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Escrito por José Joaquim

Na vida tudo se renova, inclusive as células do corpo humano, mas o futebol vai de encontro à essa realidade, quando se torna estático em seus conceitos e regras.

A FIFA tem uma visão mercantilista do esporte. Para esse órgão o que mais interessa é um alto retorno financeiro, pouco fazendo pelo técnico.

Por conta disso as competições tornaram-se previsíveis.

Em vários esportes as suas regras sofrem modificações como forma de aprimora-los.

O voleibol, basquetebol, o futsal são referências, com mudanças que deram uma maior movimentação aos jogos, e com uma evolução nos resultados das partidas.

No futebol pouco se cria, e as mudanças são resumidas.

O árbitro de vídeo que seria uma boa solução para que as duvidas fossem dirimidas, ainda não firmou-se na Europa, e no Brasil tornou-se uma piada, como apito amigo de vídeo.

As mudanças nas regras desse esporte são tímidas e pontuais, com efeitos bem reduzidos. Essas são imutáveis, e aquele que desejam muda-las são fuzilados no paredão da entidade maior.

Qual a razão de não mudar o número de substituições de um jogo de 3 para 5?

Aumentaram o número dos atletas no banco de reservas, mas esqueceram de um incremento nas suas trocas.

A regra do impedimento pela velocidade que tomou conta do jogo precisa ser modificada, para ser considerada apenas no perímetro da grande área.

Quantos gols iriamos ter com tal mudança?

O sistema de jogo mudaria.

Os treinadores teriam mais trabalho, e sua movimentação seria mais intensa.

Por alguns anos fizemos essa experiência em campeonatos abertos sub 15 e sub 17, e os resultados foram positivos.

Deveriam analisar a pontuação de um jogo. Tiraram do 2-1-0, para 3-1-0, com a alegação que isso iria incrementar o maior número de gols e reduzir os empates.

Se analisarmos o número de gols do Brasileiro no sistema de pontos corridos, verificamos que trata-se de um equivoco tal afirmação, desde que os gols foram minguando ano a ano.

O mesmo se dá na quantidade dos resultados iguais.

Na realidade, os três pontos criaram um espaço grande entre os disputantes, matando as emoções, que são bem importantes para o sucesso do esporte.

Nas principais Ligas da Europa, os resultados do turno praticamente já definiram alguns campeões, faltando um returno inteiro.

A mudança na quantidade de cartões para que seja decretada a punição dos atletas já está sendo realizada nessas Ligas, mas no Brasil o sistema continua retrogrado, punindo jogadores por conta de três amarelos seguidos, trazendo prejuízos para os clubes que disputam os campeonatos, por terem de inflar os seus elencos.

Tentar não custa nada, permanecer no marasmo é de uma burrice patológica para um esporte muito popular, e que vive das emoções que aos poucos estão sumindo das arquibancadas.

O conservadorismo e os incompetentes estão matando o futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BOM EXEMPLO DA NFL

* Nesses anos do blog postamos diversos artigos sobre o modelo de distribuição das receitas das maiores Ligas norte-americanas, e em especial o da NFL, que dirige o chamado futebol americano, que é considerada a mais democrática entre todas.

As receitas são distribuídas de forma igualitária para todos os times, aumentando a sua competitividade.

Obvio que as franquias das cidades maiores são mais ricas, mas não por conta dos recursos que são distribuídos, e sim pela demanda de seus produtos e populações dos estados.

Neste final de semana, oito times estarão disputando quatro vagas para as finais dessa Liga.

O fato mais importante é que entre aqueles que ainda sonham com uma lugar no Super Bowl, cinco desses sequer haviam conquistado uma vaga no play-off da temporada passada.

Isso demonstra de que as receitas iguais para todos, uma verdadeira socialização, é salutar, desde que permite as boas performances dos times disputantes.

Um outro ponto que serve para consolidar esse modelo democrático, é que entre os oito que estarão nessa disputa, apenas duas franquias estão no TOP 10 dos mais ricos da Liga, o New England Patriots (2º), e o Philadelphia Eagles (10º).

