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Escrito por José Joaquim

A renovação é algo fundamental em todos os setores que fazem uma sociedade.

Até as células de um corpo humano passam por transformações.

O futebol brasileiro promoveu por conta de problemas financeiros uma mudança radical no perfil dos treinadores, dando espaço para os mais novos, que seria salutar se esses tivessem o preparo adequado para tal.

Na realidade foi uma safra decantada por todos como o futuro do esporte da chuteira no país, onde achavam que os mais experientes estavam com os dias contados.

Existe algo que não foi observado de que lideres são feitos com esforço, estudo e trabalho diário, e não com um passe de mágica.

Em qualquer profissão se exige uma formação adequada, através de cursos, de contatos com profissionais experientes, e sobretudo de estágios em clubes de ponta.

Um diploma de técnico de um curso do Circo é apenas um pedaço de papel, desde que em nível mundial não é levado em consideração. Ser ex-jogador de futebol também não é a garantia de que esse será um bom técnico.

Quando a renovação começou, que deu certo no seu inicio em alguns clubes, só ouvíamos e liamos, os mais diversos elogios e projeções para um novo futebol brasileiro.  Finalmente a casa caiu por falta de um bom alicerce. 

As novidades de então não deram certo, e aos poucos foram sendo substituídos por aqueles com mais experiência de vida.

Fizemos uma relação de 16 profissionais que tinha esse perfil, e somente um está tendo o sucesso, Odair Helmann, do Internacional, desde que os demais ou já dançaram, ou continuam pendurados em um fio tênue perto de quebrar.

Idade não é documento, e sim a capacidade.

Existem profissionais jovens e competentes em todas as profissões, mas com as bases solidas de formação através de cursos dos mais diversos, de experiências em lugares mais adiantados.

Na noite da quarta-feira mais um desses jovens caiu na dança das cadeiras, Osmar Loss, do Corinthians, outro está perto de ser degolado, Mauricio Barbieri, do Flamengo.

Ambos assumiram um compromisso mais longo do que as suas pernas poderiam alcançar.

Os jovens fazem parte do futuro da nação, mas as suas capacitações são fundamentais para que os objetivos sejam alcançados.

Não se pode ser um bom técnico de futebol tendo como experiência apenas as categorias de base dos clubes, ou de auxiliares no setor profissional, isso vai mais além, inclusive estágios de pelo menos um ano em clubes europeus que tenham bons profissionais, ou mesmo na Argentina que tem uma escola da mais alta qualidade no futebol mundial.

Roger Machado, Marcos Paquetá, Eduardo Baptista, Zé Ricardo, Alberto Valentim, Jorginho, Thiago Larghi, Rogerio Micale, Marcelo Chamusca, Guto Ferreira, Fernando Diniz, Jair Ventura, Osmar Loss e Claudinei Oliveira, alguns ainda no batente, outros fora do sistema, fazem parte de uma safra que poderia ser boa, mas ficou encalhada em um silo por conta do açodamento.

Enquanto isso os mais maduros brilham, como é o caso de Luiz Felipe Scolari, com o seu futebol pragmático ressuscitou o Palmeiras, ou seja, voltamos a repetir: IDADE NÃO É DOCUMENTO.

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