Clubes falidos, alguns extintos, a maioria sazonal. Futebol de pouca qualidade, arbitragens catastróficas, jornalismo alheio aos problemas e mais preocupados com os pensamentos filosóficos dos dirigentes, técnicos e jogadores, entidades alienadas, falta de transparência, e fechando a panela que vai ao fogo, torcedores acomodados. 

Esse é o prato pronto do futebol brasileiro que é vendido por R$ 1.

Fizemos uma medição do tamanho desse esporte no país e a fita métrica apresentou 40 cm de altura, e o de Pernambuco mal chegou aos 20 cm, com muito favor esticando-a.

A tecnologia está sendo utilizada em várias modalidades esportivas, menos no futebol brasileiro. Quando utilizaram-na, o árbitro de vídeo transformou-se em um apito amigo humano.

As dúvidas são dirimidas no simples apertar de um botão, mas como os cartolas são filiais de Einstein, fazem a opção de acreditar na interpretação dos árbitros os lances duvidosos, e que muitas vezes determinam os resultados.

São os gênios tupiniquins.

Assistir um jogo de futebol no Brasil é o mesmo que ser torturado com choque elétrico. Aguentar as narrações e comentários provoca sem duvida uma forte depressão.

Nos gramados, chutões, bolas alçadas nas áreas, carrinhos violentos, sangue na cabeça dos jogadores, e o torcedor fica procurando onde anda o verdadeiro futebol.

Quando um time disputante consegue por um milagre marcar um gol, começa então o sistema cai-cai, das simulações para ganhar tempo. A moda agora é de contusões nos goleiros, que podem ser atendidos no gramado, e tiram preciosos minutos, nunca recompensados no total pela arbitragem.

A pancadaria corre solta, voadoras da UFC fazem parte do contexto, e alguns atletas parecem que estão lutando do que jogando futebol.

A bola sofre tanto, que muitas vezes vai prestar queixa no Tribunal Especial do Torcedor, baseada nos artigos da Lei Maria da Penha, mas nada acontece com os infratores.

No final de uma partida 48% a 50% de bola correndo, e 52% a 50% de bola parada, ou seja o torcedor paga para assistir 90 minutos de uma partida e só recebe a metade.

De vez em quando as bombas de gás explodem nas arquibancadas ou nas ruas que ficam no entorno dos estádios, ritual que faz parte do divertimento das torcidas organizadas que é de brigarem entre si, com a torcida adversária e com a própria Polícia, que tem a obrigação de manter a lei e a ordem.

Apito final, os torcedores que estavam no estádio, em um jogo de horário pornográfico não reagem, nem protestam. São culpados pela omissão. Um grande pecado mortal.

E os cartolas? Não falamos sobre esses desde que não conhecemos bem o outro mundo onde eles habitam. São personagens difíceis de se entender e pertencem a um planeta que não é a Terra.

Tudo isso que foi mostrado representa o tamanho do atual futebol brasileiro, que está numa UTI esperando o momento certo para que os aparelhos sejam desligados.

Nós merecemos o que temos, pois estamos acostumados com tudo que não presta nesse país, sem a mínima reação.