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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- JOGUINHO SEM SAL 

* A Ilha do Retiro recebeu apenas 3.389 testemunhas para o jogo do Sport contra o Afogados, que é o resultado de uma competição que começou de forma açodada, com os clubes despreparados.

Há algum tempo que não víamos um público tão pequeno como esse em jogos do time rubro-negro.

A partida foi insossa, sem gosto, e sem o tempero.

O primeiro tempo foi trágico, com o time do interior fazendo o seu papel com a tática de Pedro Manta do 10.1, com um ônibus à frente de sua defesa, e o time do Sport sem jogar nada, repetindo o que fez em Arcoverde contra o Flamengo local.

A pequena torcida vaiou a equipe da casa.

Os gols saíram na segunda etapa, não pela melhora do rubro-negro, e sim pelo desgaste do time visitante.

O que mais aconteceu foram as câimbras, que mostraram claramente a falta de condições físicas de alguns atletas.

Um jogo ruim, sem qualidade e com a vitória do time com maiores condições físicas, mas que precisa melhorar muito em seus próximos jogos.

Uma partida como essa poderá servir de sonífero para aqueles que tem problemas com o sono, e certamente o vídeo será indicado pelos especialistas do setor.

Essa foi tão fraca, que até pela televisão de forma confortável foi difícil de assisti-la.

Ainda bem que assistimos as transmissões dos jogos com o som baixo, para evitarmos o estresse.

Que campeonato é esse? 

NOTA 2- TROFÉU CANGALHA DE OURO  

* Nesse domingo o Recife não terá futebol.

Os quatro jogos do estadual serão realizado nas cidades do interior.

Mesmo com o espaço no domingo houve a opção de colocar o Sport no seu jogo contra o Afogados no dia de ontem.

A única justificativa que conseguimos detectar foi que a Globo que paga uma ninharia pelo campeonato escolheu o rubro-negro para compor a grade da TV fechada, deixando o dia que sempre foi do futebol sem ter a bola rolando em seus campos.

Trata-se de uma violência por conta de dois tostões furados, e a entidade local baixa a cabeça e não defende seus filiados.

O torcedor foi prejudicado, e em especial o do Sport que irá passar o domingo sem futebol, e com jogos dos times da parte mais baixa do nosso mapa.

Enquanto isso o América que jogou na sexta-feira à noite contra o Náutico enfrenta o Santa Cruz, no famoso estádio Ademir Cunha, o Central recebe o maratonista time do Náutico, o Vitória enfrenta o Salgueiro, e o Belo Jardim recebe o Flamengo, que não é o Carioca, e sim de Arcoverde.

Esse é o atual modelo de nosso futebol, cuja federação recebeu o Troféu ¨Cangalhas de Ouro¨ por aceitar o que a Globo manda.

Em outras épocas não era assim.

NOTA 3- UMA TAPA NA CARA DO SÓCIO VASCAINO

* A falta de ética e para não dizer de caráter, aliado ao desejo de ter o poder, tornou Alexandre Campello presidente do Vasco da Gama, mesmo sem ter recebido os votos dos associados.

Algo que vai além do surreal, e que mostra o processo eleitoral de vários clubes brasileiros que ainda não adotaram o sistema direto do voto.

O mais grotesco é que no Conselho do clube da Colina, 150 membros são perpétuos por benemerência, que são escolhidos pelo poder de plantão.

Pela primeira vez na história o Conselho do clube contrariou o desejo da votação dos sócios e elegeu alguém que antes era apoiador da chapa vencedora, e que sucumbiu perante os olhos de Eurico Miranda, que mesmo fora da disputa eleitoral, manipulou a votação com acordos espúrios em troca de cargos.

Campello assumirá o clube sem ter sido votado pelo associado, pulou o muro para abraçar o outro lado.

Como se confiar em um cidadão com tal procedimento?

