Ao lermos alguns jornais da Europa tomamos conhecimento de algo bem interessante com relação aos ganhos dos aplicadores das Bolsas de Valores da Europa, em ações de alguns clubes de futebol.
Tal fato é importante por conta do debate sobre o projeto que está nas comissões da Câmara de Deputados, que abre espaço para que os clubes brasileiros possam optar pelo sistema de SADs.
A atual legislação esportiva brasileira já permite a criação de clubes como empresas, e pouco se fez no setor. Raros são os casos no país.
A cultura esportiva nacional não permitiu que os clubes de maior intensidade no país absorvesse a ideia, que foi resumida apenas a entidades de empresários que adotaram o sistema com uma outra finalidade, a da negociação de jogadores.
No Brasil existem agremiações pertencentes aos empresários, e não o clube-empresa como em alguns países da Europa.
As iniciativas esbarram na paixão amadorista dos dirigentes, que seguem o mesmo roteiro, quando assumem seus clubes, os dirigem de forma pessoal, como se esses lhes pertencessem.
O clube empresa é uma maneira de uma organização de entidades de prática desportiva (clubes), na forma de sociedade empresarial com finalidade esportiva. O nosso modelo é ultrapassado, colonial, que representa o esporte amador do passado, e não o grande negócio da atualidade.
O mais grave é que uma parte dos nossos clubes vive nas mãos dos empresários, e tem ao seu dispor um mecanismo bem importante de captação de recursos limpos, através de investidores em seu capital social, que possibilita a sua alavancagem financeira.
Há anos que estudamos esse tema, e sabemos das dificuldades da implantação da SAD no Brasil, por conta da falta de credibilidade que reina neste esporte, e essa metodologia do jeitinho dificilmente será derrubada.
Já foram criados pelo governo central vários mensalões para ajudar as entidades e tudo continua como dantes.
Enquanto isso, os investidores de alguns clubes europeus terminam o ano com bons lucros em suas aplicações.
No Brasil ou vendem-se os novos talentos, ou morrem de fome. Isso é uma cultura nefasta, enraizada em um país que luta para se livrar do chicote das senzalas e que tem a corrupção como mote maior.
Comentários
0#2RE: OS CLUBES EMPRESAS E AS BOLSAS DE VALORES —
PEDRO OLIVEIRA09-09-2019 16:52
JJ: O Botafogo está se preparando para se tornar uma empresa com investidores brasileiros e estrangeiros. Pelo trabalho da Consultoria é a única solução para os seus problemas.
0#1Clubes Empresas no Brasil —
Ival Saldanha09-09-2019 13:30
Caro JJ: Li outro dia que o futebol é chamado de “beautiful game” (“jogo bonito”) pela Fifa e é o maior esporte do mundo em vários aspectos. Um deles é o financeiro. O dinheiro que o esporte movimenta em tantos países diferentes chama a atenção – e não só pelo lado positivo. Os donos bilionários de clubes ao redor do mundo conseguem faturar alto, mesmo com clubes deficitários. A revista americana The Economist criticou duramente o futebol por ser uma “máquina de lavagem de dinheiro e fraude” à disposição de criminosos, muito por causa do pouco interesse das autoridades governamentais e do futebol em combater esse tipo de prática. Essa história dos chamados "Clubes Empresas" caro JJ está me parecendo mesmo com o que diz a Revista: ele tem cara de uma verdadeira máquina de lavar dinheiro. Como você mesmo afirma no seu comentário, num pais que tem a corrupção como mote maior, tudo é possível. Um abração -IS/
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Li outro dia que o futebol é chamado de “beautiful game” (“jogo bonito”) pela Fifa e é o maior esporte do mundo em vários aspectos. Um deles é o financeiro. O dinheiro que o esporte movimenta em tantos países diferentes chama a atenção – e não só pelo lado positivo. Os donos bilionários de clubes ao redor do mundo conseguem faturar alto, mesmo com clubes deficitários. A revista americana The Economist criticou duramente o futebol por ser uma “máquina de lavagem de dinheiro e fraude” à disposição de criminosos, muito por causa do pouco interesse das autoridades governamentais e do futebol em combater esse tipo de prática. Essa história dos chamados "Clubes Empresas" caro JJ está me parecendo mesmo com o que diz a Revista: ele tem cara de uma verdadeira máquina de lavar dinheiro. Como você mesmo afirma no seu comentário, num pais que tem a corrupção como mote maior, tudo é possível. Um abração -IS/
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