Enquanto isso no Brasil, os recursos vão para as mãos de poucos, em detrimento da maioria, levando o nosso futebol à UTI, enquato a NFL é a maior Liga do mundo.

Certamente eles estão errados, e nós certos.

Os números mostram o contrário.

NOTA 2- CHAMEM A POLICIA

* O futebol brasileiro há muito tempo virou um caso de policia.

A sua maior referência está na situada na Barra da Tijuca, local que abriga o Circo do Futebol.

No dia de ontem mais um caso policial, e desta vez envolvendo um dos clubes mais tradicionais do Brasil, o Vasco da Gama, de uma rica história, através de uma queixa contra o atual mandatário, Eurico Miranda, que não se conforma em entregar o poder, e nos últimos dias tem realizado um desmanche no elenco, negociando os jovens jogadores, em conluio com o empresário Carlos Leite que tem nove atletas no elenco.

A queixa procedida numa Delegacia de Policia do Rio de Janeiro, foi por conta de um  possível saque na sede vascaína, nas caladas da noite, quando levaram equipamentos, aproveitando-se da escuridão reinante motivada pelo corte da energia por falta de pagamento.

A insanidade de Miranda não tem limite.

Para prejudicar a nova diretoria, promoveu o desmanche, e renovou os contratos com alguns atletas por um longo período, e com salários acima da média do clube, que irá dificultar a nova gestão, inclusive para rescindi-los.

O cartola resolveu ingressar com um mandado de segurança no STJ- Superior Tribunal de Justiça, contra a decisão do Tribunal do Rio de Janeiro.

Dirigir clube de futebol é bom demais, quem está fora não entra e quem está dentro na saí.

Antecipou as vendas dos ingressos do jogo da Pré-Libertadores, com mais de 15 dias de antecedência.

O mais grave e tudo isso está relacionado aos clubes que estão negociando com os jogadores vascaínos levados por Carlos Leite, que deveriam ter um pouco de discernimento de saber que estão cometendo algo legal, mas imoral, acoitando uma indignidade de um cartola ultrapassado, e de um empresário com fama discutível. 

Faltou a solidariedade.  

É lamentável.

São esses os dirigentes que abrem a boca e dizem que vão morrer pelo seu clube, o que não é verdade, o usam para proveito próprio.

NOTA 3- RUMO PERDIDO

* Será que o futebol brasileiro tem condições de pagar um salário de R$ 2 milhões a um jogador?

Tal valor é que o Palmeiras ofereceu ao atacante Ricardo Goulart.

Mesmo com o estranho apoio da Crefisa, isso é algo que mostra o modelo equivocado das gestões dos clubes.

O nosso futebol não comporta uma contratação como essa, que foge totalmente dos seus padrões.

Aliás há dois anos que os clubes estão na contramão da história, quando inflacionaram os salários por conta das luvas pagas pela televisão, cujo dinheiro esvoaçou, e ainda hoje estão pagando por esse erro sem corrigi-lo.

Negociam seus talentos com qualquer oferta, e contratam veteranos à peso de ouro, e que na verdade não podem paga-los.

O ano terminou com a maioria dos clubes com salários atrasados, e apesar disso continuam cometendo insanidades.

Existem fatos estranhos no contexto, e um exemplo vem do Cruzeiro, que tinha um débito de R$ 300 milhões, folhas salarias atrasadas, e de repente em um passe de mágica aparece  um rio de dinheiro para contratações,  oriundo de um investidor que ninguém sabe ninguém viu, ferindo a norma da FIFA que não permite a presença de terceiros nos direitos dos atletas.

Só mesmo no Brasil

NOTA 4- UM HORÁRIO OBSCENO

* Sempre criticamos o horário pornográfico de alguns jogos que são realizados à noite.

A Rede Globo dona do futebol tupiniquim reduziu das 22h00 para 21h45 o horário dos encontros das quarta-feiras, que ainda não é o ideal para o torcedor, e cuja média de publico é a pior entre todas.

Se isso era ruim, o trágico irá acontecer na Copa do Nordeste que é transmitida pelo Esporte Interativo na TV fechada, e pela TV Jornal, na aberta.

