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Escrito por José Joaquim

Eric Hobsbawm, um dos maiores pensadores do mundo, já falecido, nos deixou um legado de vários livros sobre as diversas eras que a sociedade mundial contemplou.

Esqueceu de duas que estão sendo observadas no Brasil no mesmo período, a da Imbecilidade e da Chatice. Sem uma maior pretensão, aos poucos vamos formatando um bom material sobre esses dois temas.

Perguntamos aos nossos visitantes se existe nada mais chato, ao entrar em um restaurante observar uma mesa repleta, sem conversas, e os comensais com seus equipamentos eletrônicos trocando mensagens. O mais grotesco, é que muitas vezes essas são entre esses.

Nada mais chato foi a orientação dada no Carnaval para não tocarem músicas que fazem parte da cultura brasileira, como o Teu Cabelo Não Nega, Cabeleira de Zezé, por serem segundo os politicamente corretos, preconceituosas.

Maior chatice é não podermos mais chamar um amigo de ¨Negão¨, porque isso poderia ser passível de uma denúncia por crimes de racismo. Quantos ¨negões¨ conviveram conosco e nunca sentiram-se ultrajados. Existia igualdade, respeito e afetividade na sociedade.

Os musculosos das academias são numerosos. Pensam com os músculos e esquecem aquilo que tem na cabeça, os seus cérebros. Nada mais chato.

Na vida politica, no período eleitoral os candidatos são fabricados pelos marqueteiros, que fazem uma maquiagem, transformando-os em figuras que prometem uma cavalgada com o cavalo de São Jorge. São eleitos e ficam cavalgando com o dinheiro público. Esse contexto faz parte da Era da Chatice.

Obvio que o futebol não poderia escapar, pelo contrário produz um maior número de chatices por metro quadrado. 

Nada mais chato hoje do que assistir um jogo realizado no Brasil. Nada de novo, times ruins sendo apresentados como bons, os atletas medianos vendidos como craques, as táticas pragmáticas, 1x0 é uma verdadeira goleada, bolas alçadas, recordes de faltas e de pouco tempo de bola correndo.

E os narradores e comentaristas, que veem um jogo que não vimos. Ou eles estão em outro mundo, ou somos nós os chatos por não entender.

Nada mais chato é ir a um jogo de futebol e não encontrar torcedores, e sim um pequeno grupo de testemunhas.

O Carnaval não poderia ficar fora da Era da Chatice, e tem o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro como o maior símbolo.

Todos os anos uma mesmice, as mesmas caras, e com as celebridades pagando para aparecer nas mídias.

Essa é a nossa Era da Chatice, movida a dinheiro, onde nos compram ou nos vendem se sequer sabermos. A internet dominou e dita as regras, e hoje é o porta voz de tudo que acontece. O jornalismo virou da UOL.

O tema da chatice é tão longo que poderíamos escrever um livro, mas não o fazemos, porque vivemos em um país em que qualquer um lança uma edição no mercado, e passa a ser chamado de escritor, constituindo mais um capitulo dessa Era da Chatice.

Comentários   

0 #4 RE: A ERA DA CHATICEPAULO CORDEIRO 01-03-2017 17:24
JJ: O amigo salva aqueles que gostam de esportes. São artigos com qualidade e que motivam um bom debate. Por acaso ouvi um comentário hoje em um programa esportivo, que deixou bem claro que a chatice impregnou o nosso jornalismo.
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0 #3 RE: A ERA DA CHATICECLAITON LIMA-RJ 01-03-2017 14:33
JJ: Sugiro mais um fato para entrar na Era da Chatice. Os narradores e comentaristas dos desfiles das Escolas de Samba. São nota 10 ao inverso.
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0 #2 RE: A ERA DA CHATICEANTONIO CORREIA 01-03-2017 10:44
JJ: Coloque na sua lista da Chatice a entrega do Oscar do cinema. Nem os Estados Unidos que tem um chato como presidente não suporta mais, com uma queda na audiência, a maior de sua história.
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0 #1 Tu ainda não vistes nadaBeto Castro 01-03-2017 10:25
Estes dias recebi a visita de um filho, uma nora e uma neta que moram em outro Estado e nos juntamos numa grande confraria para cumprir os compromissos do feriado comprido. A família que era de quatro se transformou em sete, sendo eu e mais sete zap-zaps. Até a minha mulher aderiu à conversa através das máquinas de fazer doidos e áliens. Em determinado momento estávamos todos na sala e eu tentando uma conversa interativa comezinha ao vivo e falando sozinho para seis autistas zap-zaps. Foi simplesmente terrível. Me despedi da nave dos olhos revirados e sucumbi diante da falta de atenção dos robôs da era pós-moderna e na impossibilidade de comunicação humana me recolhi ao meu quarto, macambúzio. Após o golpe do Califado unitário que pretende levar à falência as unidades federativas e substituir os governadores por títeres sultões interventores do tucanato do pó, da merenda, dos trens, da serragem e pelos novos barões de água de botijão, a situação piorou sobremaneira e a Nação da República Federativa encontra-se violentamente ameaçada pela contratação de 8000 novos guardas nacionais pelo comitê dos gangsteres do Presídio Supremo. As baratas tontas a serviço da bandeira do Crescente Minguante falam abertamente na extinção de todas instituições republicanas e federativas, das federações esportivas, das polícias estaduais e de tudo que lembre uma República. Certamente, um dos primeiros alvos da quadrilha que tomou conta da Brasíria Temerária é a extinção da justiça federal, da PF e outros tribunais que perseguem as gangues aboletadas dos Patos Amarelos, dos midiáticos velhacos e dos propineiros pixulecomatosos do superfaturamento, das placas e das obras paralisadas. Com os beijoqueiros do axérsantejo e do sertãofrevo todos ocupados e correndo atrás do Galo Gigante, dos bonecos ocos e das fantasias dos espizinhadores de asfalto das alas da ficção, não sabemos o que acontecerá com os pagadores de dízimos, coxinhas, mortadelas, bolsonaros amotinados e terceirizados intermitentes. Sabe-se apenas que os recebedores de bolsa preguiça e os velhinhos aposentados empacotadores dos Hipermercados formarão as alas dos zumbis mortos vivos do manicômio judiciário. A situação ficará dramática com a liberação das milícias cobradoras de pedágios, dinamitadores de caixas eletrônicas e a alforria em massa dos moradores do Xeirapóquistão que serão todos soltos para incremento do consumo e desafogo dos campos de extermínio. Os canalhas, canalhas, canalhas como chama o Requião serão todos proibidos de pensar, tendo em vista que já aderiram ao comando único da Padilha do Califa via zap-zap. A era da chatice e da imbecilidade dará lugar à era final das APPs do Camelódromo Monopolista, da Banda Podre do Careca do Macaco Simão, do Baú pela metade, do cabaré do zoiudo e das mesquitas dos mesquinhos de Salomão e Valdomiro. Baixe já o seu pisca-pisca com um bônus de 50 giga-cacetadas e ainda com direito a um isolador quadri-core e a cinco botijões de água privatizada da grife engarrafada do Meirelles Golden Fine Digital. Tou é construindo um bote inflável no meu estaleiro sem conteúdo local. Vai te prá lá com este mundo maluco de Napoleões Bonapartes, Führers, Trumphinhas e Aitolás Kome Meninas.
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