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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é um dos segmentos que fazem parte do contexto geral da nação. Quando essa vai bem, todos os seus setores a acompanham. E no inverso, a queda é geral.

O futebol sofre com a realidade brasileira, com grandes clubes, com torcidas gigantescas, que estão perdidos no meio de um universo nacional apodrecido.

Vivenciamos um período em que assistir um jogo de futebol era uma forma de lazer, hoje transformou-se em pesadelo. A intolerância vem dominando esse esporte.

A situação está se agravando, desde que até em jogos de torcida única existem brigas entre torcedores. Esse sistema de uma só torcida é o retrato da decadência desse esporte.

Os torcedores passaram para a violência como forma de protesto. Assistimos o vídeo da chegada do Bahia em Salvador após o empate contra em Chapecó, quando  membros da torcida organizada Bamor agrediram fisicamente os atletas do clube. É a lei do cão.

Vivenciamos o futebol há muito tempo e jamais vimos fatos como esses. Somos do tempo em que o torcedores assistiam juntos os jogos dos seus clubes.

Por formação entendemos muito bem o que acontece em nosso país, que marchou para o retrocesso e criou uma geração deserdada, que a cada dia incorpora vários segmentos da sociedade, representado por aqueles desprovidos pela sorte, sem o olhar dos governantes.

Essa separação gigantesca está levando o país a brutalidade. Pais matam filhos, filhos matam pais, a violência primitiva assolou, quando matam pessoas por nada, os linchamentos fazem parte do cotidiano, cadáveres são encontrados fatiados, um pedaço aqui, outro pedaço ali.

Nada se faz, pelo contrário há o incentivo, quando os colarinhos brancos roubam os cofres públicos, e ficam impunes por conta de uma legislação branda para esses, e dura para aqueles que não tem dinheiro para bons advogados.

Nesse quarto mundo roubar uma galinha é crime hediondo, maior do que assaltar a Petrobras, ou o Metrô de São Paulo.

A cena de um revide do jogador Emerson, do Bahia contra um marginal travestido de torcedor é grave, que mostra de forma clara um país sem comando. Protestar é válido, mas partir para a violência é o fim do caminho.

Os times de futebol tem mais seguranças nas suas viagens de que jogadores, e isso é o reflexo do país.

O problema maior é que os nossos governantes não entendem de sociologia, desde que tudo que vem acontecendo é um produto de uma grande panela de pressão, contendo os desejos de toda uma população, que ferveu, secou a água e finalmente explodiu, e o que estamos acompanhando é o reflexo de todos esses sentimentos.

Enquanto a nação não mudar, e isso pelo que estamos assistindo irá demorar a chegar, o futebol continuará a sua via crucis, desde que faz parte do atual sistema falido que tem um Horizonte Sombrio.

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