NOTA 1- ATÉ AS MARIPOSAS SUMIRAM

* O Clube Náutico com o time reserva enfrentou na noite de ontem o Flamengo-Porto, e obteve uma vitória de 1x0, que levou-o de volta à liderança da competição. 

A Arena Pernambuco estava vazia sem a presença das mariposas dos refletores.

Arrumaram um método para inflar o público  colocando gratuidades, mas na realidade apenas 140 testemunhas estiveram no estádio.

Nem os fantasmas habituais suportaram o jogo que foi tão ruim, que causou sonolência entre aqueles poucos espectadores que estavam assistindo-o pela televisão com o som desligado.

Nada a comentar, a não ser o FEBEAPÁ que foi hilário, e que teve até as peças de xadrez para efeito de comparação. 

O time de Arcoverde começou a sua maratona de 4 jogos em 10 dias, por conta dos adiamentos de algumas partidas.

Enquanto isso o alvirrubro voltará ao gramado amanhã pela Copa do Brasil para jogar contra o time do Cuiabá, ou seja com menos de 48 horas dois jogos.

Um verdadeiro massacre.

O que mais nos incomoda certamente é a passividade do clube com receio de represálias dos que mandam no futebol local, assim como do Sindicato dos Atletas Profissionais de Pernambuco, que nada faz na defesa dos seus associados.

O seu presidente sequer fala sobre o tema.

O mais grave de todo esse processo é sem duvida o desrespeito ao artigo 25 do Regulamento Geral das Competições do Circo, que reza o seguinte:

¨Os clubes e os atletas profissionais não poderão, como regra geral, disputar partidas sem observar o intervalo mínimo de sessenta e seis (66) horas¨.

O Parágrafo Segundo do artigo abre uma excepcionalidade, quando permite a realização de partidas fora do intervalo legal, mediante a aprovação médica.

O que sabemos é que o Náutico não tem essa liberação.

Na verdade o futebol brasileiro é uma zorra geral, que não cumpre as suas próprias regras. 

NOTA 2- OS PROBLEMAS DO FUTEBOL FANTASMA

* O problema maior dos vazios nos estádios de Pernambuco durante o estadual Fantasma, é sem duvida a incompatibilidade das suas datas em relação as da Copa do Nordeste, que ocasionou algumas mudanças transformando-o em um verdadeiro monstro.

Na verdade a tabela está correta dentro dos parâmetros técnicos, e que poderia ter cumprido os objetivos previstos para a competição, mas as mudanças com as alterações destruíram-na e perderam o seu conteúdo.

O número de onze clubes participantes obriga a um desses ficar de fora a cada rodada, fato esse que é normal, se não fosse as malditas alterações.

Cada clube teria 10 jogos em 11 rodadas, mas a tabela ficou fatiada como uma pizza.

Para que se tenha uma ideia dessa realidade, o Afogados já jogou por 9 vezes, faltando apenas 1 para finalizar a sua participação.

Enquanto isso o time do Flamengo tem sete jogos, contando-se com o de ontem. Jogará com o Santa Cruz no dia 01 de março, pela oitava rodada, quando a 9ª já foi encerrada.

Santa Cruz, Salgueiro, Pesqueira e Belo Jardim tem sete jogos realizados. Pesqueira e Salgueiro também irão fechar a 8ª rodada, que já era para ter sido concluída, também no dia 01 de março.

Tecnicamente essas mudanças são ilegais, e o exemplo é bem claro.

Enquanto isso, o Afogados que tem apenas 3 pontos à disputar, e no máximo poderá chegar aos 12 pontos, e o rubro-negro de Arcoverde poderá alcançar os 13, sob o olhar passivo do adversário.

O mesmo se dá com o Belo Jardim que poderá chegar aos 14 pontos, por conta dos três jogos que falta realizar.

São detalhes que mostram os erros dessa competição, desde que tornou-se inviável por conta dos adiamentos, que transformou a tabela em algo trágico.

