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Escrito por José Joaquim

Pernambuco é um dos estados do Brasil mais lentos na evolução do seu futebol. Nada acontece e as mesmices se repetem.

A situação é tão grave que só temos apenas um clube da primeira divisão local em plena atividade, o Sport, e assim mesmo rolando pela ladeira.

Os demais, inclusive Santa Cruz e Náutico estão hibernando em uma caverna profunda em uma das serras de nosso estado.

Numa conversa que tivemos com um dirigente de um dos clubes que disputam a Segunda Divisão estadual, tomamos conhecimento das precariedades dos estádios em que estão sendo realizados os seus jogos, sem a mínima condição de abriga-los, e com a ausência de torcedores.

Futebol profissional é algo sério, e requer uma gestão com visão do futuro. Nada mudou em nossos clubes e na Federação. Tudo continua como dantes a passo de uma tartaruga cansada no meio do caminho.

Não temos um bom trabalho de base, e para comprovar isso basta observarmos  as escalas nos jogos. Quantas caras novas aparecem? Um esporte que não consegue promover novos talentos, tende a morrer de inanição. As suas necessidades são supridas quando contratam  um avião de jogadores, e alguns de qualidade duvidosa.

Em todas as competições nacionais de categorias de base, nos últimos anos os nossos representantes foram eliminados de forma precoce. Algo certamente está errado.

Há pouco vimos um atleta do Sport ingressar no segundo tempo de um jogo, que nunca tinha atuado desde a sua contratação. Que tipo de futebol é esse, quando se contrata do nada para o nada?

Planejamento estratégico para os cartolas é um palavrão, e levam de roldão as bases de uma boa administração, refletindo no dia a dia das agremiações.

O futebol do interior vive de sonhos e constantes ilusões, enquanto a federação local é o próprio retrato do que não se pode fazer por esse esporte.

Que mal fez o futebol para ter dirigentes que o usam para ganhar status, e as benesses dos cargos, deixando de lado os princípios básicos para que foram eleitos? 

Um dirigente esportivo precisa entender que o cargo é para o bem coletivo, e não a serviço de vaidades e interesses pessoais, inclusive com a politica nociva do nepotismo.

O esporte da chuteira no Brasil vai mal, mas o de nosso estado está no fundo do poço, sem perspectivas para os seus clubes, sem um projeto de perenização, e entra ano e sai ano, nada muda, nada se transforma e a mesmice continua de forma duradoura e com um triste contexto.

Se existem culpados para a estagnação do futebol de Pernambuco, são os clubes que se submetem a tudo que acontece, a sociedade esportiva alienada do processo, e uma imprensa que finge em seu conjunto que nada acontece e permite que esse continue em sua via-crúcis.

O resto é apenas conversa fiada.

Comentários   

0 #5 RE: A PASSO DE TARTARUGACARLOS EDUARDO 06-09-2018 17:32
JJ: O artigo deu um bom recado ao segmento do futebol de Pernambuco. São detalhes que não são debatidos e que fazem parte da realidade de Pernambuco. Como apenas um clube local tem vida até o final do ano. Onde anda a Federação Estadual? O que projetou para um fato como esse? Nada e nada. O mais grave é que os clubes se conformam com o que acontece. Esses são os maiores culpados.
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0 #4 RE: A PASSO DE TARTARUGAANTONIO CORREIA 06-09-2018 14:16
JJ: O comentário do Guest me tirou as palavras que iria utilizar para analisar esse excelente artigo. Peço licença ai autor para assina-lo.
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0 #3 RE: A PASSO DE TARTARUGAblogdejj 06-09-2018 14:13
Citando Guest:
A PASSO DE TARTARUGA - Caro amigo. Pernambuco está paredro(como dizia Rubão) com o que existe de pior no resto do país. Você falou da situação do Fluminense, o que, guardando as proporções, desemboca na mesma lama. Os clubes só agora dão sinal de que são pobres e devedores eméritos, estes da casta do Sul. No nordeste não são eméritos, mas pobres de Jó. Famintos, esfarrapados e pedintes , adjetive como quiser. São a escória do futebol, chancelados pelas federações respectivas e seus dirigentes. No nosso caso, cito a Série C como exemplo. O que até agora fez a FPF para aumentar o tempo de disputa a fim de manter os times jogando ? Nada, não fez nada. Deveria cuidar, pois aquela série doravante passará a ser o nosso habitat usual. Santa, Náutico são clubes de série C, com inquestionáveis aspirações à D. O Sport é um mamulengo que se sustenta por conta do imponderável na série A. Na realidade o leão já é clube de série B. Os outros, Central e Salgueiro devem permanecer na D, à espera da criação de outras séries. A FPF deveria parar tudo o que faz( o que não faz também) , e demandar na CBF a modificação de disputa daquela série, pois resta bem claro que no momento, e parece com ânimo de ficar, Santa e Náutico se deram bem, e não vão querer largar o osso que lhes coube. Resto de comida das outras duas séries acima, cujos lugares passaram a ser ocupados pelos times do Sul. O Sport se prepare, pois a série A não é mais para o seu bico. De clube outrora respeitado, hoje é citado pelos cronistas do sul como o rebotalho da série A. Triste, porém verdade.


AMIGO: O amigo como sempre enriquece os nossos artigos com seus comentários. Esse é sem duvidaa cara de nossa realidade.
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0 #2 RE: A PASSO DE TARTARUGAGuest 06-09-2018 14:00
A PASSO DE TARTARUGA - Caro amigo. Pernambuco está paredro(como dizia Rubão) com o que existe de pior no resto do país. Você falou da situação do Fluminense, o que, guardando as proporções, desemboca na mesma lama. Os clubes só agora dão sinal de que são pobres e devedores eméritos, estes da casta do Sul. No nordeste não são eméritos, mas pobres de Jó. Famintos, esfarrapados e pedintes , adjetive como quiser. São a escória do futebol, chancelados pelas federações respectivas e seus dirigentes. No nosso caso, cito a Série C como exemplo. O que até agora fez a FPF para aumentar o tempo de disputa a fim de manter os times jogando ? Nada, não fez nada. Deveria cuidar, pois aquela série doravante passará a ser o nosso habitat usual. Santa, Náutico são clubes de série C, com inquestionáveis aspirações à D. O Sport é um mamulengo que se sustenta por conta do imponderável na série A. Na realidade o leão já é clube de série B. Os outros, Central e Salgueiro devem permanecer na D, à espera da criação de outras séries. A FPF deveria parar tudo o que faz( o que não faz também) , e demandar na CBF a modificação de disputa daquela série, pois resta bem claro que no momento, e parece com ânimo de ficar, Santa e Náutico se deram bem, e não vão querer largar o osso que lhes coube. Resto de comida das outras duas séries acima, cujos lugares passaram a ser ocupados pelos times do Sul. O Sport se prepare, pois a série A não é mais para o seu bico. De clube outrora respeitado, hoje é citado pelos cronistas do sul como o rebotalho da série A. Triste, porém verdade.
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0 #1 RE: A PASSO DE TARTARUGARUBRO-NEGRO 06-09-2018 13:00
JJ: O artigo dá um recado aos que fazem o futebol de Pernambuco, da sua Federação até os torcedores. Um único clube em atividade é o resumo desta estagnação, e não irá melhorar por conta uma fraca safra em todos os setores que ficam no entorno desse esporte,
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