Uma cena presenciada pelo jornalista Claudemir Gomes na tarde do domingo na entrada da Ilha do Retiro, deixou bem claro que o futebol brasileiro ruiu, e o resultado final está representado nos estádios ociosos.
Dois jovens vinham com sacolas de plástico nas mãos, e antes de adentrarem ao estádio tiraram as camisas e as trocaram pelas do Náutico.
Trata-se de algo que acontece normalmente nas partidas de futebol, quando torcedores fazem manobras para a preservação de suas vidas. Sem dúvidas é algo grotesco e que mostra a realidade desse esporte em nosso país.
As estatísticas demonstram que apenas 10% da população que acompanha o futebol frequenta os estádios, e por conta disso a nossa média de público fica atrás da Segunda Divisão Inglesa.
Ir a um jogo é um drama para as pessoas sérias e do bem que são muitas nesse país, que enfrentam todos os problemas possíveis para que possam acompanhar os clubes de suas preferências.
Dentro dos gramados o que é apresentado é algo que beira a mediocridade.
O cai, cai exacerbado, as simulações de contusões, a demora para se bater um lateral ou cobrar uma falta, reduz o tempo da partida, enganando o consumidor que pagou por 90 minutos, e assistiu apenas 50. Deveria ter a metade do dinheiro que pagou pelo ingresso, devolvido.
Há sete anos que não assistimos jogos nos estádios de Pernambuco, por conta dos atropelos e em especial pela falta de qualidade do nosso futebol, que vive de sonhos e ilusões.
O sistema está apodrecido, e isso nós observamos na última segunda-feira nos diversos debates sobre a atitude de Rodrigo Caio, durante o jogo do seu clube, o São Paulo, contra o rival Corinthians.
Algo que seria normal em um país sério, tornou-se um tema relevante.
Na verdade o futebol no Brasil não poderia ser diferente do que acontece no país, que teve um presidente terceirizado por uma empreiteira.
Os analistas deveriam entender que nem todos tem a formação desse atleta, que tomou uma atitude sem nenhum sentimento de promoção, mas pelo menos deu um passo bem importante para que os jogadores pelo menos entendam que o desejo de ganhar de qualquer jeito, não é o modelo ideal.
O nosso maior problema é a falta de comando. Se o tivéssemos muitas coisas que acontecem nos gramados poderiam ser suprimidas.
Jogador que simulasse uma falta, ou fizesse de uma possível contusão uma peça de teatro, ou ainda na hora da substituição caísse para ganhar tempo, deveria ser apenado com cartão vermelho. Só assim a partida iria fluir, o tempo de jogo aumentar, entre outras coisas.
Não suportamos mais goleiros caindo quando pegam uma bola sem força, para ganhar alguns segundos.
O futebol nacional se fosse dirigido por gestores com credibilidade, tais fatos poderiam ser suprimidos, e certamente o esporte teria uma nova dimensão.
A sua queda ajudou a reduzir o nível do rádio e da televisão, com um menor padrão intelectual. Tal fato vem acontecendo há muito tempo.
Assistimos um vídeo de um programa da Fox-Sports que tratava do assunto Rodrigo Caio, e o bate-boca sem sentido foi tão grande, com ofensas entre os participantes, sendo que só faltou no momento uma agressão física, desde que a verbal foi grotesca.
Esse é o retrato do pobre futebol brasileiro, que é a cópia do pobre Brasil.
Comentários
0#4RE: POBRE FUTEBOL BRASILEIRO —
blogdejj19-04-2017 21:58
PREZADO ANDRE: Assistimos hoje o jogo do Barcelona e Juventus. Nada disso acontece. Se joga futebol de verdade. Concordamos com o seu comentário, embora o cronômetro não possa ser utilizado, pois estenderia o tempo e aí entra a televisão que tem a sua grade.