O correto seria uma rodada completa dentro das datas como a tabela tinha programado, e assim o espaço entre os clubes não seria tão grande como terminou acontecendo.

Trata-se de uma lição que deixou bem claro a inviabilidade de duas competições regionais ao mesmo tempo.

O desastre era previsto.

Na noite de hoje teremos um espetacular encontro entre o América e Belo Jardim que irá encerrar a 9ª rodada, embora estejam faltando duas partidas pela 8ª.

Isso não é futebol e sim a Casa da Mãe Joana. 

NOTA 3- NEYMAR E MBAPPÉ

* Mbappé foi o melhor jogador do Saint Germain em seu jogo contra o Marseille. Foi o escolhido das mídias.

Um fato que constatamos nesse jogo foi a reação de Neymar quando o atleta francês marcou um dos gols da vitória do seu time, com uma cara de inveja.

No dia de ontem o jornal Marca da Espanha publicou uma matéria bem interessante sobre o incômodo desse jogador com o sucesso de Mbappé na equipe.

Conforme o jornal, o brasileiro está com ciúmes do companheiro de 18 anos que oficialmente está emprestado pelo Monaco até o final de junho, o que faz a diretoria do clube pensar em negocia-lo.

Segundo a publicação, Neymar está muito preocupado com o número de atletas que ameaçam a sua posição, e para deixar o seu craque feliz o clube pensa se desfazer da joia francesa.

O jornal espanhol afirma que o brasileiro não está mais a vontade de brincar com Mbappé e teme que o jovem irá brigar com ele pela Bola de Ouro.

Na realidade quem acompanha o nosso blog já leu muitos artigos sobre a Síndrome da Madrasta da Branca de Neve que afeta Neymar, que todos os dias olhava-se no espelho mágico, e perguntava-lhe se existia alguém mais bela do que ela, e recebia a resposta de que tinha Branca de Neve.

Morria de inveja.

Por outro lado não temos duvida que o jovem jogador francês será em um período bem próximo o sucessor de Messi e Cristiano Ronaldo como o melhor do mundo.

Bola para isso tem.

NOTA 4- O TRITURADOR DE TÉCNICOS

* Os estaduais servem apenas para as Federações de Futebol, ou para triturar técnicos.

Nada mais do que isso.

Com poucos jogos alguns treinadores já dançaram, e outros estão se preparando para tal.

O futebol paraibano é recordista quando demitiu seis profissionais em um mês das competições.

O último foi Oliveira Canindé do Treze de Campina Grande.

A bola da vez está com Dorival Junior, do São Paulo, cuja imprensa está ansiosa para degola-lo.

Uma verdadeira sede de sangue.

Na realidade deveriam analisar a situação do tricolor paulista, que mudou o seu elenco, fez várias contratações sem o aval do técnico, e com uma pré-temporada curta com poucos dias de trabalho teve de colocar o time em campo.

Quem contratou Diego Souza, Nenê, Trellez e tantos outros?

Onde estavam Raí e Ricardo Rocha responsáveis pelo futebol do time do Morumbi e que na hora de explicações desaparecem?

O problema do São Paulo não é apenas de técnico, e sim de uma gestão equivocada, superada e totalmente individualista.

Não temos duvida que Dorival na próxima derrapagem irá dançar, desde que esse é atual modelo do futebol brasileiro, cujos cartolas adoram a dança das cadeiras.

A imbecilidade é tão grande que Roger Machado técnico do Palmeiras após a derrota do seu time contra o Corinthians já começou a ser contestado.

Antes era idolatrado pela sua invencibilidade.

Que futebol é esse?

NOTA 5- A METAMORFOSE DO FLUMINENSE

* Os ares de Xerém estão fazendo bem ao Fluminense.

O tricolor não tem um timaço e não está pronto para embates mais fortes, mas é inegável o progresso graças ao trabalho de Abel Braga e sua comissão técnica.

O elenco é muito reduzido, não possui estrelas e mesmo assim os resultados impressionam demais.

