* Ainda sobre a pesquisa do Ibope Repucom sobre a invasão estrangeira, um item que espanta é sem dúvida o numero de jogos televisionados e o acesso a centenas de times estrangeiros.
Somados, os 16 canais das TVs aberta e fechada transmitiram no primeiro trimestre de 2016, 728 jogos de futebol ao vivo. Desses apenas 115 foram de times nacionais.
Em média foram nove por dia- sem contar com as partidas oferecidas de forma exclusiva pelo sistema pay-per-view.
Por outro lado, o público brasileiro teve acesso a 224 times estrangeiros, oriundos de 30 países diferentes. São clubes onipresentes, estão em todas as telinhas.
Da Inglaterra, foram exibidos jogos de 37 equipes de quatro divisões, e seis competições diferentes.
A Itália viu-se representada por 35 clubes de três divisões. O Alessandria, da terceirona, foi tão exibido na TV fechada quanto Cruzeiro e Vasco nesse trimestre analisado.
O levantamento apontou que 115 times brasileiros tiveram jogos transmitidos para o país. A conta ficou inflada por conta da entrada do Esporte Interativo no mercado, ao adotar competições que eram ignoradas. Sem esse canal, o número de equipes contempladas chegaria apenas a 62.
A globalização é uma realidade irreversível, mas o futebol brasileiro não adequou-se para recebe-la, que motivou um efeito comparação entre o ruim e o bom, e é obvio que a escolha recaiu sobre esse último.
NOTA 2- A BANALIZAÇÃO DOS CLÁSSICOS
* Sport e Santa Cruz disputarão uma das semifinais da Copa do Nordeste, com dois jogos.
No hexagonal do estadual pernambucano também irão somar mais dois, e pelo que a tabela de classificação da competição está indicando, irão jogar mais duas vezes na sua fase semifinal.
Em três meses deveremos ter seis clássicos com os dois clubes, o que representa uma banalização fora do limite.
Até agora o público tem sido bem reduzido, e deverá aumentar nos jogos da Copa do Nordeste.
Quanto mais é repetido um jogo entre os mesmos competidores, maior a indiferença do torcedor por conta da sua banalização. É a mesma coisa do que assistir um filme cinco vezes.
O mesmo fato está se dando no Rio de Janeiro, cujo campeonato alucinado terá 15 clássicos até o seu final.
Bem diferente em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, quando haverá apenas três clássicos.
Além da banalização é a vulgarização do futebol, que é um produto que está sendo oferecido em excesso, sem retorno da demanda, que deseja jogos que tenham valor, e não de brincadeira como estão acontecendo no futebol carioca, em Pernambuco, com clubes atuando para o cumprimento da tabela.
Da maneira que está caminhando o nosso futebol, um clássico como esse, estará sendo vendido em alguma promoção de liquidação.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 3- UM TIRO NO PÉ
* Não sabemos como o Regulamento da Federação Paulista permitiu que um clube vendesse o seu mando de campo, e atuasse os dois jogos na casa do adversário nas quartas de final do estadual.
Certamente a diretoria do Linense agiu por ganância, deixando de lado os interesses da torcida da cidade de Lins.
Como poderá se fortalecer com atitudes como essa?
Apostaram que o São Paulo iria colocar um grande público no estádio, fato esse que não aconteceu, desde que o torcedor optou pelo segundo jogo.
A renda liquida do encontro do último domingo foi de R$ 60 mil, muito aquém do esperado pela venda da honra do clube.
Todo castigo foi pouco para o Linense, além de ser derrotado, deixou de ganhar bons recursos como aconteceu no jogo do Palmeiras que deixou em seus cofres mais de R$ 300 mil.
Futebol sem lei ou ordem não tem futuro, e fatos como esse não deveriam acontecer.
NOTA 4- QUE FUTEBOL É ESSE?
* O fato que vamos apresentar tem cara de piada, mas não é piada, e sim a verdade.
O Tocantins de Miracema que disputa o Campeonato de Tocantins, contratou o ex-jogador Athirson como seu técnico.
