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Escrito por José Joaquim

Quem acompanha o futebol brasileiro por um bom tempo, deve estar sentindo que a sua atual situação nunca foi observada no decorrer de sua história. 

O esporte da chuteira teve a sua bola furada, e vem mostrando uma realidade que serve como atestado do seu enfraquecimento.

Essa gente que o dirige vive em outro planeta, tendo como dirigente máximo algum lunático, por não entender o momento que está sendo vivenciando.

O futebol brasileiro, por conta da ausência de um planejamento estratégico, deixou de evoluir e, apesar de tantos recursos recebidos, os balanços dos clubes mostram um crescimento irreal, festejado, mas com uma dependência total dos direitos de transmissão.

Os resultados foram positivos por conta das luvas recebidas. Sem essas o retrocesso seria demonstrado.

A cartolagem aposta nas vitórias da seleção do Circo para as suas manutenções, e para tal irão fazer de tudo, dentro e fora do campo.

Esse esporte sofreu um ataque de outras formas de lazer, inclusive do mesmo setor, com a influencia cada vez maior dos campeonatos europeus.

As criticas são diárias, mas não encontramos nelas uma análise mais profunda do problema, que tem como ponto principal, a ausência de um projeto estratégico a longo prazo, para que possa definir um futuro melhor, antes que seja tarde demais.

O jornalismo esportivo está na maré baixa.

Os torcedores respondem com as suas ausências nos estádios, e tivemos um bom exemplo, quando o Santos em seu jogo contra o Paysandu pela Copa do Brasil, fez várias promoções, e não conseguiu chegar a 50% da capacidade do estádio. A torcida presente caberia em dois ônibus.

O que os cartolas querem do futebol brasileiro? Que continue com jogos medíocres, com a média de gols do seu maior campeonato sendo reduzida ano a ano?

Querem os estádios ociosos como está acontecendo nas competições locais e nacionais?

Querem jogos de torcida única, por conta da violência promovida pelas organizadas por esses sustentadas?

Tais perguntas nunca serão respondidas, por só pensarem em seus próprios interesses, e quando se fala em planejamento, a impressão que temos é que se trata de uma palavra proibida no meio do sistema que foi implantado.

A Copa do Mundo que era a esperança de melhora por conta das novas arenas, falhou, e o seu legado tão falado não aconteceu. Tudo continuou como dantes.

Planejar é preciso, inclusive a longo prazo, para que os frutos sejam colhidos, mas para que isso possa acontecer é necessária uma revolução no futebol brasileiro, culminando com a expulsão dos vendilhões do templo.

O nosso mal maior é a impunidade. Os dirigentes destroem os seus clubes e não são punidos, o governo é paternalista, quando cria leis que servem para a cobertura do rombo deixado por esses.

Na verdade, o futebol é a cara desse país bagunçado, e do seu jeitinho para encobrir as safadezas, quando a entidade maior do futebol é rica, e os clubes pobres. 

Sabemos que estamos pregando no deserto, desde que o sistema prefere o processo de esculhambação hoje reinante, mas não vamos desistir.

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