* Aconteceu uma queda bem acentuada no público da 25ª rodada da Série A.
Nos 10 jogos realizados o total de pagantes foi de 163.175, com uma média por jogo de 16.318. Para quem vinha mantendo-a acima dos 20 mil, certamente foi uma queda brusca.
O número de gols foi grotesco, com apenas 16 redes vazadas, cm uma média de 1,60 para cada jogo. Óbvio que isso representa o modelo retrancado do nosso futebol.
Novamente os mandantes tiveram mais vitórias, no total de 6. Os visitantes e os empates somaram cada um 2 vitórias.
O Flamengo continuou na liderança com a mesma diferença para o Palmeiras, vice-líder, de 8 pontos.
Faltando 39 pontos a serem disputados em 13 rodadas, basta para o time da Gávea somar mais 18, ou seja seis vitórias, para garantir o troféu.
O campeão dessa competição é um fato consumado, e a briga será pelas vagas na Copa Libertadores, e principalmente contra a foice da Caetana.
Quatro clubes lutam para não receber como presente as duas vagas restantes na ZR, desde que a Chapecoense (97,1%) e Avaí (96,8%) já estão praticamente degolados.
Restaram outros quatro times: Fortaleza (23,2%) Ceará (38,3%), CSA (44,2%) e Cruzeiro (73,4%).
Haja sofrimento.
NOTA 2- AS DIFICULDADES DOS TIMES QUE ACESSAM À SERIE A
* Dos quatro clubes que tiveram o acesso em 2018, apenas o Goiás está situado numa boa posição (9º), com 36 pontos, 11 a mais do CSA, o primeiro da zona da degola.
O Avaí que subiu na temporada passada está na boca do inferno na 19ª posição com 17 pontos, o time alagoano também está próximo da foice da Caetana. Hoje está na zona perigosa na 17ª colocação com 25 pontos.
O Fortaleza, terceiro clube oriundo da Serie B, está na 15ª colocação com 28 pontos, distando de 2 para o primeiro da ZR.
Se o Cruzeiro escapar do perigo, o que achamos bem difícil, teremos uma luta entre três clubes, incluindo-se o Ceará (16ª) para sobrar apena um.
Na verdade as diferenças entre as Séries A e B são profundas e repercutem no acesso, desde que os valores das cotas da televisão são reduzidos e que não comportam gastos maiores na formação dos elencos, e o resultado final é esse que estamos presenciando.
Trata-se de uma luta injusta de uma jangada contra um navio de grande calado.
Para que se tenha uma ideia desse buraco, a folha salarial do time alagoano é seis vezes menor do que a do Flamengo, que é o líder na tabela de classificação.
NOTA 3- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS NA SÉRIE A
* Vinte e cinco rodadas, com 23 técnicos dançado. Essa é cara desse espetacular futebol brasileiro que tem mais técnicos demitidos do que as bolas nas redes.
O Brasil é recordista mundial de troca de comando nos clubes, quase com um por rodada. Sem duvida uma zorra total.
A bola da vez foi o técnico Rodrigo Santana do Atlético-MG, que não suportou a goleada do Grêmio (4x1) no último domingo, e ouviu a música parar e ao procurar a sua cadeira essa tinha desaparecido.
Em uma postagem anterior mostramos que o profissional estava com os dias contados, desde que seria impossível o Atlético-MG absorver apenas duas vitórias nas últimas 11 rodadas.
A demissão foi realizada nos vestiários no pós jogo.
Rodrigo Santana comandou a equipe no total de 41 partidas, com 18 vitórias, 6 empates e 16 derrotas. O time anotou 50 gols e levou 49.
O Galo foi rápido e contratou um novo técnico, Vagner Mancini, que representa o seis pelo meia dúzia.
O alvinegro mineiro está na 11ª posição, com seis pontos de diferença para a zona da Caetana, ou seja se cochilar estará brigando na boca do inferno.
