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Escrito por José Joaquim

O povo brasileiro está se acostumando com as coisas ruins. Ninguém grita fora ladrões, pelo contrário os festejam. No futebol o torcedor não liga para a mediocridade geral que tomou conta do esporte em todos os setores. O jornalismo Pokemon vibra com uma seleção que eles chamam de brasileira, que na verdade é do Circo do Futebol Brasileiro, uma entidade que exala mau cheiro. E aí segue a vida.
Por acaso alguém observou que o nosso futebol tornou-se uma sucursal do Samu por conta do número de contusões, que são produtos de um calendário irracional formulado por apedeutas com um excesso de jogos, atrelados a longas viagens?
Não tem um único jogo sem que um profissional não saia lesionado. A maior parte é de ordem muscular. Até os goleiros são afetados. Fizemos um levantamento para o blog, e constatamos que até o dia de ontem eram 77 jogadores nos diversos departamentos médicos, o que representa 7 times completos. Realmente é assustador.
Qual o veículo de mídia que divulgou ou analisou tais números? Estão mais preocupados com a dança de Neymar e com os uniformes grotescos dos clubes. É a realidade que convivemos, que faz parte da era da imbecilidade.
O Circo e as federações estaduais são instituições atrasadas, e esse atraso se deve a pessoas, que agem como sem elas, o esporte não existiria. A insistência dos jurássicos estaduais, que ocupam várias datas do calendário, demonstra realmente o modelo superado que é adotado. Quando se fala na proteção aos clubes menores, e que esses campeonatos pelo menos servem para movimenta-los, esquecem que a grande maioria torna-se sazonal com apenas três meses de atividades.
Não se debate a ampliação do número de participantes nas competições, inclusive com uma nova Série, com um modelo regionalizado e bem distribuído durante toda a temporada. Pelo contrário, são Estaduais, Ligas Regionais, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e Brasileiro. Os atletas se preparam para o sacrifício, atendendo a um calendário ponográfico, podendo realizar até 75 a 80 partidas em um ano, para atender os interesses de terceiros e não dos esportes, enquanto os europeus jogam no máximo entre 60 e 65 por conta do seu calendário bem elaborado.
Os clubes formatam elencos gigantescos para que possam atender a maratona de jogos, inflando as folhas salariais, e onerando os seus cofres. Mas apesar de viverem sob esse guarda-chuva perverso ficam calados, desde que são dependentes da televisão e dos órgãos que administram esse esporte.
No final do ano serão premiados com o Troféu Samu, que é entregue aquele que conseguiu ter menos gente no Departamento Médico.
Grotesco.
São coisas de um futebol dirigido ¨muito bem¨ por Del Nero e seguidores

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