Os dirigentes de alguns dos chamados ¨grandes¨ clubes do futebol brasileiro estão desesperados com a presença do carrasco da degola nos seus entornos. Aqueles que nunca estiveram nessa situação, choram como carpideiras, e procuram as soluções para os seus problemas.
Viveram no tempo das vacas gordas, e não souberam aproveitar. Gastaram em demasia, se endividaram, e agarraram o Profut como uma tábua de salvação.
Com exceção de poucos clubes, como Flamengo, Fluminense e Atlético-PR, os demais continuaram as suas gastanças, sem o necessário planejamento e o devido retorno. Não citamos o Palmeiras por tratar-se de um clube com um dono, que tira do seu bolso recursos para a cobertura dos seus déficits.
Não existe futuro sem um planejamento a longo prazo, e essa palavra ainda continua sendo pornográfica entre muitos dirigentes dos clubes brasileiros. As dezenas de contratações e as mudanças de treinadores durante a temporada é o maior reflexo da falta de um projeto, e isso aconteceu na sua maioria.
O Internacional hoje chora, mas os seus dirigentes não souberam se preparar, não pouparam, não se organizaram, sobretudo torraram recursos com contratações. O Corinthians também cometeu erros graves, e tornou-se um figurante na maior Competição Nacional, e conta ainda com uma bomba relógio chamada de Itaquerão.
O futebol brasileiro repete a história de José do Egito e o sonho do Faraó das sete vacas gordas e sete vacas magras. Perguntado sobre esse sonho, José afirmou que as sete vacas gordas representavam sete anos de bonança que viria para o trono do Egito, enquanto que as sete vacas magras representavam sete anos de miséria.
O Faraó pediu sua ajuda, entregou-lhe a governança do país, e com um bom planejamento tornou o país em um grande celeiro nos bons tempos, e planejou-o para os tempos ruins. José era um planejador, e que deveria servir como referência para os cartolas brasileiros.
Mais uma vez voltamos a afirmar que o planejamento estratégico é a maior tarefa de um gestor, no momento em que é preparada a organização e estruturação de determinadas metas.
As vacas magras do futebol brasileiro apareceram no ano de 2014, e da maneira que nos encontramos sem uma mudança estrutural, certamente irá chegar ao ano de 2021.
Se os dirigentes não tiveram competência para tal, que convoquem um planejador como José do Egito, antes que seja tarde.