Esse chegou na quinta-feira, deu um treinamento, mal teve tempo para conhecer os atletas, e no dia seguinte retornou para o Rio de Janeiro, com a promessa da volta no domingo, para comandar o time no seu jogo contra o Sparta.
Na verdade tal fato aconteceu, mas esse só chegou ao estádio no segundo tempo, para assistir a derrota do Tocantins por 1x0.
O mais interessante é que a diretoria ao ser cobrada por conta dessa ação grotesca, afirmou que estava tudo bem, desde que ao contratar Athirson, ficou acertado que esse teria que ir sempre ao Rio de Janeiro, e que vai treinar a equipe até a sexta-feira e viaja novamente para a Cidade Maravilhosa.
Vão ficar precavidos, pois não sabem se esse irá retornar à tempo.
Como um futebol poderá evoluir com procedimentos como esse?
Realmente é a cara desse esporte no Brasil.
NOTA 5- O ÁRBITRO DE VÍDEO NO CEARÁ
* O Nordeste que vem sempre no reboque da história, submisso, saiu à frente na utilização do árbitro de vídeo.
O Ferroviário está de volta a primeira divisão estadual, no último domingo enfrentou o Fortaleza pelo primeiro jogo da semifinal, derrotando-o por 2x0, com chances de chegar a uma final depois de muitos anos.
Nesse jogo tivemos a atuação do arbitro de vídeo, desde que o auxiliar da arbitragem, Arnaldo Souza, confirmou um gol de Mota do Ferrim, quando esse estava dormindo na área do tricolor.
O árbitro Magno Cordeiro confirmou sem reclamações do time adversário.
Na televisão, nós vimos que esse foi ilegal.
De repente o auxiliar que tinha voltado para a sua posição, resolveu anular o gol, com a alegação que tomara essa atitude para ficar em paz com a sua consciência. Uma conversa fiada.
Na verdade o quarto árbitro recebeu a informação da televisão que estava transmitindo o jogo, confirmando a sua ilegalidade, e de pronto o Arnaldo foi avisado.
É o apito de vídeo tupiniquim, que atua sem custos.
Comentários
0#3Falência Múltiplas dos "Órgãos" —
Beto Castro04-04-2017 14:18
Nos números que espantam, na banalização dos clássicos desclassificados, no tiro no pé, no técnico com recesso de político e no árbitro de vídeo, o jornalista tolerância zero apenas confirma tudo que afirmo no artigo sobre o Atlético Paranaense. O gigante agonizante moribundo em estado terminal está com os dias contados para o seu sepultamento melancólico. Diariamente, os esculápios e agentes de saúde de seus departamentos médicos receitam mais venenos e remédios manipulados com contraindicações para assassinar os cancerosos com metástase avançada e falência múltiplas dos "Orgãos" nesta Eutanásia Coletiva. Nos próximos anos, somente entre os retirantes tartamudos da Caatinga Ressequida, os mortos interativos serão dezenas de carcaças no arco da morte entre Maranhão e Sergipe com passagem pelos piauís excluídos, os santos potiguares canonizados, os paraíbas fantasmas, os sururus de lagoas e os plantadores de laranjas. Este planejamento estratégico de alta morbidade para o fracasso é denominado de Morte Severina Interativa para indigentes abandonados em covas anônimas. Coitados dos torcedores nordestinos dos seis estados sem cidadania, terão agora que torcer para Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza e aguentar os contos do vigário dos belolinhas da Esporte Interativo com os seus colóquios flácidos para bovinos despencarem nos braços de Orfeu. Rezemos pelas almas dos assassinados.
