blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Não entendemos a alegria de alguns menos avisados com relação a saída precoce de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo da Copa do Mundo da Rússia.

Trata-se algo que apequena o debate.

Ambos sempre estarão nos anais da história do futebol como um dos seus maiores craques. Ainda vão jogar por um bom tempo.

Quantos jogadores de alto nível não conquistaram esse troféu?

Zizinho, Ademir Menezes, Zico, Sócrates, Falcão, Di Stefano, Puskas, Euzébio, Platini, Baggio, Cruyff entre tantos outros, foram geniais em suas épocas, mas não ganharam uma Copa do Mundo.

O futebol é coletivo e necessita de organização para que um time possa dar certo. É como uma orquestra sinfônica que depende de seus músicos para que possa fazer uma grande apresentação.

Lionel Messi tem no Barcelona um grupo do mais alto nível, assim como Cristiano Ronaldo no Real Madrid. O coletivo impera, enquanto nas suas seleções existe uma inversão quando o individual tem que resolver os jogos, que hoje é impossível de acontecer.

Uma andorinha sozinha não faz verão. O craque pode resolver um lance, com um bom passe, um bonito gol, mas na realidade não pode casar e batizar de forma isolada.

Não existe espaço para o bloco do eu sozinho. Esse não tem condições de sair driblando todo o time adversário e fazer um gol.

É a referencia mas não o salvador.

Os dois primeiros jogos das oitavas deram um recado que o coletivo é o fundamento principal de um time. O individual coloca o sal na comida, mas se for isolado obviamente que não poderá carregar nas costas um fardo pesado.

Há seis anos que a seleção francesa tem o mesmo treinador, Didier Deschamps. A França foi um time com um forte coletivo, e tem jogadores do mais alto nível. Enquanto isso a Argentina contou com a individualidade de Messi e de alguns seus jogadores.

O gol de Di Maria foi um produto da individualidade.

No caso de Portugal se aplica a mesma teoria, com Cristiano Ronaldo a sua estrela maior, mas os demais componentes não conseguem acompanha-lo, e deixaram nas suas chuteiras o destino da seleção.

O Uruguai pelo contrario, tem no seu banco um treinador longevo, com dois jogadores acima do nível, e os demais bons de bola, e tem no seu coletivo o ponto mais forte.

Jogaram com a alma, com a participação de todos.

O futebol não é o tênis ou o xadrez que são esportes individuais, e necessita de um trabalho coletivo de todos para a obtenção de bons resultados.

Obvio que numa competição como uma Copa do Mundo se exigir que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo resolvessem os seus jogos de forma isolada,certamente é um grande equivoco.

Um bom exemplo estamos tendo na seleção de voleibol feminino que ficou fora do pódio na Liga das Nações, por falta de um coletivo e dependendo de uma única atleta, Tandara, para resolver a partida.

Deu no que deu.

As criticas disparadas contra esses dois atletas tem o sentimento de ódio por serem os melhores do mundo.

Na verdade a síndrome da madrasta de Branca de Neve continua perdurando na sociedade.

A seleção do Circo tentou com a individualidade de Neymar e não deu certo, quando passou para o coletivo melhorou.

São coisas do futebol e dos apedeutas raivosos.