A voz do associado foi ignorada em favor dos conchavos e alianças firmadas nos bastidores, que irão garantir poder aos Mirandas por mais um bom tempo, inclusive colocando no Conselho Fiscal pessoas do seu grupo.

A legislação esportiva deveria ser modificada, e as eleições de clubes deveriam ser diretas, ganhando aqueles com maior numero de votos, sem a necessidade do abono do Conselho Deliberativo.

São regras do passado que não funcionam mais na democracia, mas no futebol para a permanência dos dinossauros essas permanecem vivas.

O sócio vascaíno deveria se pronunciar sobre o assunto, desde que elegeu um presidente, nas caladas da noite mudaram-no, e deram o poder a alguém que o traiu.

Uma vergonha.

NOTA 4- DESTA VEZ NÃO PARARAM GUARDIOLA

* O Manchester City após a quebra da invencibilidade voltou a jogar um bom futebol, e obteve uma vitória por 3x1 contra o Newcastle.

Um jogo em que teve de enfrentar um biarticulado na frente da área do adversário, seguindo o treinador Rafa Benites que é retranqueiro por natureza, o time City dominou o jogo com 84% de posse de bola, mas encontrou dificuldades de abrir o marcador, que só conseguiu no final da primeira fase através de Aguero, com uma assistência de De Bruyne.

No segundo tempo o atacante argentino ampliou o placar.

O Newcastle soltou-se um pouco mais, e conseguiu em um contra-ataque, contando com a uma falha de Ederson diminuir o marcador.

Logo a seguir teve a chance de empatar.

No final da partida o lance mais bonito veio das chuteiras do ponta Sane, com dribles desconcertantes dentro da área adversária deu um passe à Aguero que marcou mais um gol, e foi o melhor jogador da partida.

A jogada do ponta alemão, foi sem dúvida uma homenagem a mais um ano de morte do inesquecível Mané Garrincha, que deixava tortos os seus marcadores.

O time comandado por Guardiola manteve a diferença de 12 pontos para o segundo colocado, o Manchester United.

Desta vez não pararam o treinador espanhol.

NOTA 5- UM SÁBADO DE VAIAS 

* O Maracanã tem a capacidade para receber mais de sessenta mil torcedores.

Imagine esse com apenas 7.126, em um dia de feriado no Rio de Janeiro.

Isso foi o retrato do jogo Fluminense e Botafogo, com um primeiro tempo sem nada que fosse parecido com o que se chama de futebol.

Dois times desorganizados, perdidos no gramado. 

Vaias no encerramento dessa fase.

No segundo período o tricolor melhorou, e o alvinegro piorou, mas gol que é o objetivo de um jogo não apareceu, e o resultado final foi de 0x0. Vaias no pós jogo.

Em Porto Alegre, o Caxias fez a festa na Arena do Grêmio contra o time alternativo do tricolor gaúcho.

Aplicou 5 a 3 de virada.

A equipe gremista teve dois reforços, dos novos contratados Alisson e Madson, e saiu na frente, levou o empate e fez 3x1. No final do primeiro tempo o Caxias descontou para 3 a 2.

A virada veio no segundo tempo.

Embora com atletas bem jovens a torcida não deu trégua e vaiou.

Estiveram presentes 4.779 pagantes.

No Morumbi, com um publico de um pouco mais de 17 mil pagantes, o São Paulo esbarrou no Novorizontino, e mesmo com o time titular não saiu do 0x0, e só não foi derrotado por conta de Rodrigo Caio que tirou uma bola na linha da meta.

No segundo tempo Dorival Junior atendeu os apelos da torcida e colocou em campo Diego Souza e Cuevas, que não apareceram em nenhum momento dessa etapa.

No final uma vaia uníssona.

Foi um sábado de pouco futebol, com pouco publico em alguns jogos, e muitas vaias para animar.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

O debate maior no futebol brasileiro está focado no modelo adotado para a distribuição das cotas da televisão, que criou um abismo entre os disputantes das competições.