Ao analisarmos a tabela dos jogos dessa competição, nos deparamos com algo tão grotesco, fora de propósito que custamos a acreditar.

Na ocasião pensamos que era um equívoco, mas ao procurarmos o site do Circo, verificamos que era realidade, e que vai colocar mais uma pá de terra no caixão do futebol da Região, cuja competição do lado técnico é mais pobre do que Jó.

Os que fazem o Esporte Interativo colocaram algumas partidas da competição no horário das 23h00, o que é uma indecência, e uma falta de respeito ao torcedor.

O futebol é algo sério, e exige a competência no seu trato, e colocar eventos em um horário de boate mostra como esse é tratado.

Quando o Esporte Interativo abraçou o futebol da Região Nordeste, aplaudimos, desde que era uma boa abertura para os clubes que são relegados ao segundo plano pelos donos do poder, mas vimos agora que é igual a sua concorrente e que considera o torcedor como um nada.

Outro erro grave dos que fazem esse canal é o da diversidade dos horários que constam da tabela, que não é bom para acostumar o torcedor, desde que esse fica perdido com tantas diversificações.

O que parecia ser algo muito positivo para a região, mostrou que é a continuidade da mesmice de tudo que vem acontecendo.

Jogos às 23h00 é ridículo e não merece consideração.

NOTA 5- SOBROU O VITÓRIA DA BAHIA

* No dia de ontem foram realizados os jogos da segunda fase da Copa São Paulo Junior, com a participação de cinco clubes da Região Nordestina.

No fechamento da rodada sobrou apenas um, o Vitória da Bahia que derrotou o time do Ituano por 4x1.

Dos 22 representantes que começaram a Copa o único sobrevivente foi o time baiano.

Nos demais jogos, o Botafogo-PB foi derrotado pelo Palmeiras por 2x0, o Ceará perdeu para o Água Santa também por 2x0, o Taubaté ganhou do Bahia por 1x0, o Corinthians eliminou o Sport nos pênaltis por 4x1.

No tempo normal aconteceu o empate de 1x1.

Acompanhamos  esse jogo, e ficamos na certeza de que o técnico do rubro-negro de Pernambuco não assistiu o vídeo da partida entre a Ferroviária e Corinthians que terminou em 1x1, com o gol do empate do time do Parque São Jorge, no minuto final.

O alvinegro foi dominado.

Se o Sport tivesse jogado no primeiro tempo como o fez no segundo o resultado seria outro, desde que acovardou-se e ficou o tempo todo esperando o adversário na sua defesa.

O alvinegro também pouco jogou, marcando apenas um gol de falta.

Na segunda fase, a equipe da Ilha do Retiro melhorou, dominou em boa parte a partida, e empatou com um gol de pênalti.

Na decisão os batedores das penalidades não foram bem treinados e perderam duas dessas.

De uma coisa ficamos convictos, que os dois times são  bem fracos, sem nenhum atleta que possa ser destacado, e que pelo que vimos é perda de tempo pensar que dessa colheita irá sair um bom fruto.

Pobre futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NORDESTE E A COPA SÃO PAULO

* O trabalho de formação da Região Nordestina não anda bem.

Os números da Copa São Paulo de Junior confirmam que existe uma estagnação no setor, e com o agravante de que alguns dos clubes pertencem a empresários, que arrendam o departamento para que possam expor os seus atletas.

O Nordeste começou essa competição com 22 clubes, entre os 128 disputantes, representando 17,1% do total.

Após a primeira fase somente cinco desses foram classificados para a seguinte: os dois clubes da Bahia, Bahia e Vitória, Ceará, Botafogo-PB e Sport, com um percentual de 7,8% dos 64 clubes que irão dar a continuidade ao torneio.

Dezessete times ficaram pelo caminho, com alguns sem marcar um único ponto.

Trata-se sem duvidas da realidade de um futebol que agoniza nesse setor, como também na categoria principal, e para comprovar basta analisar a tabela da Copa do Nordeste, com 10 participantes entre os 16, locados nas Séries C e D do Brasileiro.

