NOTA 1- JOGUINHO SEM SAL
* A Ilha do Retiro recebeu apenas 3.389 testemunhas para o jogo do Sport contra o Afogados, que é o resultado de uma competição que começou de forma açodada, com os clubes despreparados.
Há algum tempo que não víamos um público tão pequeno como esse em jogos do time rubro-negro.
A partida foi insossa, sem gosto, e sem o tempero.
O primeiro tempo foi trágico, com o time do interior fazendo o seu papel com a tática de Pedro Manta do 10.1, com um ônibus à frente de sua defesa, e o time do Sport sem jogar nada, repetindo o que fez em Arcoverde contra o Flamengo local.
A pequena torcida vaiou a equipe da casa.
Os gols saíram na segunda etapa, não pela melhora do rubro-negro, e sim pelo desgaste do time visitante.
O que mais aconteceu foram as câimbras, que mostraram claramente a falta de condições físicas de alguns atletas.
Um jogo ruim, sem qualidade e com a vitória do time com maiores condições físicas, mas que precisa melhorar muito em seus próximos jogos.
Uma partida como essa poderá servir de sonífero para aqueles que tem problemas com o sono, e certamente o vídeo será indicado pelos especialistas do setor.
Essa foi tão fraca, que até pela televisão de forma confortável foi difícil de assisti-la.
Ainda bem que assistimos as transmissões dos jogos com o som baixo, para evitarmos o estresse.
Que campeonato é esse?
NOTA 2- TROFÉU CANGALHA DE OURO
* Nesse domingo o Recife não terá futebol.
Os quatro jogos do estadual serão realizado nas cidades do interior.
Mesmo com o espaço no domingo houve a opção de colocar o Sport no seu jogo contra o Afogados no dia de ontem.
A única justificativa que conseguimos detectar foi que a Globo que paga uma ninharia pelo campeonato escolheu o rubro-negro para compor a grade da TV fechada, deixando o dia que sempre foi do futebol sem ter a bola rolando em seus campos.
Trata-se de uma violência por conta de dois tostões furados, e a entidade local baixa a cabeça e não defende seus filiados.
O torcedor foi prejudicado, e em especial o do Sport que irá passar o domingo sem futebol, e com jogos dos times da parte mais baixa do nosso mapa.
Enquanto isso o América que jogou na sexta-feira à noite contra o Náutico enfrenta o Santa Cruz, no famoso estádio Ademir Cunha, o Central recebe o maratonista time do Náutico, o Vitória enfrenta o Salgueiro, e o Belo Jardim recebe o Flamengo, que não é o Carioca, e sim de Arcoverde.
Esse é o atual modelo de nosso futebol, cuja federação recebeu o Troféu ¨Cangalhas de Ouro¨ por aceitar o que a Globo manda.
Em outras épocas não era assim.
NOTA 3- UMA TAPA NA CARA DO SÓCIO VASCAINO
* A falta de ética e para não dizer de caráter, aliado ao desejo de ter o poder, tornou Alexandre Campello presidente do Vasco da Gama, mesmo sem ter recebido os votos dos associados.
Algo que vai além do surreal, e que mostra o processo eleitoral de vários clubes brasileiros que ainda não adotaram o sistema direto do voto.
O mais grotesco é que no Conselho do clube da Colina, 150 membros são perpétuos por benemerência, que são escolhidos pelo poder de plantão.
Pela primeira vez na história o Conselho do clube contrariou o desejo da votação dos sócios e elegeu alguém que antes era apoiador da chapa vencedora, e que sucumbiu perante os olhos de Eurico Miranda, que mesmo fora da disputa eleitoral, manipulou a votação com acordos espúrios em troca de cargos.
Campello assumirá o clube sem ter sido votado pelo associado, pulou o muro para abraçar o outro lado.
Como se confiar em um cidadão com tal procedimento?
A voz do associado foi ignorada em favor dos conchavos e alianças firmadas nos bastidores, que irão garantir poder aos Mirandas por mais um bom tempo, inclusive colocando no Conselho Fiscal pessoas do seu grupo.
A legislação esportiva deveria ser modificada, e as eleições de clubes deveriam ser diretas, ganhando aqueles com maior numero de votos, sem a necessidade do abono do Conselho Deliberativo.
São regras do passado que não funcionam mais na democracia, mas no futebol para a permanência dos dinossauros essas permanecem vivas.
O sócio vascaíno deveria se pronunciar sobre o assunto, desde que elegeu um presidente, nas caladas da noite mudaram-no, e deram o poder a alguém que o traiu.
Uma vergonha.
NOTA 4- DESTA VEZ NÃO PARARAM GUARDIOLA
* O Manchester City após a quebra da invencibilidade voltou a jogar um bom futebol, e obteve uma vitória por 3x1 contra o Newcastle.
Um jogo em que teve de enfrentar um biarticulado na frente da área do adversário, seguindo o treinador Rafa Benites que é retranqueiro por natureza, o time City dominou o jogo com 84% de posse de bola, mas encontrou dificuldades de abrir o marcador, que só conseguiu no final da primeira fase através de Aguero, com uma assistência de De Bruyne.
No segundo tempo o atacante argentino ampliou o placar.
O Newcastle soltou-se um pouco mais, e conseguiu em um contra-ataque, contando com a uma falha de Ederson diminuir o marcador.
Logo a seguir teve a chance de empatar.
No final da partida o lance mais bonito veio das chuteiras do ponta Sane, com dribles desconcertantes dentro da área adversária deu um passe à Aguero que marcou mais um gol, e foi o melhor jogador da partida.
A jogada do ponta alemão, foi sem dúvida uma homenagem a mais um ano de morte do inesquecível Mané Garrincha, que deixava tortos os seus marcadores.
O time comandado por Guardiola manteve a diferença de 12 pontos para o segundo colocado, o Manchester United.
Desta vez não pararam o treinador espanhol.
NOTA 5- UM SÁBADO DE VAIAS
* O Maracanã tem a capacidade para receber mais de sessenta mil torcedores.
Imagine esse com apenas 7.126, em um dia de feriado no Rio de Janeiro.
Isso foi o retrato do jogo Fluminense e Botafogo, com um primeiro tempo sem nada que fosse parecido com o que se chama de futebol.
Dois times desorganizados, perdidos no gramado.
Vaias no encerramento dessa fase.
No segundo período o tricolor melhorou, e o alvinegro piorou, mas gol que é o objetivo de um jogo não apareceu, e o resultado final foi de 0x0. Vaias no pós jogo.
Em Porto Alegre, o Caxias fez a festa na Arena do Grêmio contra o time alternativo do tricolor gaúcho.
Aplicou 5 a 3 de virada.
A equipe gremista teve dois reforços, dos novos contratados Alisson e Madson, e saiu na frente, levou o empate e fez 3x1. No final do primeiro tempo o Caxias descontou para 3 a 2.
A virada veio no segundo tempo.
Embora com atletas bem jovens a torcida não deu trégua e vaiou.
Estiveram presentes 4.779 pagantes.
No Morumbi, com um publico de um pouco mais de 17 mil pagantes, o São Paulo esbarrou no Novorizontino, e mesmo com o time titular não saiu do 0x0, e só não foi derrotado por conta de Rodrigo Caio que tirou uma bola na linha da meta.
No segundo tempo Dorival Junior atendeu os apelos da torcida e colocou em campo Diego Souza e Cuevas, que não apareceram em nenhum momento dessa etapa.
No final uma vaia uníssona.
Foi um sábado de pouco futebol, com pouco publico em alguns jogos, e muitas vaias para animar.
São coisas do futebol brasileiro.
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