NOTA 4- TITE DESFALCA OS TIMES E POUCO UTILIZA OS ATLETAS
* Flamengo e Grêmio que irão disputar o segundo jogo de uma das semifinais da Copa Libertadores, cederam quatro atletas dos oito convocados que atuam no Brasil para o passeio à Singapura. Foram dois de cada um.
O jogador mais utilizado foi Daniel Alves que jogou as duas partidas completas. Os demais assistiram os jogos no banco de reservas e quando entraram no gramado foi por pouco tempo.
Um levantamento da ESPN-Brasil mostrou o tempo de jogo de cada um:
Daniel Alves (São Paulo): 180 minutos (90+90),
Everton (Grêmio): 76 minutos (31+45),
Matheus Henrique (Grêmio): 76 minutos (31+45),
Gabigol (Flamengo): 28 minutos (0+28),
Weverton (Palmeiras): 0 minutos,
Santos (Athletico-PR): 0 minutos,
Marcinho (Botafogo): 0 minutos e,
Rodrigo Caio (Flamengo): O minutos.
Tínhamos uma convicção de que os jogos amistosos serviriam para analisar os novos convocados, mas no caso de Tite ele os levam para que possam brincar de bobinho.
São coisas do Circo do Futebol.
NOTA 5- O CIRCO QUER COBRAR DE EMISSORAS DE RÁDIO POR DIREITOS DE TRANSMISSÃO
* Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, após o jogo contra o Grêmio no último sábado, na Arena Itaquera, em uma entrevista questionou de forma bem aberta a presença de muitos veículos de comunicação na cobertura dos jogos.
O cartola corintiano deu visibilidade ao que deseja o Circo há muito tempo, ou seja a cobrança nas rádios pelos direitos de transmissão das partidas.
Os valores ainda não foram colocados em discussão, mas a ideia é cobrar não apenas das emissoras de rádio tradicionais, mas também de webrádios, portais, blogs.
Para o vice-presidente do Circo do Futebol, Francisco Novelletto, os clubes precisam de dinheiro. Os valores seriam pagos a entidade que os repassariam para os clubes.
¨É o tal negócio: quem tem competência fica. Lá em São Paulo, existem 50, 60 pessoas participando de uma entrevista, e a maioria não tem compromisso com o que diz. Se a TV paga, por que os demais veículos não podem pagar?- questionou o cartola do Circo.
A ideia será ampliada aos estados nos campeonatos estaduais.
Vamos e venhamos isso está cheirando a uma conspiração para a implantação de um cartel dos mais poderosos para a dominação do rádio, como acontece com a televisão.
Com Andrés Sanchez no meio, não temos a menor duvida de que tem uma vaca no poste.
A importância do rádio no futebol é incomensurável, e nenhum espertalhão poderá meter as mãos.
O futebol começou a ser divulgado pelo rádio, que fomentou as torcidas dos clubes brasileiros.
NOTA 6- A SUBURBANA E A SÉRIE B NACONAL
* A Suburbana faz o melhor campeonato de várzea do país. Uma Liga que promove uma competição há muitos anos e com uma boa divulgação em Curitiba.
Nos lembramos dessa Liga por conta dos três jogos que foram realizados na noite de ontem pela Série B Nacional.
Verdadeiras peladas.
O Sport aproveitou-se bem de duas oportunidades dadas pelo Cuiabá e fez o placar de 2x0, que deu-lhe mais três pontos que serão úteis na reta de chegada.
O rubro-negro está perto do photochart.
O jogo foi muito fraco, com maior posse de bola do time do Mato Grosso, com o Leão mais uma vez mostrando-se desorganizado, sem formação tática e com os mesmos erros de sempre. Uma autêntica pelada.
Em Campinas, o Botafogo-SP reacendeu a sua chama ao derrotar o Guarani por 2x0. A única coisa boa desse jogo foi quando o árbitro apitou o seu final.