Existe algo mais grave do que esse problema, que é a distribuição das receitas do sistema pay-per-view que tem crescido nos últimos anos, e que é tão pornográfico como o primeiro.

Os percentuais destinados para cada clube ficam por conta da venda dos pacotes pela emissora responsável, e por conta disso aqueles que contam com maior número de torcedores em estados com uma grande população, levam vantagem.

O exemplo vem do Flamengo que foi contemplado em 2017 com quase R$ 100 milhões desse segmento. Na realidade só existe o pay-per-view por conta dos vinte disputantes, e obvio que nenhum joga sozinho, mesmo tendo maior numero de torcedores.

Para que o jogo possa ser realizado obrigatoriamente deverá ter um adversário.

Os clubes que são menos protegidos se calam, mas na verdade esses valores deveriam ser colocados em um fundo e distribuídos de forma igualitária entre todos os envolvidos e que tiveram as suas imagens exploradas.

Uma andorinha só não faz verão, se não tiver a companhia de outras.

O modelo sugerido não é novidade desde que é aplicado nas Ligas dos Estados Unidos. Além disso os clubes considerados menores já sofrem por conta da visibilidade que é bem reduzida, e sempre local.

Alguns passam uma temporada e aparecem apenas à nível nacional em televisão aberta quando jogam com os chamados de grandes.

Por conta disso é que a Caixa Econômica tornou-se a salvadora da maioria dos disputantes que ostentam a sua marca nas camisas, desde que o grande patrocinador segue a seleção do Circo, e não vai colocar a sua empresa em algo que não tem retorno.

A Caixa o faz, por conta da politicalha que tomou conta dessa.

Os patrocínios minguam, e não são satisfatórios para a cobertura de suas despesas. Começa aí o grande desequilíbrio.

Para que isso possa enfim mudar, importante seria a flexibilização dos direitos de transmissão, desde que é totalmente inviável apenas uma emissora detê-los e, assim definir quem vai aparecer em suas telinhas, quando se torna necessário ampliar o leque, abrindo espaço para todos que desejam participar das transmissões dos jogos, e a briga sem duvida seria pela melhor qualidade, que certamente daria maiores audiências.

Com a participação de várias emissoras no processo, onde cada uma poderia exibir um jogo diferenciado, os custos de aquisição dos pacotes diluiriam, e as suas cotas vendidas aos anunciantes teriam uma grande redução.

Haveria uma melhoria na lucratividade para todos, e um maior grupo de patrocinadores. Todas as divisões estariam no pacote de vendas da TV fechada, inclusive regionalizando algumas participações, que daria uma maior condição para que os clubes pudessem negociar as suas camisas, já que teriam uma maior visibilidade.

A quebra da exclusividade dos direitos de transmissão é fundamental para a evolução de nosso futebol, que o democratizaria, e deixa para o espectador a escolha do que vai assistir, e não ser obrigado a ter o Corinthians e Flamengo em suas telas durante os dias de jogos, e com horários indecentes.

É obvio que o sistema coletivo é mais importante que o individual, e o fator da decadência que tomou conta desse esporte no Brasil foi a individualidade existente, que trucidou dezenas e dezenas de clubes ao proteger os que são chamados de grandes, que já tem um maior numero de associados, receitas vultosas de bilheterias e patrocínios mais rentáveis.

Muita coisa terá que ser feita para que se possa modificar a estrutura carcomida do futebol brasileiro, para que esse possa enfim atender as demandas necessárias para a sua evolução. 

Escrito por José Joaquim

Nos primeiros jogos da Copa do Nordeste o destaque foi a ausência do torcedor nos estádios. Fato esse que ocorreu em 2016, e poderá ter a sua continuidade na atual temporada.

Não ficamos surpresos com o fato desde que houve um açodamento para o início da competição, com os clubes ainda em formação, e seria bem obvio que teríamos jogos de qualidade muito duvidosa, e em especial por ser uma competição com poucos participantes da divisão maior do futebol nacional.

