Clubes com diversos problemas gerenciais, alguns já extintos, a maioria sazonal, 

Futebol de pouca qualidade,  

Arbitragens trágicas,

Jornalismo alheio aos problemas, ligados aos pensamentos filosóficos dos dirigentes, técnicos e atletas, 

Entidades alienadas, falta de transparência, e fechando a panela que vai ao fogo, uma pitada de torcedores acomodados.

Esses são os ingredientes que deram a formação de um prato cujo menu principal dos restaurantes é ¨Futebol Brasileiro Ao Vinagrete¨, que não vem tendo muita aceitação, e por isso está em promoção de dois por um.

A tecnologia está à disposição de todos os esportes, menos no futebol. As duvidas são dirimidas no apertar um botão, mas como os seus dirigentes são clones de Einstein, fazem a opção de deixar a interpretação dos árbitros para os lances duvidosos, e que muitas vezes determinam os resultados. Agora criaram o árbitro secreto. São uns gênios tupiniquins.

No final um clube que se prepara para uma partida foi prejudicado, poderia ser o vencedor mas não o foi. Quem paga os prejuízos? Uma pergunta que ninguém consegue responder. Nem Del Nero, nem o FBI.

Quando observamos os gramados constatamos uma má vontade dos treinadores para vencer uma partida. A maioria tem  opção da tática 10-1, e nos vestiários já deixam bem claro, que o ritual será defesa, defesa, atacar jamais, a não ser que o adversário permita.

Os atletas antes do apito inicial fazem uma roda no gramado para os últimos arranjos. Por um bom tempo, no Santa Cruz, o motivador era o massagista, que citava Sócrates, Platão, Cicero, Sartre entre outros, em suas palavras, e todos aplaudiam até os narradores ficavam emocionados. Pela rodinha o resultado já está determinado, 0x0, posto que o outro também teve o mesmo procedimento.

Começa o jogo, o placar em branco, chutões, bolas alçadas nas áreas, carrinhos violentos, sangue na cabeça e na boca dos jogadores, e o verdadeiro futebol ficou do lado de fora. Quando um time consegue por um milagre marcar um gol, começa o sistema cai-cai, das simulações para ganhar tempo. A moda agora é contusões em goleiros, que podem ser atendidos no gramado, e tiram do jogo preciosos minutos.

A pancadaria corre solta, voadoras da UFC faz parte do contexto, e alguns jogadores parecem que estão lutando do que jogando futebol. Pobre bola que é maltratada em 96 minutos de jogo, incluindo os acréscimos. No final 52% de bola rolando, 48% de bola parada.

De vez em quando as bombas de gás explodem nas arquibancadas, ritual que faz parte do divertimento dos torcedores. No Itaquera tornou-se obrigatório os sinalizadores, que é uma estratégia para que o árbitro pare o jogo, quando o Corinthians está vencendo e o adversário pressionando.

Apito final, os torcedores que estavam no estádio, em um jogo com o horário espetacular das 21h45, não reagem, não protestam, apenas vaias contra os jogadores e treinadores, mas se calam perante a tudo que acontece. São culpados pela omissão, que é um pecado mortal.

Torcedor é como a maré, vai e volta de acordo com a Lua. No jogo vaia um jogador, e se esse marcar um gol da vitória o elege presidente.

E os cartolas? Não falamos sobre esses pois seria necessário um tratado de muitas páginas, por serem os personagens mais difíceis de se entender.

Tudo isso que foi mostrado é o que representa o ¨Futebol Brasileiro ao Vinagrete¨, um prato que dá disenteria para quem o comer.