0#3Como sempre incoerente —
Beto Castro19-04-2017 18:50
Pena que um texto tão bom e verdadeiro seja contaminado com um viés ideológico puramente partidário. A lista do Ministro Fachin apresenta 108 acusados, inclusive o Califa Desumano e golpista, inclusive todos os tucanos com disenteria por comer merendas roubadas, mas o blogueiro enviesado só ataca uma única pessoa que deseja perseguir, como fazem os procurados da polícia que destruíram o futebol e o padre das mãos poluídas. O que mais caracteriza este discurso não é o combate aos equívocos, mas o desejo mórbido em destruir as instituições. Realmente, os facínoras que aparelharam o golpe de Estado e que financiam as quadrilhas da bola, o Califa e os seus ministros comissionados pela venda do patrimônio público são todos limpinhos. Tirando o viés ideológico da extrema direita, o texto está ótimo.
0#2RE: POBRE FUTEBOL BRASILEIRO —
ANTONIO CORREIA19-04-2017 14:24
JJ: O amigo tem razão. Assisti o jogo do Real X Bayern, e o primeiro tempo não teve um minuto de acréscimo. Não observei simulações, quedas pirotécnicas. Um jogo sensacional que foi estragado pela arbitragem que vestiu a camisa do time espanhol. embora esse tenha realizado uma grande partida.
Concordo plenamente quando você critica o cai-cai e a demora nas cobranças de faltas e laterais. Acho que a solução para isso seria aplicar a mesma regra do basquetebol, qual seja, parar o cronômetro toda vez que a bola sair ou o árbitro parar o jogo. Assim, o infrator não seria mais beneficiado, pois saberia que aquele tempo fingindo no gramado ou mesmo fazendo cera para repor a bola em jogo não traria quase nenhum benefício (salvo "esfriar" o jogo). Ao lado disso, também imporia a obrigatoriedade de atendimento de jogador fora de campo (exceto o goleiro, obviamente), pois evitar-se-ia que o jogo fosse interrompido por vários minutos que normalmente não são repostos nos acréscimos da arbitragem. Enfim, já está na hora de a FIFA modernizar as regras do jogo. Para isso, pode estabelecer 2 (dois) tempos de 40 minutos de tempo de jogo cronometrado, como no basquete. Isso beneficiaria a disputa, anularia o espírito anti-jogo e atrairia mais torcedores ao campo e nas mídias eletrônicas. Se a CBF solicitasse autorização da FIFA para fazer essa experiência no Brasil, certamente ficaria comprovado que o jogo se tornaria muito mais emocionante. Fica a dica, em que pese sabermos que os dirigentes da CBF não estão muito preocupados com a qualidade do jogo. Os intere$$e$ deles são outros...
Comentários
Assistimos hoje o jogo do Barcelona e Juventus. Nada disso acontece. Se joga futebol de verdade. Concordamos com o seu comentário, embora o cronômetro não possa ser utilizado, pois estenderia o tempo e aí entra a televisão que tem a sua grade.
Acho que a solução para isso seria aplicar a mesma regra do basquetebol, qual seja, parar o cronômetro toda vez que a bola sair ou o árbitro parar o jogo.
Assim, o infrator não seria mais beneficiado, pois saberia que aquele tempo fingindo no gramado ou mesmo fazendo cera para repor a bola em jogo não traria quase nenhum benefício (salvo "esfriar" o jogo).
Ao lado disso, também imporia a obrigatoriedade de atendimento de jogador fora de campo (exceto o goleiro, obviamente), pois evitar-se-ia que o jogo fosse interrompido por vários minutos que normalmente não são repostos nos acréscimos da arbitragem.
Enfim, já está na hora de a FIFA modernizar as regras do jogo. Para isso, pode estabelecer 2 (dois) tempos de 40 minutos de tempo de jogo cronometrado, como no basquete.
Isso beneficiaria a disputa, anularia o espírito anti-jogo e atrairia mais torcedores ao campo e nas mídias eletrônicas.
Se a CBF solicitasse autorização da FIFA para fazer essa experiência no Brasil, certamente ficaria comprovado que o jogo se tornaria muito mais emocionante.
Fica a dica, em que pese sabermos que os dirigentes da CBF não estão muito preocupados com a qualidade do jogo. Os intere$$e$ deles são outros...
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