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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RISCO DO ATLÉTIC0-GO

* A 29ª rodada da Série B foi encerrada na noite da última terça feira, com dez jogos e nenhum com o selo de qualidade. Assistimos alguns desses, e contando com os da segunda a única coisa que podemos dizer que foram de fazer chorar. 

O torcedor entendeu e abandonou os estádios, com uma média de 4.023 por jogo, digna de uma Série C. O maior público foi da partida entre o Sport e Cuiabá, com 11.116 pagantes, os noves restantes ficaram abaixo dos 5 mil.

Uma noite dos camelos matando a sede.

O mais grotesco foi localizado no número de gols, com apenas 16, com uma média de 1,60 por jogo. Foram cinco empates, três vitórias dos mandantes e duas vitórias dos visitantes. O maior placar foi de 2x0, que tornou-se uma goleada.

A novidade foi a permanência do Coritiba no G4, com um total de 46 pontos, seguido por três clubes: América-MG (44), Paraná (44) e Botafogo-SP (43).

Um novo calculo de probabilidades para o acesso, mostrou que o Atlético-GO entrou em estado de risco após a quarta rodada sem vitória. Teve uma queda violenta, caindo da terceira posição para a quarta com 58,4% de chances.

O rubro-negro de Goiás tem no seu encalço o América-MG (36,2%) e o Paraná (29,4%). Correndo de longe o Botafogo-SP (14,8%).

Se continuar nessa queda livre o Atlético-GO poderá terminar fora do G4. O Bragantino tem 99,98% de chances, o Sport com 94,2% e o Coritiba com 63,4%, sendo que esse último tem um jogo a menos.

Antes tínhamos a briga por uma vaga, mas por conta do time goiano agora são duas.

NOTA 2- MAIS UM CAPITULO DO LIVRO A "ERA DA IMBECILIDADE"

* O Brasil continua sendo o pais mais surreal do mundo, e a cada dia mais um capítulo para o livro da Era da Imbecilidade, que não conseguimos termina-lo pois sempre aparecem novidades.

A mais nova vem do vereador do Rio de Janeiro, chamado de Zico, mas parece que é craque apenas no nome, desde que nas atitudes deixa muito a desejar.

Não é que na segunda-feira esse acordou aloprado, foi para o seu gabinete e preparou um projeto que proíbe o uso do VAR em jogos realizados no Rio de Janeiro.

Segundo a " Sua Excelência¨, o árbitro de vídeo tem uma tecnologia muito cara, mas o seu uso não tem a melhoria do futebol.

Reclamou nas suas justificativas, que as interrupções demoradas, fazendo com que o ritmo das partidas seja alterado, e quem perde é o torcedor, o público que paga para assistir o espetáculo.

Vamos e venhamos, esse já teve o seu dia de glória com o seu nome em vários veículos de mídias, fato esse que jamais iria acontecer. No amanhã será esquecido.

Deveria cuidar de projetos para melhorar a Cidade Maravilhosa de tantos mil.

São coisas da politica brasileira.

NOTA 3- OUTRO MUNDO

* O futebol europeu, em especial o inglês está bem longe do Brasil, com uma distância igual a da Terra para o planeta Marte.

Óbvio que somos um país na linha da pobreza, e a Europa está no primeiro mundo.

Para que se tenha uma ideia sobre a organização estrutural do futebol, o Liverpool que é o time a ser batido no mundo, tem uma equipe de físicos e matemáticos envolvidos com scout e analise de desempenho, um trabalho que vem sendo repetido em outros times.

A aposta do clube inglês nesse modelo vem do próprio controlador, o grupo americano FENWAY, que comprou esse time em enorme crise técnica e financeira em 2010, com o objetivo de novamente torna-lo uma potência europeia.

Esse grupo é dono do Boston Red Sox, mítico clube de Baseball que ficou 86 anos sem títulos até 2004, quando foi campeão utilizando métodos estatísticos do estilo Moneyball. E nos 14 anos seguintes foram mais quatro títulos.

Recebemos esses dados pelo twitter de Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, e nos lembramos da luta de alguns clubes brasileiros para não se tornarem empresas.

Não temos duvida que esse modelo se não for implantado,  iremos continuar marchando para a continuidade da mediocridade.

NOTA 4- NO FUNDO DO POÇO 

* O futebol brasileiro está no fundo do poço em todos os segmentos. Os dirigentes perderam o mando, e se entregaram as torcidas que são chamadas de organizadas.