O seu sistema defensivo melhorou muito, a saída da defesa para o ataque se faz de maneira rápida, e as bolas não param de balançar as redes adversárias.

Óbvio que um trabalho como esse terá seus dias difíceis, mas para que sejam alcançados os objetivos será necessário muita paciência e sobretudo o apoio do torcedor a uma jovem geração.

Com a varinha de condão de Abel Braga, o time das Laranjeiras irá bem longe.

NOTA 6- ONDE ESTÁ ANDRÉ?

* Uma novela está na praça, e vai durar por um bom tempo.

Os capítulos já estão sendo gravados, e o tema é para descobrir onde anda André, o atacante do Sport.

Quem souber do seu paradeiro por favor comuniquem ao blog.

NOTA 1- O ÁRBITRO FOI O CRAQUE DO JOGO  

* O jogo envolvendo o Santa Cruz e Pesqueira contou com as arquibancadas vazias como sempre, e com os fantasmas vagando no Arruda.

Não aconteceu futebol e sim um peladão de fraca qualidade.

Colombo e Cacique, dois antigos times do bairro do Zumbi quando se enfrentavam apresentavam algo bem melhor.

O tricolor ainda pode se justificar, posto que teve um atleta expulso aos sete minutos do primeiro tempo por conta de uma falta violenta, que dificultou o seu planejamento, mas o time da terra das rendas com um jogador a mais não soube aproveitar e quase que sofria uma derrota que foi segura pelas traves.

O futebol de Pernambuco como o do Brasil anda mal das pernas, e passa por um dos seus piores momentos.

O placar final de 0x0, completando o 20º empate em 41 jogos foi justo pelo que os dois times jogaram.

O FEBEAPÁ teve alguns momentos de glória.

O craque desse jogo jamais poderia ser um atleta, desde que não houve nenhum destaque, mas a escolha recaiu sobre o árbitro Tiago Nascimento dos Santos que foi perfeito na sua arbitragem e mostrou que o seu futuro será promissor.

Essa foi a segunda vez que o vimos apitar, e em ambas foi o grande personagem.

Esse salvou a tarde recifense.  

No outro jogo da rodada o Salgueiro enfim conseguiu ganhar.

A vitima foi o Afogados que foi derrotado por 1x0.

O Estadual Fantasma que virou uma pizza fatiada, continuará hoje à noite com o encontro do Náutico e Flamengo de Arcoverde.  

Mais um jogo para os fantasmas.

NOTA 2- UM SHOW DE HORRORES

* O domingo do futebol foi salvo pelo futebol inglês com bons jogos.

Cansamos de mudar de canal à procura de algo parecido com futebol, e não conseguimos.

O ufanismo com o jogo do Paris Saint Germain foi grotesco, desde que fazer gols no futebol francês é como jogar contra o Íbis. As diferenças financeiras são mais graves que as do Brasil.

Aguentamos pouco.

Passamos para o jogo no Morumbi, entre o São Paulo e Ferroviária, que foi um bom peladão, e com o empate de 0x0, e  muitas vaias.

O Atlético-MG só conseguiu empatar com o Tupi (1x1) aos 43 minutos do segundo tempo. Um jogo sem a menor emoção.

O Internacional de Porto Alegre empatou em 0x0 com o pequeno São Luiz. O jogo foi de péssima qualidade. As vaias soaram no estádio. 

Enfim a Portuguesa Carioca após 33 anos conseguiu ganhar de um grande clube do estado.

A vítima foi o Vasco da Gama que não jogou nada, e que ainda não se recuperou do susto que levou em Sucre na Bolívia, embora tenha colocado um time reserva. Mais vaias.

Uma tarde/noite desastrosa, com a cara do futebol brasileiro.

Ruim de doer e com muitas vaias.

NOTA 3- UMA VITÓRIA ACACHAPANTE 

* Com um pouco mais de 85 mil torcedores, o estádio de Wembley foi palco de um encontro que teve de tudo.