Sem contarmos com os jogos de ontem, e com o público de Confiança e Santa Cruz, que até hoje não foi divulgado, a maior participação da torcida foi no jogo do Treze x CRB, com 4.118 pagantes.

Enquanto isso o Globo-RN mesmo jogando contra um clube da Série A Nacional, o Vitória, recebeu apenas 728 testemunhas, o Salgueiro contra o Ceará contou com a presença de 2.199 torcedores, muitos desses do time cearense, e o Náutico em seu jogo contra o Altos-PI, com 1.350 ingressos vendidos.

Nesse jogo foi divulgado um público acima de 2 mil, que não condiz com a realidade, desde que no movimento financeiro entregue à imprensa constam 663 cortesias, que não são pagantes.

O ufanismo comercial com a Copa do Nordeste é bem latente, mas na verdade a competição está mal formatada, tem a ausência de clubes com demanda, que levam torcedores aos estádios.

A distribuição das partidas na tabela, os horários, são fatores que motivam a ausência dos consumidores nos estádios.

Quem irá salvar essa Copa serão os dois clubes da Bahia, Vitória e Bahia, e o Ceará que são bons de públicos.

Por outro lado o Campeonato Pernambuco como era de se esperar começou com os seus estádios vazios, o que demonstra mais uma vez que o torcedor não tem mais o sentimento de amor com relação aos estaduais, que tornaram-se obsoletos e sonolentos.

Esse sofreu o mesmo problema da competição regional, ao começar com os times despreparados para a competição. 

Em Arcoverde, com a presença do Sport, os ingressos foram todos vendidos, com 3.000 pagantes.

É triste um estádio com essa capacidade no futebol profissional.

A cidade de Afogados da Ingazeira através do seu time o Afogados não conseguiu incentivar a ida de seus habitantes ao estádio, mesmo enfrentando um rival do interior, o Central, e suas arquibancadas receberam apenas 1.200 testemunhas.

A cidade de Pesqueira que em épocas anteriores abraçava os jogos de futebol, em seu encontro contra o Belo Jardim, só vendeu 487 ingressos, público bem menor do que os de muitas peladas.

O nosso futebol parou no tempo e no espaço, e cometeu um suicídio coletivo ao não acompanhar a globalização.

A Copa do Nordeste é uma excelente fonte de demanda, mas como está sendo administrada irá morrer de inanição, fazendo companhia aos estaduais.

Essa competição terá que ser o carro chefe do início de temporada da região, com duas divisões, e isso já estamos repetindo mais uma vez, e que poderá ajudar a melhorar a competitividade dos clubes.

O maior problema do nosso futebol tem um nome bem simples que se chama de má gestão, cujo sistema vem de cima para baixo, começando pelo Circo e terminando nos clubes.

Uma boa gestão tem que acompanhar as inovações oferecidas pelo mundo, as novas tendências, e o futebol não fica isento de tais fatos, desde que é um produto que tem que ser bem comercializado e bem gerenciado para a obtenção do sucesso.

Estaduais são coisas do passado, e a Copa Regional do presente e do futuro, e por conta disso terá que ser tratada com carinho pela cartolagem.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS NAPOLEÕES RETINTOS

* O estadual de Pernambuco é um produto dos Napoleões Retintos, a ala do Bloco do Sanatório Geral.

Todo o dia tem jogo, se é que possamos chama-lo de tal maneira.

Começou na quarta feira, adentrou na quinta, passou para a sexta, ingressou no sábado e vai emendar no domingo.

Haja ¨futebol¨.

O Clube Náutico está sendo testado em um laboratório.

Jogou no dia 17 contra o Altos-PI pela Copa do Nordeste.

Mal voltou para casa, já tinha um encontro marcado pelo estadual local no dia de ontem (19), com menos de 48 horas de intervalo se levarmos em consideração o horário do término da partida anterior, e no domingo 21, o Timbu atuará em Caruaru, enfrentando o Central às 16 horas.

O hiato entre essa partida e a anterior será de 36 horas.

