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Escrito por José Joaquim

Quando presenciamos cenas como as do presidente da República, Michel Temer, comemorando a vitória do time do Circo, ou os gritos de alegria e fogos lançados por uma parte da sociedade, nos lembramos de uma frase do jornalista inglês Terry Eagleton, em um artigo no jornal ¨The Guardian¨, afirmando que o futebol era o ¨ópio do povo¨.

Segundo Eagleton, inventaram o futebol para manter as pessoas felizes.

Na verdade, nem tanto ao mar, nem tanto a terra, mas que esse esporte muitas vezes se transformou em um ópio do povo é muito bem visível, principalmente em países sob o comando de ditadores.

A reação da sociedade brasileira com as vitórias de uma seleção que na verdade não é do Brasil, e sim do Circo do Futebol Brasileiro (CBF), é um produto de uma alienação que tomou conta do país.

Esquecem que os lucros de uma conquista ficarão com a entidade que administra esse esporte em nosso território, ou seja estão permitindo que o sistema seja mantido por mais um longo tempo, que é bom apenas para a cartolagem, mas trágico para os clubes.

O povo quer pão e circo, e o resto é nada mais do que o resto.

A seleção que os ufanistas se esguelam em seus  jogos só tem um atleta que joga no futebol brasileiro, e assim mesmo era reserva que assumiu a titularidade por contusão do dono da vaga.

Por outro lado a Inglaterra com uma seleção formada 100% por atletas que jogam no seu Campeonato, vem fazendo uma excelente Copa, e com chances de disputar a final.

O Brasil hoje é um entreposto que serve para negociações de jogadores, e para alegria dos agentes. Os bons e novos vão embora, e os que estão em decadência voltam. Sabemos que a estrutura financeira do país, não pode concorrer com os grandes centros econômicos, mas apesar disso se tivéssemos gestores competentes a situação interna era bem diferente.

O futebol do Brasil está sendo repetitivo na mediocridade, mas ainda tem vida, mas essa está ligada a aparelhos numa UTI de um hospital do SUS, que é uma das tragédias brasileiras. No país finge-se que se faz futebol, quando na verdade estão trucidando esse esporte.

Qual será o seu futuro quando a maioria dos seus clubes são sazonais, como uma cultura agrícola? Qual a razão de não os tornar perenes durante o calendário esportivo? São perguntas que fazemos e não ouvimos respostas.

Já mostramos varias vezes o modelo britânico de conduzir o futebol, que tem 11 divisões, com a formação de uma cadeia produtiva, tendo uma sempre abaixo da outra, com acesso e descenso. O mais importante é que as ligas menores cobrem zonas geográficas bem reduzidas.

Isso em um país com uma população bem menor do que a nossa, sem a grandeza territorial que temos, mas dão um exemplo que poderia servir de estudo, quando seus clubes tem vida durante uma temporada.

Não é preciso copiar, e sim tirar o que de bom que existe por fora de nossos território. Os gritos de Hexa emanados por uma mídia que vive desse produto, é o ópio vendido aos torcedores que esquecem quais são os maiores beneficiados com essa seleção, cujo elenco ficará na Europa c com uma grande gratificação, e os dirigentes aproveitando-se de uma conquista para se perpetuarem no poder apesar de tudo que aconteceu nesses últimos anos.

O futebol brasileiro é igual a nossa politica, ambos tem vida, mas faltam bons médicos que possam trazê-los de volta à realidade. 

Comentários   

0 #3 RE: O ÓPIO DO POVOPEDRO CORDEIRO 04-07-2018 18:28
JJ: Enquanto os clube estão no atoleiro os torcedores estão seguindo as mídias e soltando foguetes para a seleção. O artigo está perfeito. Excelente e que mostra a realidade em que vivemos.
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0 #2 RE: O ÓPIO DO POVOPLINIO ANDRADE 04-07-2018 13:41
JJ: O blog mostra a realidade. Realmente o futebol é usado muitas vezes com um ópio para a sociedade A impressão que tenho é que vendem um gato por lebre, e os compradores caem no sistema. O futebol brasileiro teve uma queda interna brusca, e não é uma conquista que irá modifica-lo. Bom para a CBF e seus cartolas que irão ganhar uma sobrevida.
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0 #1 Copa Interna da FifuefaBeto Castro 04-07-2018 10:49
Estamos pensando por telepatia. Acho que este pensamento em sincronia é fruto da ação da experiência e das associações heurísticas cerebrais que levam a pensamentos semelhantes. A Copa Interna da Fifuefa, temos que concordar, reúne atletas jogadores do mais alta nível e é emocionante. Ontem durante o jogo Cornualha versus Bolívar do Sul, um narrador do monopólio e o seu escudeiro falastrão ficaram tão emocionados que tiveram um orgasmo em plena narração, logo após um chute do Uribe do time dos Andes do meio do campo que alcançou o ângulo esquerdo dos bretões inventores e foi milagrosamente espalmado pelo goleiro inglês. Realmente, um lance de rara beleza e a Copinha Interna da Fifuefa tem sido pródiga nessas emoções. Mas, esquecem todas as outras desgraças do futebol brasileiro e mundial. Veja o texto que preparei para enviar a um interlocutor de um desses países potências que são da série B da Confederação da Europa.
"Copa Interna da Fifuefa chega às quartas de finais - Um dos times combinados com um uniforme e o nome de Brasil composto por jogadores da Roma da Itália, do Atlético, Real Madri e Barcelona da Espanha, do PSG da França, do Chelsea, Manchester City e Liverpool da Inglaterra e alguns atletas reservas do Bayern de Munique e do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, está entre os classificados. Apenas um dos jogadores reserva que substituiu dois atletas contundidos da Fifauefa joga no time do Itaquerão em São Paulo - Brasil. Isto acontece com quase todas as seleções de todos continentes excluídos da competição no negócio do futebol ao redor do fundo, inclusive com os combinados das Nações da Fifuefa. Para a sua reflexão!" O grave é que os centuriões lagartixas em todo mundo estão felicíssimos e radiantes com esta situação de subserviência, inclusive as agremiações sovaqueiras na rota da bancarrota. A compra em massa de bois magros para engorda da periferia pelos países ludibriados lota caminhões boiadeiros, ônibus às dezenas e aviões de cargas e tranqueiras. Uma alienação cavalar nunca vista na humanidade. Os prestidigitadores e mágicos dos sortilégios do Baú da Zurica, dos Come-Bolas e do Edifício com nome genérico, são verdadeiros encantadores de serpentes peçonhentas. Hipnose que se espalha por 800 sovaqueiras com elefantíase e erisipela que se apresentam nos trombudos albinos do mundo inteiro. Quando assisto a série dos zumbis caminhantes (Walking Dead) só me lembro dessa turma imortal esfarrapada e antropófaga mais lisa do que muçum depauperado. Um dos atletas, que jogou um bolão com os bombeiros hidráulicos mexem canos, foi chamado de Foguetinho Sputinik de Yuri Gagarin da Cadela Laika da Estação Espacial da Antiga União Soviética das pedrinhas do muro de Berlin dos bebedores de Vodka com mancha na testa e cambaleantes, tamanho o entusiasmo dos correspondentes do Kremlim na praça Vermelha diante do túmulo de Lenin. Fiquei tão sensibilizado que após o jogo coloquei o hino Gimn Rossiyskoy Federatsii - Rossiya - svyashchennaya nasha dyerzhava Rossiya - lyubimaya nasha strana
Moguchaya volya, vyelikaya slava
Tvoyo dostoyan'ye na vsye vryemyena! e fiquei ouvindo por horas.
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