* A Série C é uma competição aloprada. Com exceção do Atlético Acreano que está com uma folga na tabela de classificação, os outros disputantes vivem numa gangorra do sobe e desce.
A diferença do 9º que é o primeiro da zona da degola, para o 4º colocado na zona de acesso é de 4 pontos.
Faltam sete rodadas e de tudo poderá acontecer.
O maior exemplo dessa distribuição na tabela vem do Náutico, que ao obter três vitorias seguidas passou da lanterna para a 3ª posição. Um grande salto.
Na noite de ontem obteve uma boa vitória para o Botafogo-PB por 2x0, sem jogar um bom futebol.
A sorte do alvirrubro foi a de marcar um gol logo no inicio da partida, resultado esse que segurou até os seus minutos finais, quando marcou um segundo quando o adversário estava no tudo ou nada.
O Náutico no segundo tempo jogando com um homem a mais, deixou o Belo tomar gosto pela partida e buscar o empate, que quase conseguiu.
Faltam sete rodadas para terminar essa fase, e a classificação está em aberto, e as vitórias em casa são fundamentais para o alvirrubro para que possa se manter na atual situação.
O próximo jogo será contra o líder da competição, como mandante. Um encontro bem difícil, desde que o time acreano é o melhor da competição.
No outro jogo, o Salgueiro que saiu à frente no placar permitiu que o Confiança chegasse ao empate (1x1), e com isso perdeu a chance de chegar ao G4.
O Globo que andou no precipício está na 4ª colocação.
Um verdadeiro elevador.
NOTA 2- MAIS UM TÉCNICO DANÇOU NO RECESSO DA COPA
* Fernando Diniz, técnico do Atlético-PR nadou contra a maré, mas terminou se afogando.
A sua situação era muito complicada desde a derrota por 2x0 no jogo contra o Botafogo pela 12ª rodada.
Entrou no recesso da Copa com a faca no pescoço, sendo sustentado apenas por Mario Celso Petraglia, o homem forte do Furacão, que terminou sucumbindo perante as pressões dos sócios do clube, e do Conselho Deliberativo.
Na manhã de ontem o treinador dançou quando sobrou na dança das cadeiras.
O seu retrospecto era terrível, com 14 jogos e uma vitória e com o rubro-negro na zona da degola.
Na verdade Diniz foi ceifado por conta de sua teimosia ao não entender que o sistema de jogo que foi implantado, não tinha a menor chance de prosperar pela falta de atletas de qualidade para tal.
Não mudou de sistema e dançou.
O seu patrono no clube, Mario Celso Petraglia, também comunicou que iria deixar o setor de futebol, desde que não gostou das pressões que aconteceram nos últimos dias, e o seu desejo era o de manter o técnico no comando.
Mesmo sem futebol, a dança das cadeiras continua.
Só mesmo no Brasil, país onde a mudança de técnicos é o orgasmo dos cartolas.
NOTA 3- O MUNDO ARÁBE É O NOVO PARAISO PARA O FUTEBOL DO BRASIL
* A China reduziu as suas negociações com o futebol brasileiro, e está sendo substituída pelo mundo árabe que está se tornando o novo mercado da bola.
Vários jogadores já foram contratados pela Arábia Saudita, assim como treinadores e auxiliares técnicos.
Há pouco esse país estava disposto a levar quatro jogadores do Palmeiras, Willian, Moisés, Lucas Lima e Antônio Carlos, que motivou a ida do diretor executivo do clube, Alexandre Mattos, para uma conversa com o Ministro dos Esportes para que o assédio não continuasse.
Na verdade os clubes não tem muito que fazer, desde que basta o depósito da multa contratual para levar um jogador. Uma farra e folia, que está trazendo para os cofres das agremiações e para os bolsos dos empresários bons recursos.
Nessa onda árabe entrou o Egito que pela primeira vez fez uma contratação de vulto ao levar Keno para o Al Ahram, com pagamento á vista de US$ 10 milhões (R$ 37,8 milhões).
A negociação desse profissional trouxe um lucro fabuloso para o alviverde, rendendo um pouco mais de R$ 32 milhões em dois anos.
O jogador foi comprado em 2016 por R$ 6 milhões e vendido por R$ 37,8 milhões.
Na verdade o futebol brasileiro não tem condições de segurar os seus profissionais, tanto os mais jovens, como os mais maduros, e por isso estamos na fase de decadência.
NOTA 4- O ENQUADRAMENTO DA RÚSSIA
* A seleção da Rússia recebeu um choque de realidade no seu jogo contra o Uruguai, que a derrotou pelo placar de 3x0.
O primeiro tempo do time uruguaio foi perfeito, quando dominou a partida sem dar a menor chance para o adversário.