Tem que ser um Super Náutico.

Não pode reclamar posto que concordou com tal insanidade. 

A bola continuará a rolar hoje no horário estranho das 18h30, na certeza de que irá espantar os torcedores.

Qual a razão de não ser às 16h00 que é algo normal no futebol?

Na certa foi exigência da televisão com o propósito de preencher a sua vaga na grade. 

Manda quem pode, obedece quem tem juízo, e todos seguem juntos como cordeiros para serem imolados.

O escolhido foi o Sport, que irá enfrentar o Afogados, que vai morrer afogado na primeira fase, e entrar em hibernação.

O rubro-negro apesar de não ter jogado nada contra o Flamengo de Arcoverde é o favorito para a conquista de três pontos.

Depois do jogo a ala dos Napoleões Retintos irá desfilar no Marco Zero.

O futebol de Pernambuco ou estressa, ou diverte, por conta de suas inconsequências.

NOTA 2- O FEBEAPÁ NACIONAL

* O falecido escritor e jornalista Sergio Porto, usava o codinome de Stanislaw Ponte Preta para a assinatura dos seus artigos e dos livros que eram editados.

Criou um bordão que ficou famoso com o nome de FEBEAPÁ- Festival de Besteiras que Assola o País. 

Isso nas décadas de 50 e 60.

O jornalista tinha uma frase sobre o nosso país que permanece até hoje: ¨No Brasil as coisas acontecem, mas depois, com um simples desmentido, deixam de acontecer¨.

Nos lembramos do Lalau por conta de alguns programas esportivos que assistimos com a intenção de nos atualizarmos, o que não está acontecendo.

Muito pelo contrário.

Nos de ontem a palavra chave era o Palmeiras e sua vitória para o ¨grande¨ Santo André¨ por 3x1.

Para os analistas o time alviverde já é o favorito para as conquistas de 2018, repetindo algo que afirmaram em 2017, e deu no que deu, o time não ganhou nada.

Na realidade é impossível achar algo em apenas uma partida, tanto do lado ruim, ou do lado bom.

O Palmeiras teve bons momentos de futebol nesse jogo mas também foi pressionado pelo adversário que chegou próximo de um empate, mas não se pode fazer uma previsão do que irá acontecer no futuro, assim como para aqueles que não se saíram bem na abertura. 

Um verdadeiro festival de besteiras, na busca de uma audiência, que levou a apresentadora da BAND Renata Fan, a postar uma foto de biquini como pagamento de uma promessa feita para uma vitória do Internacional que é seu clube.

Em nome da audiência as pessoas se expõem de forma exagerada, chegando a tal ponto.

Não há como se analisar um futebol em que os times estão jogando com seus reservas, e em um único jogo decidir que já temos um favorito na temporada.

No ano passado quebraram a cara.

Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

NOTA 3- O PÚBLICO SUMIU EM TODO O BRASIL

* O problema é geral, e não está restrito ao nosso estado.

Em alguns estaduais que foram iniciados o público sumiu.

No Pernambucano o maior público foi de apenas 3 mil pagantes, no jogo do Flamengo de Arcoverde contra o Sport.

Santa Cruz x Vitória- 2.488,

Afogados x Central, 1.200,

Náutico x América- 929,

Pesqueira e Belo Jardim, 487.

A grande decepção aconteceu na estreia de Rogerio Ceni no comando do Fortaleza, no jogo contra o Uniclinic, quando se esperava um bom público e só apareceram nas arquibancadas 3.190 testemunhas.

No Rio de Janeiro mesmo com os seus chamados grandes jogando, sendo que a partida entre o Vasco da Gama e Bangu foi com portões fechados, o maior publico foi o do Volta Redonda x Flamengo, com apenas 4.340.

Botafogo x Portuguesa- 4.065,

Boa Vista x Fluminense- 1.063,

Nova Iguaçu x Cabofriense- 700 e,

Madureira x Macaé- 513.

