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Escrito por José Joaquim

O blog de Juca Kfouri revelou que o Corinthians pagou uma alta comissão para agentes na transferência de Jô que representa o triplo do percentual médio que é usual em operações similares analisadas pela FIFA.

Essa remuneração representa 10 vezes a mais do que o percentual recomendado pela entidade em suas normas.

O atacante corintiano foi negociado com o Nagoya Grampus por R$ 31,9 milhões, sendo R$ 9.570 milhões para os empresários.

Quem ficou com a maior parte foi o agente Giuliano Bertolucci, que representa o jogador. Um intermediário cujo nome não foi divulgado, recebeu quase R$ 3 milhões.

Na verdade não existe irregularidade pela legislação, mas é algo que assusta por conta da falta de transparência e os agentes envolvidos.

Um problema ético.

Se o jornalista não tivesse investigado, tudo passaria ao largo.

Na realidade o Brasil vive um dos seus piores momentos com relação aos valores. A moral tornou-se relativista, e os critérios para a distinção do bem e do mal, do que é correto ou incorreto, também foram englobados pela subjetividade.

A moral tornou-se subjetiva, e os seus valores foram perdendo-se no decorrer do tempo. Vivemos um período que contempla cada um por si, começando na instituição  familiar que se desagregou e que era o inicio de uma boa formação.

A escola perdeu o seu conteúdo, não ensina e tornou-se uma mera fornecedora de diploma, assim como as próprias Universidades.

Hoje se convive com os malfeitos, como se tudo fosse normal, e o futebol é um segmento pródigo em tal tema, quando se deseja uma conquista, seja ela de qualquer maneira, mesmo com atuações não institucionais.

O doping nos esportes é um exemplo da perda de identidade legal de um atleta.

Uma certidão falsificada muda a idade de um jovem, e ele torna-se um gato, atuando contra aqueles de menor idade, levando vantagem.

A politica brasileira afetou o futebol com os péssimos exemplos, do rouba mas faz, quando políticos condenados por corrupção passam a ser os salvadores da pátria.

Um péssimo exemplo para a nova geração.

Quantas vezes as malas brancas, pretas, azuis e rosadas fazem parte do esporte nacional, e servem para que clubes percam ou ganhem os seus jogos, e tudo isso é bem retratado pela imprensa como um procedimento normal, quando na verdade são atitudes criminosas.

Vivemos em um país onde os magistrados são perseguidos por cumprirem as leis, enquanto os bandidos são protegidos por alucinados que não querem enxergar a realidade.

Na realidade uma sociedade que relativiza a sua moral, ou a torna subjetiva, certamente tende a ter uma autodestruição,  e isso vem acontecendo em nosso país, e no segmento futebol que não poderia ficar de lado.

A crise moral, a crise de valores éticos, alimentam à crise financeira, desde que os recursos são gastos sem princípios, e com o sistema de que não sendo nosso, pouco nos interessam.

Os valores começaram a desaparecer no Brasil, por conta da perda de referencias, desde que nos faltam imagens solidas e consistentes para os bons exemplos, e hoje tais quadros não existem.

No futebol um ex-presidente do Circo está preso nos Estados Unidos condenado por lavagem de dinheiro, um outro não sai do Brasil por ter sido indiciado em três países estrangeiros também por corrupção, e o terceiro, o atual Marco Polo Del Nero, suspenso pela FIFA por conta de suspeitas de lavagem de dinheiro, e que está escondido na Barra da Tijuca, tem, e tiveram o poder nas mãos que foi usado para fins próprios.

Um péssimo exemplo para quem milita nesse esporte.

O que temos são aqueles que roubaram os cofres da nação, alguns em prisões, e que dentro de pouco tempo estarão nas ruas, dando continuidade as suas vidas de corrupção.

Um pais sem ética e moral contamina todos os seus setores.

Cabe a sociedade do bem lutar contra isso e não entregar-se aos malfeitores da vida.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O EMPATE DO NÁUTICO 

* Mais um jogo pela Copa do Nordeste com o estádio vazio. 

Dessa vez foi o do Náutico contra o Altos-Pi, que teve de tudo, menos futebol.

Apenas 1.350 testemunhas estiveram na Arena Pernambuco.

Para que se tenha uma ideia tivemos 52 minutos de jogo no segundo tempo, com apenas 22 de bola correndo, um recorde mundial.

