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Escrito por José Joaquim

O estado tem o dever de monitorar as gestões das Confederações, Federações e clubes, com o objetivo de fixar as normas de responsabilidades, não somente no lado da transparência, controle financeiro, mas também contra a perpetuação de poderes, que é um dos nossos maiores problemas.
O Profut foi um bom início, mas no caso do futebol está sendo cozinhado em banho maria por sua entidade maior, inclusive no tocante a realidade financeira de seus filiados. Ontem foi dado mais um golpe pelo Conselho Nacional do Esporte, que adiou o rebaixamento dos clubes por falta de pagamento dos salários, para o ano de 2018. A APFUT, Agencia Reguladora ainda não funciona, existindo apenas no papel, graças a um Ministério do Esporte omisso e incompetente, ou seja a continuidade da gestão anterior.
Por outro lado embora à passos de tartaruga o programa através do parcelamento das dívidas tem deixado o seu efeito. O maior exemplo é o futebol do Rio de Janeiro, e o cotidiano dos seus clubes. Os três que disputam o Brasileirão estão no TOP 10, com o Flamengo na vice-liderança distando apenas um ponto do líder Palmeiras. Tal fato não acontecia desde 2012, e é sem dúvidas a novidade da atual competição.
Nos ano de 2015, na 24ª rodada, o melhor classificado era o Flamengo (4º), com 38 pontos, 13 a menos do que o líder Corinthians, com a mesma pontuação de São Paulo e Atlético-PR (38 pontos), o Fluminense era o 9º, com 34 pontos, e o Vasco da Gama, lanterna da competição, sendo rebaixado no final. O Rio de Janeiro de 2013 para cá sempre teve um clube na zona de rebaixamento.
Como os clubes do Sul e Sudeste são mais transparentes do que os nossos, podemos acompanhar os seus balancetes publicados no decorrer do ano, e verificamos algo bem importante, a influência do Profut nas suas vidas financeiras. As receitas subiram por conta das cotas da televisão e vendas de jogadores para alguns, os débitos reduziram, e o resultado dessa operação financeira de mais receitas e menos dívidas fizeram uma parte bem importante para os cariocas, uma nova vida no Brasileiro.
Trata-se da vitória do planejamento correto, com visão à longo prazo e que já vinha acontecendo desde a temporada anterior, e 2016 está sendo o reflexo das boas gestões financeiras. Como defendemos o planejamento estratégico para os clubes brasileiros não poderíamos deixar passar algo tão  importante como esse fato, embora seja despercebido pela grande mídia, que está mais preocupada com a nova profissão de Neymar, como cantor nas paradas de sucesso.
O controle das finanças está bem retratado inclusive na relação das receitas com os custos do futebol, que estão em um excelente patamar de 54%, quando em anos anteriores estava entre 65 a 70%. Todos os clubes estão pagando os seus salários em dia, que é uma obrigação não atendida por muitras agremiações brasileiras. O importante é que Flamengo, Fluminense e Botafogo são administrados de forma bem profissional e como gestores competentes e modernos, que souberam aproveitar os bônus do Profut.
Com relação ao equilíbrio do Brasileirão, a mídia brasileira não deve ter atentado para a realidade se compararmos os anos de 2015 e 2016, no encerramento da 24ª rodada. No primeiro o líder (Corinthians), tinha 3 pontos à frente do 2º (Atlético-MG), na atual tabela é de 1 ponto. No ano anterior do 4º colocado (Flamengo), para o 10º (Internacional), essa era de 4 pontos, hoje é de 5, ou seja tudo igual sem grandes mudanças. O Sport em 2015 era o 11º (33 pontos), hoje está na 13ª (30 pontos).  Tudo como dantes na casa de Abrantes.
O fato novo está focado no Rio de Janeiro e mostra que estamos certos na insistência por gestões profissionais, bem longe do amadorismo de arquibancadas como acontece em nosso estado.

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