O Grêmio, campeão da Libertadores foi a Ijuí-RS para enfrentar o São Luiz, com a presença de 1.556 testemunhas.

A Caravana da Miséria já começou a percorrer o seu caminho.

NOTA 4-  OS MANDANTES NÃO MANDARAM

* O Bahia era a última esperança de uma vitória para os times que tinham o mando de campo na Copa do Nordeste, desde que os demais tinham fracassado. O adversário era o Botafogo-PB considerado como fácil para um time da Série A.

Com 11.343 pagantes na Fonte Nova, o melhor publico da rodada, o tricolor baiano tinha tudo para uma conquista, mas esqueceu de combinar com o time paraibano que aos cinco minutos de jogo abriu o placar, e aos dez teve chances de amplia-lo.

O Bahia teve um pênalti à seu favor, mas o goleiro Edson caiu no lado certo e defendeu.

Uma pressão desorganizada do tricolor baiano não conseguiu mudar o resultado, e o Belo tornou-se o quinto visitante a conquistar uma vitória na primeira rodada da competição, e passando a liderar o seu grupo, enquanto o rival foi jogado para a lanterna.

Nos oito jogos que foram realizados, os visitantes venceram cinco, e aconteceram três empates.

Na verdade os mandantes não mandaram.

NOTA 5- A TAXA DE LUXO DA UEFA

* O presidente da UEFA, Alecsander Ceferin, admitiu que a entidade poderá criar uma taxa de luxo para manter o equilíbrio concorrencial entre clubes, que considerou como o principal problema do futebol moderno.

¨Estamos preparando um documento estratégico muito importante para o futuro¨, declarou o cartola. Devemos a todo custo manter a situação atual, na qual todas as equipes possam sonhar com as competições europeias¨.

Ceferin explicou que para manter o equilíbrio das competições a UEFA está estudando a implantação de uma ¨taxa de luxo¨ baseada no principio de que se um clube gastar acima de suas possibilidades deve pagar uma taxa sobre a diferença.

Na realidade tal proposta não representa nenhuma novidade, desde que a NBA, Liga do Basketball dos Estados Unidos já utiliza tal procedimento, quando aplica uma multa aos clubes que ultrapassam o limite dos gastos determinados, e cujos valores são destinados as franquias menores.

Funciona bem, e tal fato mostramos em vários artigos. Ao mesmo tempo, a UEFA está estudando uma possível redução  do número de jogadores emprestados, estipulando um limite para tal.

Para o presidente os clubes ricos podem comprar muitos jogadores, enfraquecendo as outras equipes.

Existem duas opções, ou se limita os empréstimos ou os proíbem de vez.

Segundo Ceferin tem um clube na Itália com mais de 103 jogadores.

São medidas salutares, para a melhora do futebol europeu.

NOTA 6- UM PELADÃO NA ARENA DA COPA

* A Arena Pernambuco mais uma vez estava vazia para receber o jogo entre Náutico x América.

Na verdade a partida foi até interessante pela quantidade de gols. O placar final foi de 3x2 para o alvirrubro, com o gol da vitória marcado nos acréscimos, mas na parte técnica foi um peladão em um estádio da Copa.

O torcedor do time da Rosa e Silva que estava vaiando o time após a vitória comemorou como tivesse ganho um título.

O futebol de Pernambuco há muito tempo faleceu e um jogo como esse é a maior prova de tal fato, com uma equipe que já teve seus dias de sucesso sofrendo na bacia das almas para conseguir derrotar um time semi-profissional , com pouca qualidade e somente vontade.

Gilberto Castro Junior teve uma arbitragem muito fraca, com erros grotescos, inclusive não marcando um pênalti escandaloso favorável ao Náutico.

Enfim uma vitória no estadual, desde que os quatro jogos que tinham sido realizados terminaram empatados.

A primeira rodada encerrou-se ontem, e cujas partidas não deixarão saudades.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEM VITÓRIA

* Quatro jogos e sem uma única vitória.

