Crescemos na vida ouvindo uma mesma frase, a de que o Brasil seria o país do futuro. Na verdade os anos foram passando e não sabemos quando alcançará esse destino tão decantado em prosa e verso.
Por enquanto continuamos no presente e sem rumo, e esse pelo que acontece deve ser de um outro planeta com uma população que não consegue enxergar o que se passa no seu entorno.
Vivemos em um país das patotas, que o dividiram em setores.
Cada um consegue trazer a sardinha para a sua brasa, enquanto a população padece.
Hoje quando o cidadão acorda, procura saber sobre qual o escândalo do dia.
Mensalão, Petrolão, Vampirão, Metrôlão de São Paulo, e tantas outras bandalheiras fazem parte do sistema implantado. Todos os setores da nação estão contaminados.
A Operação Lava Jato perdura há três anos, e os escândalos são tão desdobrados, que não tem data para a sua conclusão.
Os patoteiros fazem a festa.
Não pode haver nada mais constrangedor para uma nação do que os milhões encontrados no apartamento de um dos seus políticos mais importantes, Geddel Vieira Lima, ligado ao poder.
O futebol é um dos segmentos mais contemplados, quando as patotas passaram a dominar a Confederação, Federações e clubes. Há anos, membros do mesmo grupo continuam no comando, e não o entregam por conta dos casuísmos eleitorais.
No Circo do Futebol tinha um presidente que respondeu a duas CPIs, acusado de diversos deslizes, mas saiu tranquilamente desses com um habeas corpus nas mãos. Depois de cinco anos, graças ao FBI temos a perspectiva de que algo de novo irá acontecer para puni-lo.
Nada mudou, e os seus sucessores continuaram com o mesmo modus operandi, com o primeiro preso nos Estados Unidos, e o segundo, o atual, escondido na Barra da Tijuca por medo da Justiça americana. Ambos sob suspeitas de corrupção.
Se passarmos para as Federações, nada de novo no reino do faz de conta e das patotas. Presidentes longevos, futebol de baixa qualidade como reflexo de suas administrações, que não tem a visão do futuro, e continuam no presente arraigados ao passado, e aliados do órgão maior que remete os seus salários mensalmente.
Os bons torcedores do país do presente foram abandonados pelas patotas que dirigem o futebol, que privilegiaram os profissionais que passaram a ser chamados de organizados. Nesse país do presente, esqueceram dos não organizados, que representam o lado bom do esporte, e os trocaram pelo mal.
No país das patotas existe um Ministério que os habitantes chamam de Esporte, que pelo setor pouco faz, a não ser apadrinhar falcatruas que abocanharam o dinheiro público.
Realmente é muito difícil para o Brasil vislumbrar o seu futuro, e em particular o futebol, desde que os seus habitantes não rompem com o comodismo, para que assim possam enxergar, ouvir e sobretudo gritar um basta para tantas coisas erradas que acontece.
O futuro do torcedor brasileiro é o de assistir jogos dos campeonatos europeus, e todos os dias tomar conhecimento dos processos contra os políticos que irão demorar a serem julgados, por conta de um tal foro privilegiado.
Essa digressão enviesada da corrupção no Brasil passa longe da realidade do país capitalista tardio colonial. Muitos séculos antes de vir ao mundo, um monarca português designou uma comissão de homens probos e competentes denominada de Comissão Geográfica do Vice-Reino do Brasil (1729) para fazer um levantamento topográfico e cosmográfico da Colônia para a reorganizar política e administrativamente. Em função da grandeza continental, o trabalho somente terminou em 1763 com um belíssimo mapa com todas as cerca de 40 demarcações das ainda capitanias que seriam transformadas em províncias com a declaração de independência e Estados com a proclamação da República. Pois bem, os já corruptos brasileiros do sul-sudeste organizaram o seu bico do funil em Estados que hoje estão entre os mais ricos do país (Minas, Rio Grande do Sul, S. Catarina, Paraná e os gigantescos e ingovernáveis Goiás e Mato Grosso), como sempre, em conluio com o grande matagal do norte das elites sórdidas, o Grão-Pará. Resultado, para manipular as representações nos três poderes a principal dupla de estados carcomidos pelos interesses escusos e a corrupção colonial correu as pressas para evitar que a boca do funil viesse a criar e emancipar os estados que deveriam ser engessados para sempre, declarando a falsa independência das elites vendidas aos interesses coloniais de outras potências. E assim, dezenas de Estados entre os mais ricos do Brasil deixaram de ser emancipados (estão todos no mapa da comissão) com o objetivo da convergência de dominação e concentração de renda que perdura até os dias atuais com as vergonhosas disparidades regionais e familiares. Desta comissão histórica nasceu o atual IBGE que em séculos de estudos, propostas e sugestões, nunca conseguiu lograr uma Nação entre as mais ricas do mundo, impedido que foi para que a nossa União pusilânime e fajuta continuasse sem planejamento econômico e organizacional. Quando se volta a discutir essa reorganização territorial e político-administrativa que nos aproxima da organização americana, os proxenetas coloniais e entreguistas logo entram em cena para manter o país atrasado, anacrônico, desigual, miserável, ignorante, medieval, colonial e carcomido pela corrupção da Casa Grande. Daí, os golpes de Estado sistemáticos a cada 20 anos que nos atrasam ainda mais e geram ameaças de convulsão social e novas ditaduras coloniais. Então, este é o "modus operandi" contumaz ao longo do século para manter a asfixia educacional e escravocrata da maioria do povo expropriado, vilipendiado e esmagado nas suas aspirações mínimas e a manutenção dos privilégios das castas dos corruptos, intrujões, ladrões, parasitas, sugadores internacionais e as suas corjas associadas. Qualquer tentativa de educar o povo, diminuir as desigualdades, criar infraestruturas nos Estados do Pato Fedorento, as maiores organizações criminosas, corrompidas, antipatrióticas e traidoras da Pátria surgem com as suas ladainhas contra os perigos ideológicos inexistentes. Esta é a verdadeira história da corrupção desenfreada no país, que tem como uma das expressões simbólicas a apodrecida instituição no futebol e nos esportes, como uma pequena ponta do mar de lama das propinas, subornos, malas de dinheiro, compra de parlamentares venais e ladrões, golpes de Estado, falso moralismo jurisdicional, reformas constitucionais espúrias e lavagem cerebral anticomunista, mesmo que esta ideologia tão fascista quanto o nosso Nazismo já tenha sido extinta ou transfigurada num capitalismo social avançado em vários países do mundo. As sementes lançadas pelos partidos trabalhistas (PT-PDT-PSB-PCdoB e outros partidos patrióticos) de um país educado e bem criado não serão impedidas de germinar pelos carregadores com malas de dinheiro roubado da população, vendilhões de patrimônio roubado, manipuladores da justiça, comissionados de quadrilhas estrangeiras, golpistas nojentos e abjetos, conspiradores contra a Pátria e escravocratas do povo brasileiro. Reforme o seu vocabulário colonial e sirva ao nosso povo e Nação Soberana. A História da Pátria e a sua formação étnica são soberanas contra todos os tipos de turcos nefastos em suas tentativas de subverter e negociar os valores mais caros da nossa União, ainda frouxa e servil.
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