Um bom futebol, com alto nível, e sobretudo uma festa organizada e civilizada, envolvendo dois clubes bem tradicionais na Inglaterra, o Manchester City e Arsenal.

Bem diferente do que acontece no futebol do Brasil, tudo terminou como começou, com a presença de algo que sumiu do nosso país, e que se chama de civilidade.

Uma partida sem faltas, sem simulações, sem reclamações junto aos árbitros, e bons momentos de um futebol excelente como aconteceu no segundo tempo.

As diferenças financeiras entre os dois times foram escancaradas durante o jogo, com a equipe de Pep Guardiola com o domínio total, enquanto o adversário sentia-se sem condições de enfrentar um time com uma qualidade bem maior.

A segunda fase do jogo foi espetacular com o crescimento do City e a ampliação do placar que terminou em 3x0.

A conquista da Copa da Liga Inglesa foi o primeiro título conquistado por Pep Guardiola na sua temporada na Inglaterra, que ainda tem mais dois torneios com chances de vitórias.

Antes dessa partida tivemos um jogo entre o Manchester United e o Chelsea, com a vitória do time de José Mourinho por 2x1, com um segundo tempo impecável, contando com a participação do técnico por conta das mudanças efetuadas.

Mais um jogo de excelente qualidade, que salvou o domingo dos torcedores brasileiros que ficaram apenas com encontros medíocres nos diversos estaduais.

Uma tarde festiva para quem gosta de um bom futebol.

NOTA 4- ¨LA DOLCE FAR NIENTE¨ 

* O Circo do Futebol Brasileiro irá proporcionar aos presidentes das federações estaduais, dias de uma ¨La Dolce Far Niente¨, ou seja uma agradável ociosidade por conta dos clubes de nosso futebol.

A entidade maior fez um convite oficial de forma irreversível para  que esses cartolas, com direito a acompanhante, possam assistir a primeira fase da Copa do Mundo na Rússia.

Passagens, hotéis e traslados estão incluídos.

Por baixo, a ociosidade da cartolagem irá custar aos cofres circenses R$ 3 milhões de reais, que poderiam ser aplicados na formatação de uma nova divisão nacional.

Na realidade é uma vergonha tal cooptação, desde que os cartolas são os eleitores com maior peso nos votos para os poderes do Circo, cuja eleição será realizada até abril do ano que vem, mas que pode ser antecipada para antes da Copa.

Duvidamos que algum presidente irá rejeitar esses belos dias de Dolce Far Niente por conta de um futebol falido, mal dirigido, e que a cada dia se apequena.

Infelizmente essa é a nossa pobre realidade, e pelo que sentimos nada irá mudar desde que o país acostumou-se com as imoralidades.

Tal viagem é nada mais nada menos, do que a compra de votos.

NOTA 5- O ÁRBITRO E O PÊNALTI

* O Corinthians foi melhor do que o Palmeiras  e a sua vitória foi por demais justa, embora o jogo não tenha tido uma boa qualidade.

Após a partida os jogadores do alviverde reclamaram da arbitragem, com o goleiro Jailson afirmando que o seu time foi assaltado.

O pênalti do goleiro alviverde existiu mas o árbitro que estava há dois metros de distância do lance não viu e deu a continuidade do jogo.

Dois minutos após marcou a penalidade de forma estranha.

Assistimos várias vezes esse lance para que tivéssemos condições de uma analise justa, e ficamos certos de que aconteceu mais uma vez a ajuda amiga da televisão.

A primeira alegação do apitador foi que recebeu o aviso do árbitro reserva, fato esse que não aconteceu, desde que a sua distância para o local da falta tinha mais de 50 metros, e só um olho biônico poderia observar.

Na súmula do jogo a interpretação já foi outra, de que a marcação do pênalti se deu quando esse avistou o sangue na perna do corintiano Renê Júnior.

Em nenhum momento o árbitro Raphael Klaus se aproximou do atleta alvinegro para verificar a sua contusão.

Na verdade embora seja proibido pela FIFA, mais uma vez o apito amigo chamado de televisão atuou através do auxiliar que fez chegar ao árbitro o que tinha acontecido.