Uma tristeza.

NOTA 2- NEYMAR FORA DA SELEÇÃO DA UEFA

* Os onze melhores jogadores da Europa na temporada de 2017, conforme votação promovida pela UEFA tem a presença de dois brasileiros, os laterais Daniel Alves (Juventus/PSG) e Marcelo (Real Madrid).

Neymar não teve votos suficientes para integrar esse seleto grupo.

Quase 9 milhões de votantes escolheram numa lista de 50 finalistas o Team Of The Year, fato esse que ocorre desde o ano de 2001.

Além de Neymar faziam parte dessa e na votação final ficaram de fora mais três brasileiros: Casemiro (Real Madrid), Alex Sandro (Juventus) e Fabinho (Monaco) .

Os escolhidos foram os seguintes:

Buffon (Juventus),

Daniel Alves (Juventus/PSG),

Sergio Ramos (Real Madrid),

Chiellini (Juventus),

Marcelo (Real Madrid),

De Bruyne (Manchester City),

Kroos (Real Madrid),

Mondric (Real Madrid),

Hazard (Chelsea),

Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e,

Lionel Messi (Barcelona).

Dos onze escolhidos, cinco foram do Real Madrid, confirmando a boa temporada desse clube em 2017.

NOTA 3- NO ESTADUAL PARAIBANO A CLASSIFICAÇÃO PODERÁ SER RESOLVIDA PELO PRESIDENTE

* Alguns Regulamentos dos estaduais que serão iniciados no final de semana apresentam falhas que poderão criar sérios problemas.

Na Paraíba os dirigentes aprovaram os critérios de desempate nas fases, sem uma alternativa no caso de empate nos diversos itens.

Sabemos que será muito difícil de acontecer, mas como no futebol o diabo anda solto nos gramados, não custaria nada que constasse um simples item de proteção.

Segundo o regulamento no caso de empate entre duas agremiações, será classificada aquela que tiver maior número de vitórias, saldo de gols, maior número de gols assinalados, confronto direto na fase, menor número de cartões amarelos e, menor número de cartões vermelhos.

Se tal fato chegar a acontecer, a solução será dada pelo item dos casos omissos, e nesses caberá a decisão ao Presidente da Federação, que sem duvida seria grotesco, pois não teria como justificar a escolha.

Na realidade muito embora as chances de que aconteça esse tipo de empate sejam reduzidas, todo regulamento deveria ter um item de segurança para não tumultuar a competição.

Em algumas federações existe o sorteio, e em outras, a marcação de um jogo de desempate, mas para tal haveria a necessidade de datas, o que é um grande problema.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- MANDA PARA O SPORT RECUPERAR

* O Sport está virando um centro de recuperação de jogadores, ou seja aqueles que há tempo não conseguem jogar o que se chama de bom futebol.

No dia de ontem o Flamengo confirmou o empréstimo ao time da Ilha do Retiro, do meia atacante Gabriel, que é o jogador mais longevo do elenco do clube da Gávea, desde o ano de 2013, juntamente com o inicio da gestão de Eduardo Bandeira de Mello. 

Chegou ao time carioca com um bom currículo do futebol baiano, mas no Rio esqueceu o trato da bola, começou tendo chances no time, e sem o devido retorno foi sendo abandonado.

Em 2017 foi pouco aproveitado por Reinaldo Rueda, e quando isso acontecia era contestado pela torcida rubro-negra, que o vaiava até quando seu nome constava do grupo de reservas.

Foi perdendo o espaço no elenco, e o Flamengo colocou-o na lista de empréstimos, desde que tem contrato até dezembro de 2019.

Como o Sport tem um perfil de reabilitador, certamente será mais uma tentativa, como aconteceu com vários profissionais.

Os seus salários serão pagos de forma integral pelo clube da Ilha do Retiro.

São coisas do futebol pernambucano, e do Sport Recife.

NOTA 5- CONTRATA UM E LEVA DOIS

* O futebol brasileiro é surreal.

Igual à esse não existe no mundo da bola.

A nova moda é o nepotismo, que acontece nas federações, clubes e especialmente nos clubes quando contratam os seus treinadores.

