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Escrito por José Joaquim

A Globo fez a sua pesquisa própria para dimensionar o número dos torcedores dos clubes que disputam a Série A, por conta das cotas dos direitos de transmissão. Os seus resultados, como as que são realizadas pelos diversos Institutos não são confiáveis, desde que não existe nenhuma condição de que Flamengo e Corinthians tenham juntos quase 60 milhões de torcedores.

Tais números aparecem por conta da metodologia utilizada, quando os percentuais são aplicados no total da população brasileira, e isso fere a realidade, que é bem outra.

Dos 210 milhões de habitantes previstos pelo IBGE para 2019, existe uma faixa de 0 a 15 anos que não é pesquisada, estimada em 15%, que deveria ser descontado do total. Além disso existe um percentual de 23% de pessoas que não gostam de futebol, restando 131 milhões de habitantes que acompanham o futebol.

Os percentuais deveriam ser aplicados à esse número, e os clubes teriam a realidade.

São quatro as opções para aqueles que gostam do futebol: Fanático, Torcedor, Simpatizante ou Indiferente

Uma antiga pesquisa da Pluri Consultoria sobre esse tema, constatou que 12% dos brasileiros dos que gostam do futebol se definem como fanáticos, 53% se enxergam como torcedores, 17% se classificam como simpatizantes, e 18% como indiferentes.

Os fanáticos acompanham o seu clube independente de sua situação, onde ele estiver, qualquer que seja o campeonato ou divisão.

Os torcedores frequentam os estádios, dão preferência aos jogos mais importantes, e as assiduidades estão paralelas com as campanhas, embora sejam na maioria associados e consumidores dos produtos dos seus clubes.

Os simpatizantes, e o nome está bem claro, tem a simpatia, mas não a paixão. Não assistem aos jogos, pouco se preocupam com os seus resultados. Não amam, gostam.

Os indiferentes são aqueles da corrente do tanto faz, tanto fez. Esses não tem nada a ver com nada. Podem até simpatizar com um clube, mas sem as emoções. Mudam de casa, por conta das noticias das mídias.

Quanto aos descompromissados, esses sem duvida não gostam do futebol, preferem outras formas de lazer, e não contribuem para o esporte.

De acordo com essa composição, os estádios sempre oscilam em suas ocupações. Em jogos de menor expressão a maioria que ocupa os assentos são os fanáticos, com uma pequena participação de torcedores. Naqueles de maior porte esses ficam lotados, desde que a junção fanáticos + torcedores fazem com que isso aconteça.

Fanático + Torcedor= Casa lotada.

O Flamengo é um exemplo.

Simpatizante serve apenas para inflar os percentuais de torcedores, mas pouco influenciam na vida das agremiações.

Essa é a realidade do futebol brasileiro.

Comentários   

0 #1 REFERENTE AO SEU ARTIGO "TORCEDOR OU SIMPATIZANTE?" -IS/Ival Saldanha 15-09-2019 12:27
Torcedor ou simpatizante Caro JJ? Nem um, nem outro caro JJ. A pesquisa talvez tenha esquecido o chamado "Torcedor do Sofá". Estes não são fanáticos, nem simpatizantes, nem tão pouco indiferentes. Hoje, são apenas considerados sensatos torcedores do esporte bretão. São aqueles que já cansaram de ir aos estádios em um tempo quando se praticava o bom futebol, mesmo sem o VAR, e hoje ficam quentinhos, tranquilos e confortavelmente sentados em frente de um moderno aparelho de TV de 52 polegadas em um confortável sofá na hora de apoiar o time do coração e que sempre são criticados tantos pelos torcedores fanáticos, simpatizantes ou mesmo indiferentes que pegam chuva, frio, não tem transporte coletivo descente, paga caro e leva borrachada da polícia, que ainda costumam tirar onda com aqueles que ficam em casa, quentinhos, em frente ao sofá na hora de apoiar o time do coração, e são por vezes tachados de que nada entendem de futebol porque não vão à campo. Mero engano! Normalmente os chamados "torcedores do sofá" como eu, já viram Pelé, Rivelino, Bita, Ramon, Nunes, Luciano, Ronaldo Fenômeno jogarem. Cito apenas estes para não ir muito longe. Estes os considerados torcedores do sofá, como eu atualmente caro JJ, sofrem tanto ou ainda mais que aqueles que gastam dinheiro para comprar ingressos caros e, vez ou outra, voltam para casa com as cabeças inchadas por causa das derrotas de seus clubes muitas vezes de madrugada quando o jogo é à noite. Sofrem porque sempre há uma decepção com a qualidade técnica do jogo, com raras exceções. A diferença é que após o jogo, o torcedor do sofá esquece a "pelada" na tela Global, bebe o seu suquinho de laranja geladinho, entra no chuveiro e toma uma aconchegante ducha. E o melhor caro JJ, não faz parte de pesquisa alguma, enquanto os "fanáticos ou simpatizantes" continuam nos metrôs da vida se engalfiando e respondendo perguntas de Institutos de Pesquisas.
Ival Saldanha. Um abração.
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