* O Santos quando joga é um verdadeiro bálsamo para quem gosta do bom futebol. Não vamos discutir se o time da Baixada Santista será campeão ou não. Na verdade isso é o que menos interessa, e sim aquilo que hoje esse representa para um esporte que tem pouca qualidade nos dias atuais.
Sob o comando de Jorge Sampaoli que sem duvida é um treinador do mais alto nível, o Santos tem propiciado os momentos que estavam fazendo falta em nossos gramados.
O 6x1 no Goiás, e cinco gols de atletas diferentes, mostra o modelo de intensidade, buscando sempre a rede adversária, e com uma troca de passes que encantam.
Há um bom tempo que não víamos um time brasileiro mostrar um futebol como se fosse uma orquestra sinfônica bem afinada.
A equipe santista completou nesse encontro sete vitórias seguidas, 32 pontos em 39 disputados, com um magnífico aproveitamento de 82%.
Se continuar nessa marcha, o que não é provável, poderá chegar ao final da competição com 94 pontos, no nível de um Manchester City.
A matinal de ontem foi sem duvida um bálsamo para todos nós que gostamos de um bom futebol.
NOTA 2- SEM PÚBLICO E COM POUCOS GOLS
* A 14ª rodada da Série B ficou marcada pela ausência de público e com poucos gols.
Nos 10 jogos que foram realizados, o número total de pagantes foi de 43.692, com uma média pífia de 4.369 torcedores por jogo.
As redes balançaram por 15 vezes, com 1,50 gols por partida.
Mais uma vez os empates dominaram uma rodada, 5 no total, contra três vitórias de mandantes e duas dos visitantes.
Três 0x0 e dois 1x1.
No cômputo geral, em 140 jogos, tivemos 59 vitórias dos mandantes, 37 dos visitantes e 44 empates. A empatite é muito grande.
O placar de 1x1 aconteceu por 22 vezes.
O público no total é de 714.239, com uma média bem fraca de 5.102 torcedores por jogo.
A classificação está embolada até o 11º colocado. A cada rodada o elevador sobe e desce.
As probabilidades de chances de acesso mostram realmente como a situação está bem equilibrada.
O Bragantino que tinha chegado aos 70%, caiu para 65%, seguido por:
Atlético-GO- 49,2%,
Londrina- 45,3%,
Coritiba- 38,4%,
Botafogo- 33,6%,
Paraná- 33,0%,
SPORT-30,0%,
Cuiabá, 19,0%,
Ponte Preta-
16,0% e,
Figueirense- 12,9%.
Um desafio para os estudiosos. A cada rodada encerrada os números são modificados, e até o favoritismo do Bragantino foi afetado.
NOTA 3- O NÁUTICO NÃO PODE COCHILAR
* A 15ª rodada da Série C será encerrada na noite de hoje com dois jogos. O Náutico na cidade de Ceará Mirim enfrentará o Globo, e o Ferroviário receberá em casa o ABC.
Dois encontros importantes para esses dois times que objetivam a garantia de suas classificações.
O primeiro clube do Grupo A a atingir os 30 pontos, o número ideal para a classificação de forma antecipada foi o Sampaio Correa com a vitória sobre o Treze por 2x0.
Por sua vez o Botafogo-PB voltou a respirar ao derrotar o Confiança por 2x0, retomando a 6ª posição, empurrando o Santa Cruz de volta ao sétimo lugar. O Imperatriz permaneceu na 5ª colocação. Todos com os mesmos 21 pontos.
O alvirrubro não pode cochilar nesse jogo de hoje, principalmente por conta do adversário que ainda está na luta contra a Caetana.
O Náutico é o vice-líder do seu Grupo, com 24 pontos, enquanto o Globo é o 8º colocado com 13.
Nos últimos cinco jogos (15 pontos) o time dos Aflitos somou 10 pontos (66%), enquanto a equipe do Ceará Mirim obteve apenas 4 (33,3%).
A única vantagem que o Globo leva é o mando de campo, mas pelas performances de ambos, o Náutico tem tudo para somar mais três pontos que o deixarão bem perto da segunda fase da competição.
NOTA 4- A GOLEADA DO BAHIA NO FLAMENGO
* O Bahia teve menos posse de bola mas foi cirúrgico nos seus chutes ao gol do Flamengo, e o atropelando pelo placar de 3x0.
O tricolor foi perfeito no seu modo de jogar, ao aproveitar a falta de organização do time do rubro-negro da Gávea, e as falhas gritantes de sua defesa.
Com uma estreia discreta de Filipe Luiz, o técnico Jorge de Jesus perdeu para a estratégia montada por Roger Machado. Com o placar de 1x0 o tricolor manteve a pressão, que criou condições para a lambança do goleiro Diego Alves que entregou a bola nos pés de Gilberto que marcou o seu segundo gol.
Na realidade o Bahia fez três gols que estavam bem rascunhados na prancheta de técnico da equipe baiana. Dentro do campo deu certo.
Uma vitória insofismável, e que mostrou um certo esgotamento dos jogadores do time da Gávea.
Na verdade, o elenco rubro-negro pode ser milionário, mas a bola de alguns profissionais está longe dos seus salários.
No outro jogo da tarde, o Botafogo finalmente ganhou uma partida, derrotando o time do Avaí por 2x0, piorando a situação da equipe catarinense que está na lanterna sem uma única vitória.
O terceiro time carioca, Vasco da Gama, jogou no período noturno em Cariacica-ES, e numa autêntica pelada, empatou em 0x0 com o time do CSA.
Até as luminárias do estádio sofreram um apagão como protesto por conta de um jogo de péssima qualidade.
NOTA 5- UM DERBI INSOSSO
* O chamado Derbi paulista faz parte apenas do passado, desde que nos dias de hoje tornou-se um confronto insosso, com o que vimos na noite de ontem em Itaquera.
Para que se tenha uma ideia da realidade desse jogo, no primeiro tempo tivemos apenas 24 minutos de bola rolando. Somente nas cobranças de faltas foram consumidos 13 minutos.
Foi um período faltoso, e com um jogo fraco e sem qualidade. Apesar disso o retrancado Corinthians que só teve 28% de posse de bola abriu o placar.
No início da segunda fase, de cabeça, Felipe Melo empatou a partida.
Aconteceram alguns chutes ao gol corintiano com boas defesas de Cassio.
Depois que assistimos os jogos do Santos e do Bahia, tivemos de aguentar uma partida irritante, lenta, e com uma sucessão de erros. O número de faltas foi exagerado, e embora a bola tenha corrido mais do que na primeira etapa, no final do jogo foram apenas 50 minutos com essa rolando.
Um festival de chutões, de bolas aéreas, e que retratou a cara do atual futebol brasileiro.
Em Belo Horizonte, o Cruzeiro continuou na zona da degola com uma derrota por 2x0 para o Atlético-MG. O time celeste está despedaçado.
Mano Menezes entregou o seu cargo, mas a diretoria do clube não aceitou. Devem ser masoquistas.
No final desses jogos, o Santos agradeceu penhoradamente os seus resultados.