No terceiro jogo, o Atlético-GO jogando mais uma vez em casa contra a Ponte Preta não saiu do lugar, com um empate de 0x0. Uma partida sem sal, e chata de ser assistida.
Se a competição tivesse ainda mais jogos, certamente o rubro-negro goiano estaria numa péssima situação. Completou quatro jogos sem vitória. Para a Macaca o resultado foi negativo, desde que o tempo está correndo e essa não sai do lugar na tabela.
Na noite de hoje a festa continua.
A Série B desse ano foi a pior de sua história.
No meio da mediocridade escapou apenas o Bragantino.
Comentários
0#2RE: NOTAS AVULSAS —
ANTONIO CORREIA15-10-2019 11:55
JJ: NOTA 5- O rádio é o veículo que mais ajuda o futebol. Divulga a vida dos clubes o dia todo, e deixa o torcedor sabendo das noticias relacionadas aos seus times. Não cobram nada. Ao contrário da televisão qualquer um pode ouvi-lo onde estiver, inclusive no carro. A CBF não faz nada sem ter algo de volta, e o amigo foi feliz quando afirmou que trata-se de algo ligado ao monopólio como acontece na televisão.
Você observou bem uma coisa grave ontem: o time do Cuiabá permaneceu mais tempo com a bola do que o Sport. Para mim, isso é um fato não apenas gravíssimo, mas vergonhoso. Quando foi na história da Ilha do Retiro que o Sport permitiu que os times adversários ficassem com a posse de bola por mais tempo? E não foi apenas nesse jogo. Em outros jogos disputados na Ilha do Retiro ou na Arena Pernambuco, o Sport abre o placar e depois entrega a bola ao adversário para poder jogar nos contra-ataques. É por isso que o Sport empatou muitos jogos jogando no Recife. É um time de mentalidade pequena; que faz um gol e se retranca com medo de levar um gol de contra-ataque. É um time que faz muitas faltas perto da área, dando inúmeras oportunidades de o adversário fazer gols em bolas paradas. Por sinal, o Sport só não levou um gol de bola parada por sorte, pois devem ter ocorrido uns 15 escanteios a favor do Cuiabá e umas 10 faltas próximas à área do Sport, cujo o resultado são bolas alçadas com enorme perigo. Por sinal, o jogo de ontem mostrou o grave defeito da marcação do Sport em bolas paradas: os zagueiros e volantes do Sport param de correr na metade do caminho, deixando os jogadores adversários livres para cabecear a bola em direção à meta. Quando é que irão corrigir isso? Quando é que os jogadores do Sport correrão mais do que os adversários nas bolas paradas defensivas? Quando é que os jogadores do Sport tomarão à frente para impedir o avanço do adversário em direção à bola? Será que ninguém na diretoria tem coragem de editar um vídeo mostrando essas falhas nas bolas paradas para entregar a Guto Ferreira? Será que teremos que perder uma, duas ou três partidas dessa forma para corrigirem esse erro grave? Por fim, algumas observações sobre os jogadores. João Igor, embora não tenha feito um grande jogo, deixou o meio campo mais rápido na saída de bola, pois William Farias prende muito a bola. Hernani não fez um grande jogo, mas teve participação nos 2 gols. No primeiro, quando fez um corta-luz para deixar Sander "na cara do gol". E no segundo, quando deu uma assistência para Marquinho chutar a gol e a bola sobrar para Pedro Carmona apenas completar para o gol. Por sinal, a sorte está do lado do Sport, pois Pedro Carmona fez um primeiro tempo tão ruim quanto o que Marquinho havia feito no jogo contra o São Bento, mas, curiosamente, também foi "premiado" com um gol. Dessa vez, Marquinho jogou melhor, visto que criou algumas jogadas pela ponta direita e deu assistências para Hernani. Rafael Thyere tem de parar que achar que é Gerson "o canhotinha de ouro" para ficar fazendo lançamentos de 50 ou 60 metros. Na verdade, o que ele está fazendo é apenas "ligação direta" que não resulta em nada, pois nem Hernani e nem Guilherme conseguem ganhar as bolas aéreas. O Sport entregou umas 10 bolas de graça nessas tentativas de ligação direta com Rafael Thyere. Por fim, acho que o melhor em campo foi Sander, principalmente pela garra demonstrada durante todo o jogo. Por falar nisso, a diretoria do Sport já deveria conversar com ele para renovar o contrato, pois times da Série A já devem estar de olho nele. E o Sport não vai achar outro lateral tão aguerrido e regular no mercado.
