Paulo Nobre quando presidente do Palmeiras foi o responsável pela recuperação financeira do clube, criando as condições necessárias para o seu crescimento.
Adotou algo moderno no item salarial, com um novo sistema no setor de futebol do clube. Embora esse seja altamente eficiente e tenha dado certo, alguns clubes o criticaram e acharam que estava fora da realidade.
A produtividade implantada é algo que as empresas já utilizam por muito tempo, quando os funcionários possuem salários compatíveis com a realidade, e ganham bônus pelo que apresentarem durante o ano, e que é retratado nos seus balanços.
Já postamos vários artigos sobre a insanidade salarial do futebol brasileiro, e os resultados que tal fato trouxe para as suas finanças, e uma fórmula como essa é sem duvidas o início de uma revolução no setor.
Não existem motivos para um clube pagar salários estratosféricos a um jogador, como também para um treinador, quando no final da temporada os resultados foram pífios, sem conquistas, ou maiores participações.
Um desperdício de dinheiro, e sobretudo um alto investimento sem retorno, e isso na economia é um sinal de prejuízo.
Nesse processo o jogador faz um contrato com um salário fixo, e a cada degrau superior que o clube vai subindo nos torneios, os bônus serão pagos, desde que as receitas melhoram e os lucros entram em seus cofres.
O profissional irá atuar nos mais diversos torneios, sabendo que no final se produzirem bem, seus bolsos serão recheados, na proporção da colocação do seu clube.
Obvio que da parte dos contratados sempre existirá uma reação, mas se observarem a realidade que mostra os atrasos salariais de uma boa quantidade de clubes que vivem na fórmula Vampeta, ou seja a agremiação finge que paga os salários, e esses fingem que jogam, é uma vida de fingimento, com salários altos apenas no papel.
O certo nas mãos é bem melhor do que o incerto no ar.
Estudamos o futebol nacional por um largo tempo, e consideramos tal modelo como um facho de luz no final de um corredor escuro, quando o clube poderá viver com seus recursos orçamentários, sem atrasos salariais, desde que os fixos estão garantidos pelas receitas.
Esse seria o primeiro passo para o fair play financeiro do futebol brasileiro, que é o de se gastar menos do que se arrecada.