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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RETORNO DOS PONTAS

* Pep Guardiola no comando do Manchester City não é mágico, mas é um estudioso do futebol.

Basta analisarmos a formatação do seu time com a montagem de um simples 4-3-3, que é sem duvida a sua grande arma.

O treinador não inventa, cria alternativas.

Dois zagueiros de área, dois laterais que avançam, um volante de bom nível técnico, solto no gramado, dois meias de talento, um desses de alta qualidade, Kevin de Bruyne, dois pontas abertos e um atacante letal (Aguero) que se movimenta bem no entorno da área.

O interessante é que todos defendem. Quantas vezes assistimos os atacantes ajudando a defesa. Aguero muitas vezes dá chutões dentro de sua área.

Obvio que para que o sistema seja aprovado, existe a necessidade de bons jogadores.

Além disso, o time trata bem a bola, com carinho, e essa agradece respondendo com as vitórias.

O mais importante de tudo são os pontas que estão retornando com força ao futebol, inclusive no Brasil que teve craques nessa posição.

O segredo do jogo do City, estão nos pontas abertos, e com Sterling como seu artilheiro.

Muito simples, mas necessita para que se torne um sucesso, de um bom treinador, e ai é que mora o problema.

NOTA 2- A POUCA VALIA DOS ESTADUAIS

* Os estaduais representam o atraso do futebol brasileiro.

Como nada se produz para substituí-los, fazendo com que os clubes participem de um calendário anual, esses continuarão até morrerem de inanição.

Na era de pontos corridos, em 15 campeonatos, apenas 4 campeões conquistaram o título.

Isso representa apenas 26,6% do total.

O Corinthians em 2017, Cruzeiro em 2014, Flamengo em 2009, e Fluminense no ano de 2012.

Tais números falam mais alto e mostram de forma clara que essas competições locais não servem como parâmetros para as nacionais.

NOTA 3- UM TIME DESMONTADO

* O Paraná após dez anos de Série B enfim conseguiu chegar a maior divisão nacional que era o sonho dos seus torcedores.

Uma festa bonita que no final de 2018 poderá terminar em tristeza, desde que esse terá que começar tudo de novo com a montagem de um time, pois só restaram três profissionais do grupo campeão.

A negociação do lateral Cristovam para a Coreia do Sul, praticamente consolidou o desmanche.

Na realidade esse é o modelo adotado pelo futebol brasileiro, desde que os clubes que jogam na Série B Nacional não tem uma base para o futuro.

São formados na maioria por atletas emprestados, outros com os direitos econômicos nas mãos próprias ou nas dos seus agentes, e no encerramento da competição ficam com o pires nas mãos.

O Paraná está tentando fazer novas contratações, em um patamar dentro de suas condições, e isso vem dificultando.

Para que se tenha uma exata ideia da realidade do clube, um dos seus melhores jogadores na temporada, o zagueiro Eduardo Brock foi para o Goiás, um time da Série B, por conta de uma oferta maior.

Se o time paranista não conseguir acertar o seu rumo, já começa a Série A como o Atlético-GO, candidato ao rebaixamento.

NOTA 4- MAIS UMA NOTA MALDOSA

* O colunista do jornal ¨O Povo¨ de Fortaleza, Alan Neto não deixa passar ao largo as novas contratações do Santa Cruz, indicadas pelo seu gerente de futebol, Fred Gomes, que trabalhou no Ferroviário cearense.

Segundo o colunista que é famoso na terra de Iracema, ¨o tricolor de Pernambuco via Fred Gomes está pegando qualquer refugo daqui. Primeiro foi Robinho, o artilheiro fantasma, agora Daniel Sobralense.

O próximo deve ser o Magnata que passa férias de pernas para o ar em Dubai, com a família. Só não levou o papagaio.

Magno Alves lépido e fagueiro meteu na cabeça que jogará até os 43 anos. Faltam dois anos ainda. Quem vai querer? 

Mais uma nota maldosa do Alan Neto que conhece o futebol cearense de cima para baixo.

NOTA 5- FUSÃO DE CLUBES

* Há anos que estamos mostrando que a demanda de torcedores em alguns estados do Brasil está ficando saturada, e esse fato reduz o poder financeiro dos clubes.