O Cruzeiro deu uma demonstração de fraqueza ao promover uma reunião com esses "torcedores" para que chegassem a um consenso para evitar novos confrontos entre os membros dessas organizações criminosas. O objetivo do clube não foi atingido e a diretoria irá acionar o Ministério Público a fim de reforçar a segurança em jogos no Mineirão.

A reunião contou com a presença de um representante do clube, membros da Polícia Militar, e de membros das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente. O intuito do encontro era chegar a um acordo para evitar novas brigas, mas as partes não concordaram.

Na verdade falta coragem aos cartolas, e uma simples proibição da presença desses torcedores no estádio, o assunto seria resolvido, mas a cartolagem tem rabo preso.

Só no Brasil onde os ricos esperam a prisão depois de condenados  até a decisão na ultima instância, e os pobres ficam presos com a determinação da primeira.

Óbvio que tem uma vaca no poste.

NOTA 5- SORTE DE CAMPEÃO

* O Fortaleza foi perfeito no seu jogo contra um Flamengo quebrado no seu conjunto por conta das ausência de alguns titulares. O rubro-negro carioca estava perdido no Castelão, equanto o dono da casa mandava e desmandava.

Com a ajuda do VAR o tricolor cearense de pênalti abriu o placar.

Depois disso cometeu o erro de jogar na sua defesa, dando espaços par o time rival, que estava totalmente desorganizado, mas começou a pressionar.

O VAR voltou a funcionar e o árbitro marcou um pênalti favorável ao clube da Gávea, e na cobrança de Gabigol, o jogo ficou empatado. Logo após o empate o Fortaleza perdeu um gol embaixo da meta do rival e sem o goleiro. Poucos minutos após o jovem Reinier desempatou com um gol de cabeça.

Uma injustiça para a equipe do Ceará, e a sorte de um time campeão.

Por outro lado o melhor da rodada de ontem foi o primeiro tempo de Grêmio e Bahia, com muita intensidade, finalizações dos dois lados, e um injusto 0x0. No segundo tempo o time baiano resolveu ficar na espera de uma bola para resolver o jogo, e depois de alguns contra-ataques, conseguiu e fechou o placar de 1x0.

No Mineirão, o Cruzeiro derrotou o São Paulo por 1x0, com o tricolor dominando a partida, mas sem chutar contra a baliza do adversário. Um ataque cardíaco.

O Vasco afundou ainda mais o Botafogo pelo placar de 2x1.

No Serra Dourada, o Corinthians sofreu para empatar o jogo em 2x2 contra o Goiás, e só conseguiu com a ajuda do árbitro Wagner Magalhães e com o apoio da cabine do VAR, que inventou um pênalti no final do jogo. Uma vergonha.

O alvinegro só conseguiu chegar ao empate por conta da expulsão de Michael que estava atormentando-o, inclusive sendo o autor de um belo gol.

No Allianz Parque o time do Palmeiras precisou de nove minutos de acréscimos, para marcar o seu único gol aos 54', no seu jogo contra a Chapecoense.

Um castigo para a equipe de Chapecó, em um jogo mediocre.

Tantas partidas e pouco futebol.

Escrito por José Joaquim

Com raras exceções o processo de formação no Brasil está entregue a empresários e procuradores, por conta da falência dos clubes. Nos dias de hoje as portas das agremiações são fechadas para aqueles jovens que não possuem cartões de apresentações.

Quando chegam aos clubes para treinamentos, já vem acompanhado de um empresário e esse, muitas vezes é sócio de alguns dirigentes da categoria. Com isso a massa maior dos possíveis novo talentos ficam do lado de fora das oportunidades.

Pernambuco, nos últimos anos tem sido o retrato da falta de um trabalho de base. Há anos que não surge um destaque em nossos times. O Náutico na Serie C utilizou em alguns jogos atletas oriundos da formação, mas na verdade apenas um talento a ser aprimorado, o jovem Thiago, de 18 anos.

O Santa Cruz que já foi formador em tempos idos, contrata por ano mais de 30 profissionais, já que as suas bases nada produzem.

Na última terça-feira ao assistirmos a partida entre o Sport e Cuiabá, verificamos a presença de um único jogador da base, o zagueiro Adryelson, que carrega consigo defeitos que não foram corrigidos quando estava no processo de formação.

