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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL DAS POLTRONAS

* A Globo teve a sua maior audiência nos últimos 11 anos da era dos pontos corridos. Na média foram 26 pontos no estado de São Paulo e 24 no Rio de Janeiro, que são as maiores praças do país.

As poltronas estão substituindo as arquibancadas.

A média de público da temporada que foi encerrada, por incrível que possa parecer foi a terceira melhor da década, com 15.968 pagantes, só perdendo para os anos de 2015 (17.044), 2014 (16.555) e 2016 (15.188).

O crescimento na relação ao ano anterior foi ínfimo e representa uma fase de estagnação.

Os torcedores das poltronas cresceram, os das arquibancadas estancaram.

Apenas dois clubes tiveram uma média de público acima de 30 mil pagantes, Corinthians (40.007) e São Paulo (35.228). Outros dois estiveram acima de 20 mil, Palmeiras (29.660) e Bahia (21.541).

Em matéria de público a atual década está perdida, sem evolução nos seus números, o que reflete o modelo do torcedor brasileiro que só lota os estádios nas decisões, ou quando os seus clubes estão lutando contra o rebaixamento.

Os números são grotescos para um país que era conhecido como o do futebol.

Conversa fiada.

As médias foram as seguintes:

2010- 14.839 pagantes,

2011- 14.322,

2012- 12.977,

2013- 14.951,

2014- 16.555,

2015- 17.044,

2016- 15.188 e,

2017- 15.968.

Pobre futebol brasileiro.

NOTA 2- O CUSTO DE UM PONTO NO BRASILEIRÃO

* Levando-se em consideração as folhas salariais dos times que disputaram o Brasileirão, na relação com os pontos conquistados, a Chapecoense foi a que teve melhor retorno.

Apesar de não ter sido campeã, conseguiu ficar na 8ª colocação, com 54 pontos, acima de  vários clubes com maiores investimentos.

Para cada ponto conquistado, o time de Chapecó despendeu R$ 400 mil.

Um excelente retorno do investimento.

Para que se tenha uma ideia exata sobre o tema, a conquista dos 72 pontos que deram o título ao Corinthians, teve um custo unitário (por ponto) de R$ 1.583 milhão.

BAHIA- (12º)- R$ 672 mil por ponto,

ATLÉTICO-PR (11º)- R$ 705 mil,

SANTOS (3º)- R$ 857 mil. Excelente retorno.

VASCO (7º)- R$ 857 Mil- Bom retorno.

BOTAFOGO (10º)- R$ 905 mil,

VITÓRIA (16º)- R$ 1.060- Muito alto para a campanha realizada.

SPORT (15º)- R$ 1.070- Mesma situação do Vitória.

FLUMINENSE (14º)- R$ 1.276 milhão- Retorno negativo,

GRÊMIO- (4º)- R$ 1.548 milhão,

CORINTHIANS (1º)- R$ 1.583 milhão, 

CRUZEIRO- (5º)- R$ 1.894 milhão, 

SÃO PAULO- (13º)- R$ 2.160 milhões- Retorno negativo,

ATLETICO-MG (9º)- R$ 2.142 milhões. Retorno fraco,

FLAMENGO (6º)- R$ 2.464 milhões- Retorno fraco e,

PALMEIRAS (2º)- R$ 2.761 milhões. Gastou para ser campeão, mas jogou muito dinheiro fora.

Os melhores retornos de acordo com as classificações, sem duvida foram os da Chapecoense, Santos e Vasco da Gama.

NOTA 3- O COFRINHO DO FIFAGATE

* A Justiça dos EUA tornou públicas as anotações apreendidas no famoso cofrinho de Kleber Leite, que foram apreendidas numa operação de nossa Policia Federal e do Ministério Público Federal, em maio de 2015 logo após a prisão de José Maria Marin.

Os documentos na ocasião foram divulgados pelo jornal o Globo.

Para o entendimento dos nossos visitantes, estamos apresentando as anotações:

¨COPA AMÉRICA¨

Partiés: Full Play- Traffic- Torneos

Period 2015-2013

MPM US$ 3 M for each CA played + US$ 3 M for contract signing

¨COPA DO BRASIL¨ 

Parties Klefer Period: 2013-2022

MPM: R$ 1m per ¨year¨.