É o sistema de acertar com um e levar dois.

Paulo Cesar Carpegiani ao assumir o Flamengo trouxe consigo o seu filho Rodrigo Carpegiani que o acompanha há muito tempo.

No São Paulo Dorival Junior, voltou a empregar o seu herdeiro como assistente, fato esse que aconteceu nos outros clubes que foram por esse dirigido.

Lucas Silvestre é o seu braço direito, e foi um dos pivôs de sua saída do Santos, desde que os jogadores não o suportavam.

Cuca quando está na ativa leva a tiracolo o seu irmão Cuquinha.

Na Seleção do Circo, Tite arrumou uma boquinha para o seu filho Matheus Bachi que afirma entender de futebol.

Esse é o novo caminho do futebol brasileiro onde o nepotismo faz a sua parte no sistema.

Um fato bem interessante acontece no Sport Recife, quando o filho do presidente é diretor de futebol, e entende tanto do riscado como entendemos de física nuclear.

Família unida trabalha unida.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Ontem numa conversa com o jornalista Claudemir Gomes, esse nos chamou a atenção sobre a trágica maratona de jogos que os clubes de Pernambuco irão enfrentar no primeiro trimestre da temporada de 2018, inclusive publicando um bom artigo em seu blog sobre o tema.

O Sport como não joga na Copa do Nordeste terá menos problemas, com relação ao Santa Cruz, Náutico e Salgueiro.

Para que se tenha uma ideia da insanidade do calendário, o tricolor do Arruda entre os dias 16/01 a 21/01 jogará três partidas, sendo uma pela Copa do Nordeste as outras duas pelo estadual.

Entre o período de 16 a 18  o intervalo entre um jogo para o outro é de apenas 48 horas, quando a determinação legal é para que seja no mínimo de 60.

Enquanto isso no dia 06 de fevereiro, o Santa Cruz enfrentará pela Copa do Nordeste, no Arruda, o Treze-PB, às 23 horas, que é um horário para lá de pornográfico, e com menos de 24 horas estará atuando contra o Afogados pelo Estadual.

No dia 20/02 a equipe coral atuará pela Copa Regional contra o CRB, e 24 horas após esse jogo entrará em campo para enfrentar mais uma batalha, em Arcoverde, contra o Flamengo.

Por outro lado outro milagre terá que acontecer, quando o tricolor do Arruda jogará pela Copa do Nordeste no dia 10 de março, contra o CRB, e menos de 24 terá um encontro pelas quartas de final do estadual.

Sem dúvida uma verdadeira insanidade.

No caso do Náutico, se esse suplantar o time do Itabaiana, o clube irá enfrentar também a sua via crucis.

Entre 17/01 a 21/01, o alvirrubro jogará três partidas, pela Copa do Nordeste (1), e pelo estadual (2). São quarenta e oito horas de intervalo entre essas. Um absurdo.

A barbaridade continua no período entre 17 e 22 de fevereiro, com dois jogos locais e um pela Copa do Nordeste, em Salvador, contra o Bahia. Da mesma forma do Santa Cruz, o time da Rosa e Silva, terá um confronto no dia 10 de março contra o Bahia pela Copa do Nordeste e no dia 11 estará no gramado com um jogo das quartas de final do estadual.

Finalmente o Salgueiro, que também participa de três competições no mesmo período, terá seus dias de sofrimento. Tem jogo marcado para o dia 06/02 contra o Náutico, e por um possível milagre no dia 07 estará em São Luiz para enfrentar o Sampaio Correia pela Copa do Nordeste.

E como irá acontecer com os outros dois clubes de nosso estado, a equipe sertaneja terá um encontro no dia 10 de março com o CSA, pelo Regional, e menos de 24 horas estará participando de um jogo pelas quartas de final do estadual.

São jogos, jogos e mais jogos, que atestam a insanidade daqueles que que fazem o futebol brasileiro, quando amontoam eventos, e com a gravidade de uma pré-temporada curta fora da realidade.

Como o futebol poderá evoluir se os seus dirigentes estão destruindo-o.