O problema é esse regulamento ridículo do Campeonato Pernambucano, com o "Hexagonal do Título" e o "Hexagonal da Morte". No mínimo, sempre teremos 2 clássicos entre Sport x Santa, ou Sport x Náutico ou Santa x Náutico. Defendemos um campeonato com 10 times em turno único, isto é, só jogos de ida. Como os times farão 9 (nove) jogos, alguns jogarão 5 jogos em casa e 4 jogos fora, enquanto outros farão o contrário. O critério seria a colocação no ano anterior, a fim de privilegiar o critério técnico. Ao final da 1ª fase, se classificariam os 4 primeiros, para fazer as semi-finais em jogo único (com mando de campo para 1º e 2º colocados, que enfrentariam o 4º e o 3º colocados, respectivamente. Havendo empate, independentemente, de gols marcados pelo visitante, a decisão dar-se-ia nas cobranças livres diretas. A final seria em 2 jogos, com vantagem de mando de campo e resultados iguais para o melhor classificado na pontuação geral. Assim, só haveria no máximo 2 ou 3 clássicos entre um daqueles times citados, pois seria 1 na fase de classificação e, talvez, 1 na semi-final ou 2, caso se encontrem nas finais. Evita-se o excesso de jogos e de clássicos e torna o campeonato mais dinâmico, com todos os jogos sendo importantes, pois não dá muito tempo de recuperação, caso uma equipe perca pontos para os chamados "pequenos". Vamos esperar que algum clube lance essa idéia no Conselho Arbitral do PE 2018 para ver se os "jênios" da FPF acabem com a esdrúxula fórmula utilizada atualmente.
Prezado Andre: São realmente ¨jênios¨, os que fazem o nosso futebol.
O problema é esse regulamento ridículo do Campeonato Pernambucano, com o "Hexagonal do Título" e o "Hexagonal da Morte". No mínimo, sempre teremos 2 clássicos entre Sport x Santa, ou Sport x Náutico ou Santa x Náutico. Defendemos um campeonato com 10 times em turno único, isto é, só jogos de ida. Como os times farão 9 (nove) jogos, alguns jogarão 5 jogos em casa e 4 jogos fora, enquanto outros farão o contrário. O critério seria a colocação no ano anterior, a fim de privilegiar o critério técnico. Ao final da 1ª fase, se classificariam os 4 primeiros, para fazer as semi-finais em jogo único (com mando de campo para 1º e 2º colocados, que enfrentariam o 4º e o 3º colocados, respectivamente. Havendo empate, independentemente, de gols marcados pelo visitante, a decisão dar-se-ia nas cobranças livres diretas. A final seria em 2 jogos, com vantagem de mando de campo e resultados iguais para o melhor classificado na pontuação geral. Assim, só haveria no máximo 2 ou 3 clássicos entre um daqueles times citados, pois seria 1 na fase de classificação e, talvez, 1 na semi-final ou 2, caso se encontrem nas finais. Evita-se o excesso de jogos e de clássicos e torna o campeonato mais dinâmico, com todos os jogos sendo importantes, pois não dá muito tempo de recuperação, caso uma equipe perca pontos para os chamados "pequenos". Vamos esperar que algum clube lance essa idéia no Conselho Arbitral do PE 2018 para ver se os "jênios" da FPF acabem com a esdrúxula fórmula utilizada atualmente.
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Prezado Andre: São realmente ¨jênios¨, os que fazem o nosso futebol.
Defendemos um campeonato com 10 times em turno único, isto é, só jogos de ida.
Como os times farão 9 (nove) jogos, alguns jogarão 5 jogos em casa e 4 jogos fora, enquanto outros farão o contrário.
O critério seria a colocação no ano anterior, a fim de privilegiar o critério técnico.
Ao final da 1ª fase, se classificariam os 4 primeiros, para fazer as semi-finais em jogo único (com mando de campo para 1º e 2º colocados, que enfrentariam o 4º e o 3º colocados, respectivamente.
Havendo empate, independentemente, de gols marcados pelo visitante, a decisão dar-se-ia nas cobranças livres diretas.
A final seria em 2 jogos, com vantagem de mando de campo e resultados iguais para o melhor classificado na pontuação geral.
Assim, só haveria no máximo 2 ou 3 clássicos entre um daqueles times citados, pois seria 1 na fase de classificação e, talvez, 1 na semi-final ou 2, caso se encontrem nas finais.
Evita-se o excesso de jogos e de clássicos e torna o campeonato mais dinâmico, com todos os jogos sendo importantes, pois não dá muito tempo de recuperação, caso uma equipe perca pontos para os chamados "pequenos".
Vamos esperar que algum clube lance essa idéia no Conselho Arbitral do PE 2018 para ver se os "jênios" da FPF acabem com a esdrúxula fórmula utilizada atualmente.
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