* Os torcedores do Sport rezaram para que Nossa Senhora Aparecida apoiasse o time na busca de uma vitória, fato esse que não acontecia há um longo e tenebroso tempo.
A Santa atendeu o pedido, e o milagre realmente aconteceu, com um bom resultado de 2x1 frente ao rubro-negro baiano.
O placar foi justo, a equipe da Ilha do Retiro foi bem melhor, com um bom primeiro tempo, e um segundo de manutenção, mas tinha que sofrer um gol por conta da tradição de sua defesa, que não consegue passar em branco.
Pelo menos vimos o Sport lutando, com vontade de jogar, e o milagre foi tão forte que até Diego Souza correu, deixou de lado a sonolência habitual, foi autor de um bonito gol na cobrança de falta, e com a assistência ao segundo que foi de autoria de Lenis.
Outro milagre da Padroeira do Brasil.
Quanto ao Vitoria, a síndrome do mandante continua em atividade, e mais uma vez sofreu uma derrota em casa.
A equipe baiana esqueceu o que era futebol, pouco jogou, e a vitória do Sport foi incontestável.
Aconselhamos a sua diretoria que sejam transferidos os demais jogos que seriam no estádio Barradão para outro estado, como remédio contra a maldita síndrome.
Com o resultado, o Sport saiu da zona da degola, mas continua com a proximidade dessa com uma diferença de apenas dois pontos.
Esse Brasileirão é sem duvida transloucado.
NOTA 2- UMA RODADA PARA O CORINTHIANS
* O maior beneficiado da 26ª rodada foi o time do Corinthians, por conta da derrota do Grêmio e do empate do Santos.
O time peixeiro que é o 2º colocado, ficou com uma diferença de 10 pontos para o líder, que já confeccionou as faixas de campeão.
Nos demais jogos que foram realizados na tarde de ontem, o time do Santos não saiu do empate bem insosso com a Ponte Preta (1x1), resultado negativo para ambos, em especial para a Macaca que ficou bem próxima da zona de rebaixamento.
O jogo foi sonolento, com um maior domínio santista, mas com pouca eficiência no seu ataque.
No Maracanã, o FlaFlu terminou debaixo de vaias por conta do futebol medíocre apresentado pelos dois clubes, e o placar de 1x1 foi justo para os litigantes, embora trágico para o tricolor que está chegando com muita força na zona que o levará para o inferno.
O lance mais bonito dessa partida foi o gol contra de Pará, lateral do Flamengo que deveria ser premiado como o melhor da rodada.
O clube da Gávea segue o seu melancólico destino, na 7ª colocação, apesar de tantos recursos disponibilizados.
No jogo que finalizou a rodada, o Palmeiras foi vaiado por sua torcida após o empate com o Bahia pelo placar de 2x2.
Na primeira jogada da partida o alviverde abriu o marcador.
Aos 36 minutos aumentou para 2x0, mesmo jogando um futebol sem sal.
Na segunda fase o tricolor baiano cresceu, passou a buscar o seu gol e conseguiu.
Foi mais além, quando na cobrança de um pênalti chegou ao empate aos 41 minutos.
Mais do que justo.
Um fato grotesco, que mostrou o sentimento da torcida alviverde com relação ao treinador Cuca, foi a ovação dada a Felipe Melo ao entrar em campo, fato que repetiu-se nas vezes em que esse tocava na bola.
Não jogou nada, pouco fez, mas o humor daqueles que estavam no Pacaembu retratou tal bizarrice.
A realidade é que a diretoria do Palmeiras gastou milhões, e tem um time de tostões.
No final quem retornou ao seu aconchego foi o São Paulo juntando-se ao seu grupo de amigos que é composto por aqueles clubes que estão arrumando as suas malas para a próxima Série B de 2018.
Pobre tricolor, trocou de técnico e não saiu do lugar.
NOTA 3- O RISCO DE FICAR SEM MEL NEM CABAÇA
* Em uma postagem anterior mostrávamos o risco que o Grêmio iria sofrer quando seguiu o projeto da sua diretoria e do treinador Renato Portaluppi, com a opção focada na Copa do Brasil e Libertadores.
O Brasileirão foi relegado a um plano secundário, mesmo sendo uma conquista mais factível de acontecer.
Otricolorgaúcho foi eliminado na Primeira Liga, na Copa do Brasil, e por uma coincidência do destino pelo mesmo clube que o derrotou na última quarta-feira no Nacional, o Cruzeiro.
Com a derrota caiu para o quarto lugar na tabela de classificação, e sem chances reais para o título.
O Grêmio despencou de forma radical, de vice-líder no turno, está na zona de rebaixamento do returno, com sete pontos em 24 disputados, um aproveitamento de 29,1%.
O mais grave é que perdeu cinco dos seus últimos jogos.
Pelo futebol que vem apresentando, terá dificuldades de passar pelo Barcelona de Guayaquil na Libertadores, e se acontecer uma derrota, o clube que poderia ter tido sucesso na temporada, poderá terminar sem mel ou cabaça.
São coisas de um planejamento desfocado.
NOTA 4- O CORITIBA E A DEGOLA
* Dos times medianos que gostam de brincar de elevador no sobe e desce do Brasileirão, o Coritiba completou na atual temporada seis anos consecutivos jogando nessa competição, mas pelo andar de sua carruagem é hoje o segundo mais cotado para uma degola que vem sendo anunciada por um bom tempo.
A sua queda começou a ser rascunhada ainda no decorrer do turno, onde o time chegou a compor o G4, começou a rolar e terminou a fase no 10º lugar, com 25 pontos.
Trocou de comando por duas vezes mas a sangria não foi contida.
Hoje o clube tem uma cotação bem alta para a disputa da Série B de 2018, com 68% de chances para que isso possa acontecer.
Para que tenha uma ideia da sua realidade, o Atlético-GO que estava na lanterna bem longe, dista hoje apenas com dois pontos do Coxa, que é o 19º colocado.
No returno a situação da equipe do Paraná agravou-se, levando-a a uma UTI e respirando por meio de aparelhos.
A derrota da última quarta-feira perante o Corinthians foi a quinta no returno, cuja tabela de classificação não apresenta uma única vitória, com três empates e cinco quedas, aproveitamento de 12,5%.
A curva descendente está firmada e será difícil de revertê-la, desde que o time não apresenta a menor reação em seus jogos.
O futebol paranaense poderia ter a presença de três dos seus clubes no Brasileirão na próxima temporada, através do provável acesso do Paraná, mas os números não são favoráveis, e o Coxa deverá perder a sua vaga para a equipe paranista.
Na verdade, será uma punição pela falta de um projeto viável para a disputa de uma competição nivelada por baixo.
NOTA 5- AS BOLHAS E OS JOGADORES
* O lateral Filipe Luiz, atleta do Atlético de Madrid, e da seleção do Circo, em uma entrevista ao jornal espanhol ¨El Mundo¨, analisou a atual realidade dos jogadores de futebol.
Segundo esse 80% dos atletas vive em numa bolha, principalmente os jovens que querem imitar os seus ídolos.
Acreditam que indo com uma 'nécessaire' debaixo do braço, uma sapatilha de 400 euros, oito tatuagens, já são estrelas, e que só por isso as pessoas tem que respeitar.
Esquecem-se do mundo real.
É a típica bolha do jogador elevar o seu ego ao ponto de comprar um carrão com o seu primeiro salário.
Concluiu a entrevista, com a afirmação de que não se pode levar uma vida como a de Maradona.
Uma análise perfeita que se encaixa muito bem ao sistema do futebol brasileiro.