Onde está o Sindicato dos Atletas de Futebol?

Na verdade não serve para nada, desde que o mais importante que é a defesa dos seus associados não é realizado.

O próprio Circo no seu Regulamento Geral das Competições, estipula o intervalo entre os jogos no período de no mínimo 60 horas, mas isso também é rasgado pela cartolagem.

Um total insanidade que contempla uma maneira para a destruição final de nosso futebol, e que irá ajudar o Sport a conquistar com mais facilidade do título estadual que não vale muita coisa, mas é o único que os nossos clubes podem festejar, já que os adversários estarão caindo aos pedaços por conta dessa maratona. 

Escrito por José Joaquim

O famoso empresário da futebol, Carlos Leite, tirou do Vasco da Gama o zagueiro Anderson Martins e o levou para o São Paulo.

Até aí um fato normal nesse pobre futebol brasileiro, mas na verdade o atleta tinha um contrato com o time da Colina até 2020, com uma clausula que permitia a sua saída para outro clube, caso tivesse uma proposta mais vantajosa.

Além disso estava com salários atrasados.

O mesmo agente tem mais oito profissionais alocados no mesmo clube, e que também poderão sair no momento em que desejarem.

Que futebol é esse?

O futebol brasileiro tem os seus reais donos, que são proprietários de jogadores, como acontece com esse agente.

Mas não fica nisso, desde que existe um outro personagem que atua no setor, com a mais nova profissão, a de meio campista fora dos gramados.

No Brasil os meio-campistas desapareceram, mas fora dos gramados existem esses novos personagens que enriqueceram sem jogar bola.

Conversamos com um no dia de ontem.

O que faz o meio de campo fora das quatro linhas?

Pelo que sabemos é uma figura de pouca visibilidade, mas com uma importância vital, que também pode ser chamado de intermediário.

Na engrenagem atual do futebol, o empresário representa o jogador na ponta do negócio, no outro extremo está o clube, e no meio do campo das negociações encontra-se o meio campista.

Se um clube precisa de um atacante, por exemplo, ele pode recorrer a empresários conhecidos que, por sua vez acionam a sua malha de outros agentes, até no exterior, mas quem traz o jogador é o intermediário, e cada um desses personagens ganha a sua parte, inclusive em alguns casos cartolas participam do fatiamento.

Existem intermediários que não agenciam atletas, apenas fazem a indicação, e alguns ganham uma boa parte dos recursos que foram utilizados nas transações.

Se abrirem a caixa preta, Del Nero será um bebê com relação ao que acontece. 

No Rio Grande do Sul, existe um meio campista que tem cerca de 400 olheiros, não somente apenas no Brasil, como também na Argentina, Uruguai e Paraguai, que assistem aos jogos de diversas competições, inclusive das categorias de base, formando um cadastro de todos os escolhidos.

Esse intermediário gaúcho tem um banco de dados com mais de 1,5 mil atletas, sem que esses muitas vezes esses saibam que estão sendo cadastrados. O seu trabalho é o de vasculhar o mercado para oferecê-lo ao comprador.

Isso faz parte de um processo equivocado quando é entregue a uma terceirização, desde que tudo que é feito o próprio clube poderia fazê-lo, com sua rede própria de olheiros, como tinha em épocas anteriores, elaborando o seu cadastro, mas por esperteza de alguns, foi criado um mecanismo que envolve o empresário, o meio campista e o cartola, onde o dinheiro das comissões corre a solta, quando tudo poderia ser da agremiação.

Na realidade o sentido da atuação desse intermediário é o de realizar um trabalho obscuro, cadastrando vário jogadores sem autorização, mas que rende muito para quem o faz.

Há alguns anos atrás tivemos a renúncia do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, por conta de uma transação com o zagueiro Maidana, que teve muitos furos com várias comissões pagas, inclusive para um intermediário que seria o próprio.

São coisas do futebol brasileiro, onde todos ganham, menos os clubes, que agora tem um meio de campo jogando muita bola fora do gramado, e com muito à contar.

Aliás o que ouvimos é de dar arrepios.