Segundo os procuradores norte-americanos a inscrição com o ¨MPM¨ significa Marco Polo e Marin.

Por outro lado as anotações comprovaram de forma clara os valores que foram citados nas delações.

Um procurador federal brasileiro testemunhou comprovando que as anotações foram apreendidas em um cofre na sede da empresa de Kleber Leite.

E aí Del Nero?

E aí cartolagem brasileira?

NOTA 4- A LEI GERAL DOS ESPORTES

* Há quase um ano que o Projeto de Lei 68, denominado de Lei Geral dos Esportes vaga nas comissões do nosso Senado Federal.

Como trata-se de algo que não alimenta os interesses dos senadores, entra mês e sai mês, e esse não é levado ao plenário.

Nesse projeto tem um artigo bem importante que vem cobrir uma grande lacuna na questão de desvios nas entidades esportivas.

A legislação brasileira não permite a interferência do estado no caso de desvio de recursos dos clubes e federações  pelos dirigentes, desde que como esses não são governamentais nada se pode fazer para a punição dos culpados.

O Circo do futebol não recebe verbas do governo para não ser fiscalizado.

Há pouco tomamos conhecimento de que essa entidade circense transferiu para um aliado fraterno do dia a dia, o Sport Promotion, os recursos para o Futebol Feminino que foram disponibilizados pela Caixa Econômica.

No projeto que está vagando feito um fantasma no Senado Federal, consta um importante artigo que acaba com o privilégio que é dado para as empresas privadas de não processarem os seus diretores pelos desvios cometidos, ou seja  se meterem as mãos no dinheiro ficarão sujeitos ao Código Penal Brasileiro. 

Como isso interfere na vida do Circo do Futebol, a bancada da bola está segurando e deixando-o no esquecimento.

São coisas do nosso parlamento e do futebol brasileiro.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Os analistas de desempenho do Sport Recife atenderam o pedido do Circo e acompanharam os jogos da seleção da Servia, que será uma das adversárias do time circense.

A nossa pergunta que não ofende é a seguinte: se esses profissionais não conseguiram detectar os desempenhos dos times adversários do rubro-negro no Brasileirão, que terminou com 17 derrotas, qual foi o grau das analises que seguiram para o treinador Tite?

É preocupante.

Comentários   

0 #3 RE: NOTAS AVULSASANTONIO CORREIA 08-12-2017 18:41
JJ: SOBRE A NOTA 1- Os números assustam e mostram que o torcedor optou pelo sofá. Sei que é trabalhoso, mas será que o amigo consegue analisar os públicos do Brasileiro antes dos pontos corridos.
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0 #2 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 08-12-2017 12:29
JJ: Mais uma vez o blog presta um grande serviço para os que acompanham o futebol brasileiro. Essa relação pontos com os custos de salários é sensacional, mostrando os desperdícios de vários clubes, e em especial o Sport.
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0 #1 Nota 2André Ângelo 08-12-2017 11:33
Parabéns por essa análise sobre o custo-benefício dos clubes da Série A.
Mostra que o Sport gastou muito para pouco resultado. E não foi apenas na Série A. Também foi no pernambucano que, mesmo sendo campeão, não fez a melhor campanha da 1ª fase; foi na Copa do Nordeste, onde caiu de forma vexatória para o Bahia; na Copa do Brasil e na Sulamerica, onde fomos eliminados facilmente pelos adversários.
E a culpa disso está na montagem do elenco, uma vez que a diretoria sabia desde o final de 2016 que o time iria disputar 5 competições - sendo algumas delas simultaneamente - e mesmo assim não formataram um elenco competitivo.
Prova maior de incompetência não há.
Continuando a minha colaboração para que a presidência do clube contrate bons jogadores para a próxima temporada, segue a lista de atacantes.

Atacante

Ymmi Chará (Júnior Barranquila)
Téo Gutierrez (Júnior Barranquila)
Jonathan Alvez (Barcelona Guayaquil)
Lucca (Ponte Preta)
Mazinho (Oeste)
Rodrigo Pimpão (Botafogo)
Walter (Atlético GO) (contrato de produtividade)
Edigar Júnio (Bahia)
Ribamar (Atlético PR)
Rodrigão (Bahia)
Rafael Moura (Atlético MG)
Arthur (Chapecoense)
Kieza (Vitória BA)
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