Comentários
Para mim, isso é um fato não apenas gravíssimo, mas vergonhoso.
Quando foi na história da Ilha do Retiro que o Sport permitiu que os times adversários ficassem com a posse de bola por mais tempo?
E não foi apenas nesse jogo. Em outros jogos disputados na Ilha do Retiro ou na Arena Pernambuco, o Sport abre o placar e depois entrega a bola ao adversário para poder jogar nos contra-ataques. É por isso que o Sport empatou muitos jogos jogando no Recife.
É um time de mentalidade pequena; que faz um gol e se retranca com medo de levar um gol de contra-ataque.
É um time que faz muitas faltas perto da área, dando inúmeras oportunidades de o adversário fazer gols em bolas paradas.
Por sinal, o Sport só não levou um gol de bola parada por sorte, pois devem ter ocorrido uns 15 escanteios a favor do Cuiabá e umas 10 faltas próximas à área do Sport, cujo o resultado são bolas alçadas com enorme perigo.
Por sinal, o jogo de ontem mostrou o grave defeito da marcação do Sport em bolas paradas: os zagueiros e volantes do Sport param de correr na metade do caminho, deixando os jogadores adversários livres para cabecear a bola em direção à meta.
Quando é que irão corrigir isso? Quando é que os jogadores do Sport correrão mais do que os adversários nas bolas paradas defensivas? Quando é que os jogadores do Sport tomarão à frente para impedir o avanço do adversário em direção à bola?
Será que ninguém na diretoria tem coragem de editar um vídeo mostrando essas falhas nas bolas paradas para entregar a Guto Ferreira?
Será que teremos que perder uma, duas ou três partidas dessa forma para corrigirem esse erro grave?
Por fim, algumas observações sobre os jogadores.
João Igor, embora não tenha feito um grande jogo, deixou o meio campo mais rápido na saída de bola, pois William Farias prende muito a bola.
Hernani não fez um grande jogo, mas teve participação nos 2 gols. No primeiro, quando fez um corta-luz para deixar Sander "na cara do gol". E no segundo, quando deu uma assistência para Marquinho chutar a gol e a bola sobrar para Pedro Carmona apenas completar para o gol.
Por sinal, a sorte está do lado do Sport, pois Pedro Carmona fez um primeiro tempo tão ruim quanto o que Marquinho havia feito no jogo contra o São Bento, mas, curiosamente, também foi "premiado" com um gol.
Dessa vez, Marquinho jogou melhor, visto que criou algumas jogadas pela ponta direita e deu assistências para Hernani.
Rafael Thyere tem de parar que achar que é Gerson "o canhotinha de ouro" para ficar fazendo lançamentos de 50 ou 60 metros. Na verdade, o que ele está fazendo é apenas "ligação direta" que não resulta em nada, pois nem Hernani e nem Guilherme conseguem ganhar as bolas aéreas.
O Sport entregou umas 10 bolas de graça nessas tentativas de ligação direta com Rafael Thyere.
Por fim, acho que o melhor em campo foi Sander, principalmente pela garra demonstrada durante todo o jogo.
Por falar nisso, a diretoria do Sport já deveria conversar com ele para renovar o contrato, pois times da Série A já devem estar de olho nele. E o Sport não vai achar outro lateral tão aguerrido e regular no mercado.
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