O Rio de Janeiro é um dos que sempre citamos, desde que  o fato já começa a ser sentido com relação ao Fluminense e Botafogo.

O tricolor está encerrando o ano sem pagar o mês de novembro e o 13º salário para os seus profissionais e funcionários.

Passou o ano todo com problemas financeiros, e incapaz de realizar altos investimentos.

O mesmo se dá com o Botafogo.

Mas as vaidades dos cartolas, a falta de bom senso dos torcedores impedem a transformação de dois clubes que estão no limite de suas capacidades, em um único grandioso.

No Brasil isso é impossível de que possa  acontecer, desde que é um pais atrasado em tudo, e com uma mentalidade da época do reinado.

NOTA 6- RITHELI E O INTERNACIONAL

* As mídias de Porto Alegre afirmam que o volante Ritheli já acertou os seus salários com o Internacional, faltando apenas o sinal verde do Sport.

O Colorado está colocando na negociação dois jogadores que estão totalmente fora dos seus planos.

Anselmo que jogou no rubro-negro na temporada desse ano, e Leo Ortiz, cuja contratação foi um dos maiores micos do futebol gaúcho.

A não ser que tenha um bom dinheiro nessa transação, fecha-la por conta de dois atletas sem mercado é de uma burrice patológica.

Escrito por José Joaquim

O Brasil ainda está nos primórdios do século XX. Estamos mais atrasados do que os antigos trens da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

O século XXI ainda falta chegar ao nosso território.

Estivemos há pouco em São Paulo e vimos algo inacreditável, com uma parte de sua população sendo vacinada contra a febre amarela, doença que foi erradicada nos países civilizados.

Por outro lado, em pleno 2016, aconteceu uma epidemia de dengue e zika, que só encontramos em países subdesenvolvidos como os do Continente Africano.

A África é aqui, sendo que esse continente foi massacrado por muitos anos pelos seus colonizadores europeus, enquanto o nosso país foi consumido por uma politicalha que se transformou em uma bandalha de lavadrazes.

O maior exemplo de uma falta de evolução, vem de algo que estamos estudando há muito tempo, o do legado de uma Copa do Mundo para o futebol que tínhamos esperança que acontecesse, mas dois anos e meio após, o que vemos é a mediocridade reinante nos gramados, com uma parcela das novas arenas transformando-se em elefantes brancos.

O que aconteceu com a Alemanha com a sua Copa de 2006 seria um modelo a ser utilizado por nosso país, mas a nossa Copa serviu para uma roubalheira direcionada para alguns políticos, e dirigentes desse esporte.

A Copa do Mundo de 2006 foi o maior exemplo de um bom legado, quando transformou o futebol alemão em um dos maiores do mundo, aproveitando-se da infraestrutura em arenas que impulsionou o mercado desse esporte.

No Brasil construíram esses palcos em estados que o futebol era incipiente, e deu no que deu.

O que aconteceu no Brasil?

Arenas superfaturadas, propinas distribuídas para alguns e nada para a recuperação do setor futebolístico, e o exemplo que estamos presenciando é uma realidade bem latente, com a decadência desse esporte.

O nosso país é sem duvida aquele que poderia dar certo, mas tudo que faz dá errado, inclusive no futebol.

Vivemos em uma hipocrisia acobertada por uma grande mídia, conivente que faz questão de fechar os olhos para uma realidade tão clara, à vista de todos, quando colocam por interesses comerciais ou mesmo pessoais as cabeças na terra, como avestruzes humanos.

Como iremos mudar o sistema quando o futebol que foi comandando por Ricardo Teixeira, fugitivo do FBI, José Maria Marin, preso nos EUA por conta das propinas recebidas, e com o atual sendo um ¨Fantasminha do Circo, que foi afastado por 90 dias pela FIFA? 

Se existisse o troféu ¨Óleo de Peroba¨, Marco Polo Del Nero seria o ganhador sem concorrência.

O futebol brasileiro foi tomado por um vírus, não da dengue, e sim da pilantragem e sobretudo da incompetência que tomou conta desse. 

Legado aqui é um proibido palavrão.

