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Escrito por José Joaquim

O turno inicial do Brasileiro da Série B chegou ao seu final, com uma tabela de classificação bem equilibrada, com duas vagas para o acesso praticamente garantidas para o América-MG e Internacional, e duas abertas pelo menos para seis disputantes.

O que mais chama a atenção dos torcedores pernambucanos é a luta contra o rebaixamento, onde os quatro clubes que estão participando dessa por um bom tempo procuram um fio de esperança para a salvação, e entre esses o Náutico.

Essa linha tênue está apegada apenas a campanha de recuperação do Ceará em 2015, quando na 19ª rodada era o lanterna, com 14 pontos conquistados fugindo do rebaixamento.

O Náutico está segurando a lanterna de Diógenes por um longo período e logo após a sofrida vitória da última sexta-feira, os seus torcedores estão acreditando que um novo Jonh Wayne o herói do filme ¨Um Fio de Esperança¨ irá aparecer para salvar de um desastre o clube, como esse conseguiu evitar a queda de um avião sobre o Pacifico, salvando muitas vidas.

Roberto Fernandes é grandão como o falecido astro do cinema norte americano, e que para os alvirrubros esse poderá assumir esse papel. Existem controvérsias.

Na verdade não foi somente o clube cearense que conseguiu como lanterna nessa fase do Campeonato, escapar da degola.

Aconteceu com o Remo em 2006, e o ABC em 2013, mas nos outros 08 anos da era de pontos corridos à partir de 2006, todos aqueles que estavam na última colocação quando do encerramento do turno caíram para a Série C.

Cada caso é um caso.

O time cearense tinha a mesma pontuação do Náutico (14), com 08 pontos à menos do que o clube 16º colocado. No caso do Remo esse somava 15 pontos, e sete de distancia para o mais próximo da ZR. Quanto ao ABC, também tinha essa mesma pontuação, mas com uma diferença bem menor para o clube rival, 6 pontos. O Náutico de 2017 tem nove pontos de diferença, o que representa 3 vitórias, o mesmo número de derrotas para o adversário. 

O time da Rosa e Silva luta contra os seus problemas.

Todos que acompanham o futebol conhecem sua combalida situação financeira, com salários atrasados, com confissões de débitos para os atletas e outros fatores que prejudicam uma maior evolução. Na última sexta-feira cinco profissionais do clube saíram, inclusive o goleiro Thiago Cardoso que estava escalado para jogar à noite.

São detalhes que pesam sobre o fio de esperança, e que podem quebra-lo.

Quando analisamos o ciclo de 2006 a 2016, no final do turno, pelo menos dois clubes que estavam entre os quatro piores foram rebaixados. No ano de 2006- 2, 2007-3 (inclusive o Santa Cruz, que era o melhor colocado), 2008- 1, 2009-4, 2010- 3, 2011- 2, 2012- 2, 2013- 3, 2014- 3, 2015- 2, e 2016- 3.

Contra números não existem argumentos.

Recuperações como essa numa competição equilibrada com o clube mostrando situações complicadas, tornam-se difíceis.

No caso do Náutico, esse terá que ganhar 10 jogos dos 19 a serem disputados, que não será fácil, desde que no turno só conquistou duas vitórias. Tem pela frente pelo menos cinco adversários com o mesmo sonho, inclusive o rival local Santa Cruz que complica mais ainda a sua luta. 

Sonhar não é pecado, e enquanto tiver vida existirá sempre  um fio de esperança, e isso pode ser alocado pelo clube da Rosa e Silva, mesmo sabendo do duro caminho que terá pela frente.

Hoje esse tem 90% chances de ser rebaixado.

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