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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A ÚLTIMA BALA DO SANTA CRUZ

* O Santa Cruz terá nesse sábado um encontro que deveria ser chamado de ¨A última bala na Série C do Brasileiro¨.

O time coral irá jogar como visitante em Natal contra o ABC com a necessidade de ganhar, desde que após esse jogo teremos apenas quatro rodadas a serem cumpridas para o final da competição, e as distancias estão sendo alargadas.

O tricolor soma 17 pontos, na 7ª colocação, enquanto o alvinegro de Natal está na zona da degola, no 9º lugar com 10, e para escapar não pode sequer empatar.

Nos últimos cinco jogos, o time do ABC somou 6 pontos, com uma vitória, três empates e uma derrota, um aproveitamento de 40%, enquanto o Santa Cruz somou com esse mesmo número de jogos 4 pontos, aproveitamento de 26%.

O time do Arruda completou quatro rodadas sem uma vitória, e com 3 derrotas e um empate. Uma campanha pífia para quem deseja um algo mais.

Um jogo difícil por conta da necessidade do rival, que está lutando para fugir da Caetana.

NOTA 2- UMA VITÓRIA IMPORTANTE PARA O NÁUTICO 

* Um gramado alagado, por conta das chuvas que estão caindo em nossa cidade, o Náutico com um segundo tempo de muita vontade derrotou o Confiança por 3x1.

As dificuldades foram grandes por conta do gramado que dificultava as jogadas, e a única maneira era a bola aérea.

Aos 18 minutos na cobrança de um escanteio, o Confiança abriu o placar. O time alvirrubro não jogava bem, desde que não tinha se adaptado ao alagado. Em uma jogada individual de Thiago aos 38 minutos empatou a partida.

Na segunda etapa o Náutico passou a jogar de acordo com o figurino, e contou com o gol do desempate aos cinco minutos. O jogo ficou paralisado por cerca de 8 minutos por falta de ambulância que foi atender um torcedor.

Uma partida como essa deveria ter pelo menos duas ambulâncias.

O Confiança tentou reagir, mas o Timbu jogando com  muita vontade, segurou os ataques do adversário e aos 38 minutos fechou o placar de 3x1.

Com essa vitória o alvirrubro assumiu a vice-liderança, e aumentou as suas chances para a classificação, e que certamente irá acontecer. Só uma tragédia poderá tirar-lhe da segunda fase.

NOTA 3- ENFIM O SPORT JOGOU COMO UM TIME DE SÉRIE B 

* Apesar do apito amigo que marcou um pênalti Mandrake favorável ao Sport, que determinou a sua vitória por 1x0 frente ao Paraná, o rubro-negro fez a sua melhor partida na competição.

No primeiro tempo não permitiu que o time paranista jogasse, com uma marcação correta, fazendo pressão no campo do adversário. Deu certo, desde que as chances de gol foram raras.

Na segunda fase para segurar o placar errou ao recuar dando espaço ao time adversário para procurar o empate, mas como esse estava desesperado não conseguia finalizar de forma correta.

Como já tínhamos afirmado em uma postagem, um jogo de Segunda Divisão é diferente. Requer entrega, vontade e sobretudo união do grupo com um só objetivo, a vitória e isso realmente aconteceu na Vila Capanema.

O Leão mais uma vez dormiu no G4, podendo ser superado pelo Londrina e Ponte Preta, mas pelo menos o time deu um alento ao seu torcedor, acabando com a empatite que tinha assolado na Ilha do Retiro.

Os rubro-negros agradeceram ao apito amigo. 

NOTA 4- UM MODELO ATABALHOADO DE GESTÃO

* Já cansamos de repetir que o futebol brasileiro é surreal, onde de tudo por acontecer.

A gestão do Santos faz parte do Sanatório Geral, e o que acontece nos seus intramuros são fatos grotescos.

Ontem tomamos conhecimento de uma critica pública feita por Jorge Sampaoli, técnico santista, aos procedimentos da diretoria do clube, que para esse cometeu um erro gravíssimo ao negociar a renovação do zagueiro Gustavo Henrique.

¨Foi um erro gravíssimo não renovar até o último momento com jogador tão importante. Tem crescimento enorme. Não decido, mas a história do Santos será bem diferente quando houver planejamento¨, afirmou.

O zagueiro tem contrato com o Santos até 31 de janeiro de 2020. Ou seja, a partir do fim de junho estará livre para assinar com qualquer outro clube de graça. A situação ainda não foi resolvida e parece estar longe de um desfecho. O técnico tem razão.

Outro problema que afetou Jorge Sampaoli foi o da contratação de Paulo Autuori como diretor de futebol. Não foi consultado, e o Santos tomou a decisão. Embora tenha dito que o respeitava, ficou chocado com a diretoria do clube por não ter falado, e não dizer o motivo.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 5- A REGULARIDADE NOS PONTOS CORRIDOS

* Um dos fatôres mais importantes no sistema de pontos corridos é sem duvida a regularidade dos clubes.

Vitórias salteadas prejudicam a classificação na tabela, desde que não se pode ganhar hoje, para voltar a ganhar só um tempo depois.

Nesse período aqueles com melhor regularidade disparam.

Procedemos com uma análise em diversas rodadas da Série A em alguns anos, e observamos que a partir da adoção dos três pontos, as vitórias em sequência empurram uma equipe para cima, e por conta disso o aspecto negativo de uma derrota ou de um empate é absorvido sem alterações.

A regularidade é a alma de uma boa competição para os clubes, e deve fazer parte dos seus projetos.

NOTA 6- A DANÇA DA CADEIRA NA SÉRIE C

* O Ferroviário que liderou o Grupo A da Série C por sete rodadas, estagnou e vem de uma série seguida de três derrotas, que deixaram o time com o sinal de alerta. Só não estar pior porque tinha uma boa gordura, mas as suas chances de classificação caíram muito.

Na última quinta-feira foi derrotado pelo Sampaio Correa, que deu origem a dança das cadeiras com a demissão de Leandro Campos.

O Ferrão já contratou o seu substituto, Marcelo Veiga, que era técnico do Bragantino antes da fusão com o Red Bulls.

Essa será a segunda passagem de Veiga pelo Ferrão na função de técnico, desde que já vestiu a sua camisa como jogador, entre 1987 e 1989. No seu currículo tem dois acessos pelo time de Bragança, em 2018 e 2007.

O que aconteceu com o Ferroviário é algo difícil de ser explicado. O time tinha mais de 90% de chances de passar para a segunda fase, e caiu para 58% em pouco tempo.

São coisas do futebol que ceifou mais uma cabeça.   

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