sobre o jornalismo brasileiro, em que ela afirma: ¨Precisamos de algo mais inteligente. De uma televisão mais inteligente. De uma mídia que seja motor de transformação social e não uma fórmula eficaz de alienação¨.

Infelizmente isso está acontecendo no futebol nacional, e com a gravidade de existirem no meio bons profissionais que não estão sendo aproveitados.

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