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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NUMA NOITE DE MUITOS EMPATES SÓ O SPORT VENCEU

* Os dois encontros pela Copa Sul-Americana foram os primeiros da noite de ontem, o terceiro começou no horário pornográfico. 

Na Ilha do Retiro, em um jogo com muitas faltas e passes errados, o Sport de forma justa venceu a Ponte Preta por 3x1.

O rubro negro jogou melhor do que vinha apresentando nas partidas anteriores, mas continuou com os mesmos defeitos, principalmente na defesa quando permitiu o gol do time adversário, que poderá ser útil para esse na partida de volta.

O Leão da Ilha perdeu muitos gols e poderia ter feito um placar mais elástico, enquanto a Ponte Preta mostrou ser um time desorganizado, com muitos chutões, poucas combinações, e com um futebol da baixa qualidade.

A equipe rubro-negra tem as condições necessárias para conseguir um bom resultado no jogo de retorno que será realizado na cidade de Campinas.

Na segunda partida, em Chapecó o milionário time do Flamengo passou sufoco para segurar o empate de 0x0 contra a Chapecoense.

O primeiro tempo foi bem equilibrado, com o rubro-negro da Gávea perdendo algumas chances de gol, mas no segundo, a equipe de Chapecó assumiu o jogo, e poderia ter feito um bom resultado.

Na realidade o Flamengo mesmo com a mudança do técnico ainda não melhorou o seu futebol. Sofreu muito para empatar com um time que está na zona de degola do Brasileirão.

Logo após esses jogos, o Corinthians completou a sua quinta partida sem vitórias, ao empatar com o Racing pelo placar de 1x1.

Pela Copa Libertadores os resultados terminaram com empates.

O Botafogo empatou em 0x0 com o Grêmio, em um jogo razoável, sem muitas emoções.

A decisão ficou para Porto Alegre o que poderá complicar a vida da equipe carioca.

Em Guayaquil-EQUA, o time do Santos foi pressionado nos 20 minutos do primeiro tempo pela boa equipe do Barcelona, mas conseguiu equilibrar o jogo que tornou-se igual.

No primeiro minuto da segunda fase abriu o marcador, mas deixou escapar a vitória no final com o empate do time local.

Resultado 1x1.

O time santista trouxe a vantagem de jogar pelo empate em casa. 

Uma noite de empates, que foi salva pelo Sport.

NOTA 2- AS CAIXAS PRETAS DOS CLUBES

* Um assunto que é bem guardado à sete chaves nas caixas pretas dos clubes é o relacionado as comissões que são pagas aos agentes de futebol para intermediarem as contratações de atletas.

O pouco de inteligência que temos é incapaz de entender como um clube desembolse valores fora dos padrões para que isso aconteça. 

Nem Freud conseguiria explicar.

Para mostrarmos que algo está errado nessas negociações, temos um exemplo bem simples e que explica transações que sempre tem a intermediação de terceiros.

O corretor de imóveis quando negocia um apartamento a comissão é paga pelo proprietário e não pelo comprador. É uma regra geral.

No futebol das muitas espertezas, acontece o inverso, quando o empresário recebe do comprador por ter agenciado um profissional de seu próprio portifólio. Quem teria que pagar obvio seria o atleta e não o clube. 

Por conta disso o COF (Conselho de Orientação Fiscal) do Palmeiras está há algum tempo solicitando informações sobre as contratações de Felipe Melo e Deyverson, inclusive os nomes dos intermediários e os valores que foram pagos, que não aparecem nos balancetes do clube.

Para contratar o volante o alviverde de São Paulo pagou de comissão o montante de R$ 2,5 milhões.

A gravidade do fato é que o atleta não tinha vínculo com nenhum clube, por ter rescindido o seu contrato com a Inter de Milão, ou seja estava livre, mas o dinheiro rolou.

Com relação ao atacante, a comissão é um filme de mistério.

Segundo o jornalista Jorge Nicola, da Espn-Brasil, a única informação que o COF tem é a do valor final da transação, equivalente a R$ 18,5 milhões.

O atacante tem 36 anos, e um valor como esse não tem retorno, além de que, estava saindo do Levante para o Alavés, ambos da Espanha.

No dia em que essas caixas pretas forem abertas, o futebol brasileiro terá um Furacão nas proporções daqueles que atingiram o Caribe e Florida.

Esse é o futebol brasileiro, que é a cara do país.