Esse não sabe sair jogando, ponto importante do futebol moderno, e nos lançamentos altos contra a sua defesa marca a bola e deixa o adversário folgado. Quantos gols já a aconteceram por conta desse erro?

O que existe de errado nesses trabalhos? Quem são os responsáveis? Essas perguntas deveriam ser respondidas quando verificamos em nossos clubes quase uma centena de contratações dentro de uma mesma temporada, caracterizando que suas bases nada produzem.

A queda do futebol brasileiro teve o seu início quando o trabalho de formação deixou de ser aprofundado, e os clubes passaram a utilizar apenas alguns pratos feitos, e esses por muitas vezes de qualidades duvidosas.

Pernambuco é um exemplo. Dois ou três times são contratados durante um ano, e nos jogos realizados não encontramos sequer um atleta forjado nos próprios clubes.

Os anos vão passando e os mesmos erros são cometidos, e aos poucos vamos sumindo do cenário esportivo nacional, já que com o tipo de planejamento que temos, sem a participação de atletas formados na base, e um amontoado de jogadores sendo contratados, seremos apenas mero figurantes sem direito sequer a uma fala no filme do futebol nacional.

O trabalho de formação certamente só é bom para empresários, alguns dirigentes e executivos espertalhões.

Se olhássemos para o nosso passado, entenderíamos esse problema, quando deixamos de ser formadores e exportadores e passamos a ser apenas importadores e, muitas vezes, de produtos "Made in China".

Escrito por José Joaquim

Estamos tomando uma overdose de futebol nesses dias. Na verdade é um bom divertimento, mas pelo que estamos assistindo está se tornando um tormento, pela péssima qualidade dos jogos que nos são apresentados.

O Flamengo é um ponto totalmente fora da curva, por conta do que está apresentando em suas partidas.

A nossa maior preocupação é a de que todos tomaram uma anestesia geral e não conseguem repercutir os acontecimentos, principalmente os comentaristas de nossas televisões, que continuam analisando os jogos de uma maneira tal que pensamos algumas vezes que estamos morando em outro planeta.

O que chega ao torcedor é um produto bichado, com raros craques no campo de jogo, e uma falta de qualidade técnica como nunca visto dantes em nosso país.

O futebol nacional adotou como padroeiro São Francisco de Assis, não pela sua santidade, mas pelas pregações sobre a necessidade da pobreza. Certamente o que estamos vivenciando é de uma pobreza franciscana.

Lemos um comentário na coluna do ex-jogador Paulo Cézar Caju, que felizmente é um daqueles politicamente incorreto, e que escreve o que sente, com independência, declarando que o futebol do Brasil caminhava a passos largos para o fundo do poço, porque está ruim em todos os aspectos.

Discordamos do Caju quanto ao "está caminhando", pois esse já caiu nesse poço sem fundo, cujo retrato são os eventos que estamos assistindo.

Não temos mais craques e sim jogadores que tratam a bola como uma bandida, por não saberem acaricia-la. O número de passes errados é constrangedor, com jogos que chegam a mais de 60, o que demonstra a falta de um trabalho correto de formação.

Um outro ponto que vem crescendo e diminuindo o tempo de jogo está relacionado às faltas marcadas. O esporte é de contato, só que está se transformando em uma luta de UFC. A paralização média por conta disso consome 50% dos minutos da partida, e que vem sendo utilizado pela arbitragem como uma arma de salvação.

Os clubes trocam de treinadores como de camisas. É uma zorra total. Quando as derrotas chegam, esses dançam, como se isso fosse resolver o problema. Nesse item, a qualidade também caiu, pois hoje para que os empregos sejam salvaguardados utilizam esquemas de retranca, no sistema de não perder e não ganhar. São os "professores" dos tempos modernos.

Sobre árbitros e dirigentes não vamos falar, pois todos estão vendo o dia a dia de cada um, e nesses segmentos a pobreza franciscana é mais acentuada.

Esse é o teatro real do futebol nacional, que embora com maiores recursos, conseguiu algo de inédito, ou seja, o de não acompanhar o crescimento mundial e passar a viver um tempo de mediocridade, onde até os diversos programas esportivos transformaram-se em antigas chanchadas do cinema nacional.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DESAFIANDO A SORTE

* O Atlético-MG resolveu desafiar a sorte quando contratou Vagner Mancini para o comando do seu time. Esse será o seu 17ª time em 15 anos de carreira.

