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Escrito por José Joaquim

Fim da Copa de 2014 com a derrocada da seleção do Circo, que ficou marcada para a eternidade com um 7x1 grotesco no seu jogo contra a Alemanha.

Os analistas do futebol brasileiro formaram uma unanimidade de que era necessário um trabalho de longo prazo como no modelo alemão.

Final da Copa de 2018, estamos lendo e ouvindo a mesma repetição da anterior, quando o espelho é a seleção da França e o seu longo prazo.

Na realidade esses esquecem que o trabalho de formação na Europa e entre esses o da França tem dez anos de implantação, e contam com o apoio governamental, das federações nacionais e dos clubes.

Obvio que o longo prazo é o fundamento para o sucesso, e sobre isso já escrevemos vários artigos.

O açodamento é negativo e não produz resultados.

No meio esportivo brasileiro as cabeças pensantes são raras.

Para a obtenção de sucesso em qualquer atividade, inclusive a do futebol, torna-se necessário identificar e compreender a sua lógica, reinterpreta-la e adequá-la às novas realidades.

Quem no meio futebolístico brasileiro tem a capacidade de entender esse sistema? Não temos duvida que são poucos, e entre esses pela formação poderíamos citar o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Ferran Soriano, CEO do Manchester City, em uma frase mostrou que em todas as atividades humanas existe uma lógica que as move e controla, uma lógica que age de maneira mais ou menos oculta, ou seja, o que acontece hoje na Europa poderia acontecer em nosso país obedecendo as suas peculáriedades.

O nosso problema é que as maioria das pessoas que comandam o futebol, só tem o entendimento que é o de contratar e negociar jogadores, demitir treinadores, sem a capacidade para entender o funcionamento de um amplo projeto como os implantados no Velho Continente.

O longo prazo com centros de formação de atletas nos países que os adotaram, são auditados trimestralmente, recebem a orientação das federações que fazem parte do sistema.

Em nosso país, o Circo  que comanda o futebol incentiva a relação promíscua entre os dirigentes e os diversos empresários, que não desejam modificações e projetos que poderão tolher esse processo.

Os clubes deixaram de ser a base de si próprio, para serem a base de negócios. Qual um grande jogador apareceu após a Copa de 2014? As revelações antes do amadurecimento são negociadas.

Existe um fato importante que os nossos analistas não percebem, e que está localizado em um bonito prédio da Barra da Tijuca, numa entidade sem a credibilidade para implementar um grande projeto como o ClaireFontaine francês.

Jamais isso irá acontecer se não houver uma faxina geral.

Por outro lado, não estão observando que sem uma modificação da Lei 9615/98 (Lei Pelé), em relação as devidas garantias ao trabalho de formação, em 2022 a mesma ladainha será ouvida.

O futebol brasileiro precisa de seriedade, de profissionais de alto nível, para que possam implantar o longo prazo visando o seu futuro.

Na realidade gostamos da anarquia e do improviso, um conjunto que está levando esse esporte ao fundo do poço.

Falar é fácil, implantar é difícil com o atual modelo. O futebol brasileiro não tem FUTURO.

Comentários   

0 #1 Cabides de EmpregoBeto Castro 18-07-2018 12:17
Podem fazer um milhão de centros de treinamento de atletas jovens (masculinos e femininos e até mistos e transgêneros) como já fizeram outros países, que nada de melhor acontecerá. O Paradigma não está nem na formação, nem é culpa exclusiva da intermediação de escravos baratos, mas no equilíbrio das dimensões geoeconômicas, geopolíticas, territoriais e demográficas. A base da organização tem que ser proporcional à economia e às riquezas de cada país, com a liberdade e autonomia da organização através da administração científica, enquanto ciência de junção dos talentos do capital humano com os recursos naturais de cada país em consonância com a sua organização geopolítica. Tudo começa com uma excelente organização territorial, daí porque o Brasil jamais chegará nem perto da organização americana que tem 50 estados e nós temos apenas 26 e um DF - isto na organização geopolítica e geoeconômica, com base nas dimensões econômicas e do capital humano. A organização do futebol ou de qualquer setor como o educacional tem que reunir os seus maiores talentos em todas as áreas com liberdade para criar e inovar com autonomia e independência, pois nenhuma colônia, seja de outros países, seja da Conmebol ou da Fifa pode prosperar com eficiência. Enquanto tivermos o tumor maligno das doze tribos e a influência dos extra-lúcidos dos monopólios excludentes, nada prosperará no Brasil - Seremos sempre uma lavanderia de porcos magnatas com mangueiras sob pressão manipulando corações e mentes e aparelhando as instituições em benefícios próprios. Vadios, parasitas e venais é que não faltarão para vender até as orelhas da mãe para a fabricação de cinzeiros. A Nação gastou cerca de R$ 38 bilhões e levou 100 anos para ter uma fábrica de aviões e um centro de excelência em aerodinâmica que vale R$ 4 trilhões, incluindo o capital intelectual humano e os conhecimentos científicos e tecnológicos implícitos e vem meia dúzia de turcos ladrões e doa este patrimônio por R$ 4 bilhões para quitar dívidas vencidas já pagas 20 vezes e receber as respectivas comissões. Um conglomerado de babacas oportunistas, proxenetas coloniais e golpistas num funil de coleta de sangue contaminado não pode ter qualquer futuro. O grande guarda-roupa lotado de cabides com vagabundos pendurados através de cargos comissionados por nepotismo e por quem indica (QI) será sempre uma guerra fratricida entre irmãos sem igualdade de oportunidades, numa violência incontrolável.
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