Aos 9 minutos do primeiro tempo, Luiz Suarez, cobrando uma falta rasteira abriu o placar. Aos 12 minutos o goleiro Muslera fez uma defesa milagrosa ao defender um chute do russo Cheryshev. Aos 22 o time sul-americano ampliou o placar através de um gol contra.
Para piorar a situação da seleção russa, as 35 minutos, Smolnikov recebeu o cartão vermelho por conta de uma falta violenta.
No segundo tempo os uruguaios se limitaram a tocar a bola, e nos 45 minutos finais marcaram mais um gol, através de Cavani.
Na verdade a superioridade da seleção do Uruguai foi gritante, tendo conseguido terminar a primeira fase sem levar gols, com 100% de aproveitamento, e irá enfrentar a seleção de Portugal nas oitavas de final com chances de chegar mais longe.
No outro jogo do grupo, uma pelada árabe, entre a Arábia Saudita e Egito, que terminou com a vitória saudita por 2x1. A seleção egípcia, que tem um dos maiores jogadores do mundo, Salah, saiu zerada da competição.
NOTA 5- O NIVELAMENTO POR BAIXO DA COPINHA DO MUNDO
* Portugal e Espanha conseguiram as suas classificações na Bacia das Almas. Na verdade essa Copa de 2018 está nivelada por baixo, e com exceção da Bélgica e Inglaterra os demais participante são japoneses. Todos iguais.
Quando uma favorita se classifica nos minutos finais com a ajuda da arbitragem, no caso a Espanha, que enfrentou o Marrocos um time frágil, e empatou em 2x2, é obvio que algo estranho está existindo.
O mesmo aconteceu com a seleção Lusa, que até agora deve estar rezando para os Deuses do Futebol que a ajudaram quando um atacante do Irã, frente à frente com a meta perdeu no final do jogo o gol que o faria classificar o seu time.
A arbitragem do partida da seleção Ibérica foi uma tragédia. Teve a participação do VAR por três vezes e o apitador errou em todas as decisões.
Os portugueses tiveram maior posse de bola, mas criaram poucas chances de gol. Os iranianos estavam bem formatados em sua defesa. O empate parecia sacramentado para o final da fase, quando aos 44 minutos Quaresma marcou um bonito gol para a equipe Lusa.
No segundo tempo o Irã partiu para o tudo ou nada, quando em uma contra-ataque, Cristiano Ronaldo conseguiu que o árbitro marcasse um pênalti que foi confirmado pelo VAR.
O craque lusitano bateu e o goleiro segurou.
Dai em diante o jogo foi da seleção iraniana, que passou para o ataque e no final do jogo, no grito, e com o árbitro perdido em campo teve um pênalti marcado à seu favor que foi aproveitado, e que empatou a partida.
Um minuto após, o Irã perdeu o gol da vitória, quando chutou por fora uma bola que estava na frente da meta.
No outro jogo, a seleção da Espanha sofreu um sufoco do Marrocos, que esteve à frente do marcador e só conseguiu o gol do empate no final da partida, graças ao VAR.
Os espanhóis irão jogar como favoritos contra a Rússia, equipe que pelo que mostrou em seu jogo contra o Uruguai certamente não irá resistir, mas devem ser riscados do mapa de favoritos.
Pelo que estamos presenciando a campeã será uma seleção que não estava entre as favoritas.
A Copa do Mundo virou uma Copinha.
NOTA 6- A SELEÇÃO DO CIRCO ESTÁ AMEAÇADA
* Pelo que presenciamos no dia de ontem quando duas seleções bem frágeis sufocaram duas grandes, inclusive um favorita, ficamos na certeza de que o jogo da seleção do Circo será de sofrencia.
Em dois jogos essa mostrou muito pouco de futebol.
No último jogo venceu da Costa Rica na bacia das almas.
Um time que não ganhou de ninguém.
A Sérvia tem mais qualidade técnica do que esse, e certamente será um adversário mais complicado.
Depois dos jogos de Portugal e Espanha o sinal amarelo acendeu no picadeiro do Circo, aumentando a sua responsabilidade.
A Copinha está nivelada por baixo, e um desastre nesse jogo não pode ser descartado.
Depois que vimos os números da Mega Sena de tudo pode acontecer.
NOTA 7- EMOÇÃO E BELEZA
* Os jornalistas espanhóis usam metáforas nas suas crônicas.
As misturam com sentimentos, e tem a capacidade de construir em uma frase, a verdade que o resto do mundo se bate para encontrar com um arsenal de ideias.
Enquanto o mundo busca sustentar teses para absolver ou criticar o genial Messi, o jornalista José Sarmano, no El País, escreveu: ¨Messi na Argentina: Um Picasso na cozinha¨.
