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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro ficou mal acostumado com as cotas de televisão, que terminou se tornando a sua tábua de salvação.

Os cartolas não tem a capacidade de discutir sobre a ausência de público nos estádios, o impacto que acontece na economia do futebol, e continuam vivendo na Ilha da Fantasia.

O torcedor é a alma de um clube. Compra os ingressos para os jogos, produtos licenciados, em boa parte são associados com pagamentos mensais.

Um palco de jogo vazio é como uma missa sem fiéis, quando o padre perde a motivação, no caso do futebol são os atletas. 

Um estádio lotado tem um alto índice de vendas de produtos alimentares, e de bebidas, e dos produtos dos clubes.

Muitas vezes as receitas da parte comercial representam em alguns casos, valores iguais ou maiores do que as rendas liquidas de bilheterias que sofrem algumas vezes mais de 40% de descontos.

São milhões que deixam de entrar nos cofres das agremiações.

Quanto maior o público, maior será a receita em todos os segmentos, inclusive na venda de ingressos. 

Para que se tenha uma ideia do tamanho do futebol em nosso país, o público pagante na temporada de 2016 foi de 5.760.085, com uma média por jogo de 15.188, e uma receita bruta de R$ 203.832.200,28. Os estádios tiveram uma ociosidade de 60%.

Enquanto isso, a Bundesliga, a Liga maior do futebol alemão, com menos jogos desde que o campeonato tem 18 clubes, teve um público de 13 milhões de torcedores, uma receita bruta de 528 milhões de euros (R$ 1.7 bilhões). A média de público por jogo foi de 42,2 mil.

Por outro lado a população brasileira é de aproximadamente 203 milhões de habitantes, enquanto a da Alemanha é de 82 milhões.

Na verdade um efeito comparação com os números mostram a pobreza de nosso futebol, e o crescimento de um país, que chegou no fundo do poço, mas que teve a competência de aproveitar o legado da Copa do Mundo de 2006, para transformar-se em uma potencia do futebol mundial.

Para levar público aos estádios torna-se necessário uma boa gestão no comando do futebol, algo que não temos, e como os clubes são acomodados preferem viver a sua vida da maneira como está, sem maiores esperanças para o futuro.  

O Circo não tem a mínima credibilidade e isso afeta o torcedor.

Não existe saída para esse esporte no país, a não ser a criação de uma Liga Profissional, sob o comando de pessoas sérias e sobretudo competentes, para que possam formular um projeto que a ociosidade nos estádios seja reduzida, e com isso o aumento de todas as receitas atinentes a um jogo de futebol. O atual modelo esgotou-se.

Essa é uma solução, mas temos a convicção que nunca irá acontecer, desde que o Brasil tornou-se um país sem futuro, depois do assalto que sofreu por muitos anos, levando consigo o futebol.

Comentários   

0 #1 Fique FrioBeto Castro 01-03-2017 11:00
Fique frio meu caro J, que tudo está sendo encaminhado para a abolição das liberdades fundamentais pelo técnico Morozinho e a conexão com o Tucanato dos Alquimistas. Até o monstro da Serra Elétrica já foi liberado da sua prisão na Bolívia Acreana para auxiliar os neo-serradores. As lavanderias mais famosas dos galácticos da galáxia da Lapinha dos cordões encarnados e azuis já estão sendo convidados para assumir o paraíso da Nau Catarineta do Teixerômetro. Existe um grande interesse dos investidores em botijões de água na nossa fauna voadora dos gaviões e urubus, principalmente. Com a ascensão do Califa Maluco, mais de cem Khelaïfis do Qatar e do Golfo Pérsico serão convidados para enriquecer os estacionamentos de camelos do Camelódromo. Novas imunidades serão concedidas aos novos fazendeiros estrangeiros da Floresta Chuvosa do Cesto Abandonado. Está prevista uma importação de camelos em massa para serem treinados nas Dunas de Chupapau Assú. Deixe de pressa! O harém unitário que tanto deseja está em pleno andamento para a contratação de 13 milhões de odaliscas e eunucos torcedores fiéis e urubulinos. Um Império Assírio da Babilônia Alauita do Rei Salomão não se constrói do dia para a noite. Teixeirinha Assodado nem falou ainda com Abrahão e Jacó para pedir a permissão ao Moisés.
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