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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA ZORRA TOTAL

*O bloco Sanatório Geral teve seu último ensaio para o Carnaval Carioca, que foi realizado na sala da Justiça, com uma reunião onde o Juiz concordou em suspender apenas para essa rodada a liminar da torcida única, graças as garantias que foram dadas pelos órgãos de segurança.

De imediato marcaram o clássico entre Flamengo e Vasco, para Resende, e o do Fluminense e Madureira, para Xerém, nos Los Larios, um verdadeiro campo de pelada.

Parecia que tudo estava resolvido, mas a cartolagem esqueceu de consultar a Prefeitura da cidade, que foi a última a saber, que de imediato publicou uma nota vetando a partida.

No inicio da noite após receber todas as garantias permitiu que essa fosse realizada.

Trata-se do retrato de um futebol esculhambado, e a cara de um estado que faliu e foi assaltado por seus governantes.

Apenas uma pergunta: O senhor ou a senhora que mora na cidade do Rio de Janeiro, dariam permissão para que um filho fosse a esse jogo? Lamentável.

NOTA 2- ESTÁDIO OCIOSOS

* Os torcedores estão brincando o Carnaval, e não tomaram conhecimento da Copa do Brasil, que realizou vários jogos da Segunda Fase, com estádios vazios. 

O primeiro foi no período da tarde, com o empate de 0x0 entre Murici e América-MG, que foi decidido nas penalidades, com a vitória do time alagoano por 5x4. 

Nos demais jogos que foram realizados à noite, a Portuguesa foi derrotada pelo Boa Vista (0x2), Criciúma e Altos-PI empataram em 2x2, com o time catarinense vencendo nos pênaltis por 4x3. No Barradão, o Vitória sofreu para ganhar do Bragantino (3x2).

Nas demais partidas foram três goleadas. O Sport com a presença de 2.020 testemunhas goleou o Sete de Setembro de Dourados, um time amador brincando de profissional por 3x0, o Internacional bateu o Oeste por 4x1, e finalmente a maior pancada, do Cruzeiro sobre o São Francisco-PA, outro amador por 6x0.

Nos jogos pela Copa Libertadores, Botafogo e Atlético-PR passaram por seus adversários, e ingressaram na fase de grupos.

O time carioca perdeu por 1x0 no tempo normal, mas venceu nas penalidades por 3x1, com o goleiro Gatito Fernandez, segurando três dos quatro pênaltis batidos pelo Olímpia-PA. Enquanto isso o rubro-negro do Paraná derrotou o Deportivo Cametá-PA por 1x0.

O jogo que será mais comentado pelas mídias será o do Corinthians e Palmeiras, com a vitória do primeiro por 1x0, jogando com 10 jogadores, desde o primeiro tempo, graças ao apito amigo Thiago Duarte, que expulsou Gabriel que tinha cartão amarelo, por uma falta que foi cometida em Keno por Maycon.

Mais uma derrota do milionário paulista. Futebol não é somente dinheiro, é também a vontade de ganhar

NOTA 3- NO  LIVRO DOS RECORDES

* O público do jogo Belo Jardim x Náutico com 758 pagantes pode ser considerado como de casa cheia, se comparado ao que aconteceu nos estaduais alagoano e paraibano. No mesmo domingo foi batido um recorde de menor público, e a seguir a sua quebra.

Os fatos aconteceram na Paraíba, com o jogo Internacional e Cajazeirense, com 10 pagantes, e em Alagoas, no encontro entre Miguelense e Murici, que recebeu apenas um torcedor. Não é piada, vimos o movimento financeiro do jogo e esse é bem claro, apresentando uma arrecadação de R$ 10.

Isso faz parte de algo que tem que ser reexaminado, que são os estaduais, que por conta das Federações ainda persistem nas sobrevivências.

O Campeonato Alagoano é mais um entre diversos que sofrem com a ausência de público, com uma média de 655 torcedores por jogo.

O maior público da competição não chegou a duas mil pessoas. Na contramão da história, na Copa do Nordeste o estado tem uma excelente participação no tocante aos públicos.

Tal fato mostra de forma clara a exigência dos torcedores com a qualidade das competições.

Insistir no erro é de uma burrice patológica. Os dirigentes já deveriam ter estudado uma novo modelo para abrigar os clubes de menor porte, que não disputam as divisões nacionais, e que tem no estadual seus momentos de lazer.

Que futebol é esse?

* Números do site sr.goool 

NOTA 4- UMA CONTROVÉRSIA

* Deixamos para escrever sobre o jogo entre o Manchester City e Mônaco, após lermos e ouvimos alguns comentários sobre o resultado de 5x3 para a equipe inglesa.

Sem dúvida foi o melhor encontro da atual Liga dos Campeões, e os oito gols mostram de forma bem clara que os dois litigantes procuraram o que os torcedores gostam, as redes furadas, que é a essência do futebol.

Muitos analistas criticaram as defesas dos times, e elogiaram os ataques. Nem tudo ao céu, nem tudo ao mar.

Se um clube procura o ataque como arma, certamente a sua defesa fica menos protegida, e com maior números de bolas nas suas redes, e isso aconteceu. 