Dois times desorganizados, de pouca qualidade, e sem o preparo físico.

Obvio que isso iria acontecer por conta da ausência de uma pré-temporada.

As cenas que mais assistimos foram com os atletas dos times caindo no gramado.

Um cai-cai sem fim.

O placar de 2x2 foi justo, desde que nenhum dos litigantes deveriam vencer.

Uma partida insossa, cujo único divertimento foi o da transmissão pela animação do narrador, que deve ser um herói, o de aguentar uma pelada profissional e por dever da profissão achar que foi boa.

O resto foi o resto, e o Náutico em três jogos ainda não conseguiu uma vitória.

A sua torcida está impaciente e respondeu de forma errada com vaias, quando deveria entender que no futebol com menos de um mês não existe milagre para se armar uma equipe.

Pelo menos já marcou dois gols, que não tinha feito nas duas últimas partidas.

Esperamos que a competição possa ter uma melhora nos próximos jogos, desde que o que estamos assistindo infelizmente é a pura realidade do futebol dessa região.

NOTA 2- SPORT EMPATA COM O FLAMENGO

* Na abertura do estadual de Pernambuco tivemos três jogos sem uma única vitória.  

Afogados e Central empataram em 1x1, Pesqueira e Belo Jardim e Flamengo de Arcoverde e Sport, ambos ficaram no 0x0.

O encontro dos dois rubro-negros, foi sem emoções, em um campo que recebeu uma maquiagem, mas é muito precário para o futebol profissional.

O risco de um acidente no muro que fica no fundo é tão grande por conta da sua proximidade, que os jogadores tem que atuar com um freio de mão para não bater nesse.

Não existem as necessárias áreas técnicas para os treinadores dos times, que ficaram escondidos no banco de reservas.

Como um esporte de massa poderá progredir sem que tenha um bom equipamento esportivo?

Os torcedores de Arcoverde gostam de futebol, mas para que o seu clube possa um dia evoluir terá que ter um local mais apropriado para os seus jogos.

Um futebol profissional não pode ter um campo com a capacidade para três mil torcedores, que inviabiliza a sua evolução.

Sobre o jogo não vamos comentar, desde que esse não aconteceu.

Foram chutões para lá, chutões para cá, e finalizou com um justo 0x0.

Ambos não estavam preparados de forma correta para o início da temporada por conta do pouco tempo de preparo, mas do lado do Sport pelo que vimos, esse terá que melhorar muito não para o estadual que é bem fraco e  sem duvida irá conquista-lo, e sim para o Brasileirão.

A competição continua na noite de hoje com o jogo entre Santa Cruz e Vitória. 

NOTA 3- ENFIM ALGO DE POSITIVO NO FUTEBOL

* Quem acompanha o nosso blog tem o conhecimento que há algum tempo pregamos o aumento de substituições em jogos oficiais de três para cinco atletas, que serviria para dar uma maior dinâmica aos encontros.

Tivemos um laboratório por alguns anos em competições menores e os resultados foram positivos.

Além disso não se justifica que possam ficar no banco de reservas 12 jogadores, e apenas três desses tenham condições de participarem da partida.

Depois de um longo tempo vimos na noite da última terça-feira no jogo entre Botafogo e Portuguesa a utilização de cinco atletas que estavam à disposição do técnico do alvinegro carioca, e com as suas presenças modificarem o placar que estava 2x0 favorável a Lusa da Ilha do Governador, empatando em 2x2, que foi o resultado final.

Tudo que afirmávamos sobre esse processo aconteceu.

Com mais oxigenação, a intensidade da partida aumentou, o ritmo tornou-se mais veloz, e o maior beneficiado foi o torcedor que paga para assistir um bom futebol e não esse atual mequetrefe.

Apesar de ser uma federação retrograda como as demais, a Carioca deu um bom exemplo ao aumentar o sistema de substituições no regulamento da competição e que servirá sem duvida para dar uma nova cara ao seu estadual.

São medidas simples como essa que poderão trazer bons resultados.

Batemos tanto na pedra dura, que um dia essa quebrou-se.

Aleluia.

NOTA 4- EURICO JOGOU AREIA NO VENTILADOR

* Eurico Miranda deu o seu último golpe como presidente do Vasco ao jogar areia no ventilador.

