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Escrito por José Joaquim

Um tostão não valia nada, imagine se fosse furado.

Essa frase sem duvida serve para mostrar os equívocos no trabalho de formação dos clubes que atuam de forma distorcida, quando visam a necessidade da conquista de um título. Formação é formação. É a preparação para o futuro de um atleta, seja ele de qualquer esporte.

Trata-se de um período em que os fundamentos são apresentados e ensinados.

Os títulos não podem ser o fim de um trabalho, que certamente virão a partir do determinado momento que se tenha uma boa formação. Com isso, gera-se a qualidade, e como consequência a obtenção de resultados.

Se perguntarmos aos torcedores quais foram os times campeões dos campeonatos de base, nenhum irá responder, demonstrando a falta de interesse sobre o assunto.

No inverso, se a pergunta for direcionada para saber qual o jogador que saiu da formação, todos terão uma resposta. É uma atitude racional.

Não se pode trabalhar com jovens atletas exigindo conquistas, e sim prepara-los tecnicamente, taticamente e com os valores morais, para que possam assumir o futuro.

Quantos campeões de base saem por ano no Brasil, e quantos são aproveitados? Raros e contados nos dedos.

Quando observamos jogadores formados nos clubes nas equipes profissionais, constatamos a falta de fundamentos. Cabeceiam de olhos fechados, marcam a bola e não o adversário, não bater a bola com a parte de fora dos pés, o chamado três dedos, que ajuda em um cruzamento invertido.

No Brasil os atletas não sabem marcar, e deveriam ter como lição o basquetebol, que é tão minucioso que a posição dos pés, troncos e braços é fundamental na defesa e no ataque, e o técnico chega a corrigir centímetros a mais ou menos a posição que pode impedir o giro e o arremesso do adversário.

O que se faz na formação brasileira? O trivial. Treinos e mais treinos, sem os ensinamentos básicos. Uma das coisas que mais nos chamam a atenção e que no basquete é fundamental, é a da marcação dos jogadores que estão de costas para o adversário. No nosso futebol tal fundamento é uma tragédia.

Formação é algo muito sério que deveria ser procedida com vários profissionais em diversos segmentos do campo. Goleiro, defesa, meio de campo e ataque. Só existe esse modelo no futebol europeu que tem uma outra visão sobre o trabalho, e em especial por não tratar como uma obrigatoriedade a classificação nos campeonatos, desde que os resultados estão no segundo plano, cuja meta principal é sedimentar o estilo, o passe a posse de bola.

Os cartolas brasileiros tem uma outra visão, que é o da conquista de títulos, muitas vezes com estádios vazios, mas que servirão para que sejam colocados em seus currículos, muito embora não apresente nenhum novo talento.

São conceitos de uma civilização moderna contra os de uma da idade da pedra, que não vale um tostão furado.

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