O ditado que o ataque é melhor defesa, aprendemos com o Santos de Pelé e companhia, que sofria muitos gols, mas tinha a compensação no ataque que fazia em maior quantidade.

Pela primeira vez vimos o City jogar com o padrão Guardiola, principalmente na segunda etapa, quando partiu para o tudo ou nada, encontrando um adversário da mais alta qualidade que joga para ganhar, tendo o melhor ataque do futebol europeu nessa temporada.

Nos 26 jogos do Campeonato Francês marcou 76 gols, e em nenhum momento do jogo, mesmo quando estava à frente do marcador, colocou um ônibus em sua defesa.

O problema dos nossos analistas é que se acostumaram com os brucutus armados até os dentes defendendo as suas defesas, na busca de pelo menos um empate e se possível vencer.

Nesse jogo da terça-feira observamos algo do mais importante para o futebol, com dois clubes no ataque na busca pela vitória.

Assistimos no período noturno, o jogo São Bento e São Paulo, e o sistema adotado por Rogerio Ceni é o da busca da vitória, mesmo levando mais gols do que o normal.

O time saiu vitorioso por 3x2, a torcida ficou satisfeita, mas as mídias criticaram a defesa do seu time.

Se continuar com a formatação que está sendo implantada, Ceni será  sacrificado por tentar mudar o paradigma do futebol brasileiro, que é o de não gostar de gols, que ano a ano vai se tornando uma pornografia.

NOTA 5- OS MILHÕES E OS MILHINHOS DA TV

* As diferenças na aquisição pela TV Globo dos estaduais é algo que assombra. Obvio que o futebol paulista e carioca tem mais demanda, mais chamamento por conta de clubes fortes, e merecem ter cotas mais altas, mas o buraco para outros estados é bem maior do que o Grand Canyon.

Para que se tenha uma ideia da realidade, e que serve para efeito de comparação, relacionamos 10 Estaduais e os valores que foram distribuídos.

SÃO PAULO- R$ 16O Milhões (R$ 18 milhões para cada um dos quatro maiores),RIO DE JANEIRO- R$ 120 milhões (R$ 15 milhões para cada um  dos quatro maiores), MINAS GERAIS- R$ 40 milhões (R$ 12 milhões para cada um dos dois maiores), RIO GRANDE DO SUL- R$ 36 milhões (R$ 12 milhões para cada um dos dois maiores).

A seleção financeira começa com o PARANÁ que teria R$ 6 milhões (R$ 1 milhão para cada um dos dois maiores, que não concordaram). Os restantes R$ 4 milhões foram distribuídos com os demais clubes. Teve até esmola. SANTA CATARINA- R$ 5 milhões, PERNAMBUCO-R$ 4 milhões, BAHIA-R$ 3 milhões, CEARÁ- R$ 2,7 milhões e PARÁ- R$ 2,5 milhões.

Uma licitação seria algo mais produtivo para cada estado. O monopólio é pernicioso e massacra sempre os menores.

NOTA 6- A PREMIER LEAGUE TUPINIQUIM

* A Série B Nacional inovou com relação a distribuição das cotas de televisão, fazendo uma cópia tupiniquim da Premier League, quando os clubes não irão recebe-las pela tradição ou importância no futebol brasileiro, mas levando em conta o desempenho no ano anterior.

Quem acompanha o blog já leu diversos artigos sobre o modelo das cotas da SÉRIE A, quando pregávamos uma melhor distribuição entre os clubes.

Um fato que sempre destacamos estava relacionado aos clubes rebaixados, que saiam de um patamar alto, para um bem abaixo da realidade, causando um desequilíbrio financeiro.

Corrigiram, e aqueles que foram rebaixados terão um bônus pelas suas classificações.

No novo sistema haverá uma nova divisão com 60% divididos de forma igualitária e 40% levando em conta o que aconteceu na temporada passada.

Sem dúvidas um avanço, um pouco diferente do modelo inglês, que divide de forma igual 50% para todos, 25% pela classificação na última temporada (seja na 1ª ou 2ª divisão) e 25% do live fee, que é um quociente determinado por quantas vezes o jogo de cada time é exibido, sendo que todos os clubes começam a temporada com a garantia de 10 jogos.

Uma novidade nesse futebol tão estático e subserviente.

Comentários   

0 #2 A dona do futebol brasileiroAndre Angelo 23-02-2017 17:07
Enquanto a Dona do Futebol brasileiro der as cartas, continuará mantendo seu "apartheid" particular.
Pra variar, prioriza Rio e São Paulo. Depois vem Minas e Rio Grande do Sul, depois vem (pasme) Paraná e Santa Catarina (estados cujos times locais têm menos torcedores do que os nativos que torcem para times de São Paulo) e somente depois vem o Nordeste e o Pará.
E ainda tem nordestino que abre a boca para defender a Rede Globo. Depois não sabem porque um time do Norte-Nordeste jamais ganha um campeonato brasileiro. Me poupem!
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0 #1 Série BancarrotãoBeto Castro 23-02-2017 12:46
O escriba só esqueceu de dizer que os discriminados do planeta bancarrota, todos somados, não dão a cota do Internacional das Doze Tribos da Assádia Xaudita.
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