Como não temos o VAR o único refúgio é a TV que mais uma vez ajudou, mas não pode sair no relatório da partida por ser ilegal.

O resto é conversa fiada.

O futebol mais uma vez foi salvo, desde que apesar do Corinthians ter perdido o pênalti, esse aconteceu e deveria ter sido marcado.

São coisas do futebol brasileiro.

Só não conseguimos detectar o personagem que fez o aviso para a arbitragem.

NOTA 6- A RAZÃO DOS CLÁSSICOS NO SÁBADO

* Causou muita estranheza a realização de dois clássicos no mesmo horário no último sábado.

Qual a razão do domingo que é o dia do futebol ser abandonado?

Essa foi uma pergunta que ouvimos muito no dia de ontem.

Enfim após diversas analises chegamos a uma hipótese viável, ou seja tal fato deve ter acontecido para apaziguar Neymar por conta das declarações de Walter Casagrande, e a melhor maneira foi a de colocar a transmissão da partida entre o Saint Germain e Olympique de Marseille no horário dos clássicos.

São coisas do futebol e da teoria da conspiração.

Jabuti quando aparece em uma árvore foi por conta de alguém que o colocou no local.

Esse jogo foi o nosso jabuti.

O futebol é um excelente produto que está sendo destruído no Brasil.

O Circo do Futebol Brasileiro, só contempla a sua galinha dos ovos de ouro que chamam de seleção, e deixa de lado a formatação de um calendário que possa atender a demanda oferecida pelo mercado.

Existe público para os jogos, mas a insanidade o afasta por conta de uma programação mal elaborada que mistura alhos com bugalhos. Não temos um adequado trabalho de marketing para o chamamento dos consumidores.

Uma montadora quando lança um veiculo no mercado, para que obtenha sucesso nas vendas antecipa o marketing por alguns meses, mostrando a demanda os motivos para que possam fazer a sua opção pelo novo modelo.

Tal procedimento acontece em qualquer segmento econômico, desde que o interesse primordial é aquele de fazer o melhor para alcançar os objetivos traçados.

No futebol tudo acontece no inverso.

O Circo é dirigido por apedeutas do futebol, que vendem uma ilusão de organização através dos seus protocolos bizarros, muitas vezes grotescos, e esquecem de agregar valores ao seu produto.

A insistência nos estaduais é de uma burrice patológica, e os jogos pelo Brasil afora servem apenas para reduzir o apego do torcedor por esse esporte.

Qual a razão de que as competições nacionais não são iniciadas no mês de fevereiro?

Os clubes não levam mais em conta os campeonatos locais, e o que vemos são jogos realizados em outros estados, e com reservas dos reservas desfilando nos gramados. O futebol brasileiro que já beira a mediocridade com os seus titulares, imagine contando com aqueles que poucas vezes participam das competições.

O resultado dessa equação está nos estádios ociosos, e na péssima qualidade do futebol apresentado. 

A pobreza tática do futebol brasileiro incomoda.

A abertura da maior competição nacional necessita de uma reflexão de parte dos seus organizadores, desde que o consumidor não deseja times alternativos, sem entrosamento, e com uma boa parte dos atletas de pouca ou nenhuma qualidade.

No último sábado ao assistirmos o encontro entre o Corinthians e Palmeiras procuramos um craque e esse não apareceu.

Uma verdadeira agulha perdida no palheiro.

O oba-oba dos Regulamentos, os protocolos adotados para cada jogo, não agregam nada ao produto futebol, que necessita de bons encontros, e para que isso aconteça, existe a necessidade de bons jogadores, titulares dos seus times.

O calendário é grotesco, idiota, quando mistura alhos com bugalhos.

Estaduais, Copa do Brasil, Copas Regionais, Libertadores, Sul-Americana, Brasileiro, todos ao mesmo tempo. Hoje a Copa do Brasil tem mais recursos do que o Campeonato maior, e por conta disso alguns clubes o abandonam na busca do ouro.