O novo técnico do Galo Mineiro entra no clube sem a aprovação dos torcedores, desde que numa enquete formulada em Belo Horizonte, três entre quatro seguidores são contrários.

A missão de Mancini é a de salvar o Atlético-MG da foice da Caetana, mas esse carrega consigo uma participação de cinco rebaixamentos desde 2010.

Ele conduziu o Guarani na campanha do rebaixamento em 2010 por 38 rodadas. O mesmo aconteceu em 2014, quando esteve à frente do Botafogo durante todo o campeonato nacional. Esteve ainda em menos tempo em outras campanhas fracassadas na Série A Nacional.

Em 2011 comandou o Ceará da 14ª a 22ª rodada, mas deixou o time no meio da temporada para assumir o Cruzeiro. No ano seguinte ele ficou à frente do Sport por 16 rodadas. O time da Ilha do Retiro tinha 14 pontos quando o técnico foi demitido e ocupava a 16ª colocação, uma acima da zona da degola.

Outra participação de Mancini em rebaixamento foi no Vitória. O técnico comandou o elenco por 16 rodadas, sendo demitido na 15ª colocação.

Na verdade trata-se de um currículo perigoso, com o Atlético-MG lutando contra a sorte.

Na verdade o Galo Mineiro poderá livrar-se do rebaixamento com tranquilidade, mesmo com a síndrome de Mancini, desde que faltam 39 pontos a serem disputados, e esse necessita de mais 12 para a fuga do inferno, ou seja quatro vitórias.

Com 31 pontos, seis a mais do que o CSA, primeiro da zona do descenso, certamente as chances de fuga são grandes.

Dessa o técnico irá escapar.

NOTA 2- O MOLHO DE 503 DIAS DE NEYMAR

* O jornal Sport, da Espanha publicou uma lista dos problemas físicos de Neymar desde a sua saída do Santos em 2013.

O levantamento mostra números importantes.

Nos últimos seis anos, foram 16 lesões e 503 dias de baixa para o jogador. Segundo o jornal francês L'Equipe somente nesse ano foi a terceira vez que esse se machucou defendendo o Circo. Hoje a imprensa europeia o considera "de cristal".

No amistoso preparatório para a Copa América, em 6 de junho desse ano, Neymar rompeu o ligamento do tornozelo direito e acabou desconvocado da seleção.

Em fevereiro de 2018, ele sofreu uma fratura no pé direito e só voltou atuar às vésperas da Copa do Mundo. A lesão voltaria a assombrar o brasileiro 11 meses depois e o deixou de molho por quase noventa dias.

No último domingo o jogador voltou a se lesionar, no amistoso contra a Nigéria aos 11 minutos. A suspeita é de lesão no músculo posterior da coxa esquerda. Lá se vão mais trinta dias.

Com isso Neymar irá perder mais seis jogos pelo PSG, e chegará a uma triste estatística, que está contabilizada desde a sua chegada ao clube, ao perder mais partidas do que as jogadas pelo time francês.

NOTA 3- O BRASIL É O PAÍS DO CINEMA

* Essa história que o Brasil é o país do futebol é conversa fiada para boi dormir. É sem duvida o país do cinema.

Há duas semanas em cartaz, "Coringa" chegou a R$ 73,2 milhões em bilheteria, segundo levantamento da Comscore. No período, 4,4 milhões de pessoas foram aos cinemas ver o filme.

Para efeito comparação, o Brasileiro da Série A, em 250 jogos levou 5.235.480 torcedores aos estádios. Um único filme chega bem perto dos números totais do futebol.

Só no último fim de semana, o longa teve um público de 1,5 milhões de espectadores, e arrecadou R$ 26,7 milhões em ingresso.

Na 25ª rodada do Brasileiro, nos 10 jogos realizados, somou um total de 158.644 torcedores.

O segundo lugar do período ficou com a estreia de "Projeto Gemini". O novo filme de Will Smith, levou 246 mil pessoas aos cinemas, e gerou R$ 4,7 milhões em bilheterias.

O povo quer cinema por conta da segurança, estacionamentos e sem torcidas organizadas.

NOTA 4- VIROU MODA TÉCNICOS ESTRANGEIROS NO BRASIL

* Os cartolas brasileiros enfim entenderam que o nosso futebol está defasado na comparação com os centros maiores.