Ao não concordar de participar de um trio que por determinação judicial iria comandar o clube até a posse da nova diretoria cuja eleição será no dia de amanhã, o cartola abandonou o cargo, e com declarações que serviram para tumultuar mais ainda o ambiente.

Como um verdadeiro Kamikaze, Miranda afirmou que não tinha a menor responsabilidade com o jogo de hoje contra o Bangu, inclusive na venda de ingressos e organização do estádio, e que não iria pagar as passagens para a viagem do elenco no fim do mês para o Chile para jogar pela pré-Libertadores.

Deixou bem claro que essa partida  pelo Carioca não seria realizada.

No final da tarde o cartola concordou em reunir-se com o trio, e acordaram que iriam conversar com a Federação para a manutenção do jogo no São Januário.

Em cima da hora resolveram que será de portões fechados.

Na verdade a Federação Carioca se tivesse bom senso deveria ter adiado a partida, mas como não tem datas resolveram pelo jeitinho.

Gostaríamos de entender figuras como essa, que gritam aos ventos o amor pelo clube, e por uma questão de vingança deseja destruí-lo.

Na verdade essas juras só acontecem quando a cartolagem está no poder. Quando o deixam e principalmente para a oposição o clube tem que ser destroçado.

A nova diretoria que assumirá o clube na próxima semana terá que se desdobrar para resolver o imbróglio deixado de forma proposital pelo cartola.

Isso é o futebol brasileiro e seus clubes.

NOTA 5- A ÁFRICA E O CALENDÁRIO EUROPEU

* O Brasil graças a uma cartolagem insensata vai terminar sendo o único país do mundo a não se adaptar ao Calendário Europeu para as competições de futebol.

A Confederação Africana está exigindo que os seus filiados utilizem esse modelo para os seus campeonatos.

Uma das federações que ainda resistia era a de Moçambique, mas no dia de ontem comunicou que também fará a devida adequação.

O Moçambola como é chamado o seu campeonato nacional deverá ter um calendário de acordo com o órgão máximo do futebol africano, e começará a ser implantado no próximo ano.

O campeonato Moçambicano atualmente é disputado entre os meses de março a novembro.

A CAF pretende que todas as Ligas Africanas tenham o Calendário Europeu, como já acontece na África do Sul, para que todos os países estejam em forma quando da disputa das Copas do Continente.

É bastante obvio que esse formato é o correto para o futebol mundial, com as suas competições começando ao mesmo tempo, e como sempre o Brasil briga para continuar na contramão da história.

A África vai ficar à nossa frente.

Lamentável.

NOTA 6- AS ORGANIZADAS EM PORTUGAL

* A cena que assistimos parecia que estava acontecendo no futebol do Brasil.

O jornal português ¨A BOLA¨ divulgou um vídeo com a invasão do Centro de Treinamento do Vitória de Guimarães por torcedores encapuzados, quando o time estava fazendo um treino fechado.

Alguns jogadores reagiram e o clima esquentou.

Os invasores cobraram explicações sobre o péssimo momento do clube que não ganha há seis rodadas, e pediram a cabeça do técnico.

O Guimarães tem seis brasileiros em seu elenco.

A temperatura  do ambiente esquentou quando o peruano Hurtado passou para o confronto.

A diretoria do clube português publicou uma nota oficial sobre o assunto, afirmando que iriam tomar as devidas providencias.

O vírus das organizadas brasileira atravessou o Atlântico.

NOTA 7- ACREDITE SE QUISER

* No ano de 1969, o Ibope realizou uma pesquisa sobre as torcidas do futebol brasileiro, e o líder disparado foi o Santos, com 49%, seguido pelo Flamengo com 20%, e Corinthians com 14%.

Em Pernambuco o Náutico tinha 36% dos torcedores locais, o Santa Cruz o mesmo percentual, e o Sport com 28%.

Os números foram ditados pelos momentos de cada um.

A equipe santista era formada por uma seleção, tendo Pelé como seu carro chefe.

Com relação ao Náutico esse igualou-se ao tricolor por conta da sua campanha no Hexa.

Quarenta e nove anos após o time praiano tem a 10ª torcida, com 2,8%, enquanto o Flamengo lidera com 16,2%

Em Pernambuco o Sport disparou por conta dos resultados da década de 90, somando 2,4 milhões de torcedores, o Santa Cruz, com 1,2 milhões, e o Náutico com um pouco mais de 800 mil.

Os números mostram de forma clara que as conquistas conseguem alavancar os clubes, e o Flamengo chegou a tal patamar por conta do período Zico.

As novas gerações sempre seguem os vencedores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- TUDO DENTRO DO FIGURINO

* A Copa do Nordeste começou como estava programada.

Estádios ociosos, com o Amigão em Campina Grande sem a menor condição de abrigar uma partida oficial de futebol, mostrando o descaso de quem o comanda no Brasil, que não deve ter feito uma vistoria correta e permitiu a realização de uma partida oficial.

Os jogos foram bem insosos o que já era esperado, desde que a fraca qualidade de algumas equipes, aliada a uma reduzida e fictícia pré-temporada só poderia ter uma resultante e essa foi a que nós vimos.

Os resultados foram os previsíveis.

O CRB visitando a equipe do Treze em Campina Grande,  no campo de pelada, venceu por 2x1.

Por mais esforço que os dois times fizessem, a buraqueira não dava a menor condição de um melhor jogo.

Venceu o time de uma Série Nacional acima do adversário.

Na cidade de Ceará Mirim-RN, com o estádio vazio, mas com um bom gramado, o Globo foi derrotado pelo Vitória da Bahia por 2x1.

Ganhou aquele que tinha a obrigação de fazê-lo.

Na Arena Batistão, em Aracaju, o Confiança recebeu o Santa Cruz, e o empate fez justiça pelo que os times apresentaram.

Jogaram pouco, muito esforço, um peladão oficial.

Na verdade não se poderia exigir mais do tricolor, que estava com jogadores recém contratados, e sem o devido entrosamento.

O 1x1 foi o resultado do encontro de dois times da Série C.

No estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro, também com pouco público, ganhou quem tinha que ganhar, quando o Ceará derrotou o Salgueiro por 2x0.

Nada a comemorar ou reclamar, pois é isso que nós temos no futebol Nordestino.

A TV Jornal transmitiu o jogo do Santa Cruz, mas a nossa operadora Sky não permitiu, pois somos ligados diretamente ao Sudeste do país, e lá estava o chato Ratinho, e depois um filme mequetrefe.

Assistimos a partida pelo Esporte Interativo, que está fazendo um esforço para transformar um gato em lebre.

Hoje o Náutico faz a sua estreia, contra o Altos-PI, e dá inicio em sua maratona de três jogos em cinco dias.

Para o diretor de competição da Federação local, quando perguntado em um programa de TV, sobre os intervalos dos jogos, deu uma resposta grotesca, quando afirmou que o alvirrubro colocasse dois times nesse período.

Quem já não tem um, imagine o segundo.

Nós merecemos o que temos. Por isso que o futebol de Pernambuco está morto e enterrado.

Acorde Sindicato dos Atletas na defesa dos seus associados, e não da entidade. 

NOTA 2- VINTE ANOS ATRÁS

* Aqueles que poderão proceder com as devidas comparações são os nossos visitantes, desde que a nossa opinião poderia sugestiona-los, embora sempre a externamos nos artigos com relação a evolução do Brasil.

No ano de 1987, os 10 melhores Artistas Musicais foram:

1º- Roberto Carlos,

2º- Djavan,

3º- Marisa Monte,

4º- Caetano Veloso,

5º- Legião Urbana,

6º-Gal Costa,

7º- Gilberto Gil,

8º- Marina Lima,

9º- Renato Teixeira e Almir Sater e,

10º- Zé Ramalho.

Vintes anos após em 2017, a relação foi a seguinte:

1º- Pablo Vitar,

2º- Luan Santana,

3º- Anita,

4º- Marilia Mendonça,

5º- Ludmila,

6º- Nego do Borel,

7º- Simone e Simaria,

8º- Maraia e Maraisa,

9º- MC Kevinho e,

10º- Thiaguinho.

No futebol a Revista Placar elegeu os onze melhores jogadores de 1987.

A lista foi a seguinte:

Taffarel (Inter), Luiz Carlos Winck (Inter), Aloisio (Inter), Luizinho (Atlético-MG), Mazinho (Vasco), Norberto (Inter), Milton (Coritiba), Zico (Flamengo), Renato Gaúcho (Flamengo), Renato (Atlético-MG) e, Berg (Botafogo). Renato Gaúcho foi o Bola de Ouro,

Em 2017 a Revista em conjunto com a Espn premiou o seguinte time:

Vanderlei (Santos), Fagner (Corin), Geromel (Gre), Balbuena (Corin), Thiago Carleto (Cor), Hernanes (S.P), Michel (Gre), Thiago Neves (Cruz), Dudu (Pal), Luan (Gre) e Jô (Corin). Bola de Ouro- Jô.

São escolhas bem diferentes no espaço de vinte anos.

Gostaríamos de saber se éramos felizes ou infelizes e não sabíamos.

NOTA 3- DIREITO DE ARENA PARA OS TREINADORES

* Os técnicos do futebol brasileiro fizeram um lobby legal junto aos deputados federais, para que tivessem um percentual descontado das cotas que são pagas pelas televisões para as transmissões dos jogos, como pagamento pelos seus direitos de arena.

Os atletas já recebem  o percentual de 5% sobre o valor pago aos seus clubes de acordo com a Lei 9.615/98 e suas alterações, e a arbitragem conseguiu aprovar um projeto na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, dando-lhes uma parcela de 1,5% pelo direito de arena. 

A proposta tramita em caráter conclusivo, e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania.

Na realidade o pleito é justo, já que os técnicos fazem parte do jogo e tem a sua imagem explorada pelas mídias.

Por outro lado deveriam ter colocado também uma parcela para uma outra classe que é ativa nos eventos futebolísticos, os árbitros, que em 90 minutos de jogo são figuras por demais vistas.

NOTA 4- SEM CUSTOS

* Já repetimos por várias vezes que o futebol brasileiro é surreal.

Todos os dias encontramos alguma coisa fora da linha.

O Palmeiras é um dos clubes que nos oferecem mais fatos estranhos e que só nesse acontecem.

Um dos casos mais interessantes, foi o pagamento ao intermediário do seu ex-jogador Valdivia, ganho na Justiça do Trabalho.

Na verdade o agente  da transação foi o próprio atleta através da sua empresa Jorge Luiz Valdivia Toro-ME, que cobrou uma alta comissão para o seu retorno ao time alviverde de São Paulo.

É um caso de empresário/jogador.

Um fato como esse nem Freud poderia explicar.

Um outro que irá entrar para a história do clube está relacionada a contratação de Gustavo Scarpa, que ganhou na Justiça os seus direitos econômicos e federativos e ficou livre para assinar contrato com qualquer clube, embora essa decisão poderá sofrer ainda uma reviravolta em abril.

Com a liberação nas mãos e publicada no BID, o jogador assinou com o Palmeiras, cujos dirigentes afirmaram que a transação não teve nenhum desembolso, e que foi SEM CUSTOS.

A verdade foi bem diferente, desde que o clube do Parque Antarctica teve que desembolsar 6 milhões de euros, ou seja R$ 23,5 milhões, como luvas e comissões dos agentes.

Se tivessem negociado diretamente com a diretoria do Fluminense os valores seriam reduzidos.

O ¨Sem Custos¨ foi uma algo a mais para aqueles que acreditam em Chapeuzinho Vermelho.

Só mesmo em nosso futebol.

NOTA 5- SEM CERTIDÕES DA SERASA

* O jornal Folha de São Paulo fez uma pesquisa através do IEPTB- Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil, na busca da situação dos 12 maiores clubes brasileiros, com referência a relação aos títulos protestados que impendem a emissão de uma Certidão da Serasa.

O recordista é o Corinthians com 53 títulos, a seguir vem: 

Grêmio 47,

São Paulo, 31,

Bahia, 26,

Internacional, 18,

Vasco, 18,

Flamengo, 11,

Fluminense, 8 e,

Santos 1.

Esse é mais um dos lados negativos do nosso futebol, onde os clubes torram milhões com atletas, e não pagam os compromissos que são assumidos com os seus fornecedores.

NOTA 6- A TURMA DA TERCEIRA IDADE NO FUTEBOL

* Os trabalhos realizados nos clubes em seus diversos setores, tem refletido no aumento do tempo dos atletas nos campos do futebol.

Além da tecnologia a maioria desses profissionais sabem se cuidar, o que ajuda no prolongamento da carreira.

Nos clubes da Série A tem muitos desses em ação.

O mais antigo é o goleiro do Sport, Magrão, com 41 anos, e em plena atividade e com o reflexo de um jovem.

Com 40 anos completos ou a completar nesse ano de 2018, temos:

Fernando Prass (Palmeiras),

Léo Moura (Grêmio) e,

Emerson Sheik (Corinthians). 

39 ANOS:

Juan (Flamengo),

Leonardo Silva (Atlético-MG) e,

Renato (Santos).  

Fábio (Cruzeiro), 38, Alessadro (Coritiba), 37,

David (América-MG), Fernando Henrique (Ceará), Pierre (Atlético-PR) e, Zé Carlos (Paraná), 36 anos.

Acima dos 35 anos existe um time completo e três reservas.

Nas outras divisões o número é bem maior. 

Pelo menos em alguma coisa estamos nos aproximando do futebol europeu que tem uma vida longa para muitos dos seus atletas.

Escrito por José Joaquim

Nas mesmas praças, nos mesmos jardins, os campeonatos estaduais estão iniciando ou já iniciaram no país.

Trata-se da repetição da decadência de um evento que despertava emoções nos tempos antigos que a globalização enterrou, e que só sobrevivem por conta da ausência de inteligência dos que fazem o futebol no Brasil.

Existe um velho ditado português que pode ser aplicado à essas competições: ¨A lua e o amor quando não crescem diminuem¨

Realmente os estaduais foram reduzindo e a sua demanda encolhida, perderam o amor dos seus consumidores. 

Em Pernambuco na noite de hoje o ponta pé inicial será dado com três jogos e a rodada só termina na sexta-feira, ou seja algo que mostra a falta de visão dos que fazem uma tabela, posto que menos de 48 horas alguns clubes estarão atuando pela segunda rodada.

O mais grotesco é que nessa abertura não haverá nenhum clube jogando na capital, com o Sport  em Arcoverde enfrentando o Flamengo local.

Iremos continuar vivendo uma grande mentira que é absorvida pelos veículos de mídias, logicamente pelos seus interesses financeiros na venda de um produto em extinção, e que é bem modificado por uma maquiagem enganadora.

Reservar dezoito datas para uma competição falida, que leva do nada para o nada e cujo campeão é esquecido em dois meses, é uma perda de tempo, principalmente por que essas deveriam ser ocupadas por um torneio regional com duas divisões.

No encerramento desse evento, diversos clubes irão hibernar por sete meses, e o desmanche será total. Esses poderiam disputar uma divisão nacional durante toda a temporada que poderia dar-lhe uma nova dimensão no contexto global do futebol.

Alguns estados já os iniciaram, entre esses o Rio de Janeiro e Ceará.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade, no seletivo carioca a média de público em 15 jogos foi de 514 testemunhas, enquanto na terra de Iracema, sem jogos do Fortaleza e Ceará a média foi de 602 pagantes (6 partidas).

Nada mais para caracterizar que alguma coisa deve estar errada, e necessita de uma mudança.

As competições nacionais assim como as continentais reduziram os estaduais, desde que o foco passou totalmente para essas, que são realizadas em paralelo.

Além disso, o acesso mais amplo para os jogos dos Campeonatos Europeus escancaram um choque de realidade, o pay-per-view, a pobreza técnica da quase total maioria dos clubes do interior, estádios sem condições, a overdose de jogos, saturando o torcedor, com torneios sobrepostos, levaram os estaduais a falência.

Aliás isso já estava escrito há muito tempo nas tábuas de Moisés.

A maioria desses jogos não tem interesse, e que, no final não servem de parâmetro para outras competições, pois os clubes acreditam que estão em boa situação e quando encaram adversários com um pouco mais de potencialidade se arrebentam.

Torna-se necessário o repensar desse esporte, com o cotejo entre os erros e os acertos, e no debate que seja resolvido o problema mais sério que é o da continuidade dessa competição que foi consumida pelo tempo.

Os nossos ¨Napoleões Retintos¨ do Bloco do Sanatório Geral, ainda não tiveram a percepção que as datas da temporada brasileira é a mais extensa do mundo, e mal aproveitada na sua distribuição. As 18 datas consumidas pelos estaduais são jogadas fora, e poderiam ser mais bem aproveitadas.

Na realidade o futebol brasileiro necessita de pessoas sérias que pensem nele como um excelente produto, e não como uma grade de televisão, e em segundo lugar, que seja analisado o modelo das ligas dos países europeus.

As disputas regionais existem e seguem dentro da normalidade, mas com divisões inferiores. Os clubes são perenes e não sazonais.

Na Inglaterra, elas começam a partir da sexta-divisão, na Alemanha, desde a quarta.

No Brasil poderia ser criada uma nova Série, a E, que iria abrigar a regionalização de clubes que tivessem as condições necessárias.

São detalhes que deveriam ser bem estudados, não pelo Bloco dos ¨Napoleões Retintos¨, e sim por aqueles que tem uma visão mais global do futebol, de que esse não existe apenas para grandes clubes e sim para todos.

O nosso calendário é uma aberração monstruosa, e que potencializa uma competição de que faleceu há um bom tempo. 

Escrito por José Joaquim

O COAF (Conselho de Orientação à Atividade Financeira), irá criar regras especificas para reprimir a utilização de venda de jogadores para fins ilegais como a lavagem de dinheiro.

Segundo esse órgão, o principal alvo são os agentes de atletas, mas pode atingir dirigentes. Uma medida correta, mas que chega um pouco tarde quando a casa já foi assaltada.

Sugerimos aos membros desse Conselho que leiam um estudo sobre a lavagem de dinheiro no futebol, o ¨Money Laundering Though The Football Sector¨, que foi publicado pelo FATT (Financial Action Task Force) no ano de 2009.

O trabalho apresenta o futebol como o esporte que é mais aberto à lavagem de dinheiro e a evasão de divisas no mundo, por conta da grande movimentação de recursos.

Quem acompanha esse esporte mundialmente, certamente não tem nenhuma duvida que o conteúdo desse estudo não seja real, desde que a lavanderia do futebol é uma das maiores do mundo, e com filiais em centenas de países, atuando no atacado e varejo.

De acordo com a FATT, são três os motivos que tornam o esporte da chuteira como um ambiente bem propicio aos crimes financeiros.

1- A Estrutura do financiamento: O mercado é muito mais fácil de ser penetrado pois além de ser muito vasto, com ramificações em todo o mundo, inclusive em paraísos fiscais, é em sua maioria gerenciado por amadores, ou pessoas vindas de outras áreas de negócios.

2- Complexidade Financeira: O relatório diz que as transferências de jogadores entre países- tem ¨caráter irracional¨, já que esses são supervalorizados com um propósito definido, inflacionando a balança comercial dos times. Diferente do que existe em outros negócios, não existe no futebol uma tabela de preços especifica para controlar os gastos e ganhos dos clubes, os quais vivem em constante débito financeiro.

3- Cultural- De acordo com o estudo, está é a vulnerabilidade que dificilmente é vista fora do futebol, já que é um dos poucos setores de negócios em que o criminoso consegue melhorar o seu ¨status social¨.

Tantos jogadores, quanto dirigentes, agentes e empresas investem no esporte para que possam ganhar o respeito da população e de grandes empresários e políticos, elevando-os a um nível de ¨herói¨ e/ou socialite que dificilmente outra atividade poderá propiciar.

Na realidade, a lavagem de dinheiro é um fato concreto no futebol mundial, e que encontra as portas bem escancaradas de clubes que apresentam balanços com déficits bem altos, longe das suas capacidades de pagamento, e que apesar disso continuam a existir, levando-os muitas vezes a receber investimentos a qualquer custo, não se preocupando com a fonte do dinheiro que está chegando aos seus cofres, facilitando assim a entrada de criminosos no setor.

Trata-se de um assunto muito sério, que pode prejudicar a imagem do futebol, e o afastamento dos  seus torcedores, mas que deve ser combatido com dureza, para que seja afastada do mercado da bola uma verdadeira máquina de lavar dinheiro.

No Brasil existem casos detectados, e alguns processos correm sob segredo na Justiça, mas na realidade trata-se de um crime de difícil descoberta, desde que acontece sempre fora de nosso território, e o dinheiro fica em paraísos fiscais. 

As casas de apostas ativas, e a lavagem de dinheiro são dois grandes predadores do futebol.