Escrito por José Joaquim

O Palmeiras tinha direito de receber R$ 18 milhões pelo título de vice-campeão do Brasileirão, mas só entrou nos seus cofres R$ 10 milhões por conta de penhoras da Justiça do Trabalho em diversas questões com atletas que deixaram o clube.

Como o alviverde de São Paulo são inúmeros os clubes brasileiros que vivem nessa situação. Quando analisamos os balanços que são publicados, um item chama a nossa atenção e que está relacionado aos custos trabalhistas.

Tal fato reflete muito bem a ausência de um bom planejamento para a temporada futebolística, em que tudo é feito de forma aleatória em um pedaço de papel que eles chamam de orçamento.

A preparação de um orçamento básico para servir de orientação não é procedido. São necessárias as contratações, e essas chegam aos montes, e na sua maioria sem analises, e de forma açodada.

Vinte e quatro treinadores foram demitidos ou deixaram os clubes no Brasileirão da temporada que foi encerrada, e isso reflete muito bem uma anormalidade no sistema gerencial.

Existe um enigma indecifrável e que está relacionado à vinda de jogadores para os clubes. São indicados por quem? Se levantaram o seu currículo, as suas ultimas atividades? Se analisaram quantas vezes estiveram contundidos e fora dos campos? A sua vida pessoal no extracampo? 

Para os técnicos, a necessidade maior está relacionada ao seu perfil, e se esse se encaixa no projeto do clube.

Quantas vezes um clube começa um estadual com um time, e verifica que os jogadores não deram resultados positivos. Manda embora. Um avião que sai lotado.

Os gastos foram bem elevados sem o devido retorno na relação custo/benefício.

Começa tudo de novo, novas contratações, no mesmo modelo e sistema. Empresários e fitas de vídeos.

Haja dinheiro.

Um clube organizado e bem planejado jamais teria um modelo como esse.

Muitos dirigentes de clubes são empresários, e não devem proceder assim em suas empresas, como fazem com esses, pois com contratações fora dos padrões, os lucros serão abalados e os seus bolsos sentirão.

O clube torna-se uma casa sem dono, e os prejuízos ficam por conta do destino. Nas empresas seguem manuais de contratações, que não se impressiona com DVDs  dos candidatos e sim a valorização do conjunto de seus atributos.

Na realidade tem que ser visualizado o profissional que se deseja contratar, não o empresário que o representa, ou então as possíveis tachinhas, que chamam hoje de pixulecos.

Os clubes são entidades publicas com milhões de consumidores, e merecem ser tratados como tal.

Não podemos mais aceitar que os seus recursos sejam jogados pela janela, por conta da ausência de um planejamento sério. Hoje não pensam em seus futuros, e o resultado final estamos vivenciando. 

Finalizamos com uma pergunta: Por que os responsáveis por tais contratações não pagam os prejuízos causados às suas agremiações?

Isso seria a cobrança da responsabilidade de como dirigir.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FALTA DE ASSUNTO

* O fim de temporada no futebol brasileiro provoca um grande vazio nas noticias.

Um assunto irrelevante e que tem preenchido os diversos noticiários, tanto nas rádios como nos jornais, é o da permanência de Grafite no Santa Cruz como se esse fosse o salvador da pátria.

Vamos e venhamos, nunca vimos uma perda de tempo tão grande.

Na realidade trata-se de um atleta bem perto de uma aposentadoria, que é justa, uma boa figura humana, mas nada tem a dar a um time da Série C Nacional, que necessita do coletivo e não do individual.  

O bom senso diz que o tricolor do Arruda deveria acertar a forma de pagamento do que deve ao atleta, que já deveria ter sido feita, e depois uma nota de agradecimento pelos serviços prestados.

Grafite vem de uma queda acentuada na sua condição técnica, e certamente numa competição difícil como essa terá dificuldades de acompanhar as necessidades do time.  

¨Grafite não renovou¨, ¨Grafite só renova caso receba o que o Santa Cruz lhe deve¨, e assim segue a ladainha.

Nunca vimos um amadorismo tão grande em nosso futebol.

De um lado um clube querendo renovar com um atleta como meio de postergar o pagamento dos débitos, e do outro um bom profissional que deveria pensar na aposentadoria, deixando o seu nome marcado na história do tricolor.