As presenças de Jorge Jesus e Jorge Sampaoli serviram para mostrar os novos modelos de formatação dos times. 

Por conta disso os clubes estão na busca de treinadores estrangeiros para que possam comandar os seus times.

A diretoria do Internacional está em Buenos Aires para fechar a contratação de Eduardo Coudet, técnico do Racing, e com um bom conceito no futebol mundial.

Acreditamos que esse treinador só estará no Brasil no fim do ano, desde que não deseja abandonar no momento o seu clube.

Por outro lado, nos bastidores do Corinthians os sons que estão sendo emitidos falam alto sobre a saída de Fábio Carille, e o nome comentado para substituí-lo é do português Leonardo Jardim, técnico do Mônaco.

Trata-se de um profissional no mesmo nível de Jorge Jesus.

A escola portuguesa está presente em vários países da Europa, inclusive na Premier League da Inglaterra.

Se forem concretizadas tais contratações, sem duvida essas serão importantes para o futebol nacional, por conta de um intercâmbio bem interessante com os nossos treinadores, que poderão assimilar o que se passa em outros países do mundo, e quem vai ganhar é o esporte das chuteiras. 

NOTA 5- O MAL QUE FAZ O CALENDÁRIO DO FUTEBOL

* A insistência do Circo do Futebol Brasileiro na manutenção do seu indecente calendário, vem destruindo os clubes brasileiros.

São jogos realizados dia sim, dia não, e os elencos sendo reduzidos.

O Flamengo que está na disputa da Copa Libertadores, e lidera o Brasileiro é o exemplo mais latente para comprovar essa insanidade. Quase um terço do seu elenco, ou seja 10 jogadores de linha estão comprometidos no momento mais decisivo da temporada.

As baixas são de quase 1/3 do total do elenco profissional que tem 32 jogadores- 4 goleiros. Rafinha, Felipe Luiz e Arrascaeta não irão enfrentar hoje o Fortaleza.

Todos lesionados.

Além disso, Everton Ribeiro e Bruno Henrique estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.

O retorno de Rodrigo Caio e Gabigol, da Selecirco irá amenizar um pouco a situação, e devem jogar. Berrio que é uma opção também está lesionado.

Sem falar em Diego que está fora dos gramados desde julho. A diretoria do clube endureceu com o Circo do Futebol pela liberação de Reinier, que iria se apresentar na Seleção Sub-17 para a disputa do Mundial de 2017, e na tarde de ontem esse foi desconvocado.

Na verdade o futebol brasileiro está mal orientado e destruindo o que resta dos clubes.

NOTA 6- NA SÉRIE B UM NOVO OCUPANTE NO G4

* Com sete jogos a 29ª rodada foi encerrada e o o sobe e desce na briga pelo quarto lugar do G4 ganhou um novo membro, o Coritiba que derrotou o São Bento por 2x1, chegando aos 46 pontos. Foi uma vitória sofrida por conta do bombardeio do time da casa no segundo tempo. 

Enquanto isso o América-MG chegou à 5ª posição com 44 pontos, ao derrotar o Vila Nova por 2x0, gols que foram marcados no segundo tempo.

Para embolar mais a disputa de uma vaga, embora pela primeira vez o Atlético-GO esteja pressionado, o Paraná com um gol aos 58' da primeira fase venceu o Brasil de Pelotas por 1x0. O time gaucho foi incompetente desde que teve chances de empatar a partida mas não conseguiu.

As vitórias desses tres clubes embolaram mais a briga pelo Grupo de Acesso.

O CRB ao empatar em 0x0 com o Operário ficou  mais longe do grupo maior. Foi um dos piores jogos entre os que foram realizados na noite de ontem.

O Criciúma saiu à frente do seu jogo contra o Vitória, mas cedeu o empate e permanceu na zona da Caetana. O rubro-negro baiano continua beirando a zona do inferno.

Por outro lado, mesmo jogando em casa, o Londrina não saiu do 0x0 no seu jogo contra o Figueirense. O time catarinense a cada rodada está com os pés na Série C, e o paranaense sendo perseguido pela Caetana.

No último jogo da noite o Bragantino perdeu um pênalti, fez um placar de 2x0 contra o Oeste, e com esse resultado estaria de forma virtual na Série A de 2020.