Esse é o retrato parcial da primeira rodada do estadual local, onde nenhum clube conseguiu conquistar três pontos.

Algo surreal, que é o real do futebol de Pernambuco. 

Com o Arruda vazio, e com razão, o time do Santa Cruz empatou com o do Vitória pelo placar de 1x1.

Futebol de verdade não tivemos nem poderíamos ter.

O tricolor jogou na última terça feira em Aracaju, e com menos de 48 horas estava de volta ao gramado para um novo encontro.

Obvio que esse curto intervalo pesa, e isso foi retratado no segundo tempo quando a equipe interiorana estava em condições melhores, enquanto o adversário caia pelas tabelas.

Na verdade o jogo foi ruim, sem a menor qualidade, que está sendo a regra geral daqueles que já foram realizados nessa competição. 

Não temos a mínima condição de avaliar o que irá acontecer até o final desse campeonato, mas existe uma certeza, de que o que está sendo apresentado pelos nossos times está com uma distância de mil anos luz do que se chama de bom futebol.

A palavra grotesco encaixa muito bem na sua avaliação.

Fica nas chuteiras dos atletas do Náutico e América que jogam na noite de hoje, a responsabilidade da conquista de uma primeira vitória no estadual.

O alvirrubro jogou na última quarta-feira, volta ao gramado na noite de hoje, retornando no domingo.

Estão brincando com a vida dos atletas.  

Onde anda o presidente do Sindicato dos Atletas de Pernambuco?

Só Deus sabe.  

NOTA 2- O PROTOCOLO

* O Circo Brasileiro do Futebol numa imitação barata criou um sistema de protocolo para os clubes adentrarem nos gramados. Bem longe da antiga cultura do nosso futebol quando havia uma empatia entre os torcedores e times.

Hoje é frio, e com a obrigação do Hino Nacional, e em alguns estados o local.

Para que esse ritual seja realizado foram criados mais dois cargos que oneram os cofres dos times disputantes, o de supervisor de protocolo, e como nas sinecuras que existem no país,  não poderia deixar de ter o assistente desse personagem. 

Como no Circo não existe limitação em gastos, os valores cobrados estão acima da realidade. Os clubes aguentam calados.

O futebol de Pernambuco também tem esse ritual, e os seus agentes do protocolo, sendo que cobram taxas equivalente ao Brasileirão que tem receitas bem maiores.

Um amigo dirigente de um de nossos clubes nos forneceu os dados sobre o assunto, e um fato que nos deixou constrangidos, desde que o Supervisor do Protocolo nos jogos em que participam os clubes maiores , é nada mais, nada menos, do que o diretor de competições da entidade.

Algo que jamais poderia acontecer.

Trata-se de uma questão ética. 

As taxas cobradas são as seguintes:

SEMI-FINAIS e FINAIS 

Supervisor- R$ 1.545,00- Assessor- R$ 445,00

CLÁSSICOS -3º e 4º lugares-

Supervisor- R$ 1.300,00- Assessor- R$ 390,00

NÁUTICO, SANTA CRUZ E SPORT-

Supervisor- R$ 1.300,00- Assessor- R$ 300,00.

Valores altos para um futebol pobre. 

NOTA 3- O FUTEBOL DA ÉPOCA DE LUZIA

* Luzia é a brasileira mais antiga na história da nossa civilização, e que foi encontrada numa caverna no interior de Minas Gerais.

Pelos estudos científicos ficou comprovado que ela morreu há 12 mil anos atrás.

Nos lembramos dessa personagem por conta de um debate que assistimos no dia de ontem em uma de nossas televisões com criticas aos times do Corinthians, São Paulo, Botafogo e Fluminense com relação aos resultados dos seus jogos na primeira rodada dos estaduais, o que nos mostrou que estamos na era da Luzia.

Na realidade a única surpresa foi a derrota do alvinegro de São Paulo para a Ponte Preta, jogando com o time titular. Os outros utilizaram vários reservas.