Pobre futebol de Pernambuco, que vive do nada, para o nada. 

NOTA 2- O FESTIVAL DE CONTRATAÇÕES

* O Náutico disparou nas contratações, os ônibus chegaram lotados.

Uma festa para os cartolas apresentando os novos contratados, e esses fazendo juras de amor.

A repetição da repetição.

Já foram vinte caras novas, quase dois times.

Enquanto isso, na rua das Moças, o Santa Cruz disparou e completou o número de 11 contratações, mas virão outras daqui para frente.

No tricolor os mesmos procedimentos de sempre. O presidente que adora uma entrevista coletiva, apresentou aos jornalistas o perfil dos contratados. 

Quantas emoções.

Em um mês os dois clubes trouxeram 31 profissionais, o que mostra apenas uma única e importante coisa, a pobreza dos seus trabalhos de formação.

Se esse trabalho existisse, certamente não estaríamos assistindo esse festival de verão, com nomes poucos conhecidos na musica futebolística nacional.

Daqui há três meses teremos uma nova leva para o Brasileiro o que é normal.

Ao lermos algumas palavras de um dos contratados pelo Santa Cruz ficamos emocionados. 

Foi algo tão antigo como Matusalém: ¨É uma honra vestir o manto sagrado do tricolor¨.

Centenas de outros atletas já repetiram essa pérola.

O futebol está virando uma peça de humor, e o mais grave é que não se renova.

NOTA 3- UM ERRO DA DIRETORIA DO SPORT

* A diretoria do Sport cometeu um grave erro, como o de escrever a palavra Xadrez com Ch.

O volante Patrick é vinculado a um clube do interior de São Paulo, o Monte Azul, que serve apenas para registrar profissionais da bola para serem negociados com outros clubes.

Esse rodou por vários clubes, inclusive um da Turquia, sem despertar nenhum interesse para a sua aquisição.

Estava no Goiás quando foi contratado pelo Sport, e na verdade fez uma boa temporada, apesar da mediocridade do time no Brasileirão.

O rubro-negro fez um contrato equivocado com o volante, ao não colocar uma cláusula de preferencia para a aquisição do seu passe, e com o valor estipulado.

Na realidade serviu apenas de barriga de aluguel, para no final parir um filho que não era seu. O empresário o levou.

Vasco e Fluminense estão brigando por esse jogador, e tudo indica que a equipe da Cruz de Malta irá levar vantagem.

O clube da Ilha do Retiro promoveu o atleta e no final ficou sem mel nem cabaça.

Uma mancada amadora.

NOTA 4- UMA AULA DO BOM JORNALISMO

* Trecho da coluna de Tostão na Folha de São Paulo.

¨Recebi um convite para um comercial de uma marca de TV ao lado de Tite, que já é garoto propaganda da empresa. Fiquei curioso para saber por que me escolheram, se Tite sabia, o que pensaria, qual o roteiro dos marqueteiros.

Recusei.

Já imaginaram um comentarista que elogia ou critica o técnico da seleção, aparecendo na TV, um milhão de vezes ao lado dele? Seria antiético e eu perderia a credibilidade. É ou não é!

A moça que me telefonou me perguntou seu eu tinha alguma coisa contra o Tite. Ela não atendeu. Pelo contrário, tenho admiração pelo técnico e por seu comportamento, apesar de seus sermões. Não vejo também nada errado em ele fazer propagandas comerciais, desde que não haja conflito com seu cargo¨.

Tostão é uma ave rara no meio do futebol.

NOTA 5- LOUCURAS INGLESAS

* O futebol inglês está sempre acima dos limites.

Os seus clubes contratam jogadores por milhões de libras, como estivesse comprando uma bola numa loja.

A última contratação e que será a primeira da janela de janeiro, foi a do zagueiro holandês Virgil Van Dijk, atleta do Southampton, que era pretendido pelo Manchester City, mas foi negociado com o Liverpool.

O valor da negociação foi de 70 milhões de libras, que corresponde a R$ 331,5 milhões.

Trata-se do zagueiro mais caro do mundo.