Com o placar garantido o time de Bragança adormeceu no campo e deu condições para o adversário empatar. Tentou reagir nos cinco minutos finais, mas o goleiro do rubro-negro de Barueri fez vários milagres para sustentar o resultado.

O Bragantino terá que esperar mais uma rodada para conseguir subir de divisão.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA RODADA COM POUCO PÚBLICO

* Aconteceu uma queda bem acentuada no público da 25ª rodada da Série A.

Nos 10 jogos realizados o total de pagantes foi de 163.175, com uma média por jogo de 16.318. Para quem vinha mantendo-a acima dos 20 mil, certamente foi uma queda brusca. 

O número de gols foi grotesco, com apenas 16 redes vazadas, cm uma média de 1,60 para cada jogo. Óbvio que isso representa o modelo retrancado do nosso futebol.

Novamente os mandantes tiveram mais vitórias, no total de 6. Os visitantes e os empates somaram cada um 2 vitórias.

O Flamengo continuou na liderança com a mesma diferença para o Palmeiras, vice-líder, de 8 pontos.

Faltando 39 pontos a serem disputados em 13 rodadas, basta para o time da Gávea somar mais 18, ou seja seis vitórias, para garantir o troféu.

O campeão dessa competição é um fato consumado, e a briga será pelas vagas na Copa Libertadores, e principalmente contra a foice da Caetana.

Quatro clubes lutam para não receber como presente as duas vagas restantes na ZR, desde que a Chapecoense (97,1%) e Avaí (96,8%) já estão praticamente degolados.

Restaram outros quatro times: Fortaleza (23,2%) Ceará (38,3%), CSA (44,2%) e Cruzeiro (73,4%).

Haja sofrimento.

NOTA 2- AS DIFICULDADES DOS TIMES QUE ACESSAM À SERIE A 

* Dos quatro clubes que tiveram o acesso em 2018, apenas o Goiás está situado numa boa posição (9º), com 36 pontos, 11 a mais do CSA, o primeiro da zona da degola.

O Avaí que subiu na temporada passada está na boca do inferno na 19ª posição com 17 pontos, o time alagoano também está próximo da foice da Caetana. Hoje está na zona perigosa na 17ª colocação com 25 pontos. 

O Fortaleza, terceiro clube oriundo da Serie B, está na 15ª colocação com 28 pontos, distando de 2 para o primeiro da ZR. 

Se o Cruzeiro escapar do perigo, o que achamos bem difícil, teremos uma luta entre três clubes, incluindo-se o Ceará (16ª) para sobrar apena um. 

Na verdade as diferenças entre as Séries A e B são profundas e repercutem no acesso, desde que os valores das cotas da televisão são reduzidos e que não comportam gastos maiores na formação dos elencos, e o resultado final é esse que estamos presenciando.

Trata-se de uma luta injusta de uma jangada contra um navio de grande calado.

Para que se tenha uma ideia desse buraco, a folha salarial do time alagoano é seis vezes menor do que a do Flamengo, que é o líder na tabela de classificação.

NOTA 3- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS NA SÉRIE A

* Vinte e cinco rodadas, com 23 técnicos dançado. Essa é cara desse espetacular futebol brasileiro que tem mais técnicos demitidos do que as  bolas nas redes.

O Brasil é recordista mundial de troca de comando nos clubes, quase com um por rodada. Sem duvida uma zorra total.

A bola da vez foi o técnico Rodrigo Santana do Atlético-MG, que não suportou a goleada do Grêmio (4x1) no último domingo, e ouviu a música parar e ao procurar a sua cadeira essa tinha desaparecido.

Em uma postagem anterior mostramos que o profissional estava com os dias contados, desde que seria impossível o Atlético-MG absorver apenas duas vitórias nas últimas 11 rodadas. 

A demissão foi realizada nos vestiários no pós jogo.

Rodrigo Santana comandou a equipe no total de 41 partidas, com 18 vitórias, 6 empates e 16 derrotas. O time anotou 50 gols e levou 49.

O Galo foi rápido e contratou um novo técnico, Vagner Mancini, que representa o seis pelo meia dúzia.

O alvinegro mineiro está na 11ª posição, com seis pontos de diferença para a zona da Caetana, ou seja se cochilar estará brigando na boca do inferno.