NOTA 3- O FLUMINENSE E OS BOMBEIROS

* No inicio da semana aconteceu mais um caso de corrupção no Rio de Janeiro, que culminou com a prisão de 35 policiais bombeiros, pela venda de alvarás de funcionamento.

O mais doloroso para quem acompanha o futebol, foi a de saber que existe um possível envolvimento da diretoria do Fluminense com suspeita de pagar propinas para liberar o estádio Giulite Coutinho, de propriedade do América-RJ.

Quando não conta com o Maracanã o tricolor utiliza esse local para mandar os seus jogos.

Não sabemos se a participação do clube é real, mas o time rubro através do seu diretor geral, Marco Antônio Teixeira publicou uma Nota Oficial que o clube não tem nada com o problema, e que toda a liberação do seu estádio tinha ficado com o tricolor das Laranjeiras.

Caso a noticia que foi publicada nos jornais cariocas seja confirmada, a atitude do Fluminense merece uma dura pena, desde que além de corromper funcionários do estado distribuindo propinas, colocou em risco a integridade física dos torcedores, equipes e  de participantes dos eventos.

Nesse futebol brasileiro tem de tudo um pouco.

Sempre se dá um jeitinho.

NOTA 4- MURICY RAMALHO E O SÃO PAULO

* Embora a noticia não tenha sido divulgada, o presidente Leco, do São Paulo telefonou para Muricy Ramalho para fazer o convite para que o ex-técnico assumisse a coordenadoria do futebol do tricolor paulista.

Tal atitude foi por conta da pressão de torcedores, Conselheiros do clube, e de um abaixo assinado com 7.500 assinaturas solicitando a presença de Ramalho.

Esse não aceitou o convite por conta do contrato com o Sport TV, mas na verdade a razão maior da negativa, é que o profissional não tem a menor empatia com o cartola, desde a época em que era treinador do São Paulo. 

NOTA 5- UM MODELO PARA DESTRUIR O FUTEBOL

* A 2ª Divisão do futebol de Pernambuco será iniciada no próximo dia 17, que definirá apenas um clube que irá disputar a Divisão maior em 2018.

Trata-se de um modelo altamente destruidor, não pelo rebaixamento, mas pelo formato, quando começa no final da temporada, e o clube classificado não terá tempo para se preparar para um uma jornada mais dura e desequilibrada.

Se tiver um estádio necessitando de reformas, essas não poderão ser feitas, e surgirão algumas gambiarras.

Um campeonato como esse com dificuldades para os disputantes teria que começar a ser discutido durante o mês de abril para que as vistorias dos estádios pudessem ser realizadas, as analises sobre os clubes discutidas, e o seu início em julho, com jogos aos domingos, reduzindo as despesas dos clubes.

Tudo foi feito de forma invertida, as vistorias procedidas de forma açodada, e a maioria desses campos não seria aprovada por conta das estruturas superadas.

Futebol é coisa séria e para quem entende do riscado, desde que a entidade local trata a sua Segunda Divisão como um patinho feio, e com a obrigação de realizar um campeonato.

Os filiados passam um período de nove meses na espera de uma competição, a terão, mas sem dúvida será preparatória para os seus enterros.

Isso é o futebol de Pernambuco.

NOTA 6- GOLEIROS SÃO 70% RESPONSÁVEIS PELOS PÊNALTIS PERDIDOS

* As metas estão ficando pequenas. 

Os 7,32m de poste a poste ficaram diminutos por conta da tecnologia cada vez mais avançada.

Os goleiros são bem preparados para todos os tipos de batedores, e tem conseguido sucesso nesse segmento.

Nos 230 jogos do Brasileirão foram anotados 78 pênaltis.

Desses um total de 27 foram desperdiçados.

Dos 27, 19 acabaram nas mãos dos goleiros, ou seja 70%. 

Victor do Atlético-MG com 4 defesas lidera esse quesito, seguido por Vanderlei, do Santos, e Gatito Fernandez do Botafogo, com 3 cada um e Cássio, do Corinthians com 2.

Em outros tempos o pênalti era garantia de um gol, hoje já existe controvérsia.

São coisas da modernidade.

NOTA 7- FUNDILHOS NO CHÃO

* O São Paulo em anos anteriores era a grande referência para os demais clubes do Brasil.

As suas gestões eram exemplares.

Tudo foi levado pelos ventos.

Na tarde de ontem a diretoria tricolor colocou a última pá de terra em seu caixão, ao permitir algo grotesco, ridículo, e sobretudo indecente na forma e no seu conteúdo.

