Existem alguns segmentos que não perceberam a transformação do mundo, que de redondo tornou-se plano. Esqueceram de avisa-los e o futebol é um desses.
A globalização que tomou conta do planeta Terra é tão grande, que um cidadão solicita dos Estados Unidos uma prestação de serviços pelo ¨call center¨, e está sendo atendido na Índia ou no Paquistão. No Brasil somos atendidos por outros estados.
Os jogos que são realizados na Europa repercutem em todo o mundo. As grandes Ligas americanas são tão assistidas como os campeonatos locais. Grandes eventos são acompanhados por milhões de pessoas.
A Premier League por conta da presença de Gabriel Jesus, incrementou o índice de audiência da ESPN-Brasil em 35%. Ontem foi outro recorde, embora o brasileiro tenha atuado apenas 13 minutos, tendo sido substituído por motivo de contusão.
O futebol do nosso país não assimilou tais mudanças, permanecendo em seu mundo interno como numa reserva de mercado, e hoje sente o abalo dessa concorrência.
Na verdade esse esporte ficou para torcedores acomodados, que não reagem aos fatos, e que para esses uma simples contratação, um joguinho aqui, outro acolá, com vitórias dos seus times, representam o máximo que almejam, embora os seus clubes muitas vezes estejam na beira do abismo.
Acreditam em Papai Noel, no que a imprensa repercute, do que é dito pelos cartolas.
O atleta do século XXI é globalizado, e tem pouca afinidade com o clube que defende, pois hoje está nesse, como amanhã vestirá a camisa de outro, inclusive de um rival local.
Enquanto o mundo promove competições visando lucros financeiros, o Brasil permanece com o romantismo, os estaduais são exemplos. Ainda não entenderam que esse modelo findou, e hoje quem determina a realidade é o mercado consumidor.
O jogador tornou-se uma mercadoria que é negociada para o mundo global, e numa característica diferenciada por tratar-se de uma profissão que sofre poucas restrições, diferente de outras que enfrentam barreiras no exterior.
No planeta Brasil, esse produto não pertence aos clubes, e sim aos empresários, que lucram com as negociações, enquanto esses se contentam com pequenas fatias.
Os nossos cartolas não enxergaram que o mundo transformou-se, tornou-se plano, ligado pela internet, e não organizaram suas agremiações para atender o novo mercado aberto, continuando no século anterior, ainda na época das cadernetas das vendas dos bairros, e onde a paixão supera os interesses comerciais globais.
O futebol brasileiro tem a demanda estagnada. A população aumentou e o número de torcedores não evoluiu, pelo contrário, reduziu-se, quando os que não gostam do futebol já representam quase 29% da população acima de 16 anos. Cansaram e partiram para outras formas de lazer.
A globalização afetou também na parte interna, em especial na concentração de renda, que se localizou em determinadas regiões, aumentando o abismo que separa os clubes, que sentiram o impacto quando perderam o poder de competição.
A rotação do eixo mudou, mas no Brasil ainda continua no antigo, rodando do nada para o nada, com dirigentes, torcedores e mídias desfocados e alienados com relação a tais mudanças.
Isso sem dúvida é mais um dos pontos que não foram detectados, com uma grande influência na decadência desse esporte no Brasil.
Esta descrição do Paraíso dos Deuses Murdoch, Abramovitch, Berlusconi e Al-Kelaifi iluminados por Jesus do Anjo Gabriel não tem precedentes na história dos terráqueos astronautas. Os 40 mártires do antigo Califado do Baú da Zurica via Assunção serão reverenciados para sempre no livro sagrado das mil e uma noites. Os três bilhões de amarrados nos pelourinhos da Indía-China para a produção de smart-doidos extrapola qualquer previsão da dupla Donald-Mikey da Disnelândia desvairada. A Deusa Isis dos degoladores de cristãos avança, apesar da expansão das igrejas universais do buraco negro do pedir mais cedo da pastora menina pomba-gira das vassouras ungidas. Aqui na orla de Intermares o desfile fashion dos azuis, vermelhos, galácticos e Barça Lonas atestam este mundo plano maravilhoso dos centuriões lagartixas de Teixerinha. Não tenho palavras para tantas inovações tecnológicas trazidas pelos Pokémons da imbecilização em massa. Peraí que o Zap-Zap tá tocando com a chegada de nove torpedos de propaganda enganosa e promoções das Telekassabs. Um abraço!
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