No Rio Grande do Sul o Grêmio também optou por um time misto, além do Flamengo que comprovou algo bem interessante, a fraqueza dos times menores do Rio de Janeiro ao derrotar com uma base sub-20 o Volta Redonda.

Sem um elenco pronto para atuar no estadual, desde que os titulares só voltaram de férias no dia 13 de janeiro, o clube da Gávea trouxe sete jogadores que estavam na Copa São Paulo, e esses deram conta do recado.

Nas partidas que foram realizadas na noite de ontem só o Palmeiras conseguiu uma vitória de 3x1 contra o Santo André. Em Varginha, o Atlético-MG empatou com o BOA (0X0), e no São Januário de portões fechados o Vasco foi derrotado pelo Bangu (2x0).

Na realidade os clubes brasileiros que não tiveram condições de uma pré-temporada digna, irão utilizar os seus estaduais para substitui-la e isso já está acontecendo, com tantos reservas sendo utilizados, e os titulares treinando em separado.

Mais uma vez fica bem claro que o modelo de gestão do futebol brasileiro é do tempo de Luzia, quando contempla um calendário pornográfico e insiste em não se adequar ao europeu.

Se isso tivesse acontecido, certamente esses vexames da abertura esportiva não estariam acontecido.

NOTA 4- O PRIMEIRO CLUBE QUE PAGOU PARA JOGAR

* Com apenas uma rodada de abertura dos estaduais brasileiros, apareceu o primeiro clube que pagou para jogar, repetindo o que aconteceu na temporada anterior.

O felizardo foi o Botafogo no seu empate no Nilton Santos contra a Lusa da Ilha do Governador.

O rombo foi de R$ 193.969,03.

Com um público pagante de 4.055 torcedores, a renda bruta foi de R$ 84.100,00. As despesas totais somaram R$ 278.069,03.

Apesar do prejuízo do seu filiado, a FERJ mamou ainda R$ 8.109,00.

A entidade não perdoa, mata. Cobra na boca do cofre a taxa de 10% sobre a receita bruta.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 5- INSANIDADE OU ESPERTEZA?

* Lucas Lima fez uma péssima temporada em 2017.

Enganou o Santos até o final de seu contrato.

As mídias sempre divulgavam que o atleta estava interessando a vários clubes europeus, e até o Barcelona.

Uma piada.

Tudo marketing, desde que não foi encaminhada nenhuma proposta ao time peixeiro, ou mesmo ao atleta, que esperou calmamente o fim do seu contrato para cair nos braços da Crefisa, a dona do Palmeiras.

Mas, essa ida para o alviverde vai render-lhe R$ 1 milhão mensais de salários, um padrão europeu para uma economia fragilizada, onde o salário mínimo não chega a R$ 1 mil.

Média de R$ 700 mil, acrescido de R$ 250 mil de luvas e R$ 83 mil de comissões. Os envolvidos na transação, inclusive o pai de Neymar, são conhecidos por serem espertos em negociações.

Um fato bem grave, é que o custo total do contrato será de R$ 62 milhões, e a multa contratual é de R$ 33 milhões.

Só Freud poderia explicar.

Um clube do futebol brasileiro tem condições de pagar um salário de nível europeu?

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE?

* Todos que convivem com Neymar sabem muito bem que trata-se de uma pessoa egocêntrica, e que tudo tem que correr ao seu redor.

Já falamos muitas vezes que apesar de ser um bom jogador, o seu futuro não será como o de Messi ou de Cristiano Ronaldo, que tem comportamentais diferentes.

A nossa pergunta e que não ofende a ninguém, é o de sabermos o que os nossos visitantes acharam da atitude desse jogador, mesmo com três gols na partida do PSG contra um time bem mequetrefe, ao exigir cobrar uma penalidade cometida em Cavani, quando se esse o fizesse poderia ultrapassar Ibrahimovic como o maior artilheiro do clube francês? 

Na verdade os franceses não gostaram, e os amigos?