Os atletas dos clubes foram convocados para que pudessem ouvir as reclamações das torcidas organizadas, com a presença do presidente do clube de alguns dos diretores.

Ouvir o verdadeiro simpatizante é salutar, mas dar crédito ao lado podre desse esporte que é chamado de torcida organizada, foi um tiro no pé, e a desmoralização total de uma diretoria que está levando o clube ao abismo.

O perfil dos 'torcedores' que estiveram no Centro de Treinamento  do tricolor demonstrou de forma clara que esses tinham apenas o desejo de intimidar os profissionais do clube. 

Levar um constrangimento aos atletas foi uma falta de respeito.

Leco e seus diretores sujaram os fundilhos quando os arrastaram nos degraus das arquibancadas.

O futebol brasileiro a cada dia vai se afundando em um poço que não tem fundo.

Comentários   

0 #3 RE: NOTAS AVULSASANTONIO CORREIA 14-09-2017 13:48
JJ: Esse caso do São Paulo é o fim do mundo. Uma verdadeira intimidação. Se o time melhorar esses marginais das organizadas serão os salvadores.
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0 #2 Diário de Bordo ExcelenteBeto Castro 14-09-2017 13:26
Nota 2 - Nem sabia que as lavadoras Brastemp tinham uma versão preta. Nota 4 - Essa proposta do Leco tem o dedinho do Pixu. Nota 5 - O patrocinador dos sovaqueiras deverá ser uma fabrica de desodorantes em conluio com a Sede da Empresa no Edifício sem Nome. Aqui em Itamaracá dos Tabajaras a novidade é uma fábrica de cachaça entre os bêbados. Segundo um programa humorístico local que acabou-se por falta de sorridentes, só experimentando a gorduchinha São Paulo Cristal. Nota 6 - Uma boa desculpa para os pernas de paus das lavanderias. Nota 7 - Deste exemplo de gestão nasceu a conspiração do turco chefe da Revista Placar revisitada periodicamente pelo FBI.
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0 #1 Nota 1Andre Angelo 14-09-2017 09:55
O Sport apresentou uma postura totalmente diferente ontem. A postura que deveria apresentar em todos os jogos: um time que marca, que joga coletivamente e que todos jogam em prol do time e não de si mesmo. Até Diego Souza foi participativo ontem.
Pelo que o time jogou ontem, o placar foi injusto.
O Sport acertou uma bola na trave, teve dois chutes salvos pelos zagueiros em cima da linha e ainda perdeu outras 4 ou 5 chances claras de gol. Não seria injusto que o jogo tivesse terminado 5x1 ou 6x1.
Infelizmente, pior do que as chances de gols desperdiçadas foi o gol da Ponte Preta no final. Espero que esse gol não faça a diferença no jogo da volta.
Veja que, se tivesse vencido por 3x0, a Ponte teria de devolver o mesmo placar para levar para os penaltys ou fazer 4x0 para se classificar diretamente. Todavia, se o Sport fizesse um gol, teria de fazer 5x1. Agora não. Basta um 2x0 para eliminar o Leão da Ilha do Retiro. Isso por si só demonstra como faz a diferença um gol fora de casa.
E é esse gol fora de casa que o Sport terá que buscar no jogo da volta. Se se acomodar em cima do placar, como fez contra o Danúbio e contra o Arsenal de Sarandí, corre um grande risco de ser eliminado. O time tem de jogar com a mesma disposição em busca do gol, pois só assim evitará uma pressão permanente do time campineiro e terá chances de marcar um gol (ou gols) que garantam a classificação para uma inédita quartas-de-final de um torneio sulamericano.
Quanto aos jogadores, devemos fazer menção honrosa a Raul Prata (não deixou ninguém sentir a menor saudade de Samuel Xavier), pois marcou muito bem e soube apoiar o ataque (inclusive com uma assistência brilhante para o gol de André); a Ronaldo Alves, um leão na zaga e autor de gol importantíssimo para a vitória; a Rithelly, que voltou a ser aquele volante participativo e combativo; a Mena, que apoiou muito bem o ataque; a André pelo esforço e garra em prol do time e, ainda, a Patrick, um leão no meio campo, sempre combativo e apoiando bem o ataque durante os 90 minutos, dando assistências para os atacantes.
Que eles assistam a esse jogo e vejam como podem render bem se jogarem coletivamente; que vejam como o jogo se torna bem mais agradável e mais fácil para eles, enfim, mais gostoso de se jogar, quando todos correm e marcam (ouviu, Diego Souza!).
Assistam ao jogo e reflitam.
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