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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ISSO É LIBERTADORES!

* A mídia brasileira criou um bordão para tratar a Copa Libertadores, tratando-a como fosse um guerra entre países.

Nas transmissões e nos debates sempre ouvimos a imbecilidade de que ¨ISSO É LIBERTADORES¨.

Para nós a competição faz parte do sistema do futebol, que deve ser bem jogado nos gramados e com o fair-play necessário.

Ao assistirmos jogos da Liga dos Campeões, sentimos as diferenças gritantes com relação ao que acontece na competição de nosso Continente. Trata-se de água e vinho.

Infelizmente a Conmebol ainda vive os anos anteriores de desmoralização e roubalheira, perdendo a força e a credibilidade.

As cenas do pós jogo entre Peñarol e Palmeiras deram o atestado da avacalhação dessa competição, tendo Felipe Melo como seu maior protagonista.

Há algum tempo atrás numa entrevista esse afirmou que iria dar uma tapa na cara de um adversário uruguaio, e na noite da quarta-feira o fez, dando um soco no atleta da equipe local. A imprensa continuou com o seu bordão: ¨ISSO É LIBERTADORES¨.

A confusão foi constrangedora, parecia o octogonal da UFC, e o atleta palmeirense o Spide do futebol.

O mais grotesco veio da direção e dos jogadores do time brasileiro, de que Felipe Melo tinha sido chamado de macaco.

Essa historia de racismo serve para encobrir muitas molecagens. Numa entidade séria os dois clubes seriam eliminados, e o atleta punido por um longo período. 

Isso sim que é o bom futebol.

NOTA 2- A CORRUPÇAO NA CONMEBOL

* A Conmebol é a Petrobras do futebol, e isso ficou demonstrado no relatório apresentado no dia de ontem aos seus filiados, fruto de um trabalho elaborado por uma auditoria contratada após os escândalos da FIFA que levou vários dirigentes da América do Sul à prisão.

O período analisado foi entre 2011 e 2015, quando a entidade foi presidida por Nicolaz Leoz, Eugenio Figueiredo e Juan Ángel Napout. Os três estão em prisão domiciliar aguardando o julgamento nos Estados Unidos.

Na América do Sul, 20 cartolas estão envolvidos no escândalo de corrupção, incluindo José Maria Marin, ex-presidente do Circo, que está em prisão domiciliar em Nova York. O atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero também foi incluído pelo FBI e não viaja para o exterior com o risco de ser preso.

Para que se tenha ideia do roubo que aconteceu nessa entidade, o relatório apresentado denunciou o desvio de US$ 128,6 milhões (R$ 410 milhões). Foram confirmados desvios de US$ 26,9 milhões para contas pessoais de Leoz, US$ 33,3 milhões de transferências bancárias não identificadas, US$ 10,4 milhões em instruções de pagamentos a terceiros, e US$ 55 milhões em transferências bancárias a favor de terceiros sem suporte documental adequado.

Tais fatos mostraram a realidade  do futebol de nosso Continente, e de sua entidade maior, que deve servir de espelho para suas filiadas.

Um bando de corruptos. Se levarem adiante irão descobrir todos os que receberam os depósitos, e para tal bastará um rastreamento.

Não acreditamos que irão proceder dessa forma, que poderia pegar muitos cartolas ainda na ativa.

NOTA 3- A SÍNDROME DO CARTÃO AMARELO

* Ney Franco técnico do Sport sofre da síndrome do cartão amarelo.

No seu time quem amarela sai de imediato.

Algo estranho, mas cabeça de treinador de futebol ninguém consegue entender. Franco é o inventor dessa nova tática que está sendo utilizada no rubro-negro da Ilha do Retiro.

Na última quarta-feira o modelo foi repetido, e a bola da vez foi o volante Fabricio que estava guarnecendo a zaga do time, que é lenta e necessita de ajuda para cumprir as suas funções.

O atleta levou o cartão amarelo e de imediato foi tirado do campo de jogo. O técnico tocou uma nota desafinada, e por conta da ausência desse jogador, o atacante Guilherme que é rápido fez a festa, anotando os dois gols da vitória do time de General Severiano. 

Uma tática sem dúvidas suicida.

São coisas do futebol brasileiro. 

NOTA 4- 75% DAS RECEITAS DO BAHIA VIERAM DE UMA SÓ FONTE

* O Bahia divulgou o seu balanço financeiro de 2016. De uma maneira geral bem enganoso, desde que mostrou crescimento nas receitas, e ao mesmo tempo um crescimento em seu endividamento.

As receitas apresentaram uma evolução, pulando de R$ 85 milhões em 2015, para R$ 121 milhões. Seria bem importante se o crescimento não fosse atrelado aos pagamentos das luvas do direitos de transmissão, tanto da Rede Globo, como do Esporte Interativo.

Esse item deu um salto de R$ 44,2 milhões em 2015, para 90,8 milhões em 2016. Se tais valores não tivessem sido embutidos na sua totalidade, não haveria nenhuma evolução, e que pode se refletir no ano de 2017, já que não haverá pagamentos de luvas.

A participação da TV no balanço é de 75%, ou seja sustenta o clube, fato esse que é negativo, desde que as outras fontes não estão respondendo.

Os demais itens pouco representaram e tiveram pequenas evoluções. 

As receitas das bilheterias tiveram uma queda, de R$ 10,5 milhões em 2015, para R$ 9,8 milhões em 2016.

O superávit apesar das luvas foi menor do que 2015 (R$ 29,4 milhões), contra R$ 21,8 (2016). Enquanto isso o endividamento continua alto, com R$ 166 milhões.

Na realidade o clube depende da televisão para a sua sobrevivência.

NOTA 5- A JUSTIÇA DO TRABALHO E OS CLUBES 

* Os clubes brasileiros tem uma rubrica em seus balanços com os valores dos acordos realizados na Justiça do Trabalho, por falta de pagamentos de seus compromissos.

O problema maior é que os processos demoram a ser julgados, e o peso da correção e dos juros são altos, aumentando os valores de forma vertical.

Há pouco o Grêmio foi punido pela 2ª Vara da Justiça do Trabalho de Porto Alegre, por uma dívida com Victor seu ex-goleiro no período de 2008 a 2012, que hoje encontra-se no Atlético-MG. O valor é de R$ 3,2 milhões.

O mais grotesco é que o time mineiro está sendo processado pelo gaúcho por conta da venda do goleiro, que custou R$ 10,3 milhões, que até hoje não foram pagos.

O milionário Flamengo é o clube com mais ações de jogadores, e agora está com mais uma para resolver, do atacante Alecsandro  que cobra repasse de direitos de arena, ¨bicho¨, férias, adicional noturno e horas extras.

O jogador tem um histórico na Justiça, desde que já acionou Vitória, Ponte Preta, Internacional e Vasco. Um recordista.

Esse é o modelo financeiro do futebol brasileiro. 

Segundo as mídias nós vamos bem, obrigado.

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