Comentários   

0 #5 RE: O FUTEBOL É UM ESPORTE COLETIVOPEDRO CORDEIRO 02-07-2018 11:53
JJ: Concordo com o comentário de André. O artigo é sereno, e com a qualidade desse blog. Parabéns.
Citar
0 #4 RE: O FUTEBOL É UM ESPORTE COLETIVOANTONIO CORREIA 02-07-2018 11:35
JJ: Vou colaborar com esse excelente artigo. LeBron James é um gênio do basquetebol, mas apesar de todos os esforços não levou o seu time ao titulo da NBA. Perdeu para o coletivo.
Citar
0 #3 Copa dos CampeõesBeto Castro 02-07-2018 11:12
Quem assistiu alguns jogos da Copa pelo dois monopólio do futebol no Brasil e no Mundo, que chamo de Copa dos Campeões de combinados, viu o desfile dos craques do Império Europeu do Baú da Zurica travestidos e vestidos com as fantasias de seus longínquos países que participam do campeonato interno da Uefa chamado de Copa do Mundo. O Monopólio da União Europeia tinha 12 seleções dos clubes da Copa dos Campeões da Europa e outras 20 vestidas com os uniformes dos demais continentes pertencentes aos mesmos clubes das Ligas do Velho Mundo com camisas diferentes - Na verdade uma Copa interna do Monopólio. As maiores potências econômicas do planeta de fora da pantomima EUA e China, além de importantes países como o Canadá, a Índia, Turquia, etc. Uma cópia caricata da ditadura da Rede Golpe e das doze tribos de quatro cidades do Brasil. Os 5550 municípios e cidades do Brasil não existem para a patotinha dos que aparelham o futebol europeu, sul-americano e brasileiro. Tudo para nós. Aquilo que Messi, Cristiano Ronado, Neymar, Soares, Cavani, Mbapé, Pogba, Felipe Coutinho e outros monstros sagrados do futebol representam são as ligas das "organizações" excludentes. Daí, o sentimento difuso dos torcedores que ouvem os galos cantarem e as galinhas cocoricarem, mas não sabem de onde vem a onomatopeia. O futebol do mundo inteiro é organizado para a promoção e gáudio dos clubes vencedores da Copa dos Campeões, o que demonstra o viés das entidades lagartixas da Terra dos Murídeos. Os maiores valores da bola azul - econômicos, demográficos e territoriais não estão representados na Copa dita do mundo, que gira em torno de Zurique. O futebol mundial se resume a duas cidades inglesas, Madrid, Barcelona, Munique, Milão, Turim e Paris - o resto das agremiações do mundo compram caminhões de lutadores de artes marciais de segunda, terceira e quarta classes do Baú, como os árabes, ucranianos, russos e chineses, na ilusão de imitarem os seus algozes. Isto é que tem que ser discutido pelas mesas redondas dos tycoons midiáticos e outros lavadores de papel moeda do aparelho do pebolim. Estrelas isoladas do firmamento da geleia meia-boca dos marqueteiros e atravessadores da Bola de Ouro são apenas detalhes do teatro de marionetes. Com respaldo legislativo das cambadas da bola, claro!. Na verdade formada por golpistas e neoliberalistas enviesados e míopes. Em resumo um Infantinolismo dos ditadores de plantão e das Coroas Reais nas tribunas de honra das democracias de Trump, Putin, Xi Jinping e outros Neo-Califaraós petrolíferos como o Lulya Marumita e o imprensado Kim Jong Un. Este é o mundo da Democracia Zero, igual às bebidas Diet dos donos da água com ciclamato, sacarina de alcatrão, aspartame, sucralose e outros edulcorantes artificiais lavajateiros do açúcar. Que tal discutirmos democracia no futebol pelo mundo com apoio do Coronel Caboclo da Trinca dos Currais? Sem pontos corridos aparelhados, guilhotina em massa e cobras de duas cabeças.
Citar
0 #2 Ótima análiseAndré Ângelo 02-07-2018 10:58
Parabéns pela análise serena e de excelente qualidade.
Também não sou daqueles que vibram quando boas seleções são desclassificadas.
Citar
0 #1 RE: O FUTEBOL É UM ESPORTE COLETIVORUBRO-NEGRO 02-07-2018 10:46
JJ: Já passou o tempo dono da bola. Como o amigo afirmou o futebol é um esporte coletivo. O jogador diferenciado não pode resolver um resultado de forma isolada. Obvio que poderá dar uma boa contribuição mas ganhar um jogo é impossível. Só mesmo nas peladas.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar