Apenas 5% dos clubes brasileiros são saudáveis financeiramente. Os balanços do final do exercício mostram essa realidade, e que nos levam a um estudo mais aprofundado sobre as causas que provocam tais efeitos, a fim de que possamos pelo menos mostrarmos um bom caminho para esses, para que um dia sejam verdes em suas contas.
Em qualquer economia o mercado exige a regulação, sendo esse o grande problema do futebol nacional, que é muito desordenado e não segue padrões adequados.
A UEFA, responsável pelos grandes campeonatos europeus, exige a disciplina de seus filiados, estabelecendo critérios para que esses possam disputar as suas competições. Clubes que acumularem altos prejuízos, acima de teto de 45 milhões de euros, serão excluídos, investimentos feitos pelos magnatas que estão tomando conta do futebol do Velho Continente, e que fujam das fontes tradicionais de receitas são proibidos.
Na realidade o modelo adotado pela entidade do futebol europeu não é novidade, desde que é aplicado nas principais Ligas dos Estados Unidos, e a maior delas, a NFL, do futebol americano, é sem duvidas a mais preocupada com o espetáculo.
O sistema aplicado por essa Liga, é o melhor de todos que existem no mundo. Começa com a preocupação dos contratos com a televisão que é feito em conjunto, e todos os times recebem partes iguais.
O retorno se dá com o equilíbrio da competição, e com a participação de todos entre as 50 marcas esportivas mais valiosas do mundo. Raros são os clubes que apresentam prejuízos, e 98% dos ingressos são vendidos.
Trata-se realmente de uma prova inequívoca de que o esporte é um grande negócio, mas tem que ser bem administrado para tal.
O grande feito dessa medida é de se evitar o domínio absoluto de quem tem mais poder econômico, como acontece no Brasil, quando alguns clubes ganham duas vezes ou três vezes mais do que os concorrentes em uma mesma competição, e que leva sem duvidas ao seu desequilíbrio, quando poderia ser uma das melhores do mundo, mas que passa ao largo das grandes ligas mundiais.
Aplicando-se uma regulação na moda capitalista, o futebol brasileiro poderá ser salvo dos amadores de plantão que ainda insistem em dirigi-lo.
O resto é conversa fiada jogada fora, e todos com pires nas mãos.