A atratividade de um jogo á a agregação de valores, que vão além de equipes fortes na sua disputa, com a estruturação da competição e o respeito às suas regras.

O maior inimigo do futebol por incrível que pareça é a entidade que o organiza, destruidora por natureza, quando consegue transformar um produto com um bom valor de mercado, em algo bichado na prateleira.

Por conta disso é que o futebol brasileiro regride ano a ano, e se aproxima do Juízo Final, e a imprensa lá da parte de baixo aplaude por conveniência.

É lamentável, mas tudo isso é verdadeiro.

O que assistimos em um vídeo do programa esportivo Donos da Bola, transmitido por uma afiliada da Band na cidade de Goiânia, foi sem duvida de virar o estômago, por conta das perguntas indecentes feitas para as Musas dos dois maiores clubes locais, e que foram praticamente coagidas a darem as suas respostas.

Depois disso só mesmo o dilúvio.

A emissora cancelou o programa, mas o estrago já estava feito.

O Brasil vive uma das maiores crises de sua história, e a moral vem sendo afetada, com um tudo ou nada na busca da audiência. O novo modelo do jornalismo esportivo brasileiro perdeu a sua inteligência, e o seu conteúdo passou para o lado ufanista e de humor grotesco, e como o desse fato, indecente.

Assistir hoje uma transmissão de um jogo, com raríssimas exceções, é um show de horrores.

Narradores apaixonados por uma camisa, comentaristas, alguns ex-jogadores, totalmente desfocados, sempre puxando a sardinha para a sua brasa.

Já cansamos de ouvir que o time famoso quando perdeu para um de menor porte, foi por falha do goleiro e por esse ter jogado mal. O adversário não tem mérito.

Quando temos uma decisão considerada como importante no futebol brasileiro, as matérias sempre são direcionadas para as mesmices habituais, como entrevistas com as mães e esposas dos jogadores, sobre as suas músicas prediletas e as cuecas que usam no dia a dia.

O verdadeiro paraíso da mediocridade.

As  informações mais importantes e de mais valia são deixadas de lado, em particular as analises do evento que irá acontecer.

Essas não são mais prioridade na área esportiva do Brasil.

A televisão brasileira tem um conteúdo que deseduca, e torna o cidadão em um imbecil de carteirinha. A informação poderia ser transmitida de forma mais lúcida, sem cair no ridículo como na verdade vem acontecendo.

Óbvio que não queremos que os assuntos esportivos sejam tratados como literatura, mas que ao menos tenham um sentido informativo, e não imbecilizem aos que estão recebendo as notícias.

Cansamos de ler que um jogador de futebol postou uma foto de sua esposa de biquíni no twitter. Cansamos das tatuagens de Neymar, ou de outro boleiro.

O que isso tem com o esporte? Trata-se de um assunto pessoal.

Não aguentamos mais os Zé Regrinhas dando aulas de regras de futebol, sem serem solicitados. O que queremos saber é se o apito está sendo amigo ou não.

O futebol como qualquer outro esporte não pode se tornar um evento de humor ou constrangedor como aconteceu em Goiânia, e sim, ser tratado como parte da indústria de lazer, onde o jornalismo não pode ser mais importante do que a notícia.

Hoje com poucas exceções, assistir os programas de debates nos diversos canais de televisão, é sem duvida algo aterrador, desde que tratam muito pouco do atacado, e tornam o varejo ridículo e sem o menor conteúdo.

Na realidade, o empobrecimento do futebol arrastou consigo para o mesmo abismo o jornalismo esportivo, e embora tenhamos dezenas de escolas pelo Brasil afora, diplomando centenas de pessoas com o canudo de jornalista, as televisões estão repletas de ex-jogadores convidados.

Para que servem esses cursos?

As Musas do futebol de Goiás que foram humilhadas nos moveram para essa postagem, que na verdade representa o que acontece no futebol brasileiro que recebeu  uma nota de rebaixamento através da agencia de risco.