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Escrito por José Joaquim

Mudar pode demorar apenas um segundo...ou uma eternidade. Há pessoas que decidem parar de fumar e fazem isso de forma rápida, e há aquelas cuja decisão demora um ano, e quando resolvem fazê-lo a saúde está abalada.

O futebol brasileiro, assim como a politica tem a necessidade de mudanças radicais, e não pode esperar muito para que isso aconteça, antes que a doença se torne irreversível.

O esporte da chuteira em nosso país chegou ao fundo do poço, e não  é necessário ter um QI elevado para entender a razão. Essa está bem à vista de todos.

A desorganização é  total. Por outro lado a corrupção é tão clara que está sendo julgada na Justiça norte-americana, desde que o nosso país é o paraíso para os valhacoutos.

O torcedor do futebol deveria se associar ao seu clube, participar de suas atividades, e sobretudo na sua vida politica. Quando lemos o número de votantes nas eleições do Botafogo do Rio de Janeiro, e a do Santa Cruz em nossa capital, com pouco participação, o juízo final foi decretado.

O clube tem que ser ocupado pelos sócios, e somente nesse estágio é que as mudanças serão realizadas.

Com tais transformações, as Federações e a Confederação terão um efeito cascata para que possam se transformar em algo produtivo para o esporte.

É uma cadeia interligada.

O futebol brasileiro é grandioso, mas definhou por conta de gestões desastradas, muitas dessas às vezes corruptas, e que continuam comandando-o como nada tivesse acontecido, e com uma maioria anestesiada sem protestar.

O Brasil do futebol apodreceu, como o Brasil politico e precisa de uma faxina geral, para que possa voltar aos seus bons tempos, e só poderá tornar-se realidade se o consumidor desejar muda-lo e a sua participação efetiva poderá fazer isso acontecer.

Precisamos dar espaço ao torcedor do torcedor, e não ao torcedor do dirigente, o segmento profissional representado pelas organizadas.

O torcedor irá sem duvidas ser o fator principal para as mudanças necessárias ao sistema, existindo uma necessidade de associação com os clubes, para que comece o processo de participação.

Continuar com o atual modelo é sem duvida colocar a última pá de terra no caixão desse esporte que vem sendo maltratado há muito tempo.

Não existe a condição de sobrevivência se continuarmos com um modelo que se exauriu, e levou o futebol ao fundo do poço, e que insiste em permanecer vivo, através de casuísmos, de benesses e sobretudo por um processo corruptor, que está entranhado sem que nenhum remédio seja aplicado.

Ou mudamos agora, ou então jamais essa estrutura carcomida será derrubada.

Comentários   

0 #1 A Sociedade é ImperfeitaBeto Castro 07-12-2017 13:32
Como todos os membros da sociedade são imperfeitos e pecadores - no sentido religioso - inclusive com muitos membros confusos e doentes, todas as instituições carregam este fardo básico de sujeira moral e ética, como ranço de corrupção acumulada. Clubes, Federações e outros segmentos do futebol não teriam sobrevivido por mais de um século, se ajustes e limpezas desses desvios não tivessem sido feitos. Para isto existe e existiu no passado momentos democráticos de revezamento de poder através de eleições, quase sempre, após os debacles e fracassos. Assim é a sociedade humana na sua organização econômica e social, com os seus conflitos, mediados pelas instituições jurídicas, policiais e políticas, numa correção de rumo periódica de reciclagem permanente. No fundo tudo está relacionado com o nível educacional da maioria da população, que vai melhorando de acordo com o desenvolvimento das bases econômicas da área produtiva na medida que a riqueza aumenta. Os sábios seculares com as suas sabedorias de conhecimentos e vivências acumuladas, em todas as sociedades, são respeitados e reverenciados, porquanto estão sempre atentos para as tendências reptilianas e psiquiátricas dos grupos sociais. A Constituição da República reflete o balizamento das instituições guardiões dos contratos sociais, como guias de democracia, do sistema econômico, organização político-administrativa, eleições livres e justas, revezamento de poder periódico, fiscalização dos órgãos auditores e toda a estrutura republicana. Quando um setor da sociedade é invadido e aparelhado por aproveitadores psicopatas com desvio de finalidade por décadas, sem correção de rumos, o aterro sanitário se instala com todo o seu mau cheiro. O futebol brasileiro, continental e nacional foi completamente aparelhado por grupos de marginais travestidos de cidadãos de bem por 30 anos, sem democracia e com todos os vícios aqui já debatidos. O comando, desde 1986, foi estruturado por um grupo econômico poderoso monopolista que corrompeu todos os segmentos esportivos na sua ganância de açambarcamento dos excedentes econômicos sem controle. A lei da selva da violência dos mais fortes foi instalada sob forma de uma irmandade de mafiosos, corruptos e ladrões, de forma organizada e aparelhada. Com a instalação das seis quadrilhas organizadas sob laços de sangue, os sanguessugas e parasitas, inclusive da imprensa cooptada com mimos econômicos, o setor caminhou a passos largos para a destruição. Toda ditadura política lesiva à maioria de sua comunidade tende para a debacle e a bancarrota. Os remédios são a democracia, o debate em congressos livres e abertos e a fiscalização permanente da sociedade através de seu órgãos de segurança institucionais. Nos anos noventa, a pressão por revezamento político e correção de rumos ensaiaram alguns debates e inovações, premido pela ação de grupos regionais (Nordeste, São Paulo, Sul, Norte e Centro-Oeste) sob liderança da Federação Paulista através da organização de dois congressos nacionais, fóruns regionais, FGV e debates livres na imprensa. Os congressos nacionais do Rio e São Paulo (1996 e 1998) apontavam para um terceiro congresso em Recife (2000) e foi instalado um plano de modernização. Mas, os calhordas da corrupção logo mostraram as suas garras de vampiros insaciáveis. A democracia ameaçava os seus ganhos ilícitos e arraigados. O calendário quadrienal foi sepultado, os certames regionais foram extintos e cessaram todos e quaisquer debates democráticos. A correção de rumo foi substituída pelo aparelhamento total com a criação de um superestrutura ideológica, como o congelamento dos participantes, invasão do primeiro semestre, pontos corridos, contratos isolados e toda o entulho autoritário que começou em 1986, com a conspiração dos sírio-libaneses de São Paulo. As eternas apropriações dos excedentes econômicos pelos conspiradores foram consolidadas no melhor dos mundos da corrupção e do aparelhamento. O sistema implantado no seu arcabouço ideológico é suicida, porquanto só beneficia uns poucos e ameaça toda a comunidade com a rigidez corporativa e a degolação em massa dos mais fracos. O vendaval do Fifagate revelou todas as falcatruas do aparelhamento e todas as sujeiras do Titanic em submersão. Toda a instituição está apodrecida e carcomida pela falta de democracia e com os seus certames e sistemas ultrapassados, velhacos, corrompidos e na UTI. Não houve renovação humana, criatividade e inovação. Os carcamanos estão em reagrupamento permanente para continuar roubando e corrompendo, com o apoio das mesas redondas dos passes errados e dos baitas e bem amigos. O cérebro do monstro está com demência regional e anunciando a falência múltipla dos órgãos em todo corpo nacional. Olho vivo no Lance! Reciclagem ou Morte!
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