NOTA 4- TITE DESFALCA OS TIMES E POUCO UTILIZA OS ATLETAS

* Flamengo e Grêmio que irão disputar o segundo jogo de uma das semifinais da Copa Libertadores, cederam quatro atletas dos oito convocados que atuam no Brasil para o passeio à Singapura. Foram dois de cada um.

O jogador mais utilizado foi Daniel Alves que jogou as duas partidas completas. Os demais assistiram os jogos no banco de reservas e quando entraram no gramado foi por pouco tempo.

Um levantamento da ESPN-Brasil mostrou o tempo de jogo de cada um:

Daniel Alves (São Paulo): 180 minutos (90+90),

Everton (Grêmio): 76 minutos (31+45),

Matheus Henrique (Grêmio): 76 minutos (31+45),

Gabigol (Flamengo): 28 minutos (0+28),

Weverton (Palmeiras): 0 minutos,

Santos (Athletico-PR): 0 minutos,

Marcinho (Botafogo): 0 minutos e,

Rodrigo Caio (Flamengo): O minutos.

Tínhamos uma convicção de que os jogos amistosos serviriam para analisar os novos convocados, mas no caso de Tite ele os levam para que possam brincar de bobinho.

São coisas do Circo do Futebol.

NOTA 5- O CIRCO QUER COBRAR DE EMISSORAS DE RÁDIO POR DIREITOS DE TRANSMISSÃO

* Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, após o jogo contra o Grêmio no último sábado, na Arena Itaquera, em uma entrevista questionou de forma bem aberta a presença de muitos veículos de comunicação na cobertura dos jogos.

O cartola corintiano deu visibilidade ao que deseja o Circo há muito tempo, ou seja a cobrança nas rádios pelos direitos de transmissão das partidas.

Os valores ainda não foram colocados em discussão, mas a ideia é cobrar não apenas das emissoras de rádio tradicionais, mas também de webrádios, portais, blogs.

Para o vice-presidente do Circo do Futebol, Francisco Novelletto, os clubes precisam de dinheiro. Os valores seriam pagos a entidade que os repassariam para os clubes.

¨É o tal negócio: quem tem competência fica. Lá em São Paulo, existem 50, 60 pessoas participando de uma entrevista, e a maioria não tem compromisso com o que diz. Se a TV paga, por que os demais veículos não podem pagar?- questionou o cartola do Circo.

A ideia será ampliada aos estados nos campeonatos estaduais.

Vamos e venhamos isso está cheirando a uma conspiração para a implantação de um cartel dos mais poderosos para a dominação do rádio, como acontece com a televisão.

Com Andrés Sanchez no meio, não temos a menor duvida de que tem uma vaca no poste.

A importância do rádio no futebol é incomensurável, e nenhum espertalhão poderá meter as mãos.

O futebol começou a ser divulgado pelo rádio, que fomentou as torcidas dos clubes brasileiros.

NOTA 6- A SUBURBANA E A SÉRIE B NACONAL

* A Suburbana faz o melhor campeonato de várzea do país. Uma Liga que promove uma competição há muitos anos e com uma boa divulgação em Curitiba.

Nos lembramos dessa Liga por conta dos três jogos que foram realizados na noite de ontem pela Série B Nacional.

Verdadeiras peladas.

O Sport aproveitou-se bem de duas oportunidades dadas pelo Cuiabá e fez o placar de  2x0, que deu-lhe mais três pontos que serão úteis na reta de chegada.

O rubro-negro está perto do photochart.

O jogo foi muito fraco, com maior posse de bola do time do Mato Grosso, com o Leão mais uma vez mostrando-se desorganizado, sem formação tática e com os mesmos erros de sempre. Uma autêntica pelada.

Em Campinas, o Botafogo-SP reacendeu a sua chama ao derrotar o Guarani por 2x0. A única coisa boa desse jogo foi quando o árbitro apitou o seu final.

No terceiro jogo, o Atlético-GO jogando mais uma vez em casa contra a Ponte Preta não saiu do lugar, com um empate de 0x0. Uma partida sem sal, e chata de ser assistida.

Se a competição tivesse ainda mais jogos, certamente o rubro-negro goiano  estaria numa péssima situação. Completou quatro jogos sem vitória. Para a Macaca o resultado foi negativo, desde que o tempo está correndo e essa não sai do lugar na tabela.

Na noite de hoje a festa continua.

A Série B desse ano foi a pior de sua história.

No meio da mediocridade escapou apenas o Bragantino.