blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro viaja numa antiga Maria Fumaça que corria pelos trilhos bem devagarinho, demandando um longo tempo até chegar a estação.

O número de torcedores presentes na sua maior competição teve um pequeno crescimento, por conta das novas arenas, que foram construídas para a Copa do Mundo.

No ano de 2013, a soma total foi de 5.681.355 pagantes, com um aumento de 15,2%, em relação ao ano de 2012, que foi o maior da série histórica e que animou aos que dirigiam esse esporte.

Em 2014 com uma maior intensidade da utilização das novas arenas, o publico totalizou 6.208.100, com um incremento de 8,48%, com uma queda com relação ao período de 2012/2013 (15,2%).

Na temporada de 2015 o percentual foi bem menor se comparado com o do ano anterior (8,48%), desde que a competição abrigou 6.374.531 pagantes, com um aumento de 2.7%.

Cresceu no número, e caiu no crescimento percentual.

Na temporada de 2016, aconteceu mais uma queda, quando somou nos 380 jogos disputados 5.756.085 torcedores, com uma redução de 9,7%, e na temporada de 2017 houve um pequeno crescimento de 4,5%, com 6.020.070 pagantes.

Os últimos números representam apenas  um percentual de 5.3% da população que poderia frequentar os estádios de futebol, quando retiramos do total os que não gostam desse esporte, e os brasileiros de 0 a 12 anos. 

Existe uma demanda estimada em 114.007 milhões de torcedores para ser trabalhada, e nada foi realizado.

A densidade da população que poderia participar de forma ativa do futebol brasileiro é ínfima, se considerarmos alguns países europeus.

É bem lógico que aqueles que contemplam uma menor densidade demográfica, apresentam as condições e os números que podem distorcer a realidade, mas de qualquer maneira estão bem acima de nosso país.

Na Holanda esse percentual é de 36%, Bélgica (32%), Inglaterra (25%), Portugal (25%), Espanha (23%), Alemanha (16%), Itália (15%), França (12%).

Quanto maior a população, os percentuais são mais reduzidos.

A Escócia é um fato bem raro, tem uma população estimada em 5,3 milhões de habitantes, e quase 3,3 milhões assistem os jogos dos seus campeonatos.

De forma conservadora, se aplicarmos um aumento do nosso percentual para 10% teríamos 11.400 milhões de torcedores no Brasileirão, com uma média de 30 mil pagantes por jogo.

Um sonho factível de acontecer, mas para isso necessita-se de boas cabeças pensantes, e sobretudo seriedade.

Enquanto os estádios brasileiros estão sempre com ociosidade, as poltronas cresceram de forma vertiginosa, inclusive por conta do futebol europeu.

Esse crescimento bem conservador para o tamanho da população esbarra na realidade brasileira, que hoje tem estádios muito mais estruturados para receberem os seus torcedores, mas enfrenta um problema muito grave, que é o da falta de organização, e principalmente da falta de credibilidade dos que fazem o futebol no país.

Estádios lotados, as receitas maiores, mas os cartolas do futebol brasileiro ficam emocionados com o dinheiro pago pela televisão, e esquecem de focar algo que é importante para o setor, ou seja a presença de torcedores nos estádios, e para que isso aconteça terão que ser tratados como verdadeiros consumidores, e não como gado. como acontece atualmente.

Dobrando o público, através de competições bem formatadas, certamente os novos caminhos serão abertos.

O difícil é fazer acontecer.

Comentários   

0 #2 Uma Orcrim de incompetentesBeto Castro 13-12-2017 13:11
O campeonato brasileiro de 1973 teve um público de 10.141.674 torcedores, o de 1978 recepcionou 8.347.432 e o de 1983 teve 7.391.013, quando o Brasil tinha entre 70 e 80 milhões de habitantes ou quase um terço da atual população. A partir da conspiração dos turcos ladrões que furam em 1986, entre 1987 e 1993 o número nunca passou de 2,7 milhões e os números atuais são da década de 50. Nesta época os paredros das Federações eram homens que representavam os seus Estados, seus clubes e seu povo e entendiam um mínimo de futebol, além de exigir os direitos constitucionais do pacto federativo. Atualmente, o que temos é um magote de centuriões lagartixas e meliantes venais assalariados da Rede Globo e das quadrilhas do Edifício sem Nome, das doze tribos da desgraça, dos marqueteiros intrujões e dos atravessadores de aleijados, como subservientes dos 40 ladrões comebolas banidos do bico do funil Grandona e dos Alibablateres do Baú da Zurica. Conheci um sobrinho do Coronel que dizia: Não me fale em campeonatos, pois a merreca que recebo é para pagar as minhas contas do cartão de crédito e sustentar as minhas quengas. Este é o nível dos atuais dirigentes dos grandes clubes, dos recebedores de toco, dos prisioneiros de Nova Iorque, dos fornecedores de pixulecos e dos traficantes de escravos. Da fisiologia dos eleitores mediante sequestro e das axilas e sovacos atiradores no próprio pé e praticantes de roleta russa, nem se fala. O mais inteligente tem demência treme-treme, baba na gravata, morcega avião e bebe querosene. 200 clubes já faliram e tem mais outros 200 na fila e os esquimós congelados são verdadeiras múmias paralíticas do Faraó eterno e do Califa dos Homens Bombas. Fala sério!
Citar
0 #1 RE: MARIA FUMAÇAANTONIO CORREIA 13-12-2017 10:22
JJ: Na realidade esses números são menores se forem computados os mesmos torcedores. Estimo que pelo menos 70% é de repetição. Os que vão aos jogos hoje são os mesmos.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar