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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A NOITE DO APITO AMIGO 

* Nas três rodadas realizadas não temos duvida de que o Central é o único time que joga um verdadeiro futebol.

Uma equipe bem dirigida por Mauro Fernandes, boas contratações, tais como Junior Lemos e Leandro Costa, que sabe se posicionar no gramado, dominar a posse de bola, e com boas trocas de passes.

A vitória sobre o Náutico não foi por acaso, desde que ontem em especial no segundo tempo, no jogo contra o Santa Cruz, a Patativa deu uma aula de um bom futebol, e se não fosse o goleiro Tiago do tricolor que fez defesas milagrosas, e o escandaloso apito amigo de Gleydson Leite que não marcou um pênalti favorável ao time visitante o resultado teria sido outro.

Na verdade como bem frisou um amigo logo após o final do jogo em uma mensagem, dizendo que ¨Meteram a mão no Central¨.

Nada mais do que a verdade.

Quanto ao time do Santa Cruz, esse continua invicto de vitórias nessa temporada, desde que não ganhou nenhum jogo.

Na realidade embora ainda seja cedo para uma definição, as suas contratações foram bem fracas, inclusive a do treinador.

Basta compararmos o modelo tático do alvinegro de Caruaru, e o do time do Arruda, que são bem distintos. 

Enquanto o Central trabalha bem a bola, bem arrumado, o Santa Cruz é totalmente desarrumado, sem uma única jogada preparada.

Aliás a falta de qualidade no seu elenco é desanimadora.

Um público de um pouco mais de 4 mil torcedores, as vaias no pós jogo oferecidas ao tricolor, é a demonstração que os simpatizantes estão abandonando-o.

Para fechar com chave de ouro a rodada, e como não poderia deixar de acontecer, a rua das Moças tornou-se um palco do confronto em as organizadas do Santa Cruz e do Central.

Mais uma rodada, e nenhum público acima de 5 mil torcedores.

Isso é o que chamamos de Caravana da Miséria que está percorrendo os estádios de Pernambuco.

Esse campeonato está se preparando para se tornar o pior de todos os tempos, mesmo com os protocolos e com o FEBEAPÁ.

NOTA 2- ¨O SPORT DEVE A TODO MUNDO¨

* Roberto Faustino, empresário de Rithely foi o personagem de uma matéria que foi publicada no dia de ontem no Jornal Hoje Em Dia, de Belo Horizonte, quando mais uma vez detonou o presidente do Sport, Arnaldo Barros.

Tudo isso por conta da negociação de Rithely.

Nessa entrevista surgiu mais um credor que nunca tinha sido citado.

Segundo Faustino o rubro-negro da Ilha do Retiro adquiriu 50% dos direitos econômicos desse atleta que pertencia a Luppi Participações, e que até hoje os valores não foram pagos.

A empresa ingressou na Justiça. 

Foi mais além ao dizer que o Sport deve a todo mundo, ao Atlético, aos investidores, aos empresários.

O presidente do clube  tem a obrigação de responder as acusações que estão sendo publicadas todos os dias nos jornais mineiros, desde que esse processo está sujando o nome da entidade.

Procuramos saber da existência ou não dessa empresa em questão, e confirmamos que essa é real.

A Luppi investiu no Goiás entre 2006 e 2011 mais de R$ 10 milhões, tendo ficado com os direitos econômicos de diversos jogadores da base, entre esses Rithely e Erick.

O assunto em debate tem fundamento.

Todas as vezes que são publicadas as noticias sobre cobranças, as únicas respostas dos diretores do Sport é que o clube nada deve.  

Qual a razão de não mostrarem os documentos comprobatórios?

Só o presidente poderá responder.

NOTA 3- O PÚBLICO SUMIU

* No ano de 1968, o estádio dos Aflitos recebeu 31.065 torcedores para um jogo entre Náutico e Sport.

Em 1991, na Ilha do Retiro, esse mesmo confronto teve a presença de 45.391 pessoas.

Os portões foram fechados.

Em 1992, 40.419 pagantes estiveram mais uma vez na Ilha para a decisão entre esses dois rivais.

Um fato  muito interessante é que nessas datas o estádio não tinha implantado a sua ampliação com as arquibancadas do lado da sede.

No ano de 1998 um recorde estadual foi batido, no jogo entre essas duas equipes, com 80.203 torcedores que lotaram o Arruda.

Aos poucos os torcedores foram abandonando as arquibancadas nos estaduais, e na última quarta feira ficou comprovado que o público sumiu, quando os dois clubes que lotavam os estádios de futebol só levaram a Arena Pernambuco 3.305 pagantes.

O público divulgado tinha 300 convites.

Fizemos várias pesquisas sobre o ex-clássico, e não encontramos um número de pagantes tão baixo.

O Sport mesmo em anos de baixa, sempre levava um bom número de adeptos aos seus jogos maiores.

São coisas dos estaduais.

NOTA 4- O BOM INÍCIO DO FLAMENGO

* Enquanto a nova diretoria do Vasco teve que se ajoelhar perante o empresário de futebol, Carlos Leite, para que esse emprestasse o dinheiro para pagar a folha salarial de novembro, e com a promessa de outros aportes que poderão chegar aos R$ 30 milhões, que é bem obvio que não será de graça, e o retorno se dará através de atletas da base, o Flamengo nada em águas mansas ao assistir o sucesso do seu trabalho de formação.

No estadual carioca com os jovens que saíram do Ninho do Urubu, está na liderança com 100% de aproveitamento em três rodadas, o torcedor rubro-negro assistiu ontem no estádio do Pacaembu, o time sub-20 conquistar a Copa São Paulo Junior ao derrotar o São Paulo por 1x0, que foi obtido aos 2 minutos iniciais do primeiro tempo. 

34 mil torcedores pagantes, e por incrível que pareça em pleno palco paulistano, com uma presença maior de rubro-negros, que puderam  assistir uma movimentada partida com alguns talentos que poderão despontar no futuro.

O rubro-negro do Rio de Janeiro vem fazendo um excelente trabalho de formação, cujos frutos já começam a serem colhidos.

Os seus jogos no estadual embora com pouco público foram bons de serem assistidos. 

O modelo administrativo e financeiro do clube está construindo uma base sólida para o seu futuro.

A formação é sem duvida o melhor caminho para a consolidação de um time de futebol.

NOTA 5- A CARAVANA DA MISÉRIA NO RIO GRANDE DO SUL

* Enfim conseguimos os borderôs dos jogos das rodadas que deram o início ao campeonato gaúcho (2).

Com exceção da partida do Internacional e Veranópolis (13.528), nenhum clube passou da casa dos 5 mil pagantes.

Quatro jogos sequer alcançaram a marca de 500 testemunhas.

É a caravana da miséria passeando nos Pampas.

1ª rodada

Inter x Veranópolis -15.328,

Brasil de Pelotas x Juventude- 4.052,

São Paulo x Avenida- 2.425,

Caxias x Novo Hamburgo- 1.801, 

São Luiz x Grêmio- 1.556 e,

São José x Cruzeiro- 292.

2º rodada

Grêmio x Caxias- 4.799,

Juventude x São Paulo- 1.333,

Novo Hamburgo x Inter- 1.206,

Avenida x São Luiz, 435, 

Cruzeiro x Brasil- 407 e,

Veranópolis x São Luiz- 111.

Público total- 31.945 pagantes. Média de 2.661 por jogo.

Escrito por José Joaquim

Um velho ditado chinês explica muito bem a realidade do futebol brasileiro, na perda das oportunidades que lhes são oferecidas e que estão sendo perdidas.

¨Três coisas na vida que nunca voltarão: ¨as flechas lançadas, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida¨.

A flecha foi lançada quando no momento das denúncias contra o ex-presidente do Circo, Ricardo Teixeira, que provocou a sua renúncia.

O momento era o mais adequado para uma transformação do futebol brasileiro, entretanto os cartolas que detinham o poder para decidir resolveram continuar com o sistema apodrecido, quando elegeram José Marin como seu sucessor.

A sociedade brasileira calou-se, o governo ficou no seu mutismo, o sistema permaneceu, e o resultado final todos acompanharam, com o castigo de 7x1 da Alemanha na Copa do Mundo, e com um agravante, levaram Marco Polo Del Nero ao comando do Circo, que era o representante legitimo daquilo que não presta no segmento.

A palavra pronunciada foi do FBI quando prendeu Marin na Suíça, hoje na espera da sentença em um presidio de Nova York, por conta de propinas recebidas.

Na ocasião dessa prisão, Del Nero saiu correndo de forma tão rápida como o velocista Usain Bolt.

Mais uma oportunidade que foi perdida, desde que o prisioneiro era o presidente do Circo, e aquele que iria sucedê-lo seria a continuidade dos graves problemas que estavam acontecendo, com seus reflexos nos gabinetes do Circo.

Outra vez a sociedade ficou muda, o governo aceitou de bom grado, e tudo continuou como dantes.

Torcedor de futebol vive em outro mundo, quando vibra com os gols de seus clubes, e pouco se importa com a atuação da corrupção.

Enfim, a maior de todas oportunidades está sendo perdida, quando o gerente do picadeiro continua sem poder viajar para o exterior, e agora suspenso de suas atividades por 90 dias, pela FIFA.

Um mote para que fosse solicitada uma intervenção na entidade, ou então que o cartola fosse desligado em definitivo, inclusive abrindo espaços para uma reforma estatutária séria mudando o seu colégio eleitoral.

Fizeram o contrario, deram maior poder de votos as Federações para que o sistema possa permanecer.

Perdemos tudo que o proverbio chinês cita, e continuamos com os procedimentos de décadas atrás, com o futebol entregue ao que de pior existe na sociedade.

A situação dos últimos três presidentes do Circo do Futebol são as maiores provas do que acontece no esporte da chuteira no Brasil.

O grande problema é que estão se acostumando com o que não tem valia, e isso afeta todos os setores, basta observarmos o que vem acontecendo na politica brasileira. 

Escrito por José Joaquim

Nove entre dez torcedores do futebol de Pernambuco não sabem que hoje será realizado mais um ex-Clássico dos Clássicos, envolvendo o Clube Náutico e Sport Recife.

Já se foram os bons tempos em que as ruas da cidade contemplavam torcedores com as camisas dos dois times.

Era uma festa, e não contava com a presença das organizadas.

Recife está mudo e surdo, não emite nenhum som, considerando que o encontro que será realizado na Arena Pernambuco é apenas mais um entre os que vem acontecendo no campeonato estadual, sem a menor emoção.

Aliás esses campeonatos maltratam os clubes que são considerados grandes, embora existam controvérsias sobre o fato, desde que uma conquista do titulo é desvalorizada por um fracasso nas competições nacionais.

Quando um time perde um estadual a crise bate em suas portas, com dispensa de jogadores e treinador. Aliás tal fato poderá ocorrer no meio dessa.

Os números comprovam.

Um jogo com um favorito absoluto, no caso o rubro-negro, contra um adversário que deseja um resultado positivo para minorar a péssima impressão das rodadas iniciais.

Para o Sport a vitória é pura obrigação, enquanto para o Náutico uma necessidade.

O que nos diverte são as manchetes publicadas pelas mídias locais, quando citam que os ingressos para o Clássico dos Clássicos estão à venda.

Na realidade será difícil encontrar torcedores que os comprem.

O futebol pernambucano entre os estados com maior demanda tem a segunda pior média de público dos estaduais, passando por pouco o futebol Carioca que está igual a antiga cantiga da perua: De pior à pior¨.

O campeonato local realizou 10 partidas, com um total de 13.838 torcedores, com uma média por jogo de 1.384.

Sem duvida um retorno a década de 50.

Os resultados dos clubes da capital não motivam os seus torcedores.

O Sport empatou com o Flamengo de Arcoverde pelo placar de 0x0, o Santa Cruz foi derrotado pelo América (2x0) e empatou com o Vitória (1x1), e o Náutico foi goleado pelo Central por 3x0.

Os pequenos melhoraram, ou os ¨grandes¨ pioraram?

No Rio de Janeiro em 29 jogos realizados, o público total é de 31.227 torcedores, com uma média de 1.201 por jogo, que para um futebol que tem grandes torcidas é sem dúvida a maior demonstração da falência do modelo brasileiro.

O Vasco que jogou duas vezes com portões fechados, perdeu para o Bangu por 2x0, o Botafogo empatou com a Portuguesa em 2x2, e o Boa Vista derrotou o Fluminense por 3x1.

Os resultados de alguns jogos desses dois campeonatos refletem muito bem o que vem acontecendo no futebol brasileiro, quando obrigou aos clubes iniciarem a temporada sem a menor preparação.

Jogos ruins, sem a devida qualidade afugentam os torcedores, e isso está sendo sentido através do desaparecimento do publico.

Além desse ex-Clássico dos Clássicos, teremos Pesqueira e Vitória, Salgueiro e América, Afogados e Belo Jardim, que certamente irão acumular prejuízos para os mandantes, cujas rendas sequer darão para pagar as despesas com o protocolo. 

No noite de amanhã o Santa Cruz recebe o Central que deu uma boa sova no Clube Náutico, e que deseja aproveitar esse bom momento para disparar na tabela.

Hoje será mais um dia da televisão sem som, que é a única maneira de assistirmos essas partidas.

Cansamos de FEBEAPÁ.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O TIMBU ATROPELOU O LEÃO 

* O ex-clássico virou ex-ex-clássico envolvendo os times do Náutico e Sport.

Arena vazia dando pena, um futebol de baixa qualidade e uma vitória justa do Timbu da Rosa e Silva acachapando o Velho Leão, que nessa gestão deixou de ser o famoso Rei da Ilha para virar um gatinho.

O Náutico deu a bola ao Sport, esse ficou com essa por 63 minutos do jogo, de forma enganosa desde que pouco produziu.

O alvirrubro esperou a sua única bola, e recebeu três de presente, marcando os 3x0 e desmoralizando um time com folha salarial alta, com um um único jogador ganhando quase duas vezes os custos do elenco do adversário.

A avenida Sport começou a funcionar.

Nada a comentar sobre o jogo, desde que esse não existiu, pois o que aconteceu foi uma grande pelada, que não é exclusividade de nosso estado

A mediocridade é geral em todo o país.

O torcedor dá a resposta não indo aos estádios.

Como afirmamos na postagem de ontem, o Sport estava obrigado a sair com uma vitória, e o Náutico tinha a necessidade, e foi essa que prevaleceu.

O rubro-negro continua o mesmo.

Não tem defesa, não tem meio de campo e não tem ataque.

Contratações como as de Pedro Castro e Felipe só oneram a folha de pagamento.

Quem os indicou merece uma cangalha de ouro.

O time dos Aflitos vinha de uma maratona, enquanto o da Ilha do Retiro vivia uma vida mansa, mas nem isso aproveitou e levou uma sova de um adversário que foi goleado pelo Central.

Nelsinho Baptista que se cuide, posto que com esse time ruim poderá ser o primeiro técnico demitido em 2018.

Estadual só serve para isso.

Nos demais jogos o Salgueiro que está mal, empatou com o América, o Afogados empatou com Belo Jardim. Ambos os jogos com o placar de 1x1.

O Vitória derrotou o Pesqueira por 2x1.

A rodada será encerrada na noite de hoje com o jogo do Santa Cruz e Central. 

NOTA 2- O VALE TUDO NO FUTEBOL

* O futebol brasileiro além da perda da qualidade nos gramados, está deixando de lado o que restava da sua ética. Os dirigentes dos clubes a cada dia que se passa perderam tal sentimento e partiram para o tudo ou nada.

Na época em que o respeito existia para se contratar um jogador o primeiro a ser consultado sempre era o seu clube.

Hoje acontece uma total inversão de valores, para pior, e a arma que vem sendo utilizada é a pressão através do atleta.

Acertam salários, luvas, e só depois disso procuram o clube, quando o profissional já começa a pressionar para sair.

São diversos fatos como esse que estão sendo expostos, e o mais recente é do de Rithely, volante do Sport Recife.

Há algum tempo que esse pressiona a diretoria do clube para ser negociado, mesmo com um contrato até 2022 para cumprir, mas já comunicou que desejava sair.

O ambiente fica pesado entre as partes, aquele que deseja contrata-lo aparece com ofertas indecentes.

Devemos ressaltar que a legislação permite que o atleta profissional tenha direito de ir e vir, e para sair do clube basta que o interessado deposite a multa contratual.

Ontem lemos uma declaração constrangedora publicada no jornal ¨O Tempo¨ de Belo Horizonte, quando Roberto Faustin, empresário do atleta, que deve estar louco para ganhar a sua comissão, dava um ultimato ao Sport com relação a negociação.

Quem é esse cidadão para dar ultimato a um clube com 113 anos de existência?

O rubro-negro não ofereceu tal jogador a quem quer que seja, mas o agente pensando nos lucros, em conluio com o Atlético-MG acertou tudo com esse, esquecendo de falar com a parte mais interessada que até 2022 é a dona dos seus direitos.

Esse modelo está ficando banal em nosso futebol e vem acontecendo de forma bem evolutiva, com os profissionais pedindo para serem negociados, mesmo com contratos em vigor.

Sempre afirmamos em nosso artigos e vamos voltar a fazê-lo: o futebol brasileiro apodreceu, o que restava da ética está jogada no lixo da história.

NOTA 3- HERANÇA MALDITA

* Mais uma vez a falta de transparência nos clubes brasileiros faz mais uma vítima, e dessa vez é o novo presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello.

Eurico Miranda deixou o comando do clube na última segunda-feira sem a prestação de contas, e apesar da tranquilidade decantada, o velho cartola não comunicou a nova diretoria que tinha assinado uma confissão de dívida com a empresa responsável pelas viagens e hospedagens do time de futebol, e de basquetebol, no valor de R$ 500 mil.

Obvio que o impacto deve ter sido grande, e mostra o que deverá aparecer nas próximas semanas, por conta de um clube que era dirigido como um feudo, com um suserano de plantão.

A Hotel A Jato Operações Turísticas era responsável pela logística das viagens do clube, inclusive as passagens aéreas, e há um bom tempo não recebia as suas faturas.

Esse é o modelo de gestão que ainda acontece em clubes brasileiros, e que a falta de transparência oculta em seus intramuros.

O que mais nos chamou a atenção foi o valor confessado, desde que no Brasileirão as passagens são fornecidas pelo Circo.

Será que o Basquete foi o único consumidor?

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- CLUBES LARANJAS

* A participação de terceiros nos direitos econômicos de jogadores está proibida pela FIFA, mas como o Brasil é o país do jeitinho, os empresários e os investidores estão utilizando clubes laranjas para registrar os seus contratados, e na totalidade dos casos sequer usam as suas camisas.

Ou registram um na Federação local para que possam fingir que irão disputar as competições das Divisões inferiores, ou então entram como patrocinador de outro.

O Coimbra pertence ao BMG, e o Tombense do empresário Eduardo Uram, são os times mais conhecidos do futebol das Minas Gerais.

Nos outros estados existem também alguns laranjais dando frutos e burlando a lei.

Um exemplo que tivemos há pouco tempo foi o do Monte Azul, time do interior de São Paulo da terceira divisão paulista, que tem atletas com salários superiores as suas receitas, e que sequer entram em campo para uma partida, cuja situação está sendo investigada por contra da transação de Patrick com o Internacional.

Esse jamais atuou pelo clube, e era registrado para ser emprestado.

O lateral Diego Barbosa que saiu do Cruzeiro para o Palmeiras no fim do ano, tinha 75% dos seus direitos econômicos pertencentes ao Coimbra, sem nunca ter jogado pelo clube.

Existem clubes laranjas no Uruguai que pertencem aos empresários brasileiros.

A legislação existe e não é cumprida, desde que um jogador só pode ser negociado com pelo menos três meses de lapso temporal com um clube.

Nos casos citados isso não aconteceu, pois se perguntarem os locais em que estão sediados, esses não saberão responder.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Os jornalistas de São Paulo que fazem a cobertura do Palmeiras, devem acreditar em Papai Noel, ao caírem numa ¨estória¨ contada pelo gerente executivo do Clube, Alexandre Mattos, quando afirmou que o atacante DUDU não aceitou a proposta do Changchum, clube da China, de R$ 50 milhões.

A rejeição foi por conta do seu amor ao time do Parque Antarctica.

O amor que esse tem pelo clube alviverde é tão real como a proposta citada.

Vamos fazer uma pergunta sem ofender: um jogador na sua segunda fase de carreira, que não tem mercado nos grandes times da Europa apesar de ser bom de bola, iria deixar passar ao largo uma proposta tão generosa, que garantiria o seu futuro?

Na verdade aconteceu algo midiático, com a mídia juvenil engolindo uma perua.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS ARAUTOS DO ATRASO

* A FIFA destacou-se nos últimos anos como um palco da corrupção.

A sua diretoria foi modificada, os corruptos estão na cadeia ou foram expurgados do sistema com penas administrativas altas.

Apesar das mudanças a International Football Association Board, o órgão regulamentador das regras praticadas no futebol que faz parte do sistema, continua sendo o arauto do atraso.

A FERJ- Federação de Futebol do Rio de Janeiro resolveu fazer uma excelente experiência durante o seu campeonato estadual, colocando no Regulamento da competição um artigo que iria permitir a troca de cinco jogadores numa mesma partida.

Sem dúvida era uma inovação para melhorar o nível dos jogos, mas tal fato não foi entendido pelos atrasados membros da International Board, que em conjunto com os cartolas do Circo entraram com uma interpelação contra a entidade carioca, proibindo a mudança.

A IFAB entrou em contato com o Secretário Geral do Circo, Walter Feldman, esclarecendo que as regras das cinco substituições não vale para competições envolvendo a equipe que disputa a divisão principal de uma federação ou confederação.

Sobre isso, todos que acompanham o esporte da chuteira  tinham o conhecimento com relação ao segmento profissional, desde que as competições de categorias menores já utilizam tal procedimento, e essa mudança nesse nível maior iria servir como laboratório para o futuro.

As experiências feitas nas categorias de base foram um sucesso, e os resultados nos gramados foram excelentes.

Todos os esportes mudam, menos o futebol que é atrasado como os órgãos que o dirigem.

Lamentável. 

NOTA 2- PAGANDO PARA JOGAR

* Os times de maiores torcidas do futebol do Rio de Janeiro estão pagando para jogar, e com altos prejuízos em seus jogos.

O Vasco atuou por duas vezes de portões fechados.

As perdas foram totais.

O clube só teve despesas e não obteve receitas. 

O Botafogo no seu primeiro jogo na competição contra a Portuguesa, contou com apenas 7.126 pagantes.

No final o movimento financeiro que foi apresentado pela Federação em seu site, dava um resultado negativo de R$ 290 mil. 

O alvinegro enfrentou o Fluminense no Maracanã com renda dividida, como também as despesas.

Um prejuízo de R$ 96.5 mil para cada um.

O tricolor das Laranjeiras jogando em Saquarema contra o Boa Vista levou ao estádio 1.653 pessoas.

No final um rombo de R$ 62 mil.

O clube de maior torcida do Brasil, o Flamengo, no seu primeiro jogo como mandante perdeu R$ 197 mil.

O futebol profissional no Brasil é surreal, quando realiza competições que não tem nem retorno técnico nem financeiro.

O mais grotesco está na atuação da entidade local, que para tirar o vermelho dos movimentos financeiros, passou a colocar as cotas dos direitos de transmissão.

Desde quando cotas pagam ingressos nas bilheterias?

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 3- SÃO PAULO COM A MELHOR MÉDIA DE PÚBLICO

* O Campeonato Paulista é o que apresenta até o momento a melhor média de público.

Nenhuma novidade, desde que esse estado conta com quatro clubes com boas torcidas.

Nos 16 jogos realizados 126.825 torcedores pagaram ingressos, com uma média de 7.927 por partida.

A seguir:

MINEIRO- 12- jogos- 75.056 pagantes- Média de 6.255.

PARANAENSE- 6 jogos- 20.890 pagantes- Média de 3.482,

CATARINENSE- 10 jogos- 27.788 pagantes- Média de 2.779, 

BAIANO- 4 jogos- 7.897 pagantes- Média de 1.987. 

Com relação ao futebol Gaúcho, a sua Federação não cumpre o que determina o artigo 12º do Estatuto da Defesa do Torcedor que determina: ¨a entidade responsável pela organização da competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sitio até as 14 horas do terceiro dia útil subsequente ao da realização da partida.

O artigo 7º desse mesmo Estatuto diz que:¨é direito do torcedor a divulgação, durante a realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de ingressos.

Até à noite de ontem a partida entre os times do São Paulo e Avenida pela primeira rodada não tinha o seu movimento publicado, como três eventos da segunda, que ainda estão no prazo legal.

Vivemos em um pais onde as leis são jogadas no lixo.

NOTA 4- UMA NEGOCIAÇÃO ESTRANHA

* Existem algumas negociações nas contratações de jogadores que nem Freud poderia explicar.

São estranhas.

Renê Junior atleta de 28 anos, ao encerrar o seu vinculo com o Bahia ficou livre com os direitos em suas mãos.

Obvio que poderia ir para qualquer clube que o pretendesse, mas o Corinthians foi o único que se dispôs ainda no mês de dezembro. Era só pegar as malas e descer no Parque São Jorge.

Mas como estamos no Brasil, pais em que nada acontece por acaso, a transação custou para o alvinegro nada mais nada menos do que R$ 5 milhões, pagos como luvas para o jogador, e para a Elenko Sports a empresa que agencia esse atleta, cujo dono é o conhecido Fernando Garcia, ex-conselheiro corintiano.

Qual a razão do clube dispender recursos para um empresário de um jogador livre.

Esse deveria paga-lo diretamente e não a entidade.

Um corretor de imóveis quando vende uma casa, recebe dinheiro do proprietário e não de quem a adquiriu.

No futebol é diferente, quem paga é o comprador.

Na transação de Junior Dutra também para o alvinegro paulista, foi pago ao seu ex-agente R$ 300 mil.

Era outro jogador livre.

A farra e  folia no futebol é grande, e só quem acredita na existência de Papai Noel pode achar que tudo vai bem no reino de Del Nero.

NOTA 5- A APROVAÇÃO DO ÁRBITRO DE VÍDEO

* Um relatório publicado pela Universidade KU Leuven, na Bélgica, para a International Board divulgado na segunda-feira, apontou que 98,4% de acertos nas decisões tomadas nas partidas que tiveram a participação do arbítro de vídeo (VAR).

Na conclusão do documento, ficou demonstrado que o tempo perdido para as analises dos lances ocorridos, foi de apenas 1 minuto.

Os dados foram obtidos em 804 jogos à partir de 2016.

Ficou ainda constatado no trabalho, que somente 8% das decisões tomadas modificaram as interpretações dos árbitros.

No Brasil como não poderia deixar de ser, a tecnologia produziu um árbitro de vídeo amigo.

São coisas de um país, onde corruptos são aplaudidos e os honestos execrados.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Em uma nota anterior sobre a negociação do volante Rithely do Sport com o Atlético-MG, alertamos a direção do clube rubro-negro sobre a fama de péssimo pagador do time mineiro.

Por conta disso, recebemos um email com a notificação do alvinegro de Minas Gerais contra o clube da Ilha do Retiro, cobrando R$ 1 milhão que esse estava devendo por conta da transferência de André, e mais diversos valores por empréstimos de jogadores, como Mansur, Alex Silva, Patric, Renan Ribeiro, entre outros.

Um fato interessante sobre o assunto é que na proposta apresentada para a compra dos direitos econômicos de Rithely, o Atlético-MG colocou tais débitos para serem descontados dos valores que seriam pagos.

Vamos perguntar sem ofender: quantos débitos ainda irão aparecer, e que estavam escondidos pelo clube, como aconteceu com o São Paulo, no tocante a Rogério?

O Sport está ficando um péssimo pagador.