Não é nenhuma novidade a carência do futebol brasileiro com relação a bons talentos. O número de jogadores medianos para baixo nos gramados representa a quase totalidade.
Quando aparece um com maior qualidade, de imediato é negociado para o exterior, muitas vezes sem mostrar o seu potencial aos seus torcedores. Um bom exemplo é o de Vinicius Junior do Flamengo, que foi negociado com o Real Madrid, mesmo antes de chegar ao profissional do clube.
Em 2015, o Fluminense que tem um bom trabalho nesse segmento, apresentou três revelações, Gerson, Kenedy e Marlon, que sem o amadurecimento foram negociados, sendo que esse último é o único que tem um futuro melhor desenhado, desde que já começou a ser aproveitado pelo time principal do Barcelona. Os outros dois ainda estão penando no futebol europeu.
Atletas como esses ainda estão nos cueiros, e que poderiam maturar em nossas competições, mas pelas necessidades financeiras dos clubes são transferidos de forma bruta, para serem lapidados no exterior.
O sistema do futebol é bem igual ao que acontece nas exportações do Brasil. As matérias primas são vendidas, e retornam como produtos acabados ao país, que é maléfico para qualquer economia.
Na realidade nossas bases possuem pouca base. São entregues a pessoas que muitas vezes não tem condições profissionais para estarem à frente de um setor tão importante, e com um fato mais grave, a interferência dos empresários que são os donos dos futuros atletas , e que forçam as negociações.
Os bons trabalhos nesse setor são raros. Alguns clubes tem boas estruturas, mas os resultados não condizem com essas. São poucos os verdadeiros talentos revelados, em um esporte que tanto necessita.
Uma pergunta que deve ser feita a quem comanda o futebol: O que acontece com as divisões de base no Brasil? Um país com mais de 200 milhões de habitantes, com uma história no futebol mundial, deveria lidar com o excesso e não com a falta de talentos.
Na verdade temos a resposta para essa questão, que é bem simples: se objetiva os lucros nas negociações, e os nossos futuros jogadores são vendidos como gados.
Outro fator que afeta a formação é a falta de transparência das agremiações, desde que os seus associados pouco sabem sobre o trabalho que é feito.
Todos gostariam de saber os nomes de todos os jogadores da base, e dos que passaram por ela nos últimos cinco anos, de como chegaram ao clube, a quem esses pertencem, os percentuais nos direitos econômicos, entre outros itens.
Assim todos teriam um mapeamento para o reconhecimento dos procedimentos e do valor do trabalho que está sendo realizado. Obvio que isso jamais irá acontecer, porque as caixas pretas sendo abertas, iriam escancarar as portas da incompetência, e de algumas negociações nebulosas.
Trata-se de um assunto sério, e que só entendemos com maior profundidade, quando descobrimos vários brasileiros atuando no futebol do exterior, totalmente desconhecidos no Brasil. Esse tema é um dos pontos mais importantes para a reforma do futebol brasileiro, desde que representa o seu futuro.
Comentários
0#1Nosso futebol acabou-se com os turcos —
Beto Castro01-06-2017 09:56
O futebol brasileiro definhou e se acabou juntamente com a conspiração sírio-libanesa de 1987. Tubino exterminou o CND, Aidar, o intrujão de atletas, transferiu os passes destes para os atravessadores capitães do mato, Hawilla instituiu os pixulecos, o que fura planejou as doze tribos, Nabi criou o monopólio do camelódromo, Koff espalhou a miséria, a turcada dos grandes clubes engessou a Federação, os centuriões lagartixas inventaram os currais sovaqueiras da perpetuação no poder, os filhotes de camelos esvaziaram as arquibancadas e os três patetas da morte (Zé das Vacas, Zé das Medalhas e o Incendiário) se tornaram os piratas capachos da Conmebol e do Covil do Baú da Zurica. A rede da Lava-Jato dos dinheiros desbotados tomou conta da fábrica de estropiados. Finalmente, os vendilhões da Pátria, juntos, criaram o pinto do Camelo líder da caravana cuja fila no deserto das ideias (Aécio, Temer, Cunha e Moro) se uniram para enterrar o defunto gigante. Agora os tupiniquins são todos candidatos a escravos terceirizados, intermitentes, autônomos, informais, temporários até virarem cracudos moradores de rua sem aposentadoria sujeitos a internação compulsória pelos coiotes dos depósitos dos Napoleões Bonapartes das mil e uma noites do crescente decrescente minguante. A outra alternativa é adquirir um barco inflável e fugir à deriva no oceano tenebroso com destino à ilha dos sapatões e sapatonas dos terroristas homens-bombas e explodir estádios lotados por este mundo afora. Quando a cabeça não pensa o corpo espedaçado padece.
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