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Escrito por José Joaquim

Na última quarta-feira que deveria ser uma festa do nosso futebol, mais uma vez se transformou em um espetáculo de selvageria graças aos torcedores do Flamengo.

O Maracanã estava repleto, um pouco mais de 57 mil pagantes, com muitas famílias, dando-nos a falsa impressão de uma cena que sempre assistimos no mundo civilizado, quando os encontros futebolísticos começam e terminam da mesma forma, tudo dentro da tranquilidade.

No domingo passado assistimos um clássico do futebol inglês entre dois tradicionais clubes de uma mesma cidade, Manchester, com o Old Trafford lotado, sem nenhum arranhão para deslustrar um jogo que se transformou em espetáculo.

Já falamos diversas vezes que o Brasil perdeu o seu rumo há algum tempo, e isso vem influenciando na formação de sua sociedade, que assumiu momentos de degradação nos seus segmentos, inclusive no futebol, onde torcedores que não são maioria, mas tem a força para espanta-la, abraçaram a violência como a arma para as necessidades mentais.

Uma decisão de uma Copa Sul-Americana que poderia ser uma festa do esporte, com dois clubes tradicionais do Continente, desde o dia anterior ao jogo começou de forma turbulenta e grotesca.

Uma briga entre torcidas do Flamengo e Independiente na porta do hotel que hospedava a equipe portenha terminou em pancadaria, e com a interferência policial.

Os rubro-negros como no tempo antigo, estavam promovendo um foguetório para interromper o sono dos rivais.

A torcida argentina tentou impedir, e a barbárie começou. 

Na noite do jogo, o Maracanã pronto para receber uma festa que na verdade é um encontro de futebol, testemunhou uma briga campal na sua porta e o festival de bombas, spray de gás pimenta, e várias prisões, a invasão daqueles que estavam sem ingressos, que arrombaram um portão de entrada.

No campo de jogo a bola rolou sem nenhuma violência, e terminou totalmente na paz, com os portenhos conquistando o título.

Ainda dentro do estádio começou a confusão com os protestos da torcida do Flamengo, que ganhou às ruas, e sendo mais uma vez enfrentada pela policia, com todos os seus aparatos.

Por outro lado o bom torcedor teve que esperar dentro do estádio para voltar para casa.

Do lado de fora as grades voavam de um lado para o outro.

Uma foto dos jogadores portenhos comemorando o título dentro de um ônibus depredado foi sem dúvida o melhor momento desse evento, e que catalisou toda a selvageria que aconteceu.

Como ir a um estadio de futebol com sua família, para depois enfrentar uma batalha campal?

Essa é a pergunta que todos sabem a resposta: O Brasil há anos que vem degradando-se, a impunidade reinante é o motivador do que acontece no país onde a violência domina em todos os seus setores.

Os clubes foram os culpados na criação de torcidas organizadas, e as investigações que estão sendo feitas mostram que no Rio de Janeiro todos tem comprometimento com essas facções criminosas, o reflexo está bem claro, e o jogo de ontem deixou a sua foto para comprovar.

Ir a um estádio hoje é sem duvida algo para se estudar, desde que o torcedor sai de casa sem saber se irá retornar.

Mais uma vez o futebol brasileiro termina nas páginas policiais.

Lamentável.

Comentários   

0 #3 RE: A VITÓRIA DA SELVAGERIACARLOS ALFREDO 15-12-2017 13:06
JJ: Excelente o seu artigo. Aliás Guilardo já expressou tudo que gostaria de escrever. Os clubes são responsáveis pelo que acontece. No caso do Flamengo é bem notório que o clube apoia essas organizações criminosas. Parabéns pelo lúcido artigo, extensivo a Guilardo com sua contundente analise.
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0 #2 RE: A VITÓRIA DA SELVAGERIAguilardo 15-12-2017 12:16
VITÓRIA DA SELVAGERIA. Caro amigo, muito oportuno o seu artigo sobre o ocorrido no Maracanã e seu entorno. Veja que o velho Maraca, quando não havia restrição para público, botava 100, 120 e até 130.000 torcedores, sem que houvesse qualquer tumulto dentro ou fora. Aqui mesmo, na terrinha, clássicos locais no Arruda, público de 50, 60 , 70 e até 80.000 aconteceram, sem que existe uma única briga, dentro ou fora. O que temos que entender é que a violência tomou conta do País. Não só em jogos de futebol, mas nas ruas, nas casas, na praia, nas calçadas, enfim, em todos os lugares. Hoje se mata mais no Brasil durante um ano, do que os Estados Unidos, Síria, Líbano, Palestina e tantos outros, perderam soldados em plenas guerras. Algo estranho, muito estranho acontece aqui. Comecemos pela legislação frouxa, cuja lei de execução penal é a mãe de todos os criminosos. Bandido preso, ainda que por pouco tempo, pode transar com qualquer mulher ou homem na prisão, tomar droga, comandar o crime organizado via celular, traficar e extorquir no interior da prisão, mandar matar, sequestrar e incendiar bens públicos. Cumpridos 1/3 ou 1/6 da pena, pode voltar às ruas para fazer tudo de novo. Só o Brasil é capaz de produzir leis iguais a essa. No Rio, o estado mais organizado é o da criminalidade, nos morros e favelas. Ali sim, impera a ordem e lei para criminosos que não se conduzirem a contento. Ninguém entra, nem mesmo as Forças Armadas, que ficam embaixo, fazendo o papel de marionetes. Estamos desvalidos e entregues, motivo pelo qual, já não acho nada de mais nem me surpreendo com o que aconteceu naquele jogo. O Brasil é um país de bárbaros, entregues nas mãos de criminosos do colarinho branco, regido por um Congresso de bandidos e por um Tribunal Superior, onde militam quatro ministros da pior espécie. Caro amigo, graças a Deus ainda estamos vivo, mas, seguramente, não sei se chegarei inteiro em casa.
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0 #1 São apenas consequênciasBeto Castro 15-12-2017 11:22
Toda esta devastação do futebol brasileiro e da Nação discriminada foram e estão sendo causadas pela conspiração turca dos doze demônios liderados pelos que furaram e continuam furando os brasileiros de todos os quadrantes desde 1987 e a negação de tudo do que é mais sagrado numa Federação de Estados, a fraternidade e a tolerância, inclusive dividindo o país em duas facções inconciliáveis. Estamos bem próximo do objetivo daquelas mentes criminosas - um guerra civil entre clubes, torcedores, cidades, estados e regiões do país como no país de onde vieram para nos discriminar brutalmente com o seu racismo intolerante. Urge os enquadrar no respeito a nossa Constituição e as nossas leis, costumes e tradições sob pena de estarmos incentivando à barbárie e ao desatino fratricida. Dinheiro, ganância e poder ilegítimos dos mais fortes e oportunistas nunca forneceram o rumo certo a nenhum povo da Terra. Chega de monopólio, discriminação e lavagem cerebral. Foco é foco, consequências são consequências e leviandade é apontar os resultados sem analisar as suas causas.
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