O jornal inglês The Telegraph afirmou que o seu salário seria de 180 mil libras por semana, cerca de R$ 800 mil.

Como o futebol brasileiro poderá competir com um futebol como esse?

O Liverpool não está entre os mais ricos da Premier League, mas tem condições de fechar uma transação como essa.

NOTA 5- O FINAL DO ANO DO VASCO DA GAMA

* Enquanto  o clube inglês Liverpool está fechando o ano adquirindo um zagueiro por R$ 331,5 milhões, o Vasco da Gama um dos grandes times brasileiros, está encerrando o mês de dezembro sem pagar a folha de novembro e o 13º salario dos seus jogadores.

Poucos atletas do clube tem direito de imagem, mas os que tem não o receberam.

Somente o de Nenê o valor do débito é de R$ 700 mil.

Numa crise politica, com a eleição sendo resolvida na Justiça o clube da Cruz de Malta não tem mais fontes de receitas para a quitação dos seus débitos.

Um final de ano trágico para um time que foi além dos seus limites e gastou muito mais o que tinha.

NOTA 6- GUARDIOLA X GUARDIOLA

* O técnico Pep Guardiola está promovendo a segunda revolução no futebol mundial.

A primeira foi no Barcelona, e a segunda vem sendo procedida pelo Manchester City.

O treinador catalão conseguiu formatar um time que hoje joga o melhor futebol do planeta.

Os números são impressionantes na temporada da Premier League, 19 vitórias, 18 seguidas e 1 empate, com 58 pontos conquistados, 15 a mais do que o segundo colocado, o Manchester United.

Em um jogo no Boxing Day fez mais uma vitima, o Newecastle, que foi derrotado pelo placar de 1x0, que poderia ser mais elástico, com gols perdidos, 3 bolas na trave, e uma posse de bola média de 78%, tendo chegando na primeira fase aos 90%.

O City finalizou 21 vezes contra 6 do adversário.

Vale a pena assistir um jogo desse time, que nos traz de volta aos bons tempos de futebol, com a troca de passes, toque de bola perfeito, e a maestria do meio campista da maior qualidade, Kevin Debruyne que toma conta do campo, e que será sem duvida, o maior jogador da próxima Copa do Mundo, e que poderá levar a seleção da Bélgica a disputar o título.

A luta agora será entre Guardiola x Guardiola, por conta do recorde de 19 vitórias seguidas do Bayern de Munique, comandado por esse, que está sendo perseguido pelo City também sob o seu comando.

Com mais duas vitorias o recorde será batido.

Ainda bem que temos Pep Guardiola.

Escrito por José Joaquim

Nada na vida é imutável.

Só a morte que ninguém consegue driblar.  

Tudo se transforma pela evolução.

Todos os nossos amigos visitantes sabem que somos defensores do sistema de pontos corridos, mas chegamos no momento de rediscuti-lo, e quem sabe buscar novas alternativas.

Nada mais lamentável do que aconteceu no Brasileirão da temporada de 2017, quando o Corinthians disparou na liderança do turno que lhe garantiu o título, mesmo claudicando na segunda fase.

A  competição tornou-se melancólica.

Quando analisamos o futebol de alguns países da Europa, mesmo com estádios lotados, as diferenças dos lideres no final da primeira fase para os demais times são pornográficas. Tiram as emoções das disputas.

Na Bundesliga, o time do Bayern de Munique fechou com 9 pontos de diferença para o 2º, Schalke, e 13 para o 3º Borussia Dortmund.

Enquanto isso, na Premier League, que comanda o campeonato mais famoso do mundo, a situação é quase obscena, com o Manchester City fechando o turno com 13 pontos à frente do 2º, o Manchester City, e de 16 para o 3º, Chelsea.

O PSG no campeonato francês também terminou o turno com uma boa diferença de 9 pontos para o 2º e 3º colocados, ambos com as mesmas pontuações.

Na Liga Espanhola o turno ainda não foi encerrado, mas já existe um provável campeão, o time do Barcelona, que tem 9 pontos à frente do Atlético de Madrid, de 11 para o 3º, e 14 para o rival Real Madrid, que tem um jogo a menos.

A única Liga que está com o campeonato equilibrado é a Italiana, com o Napoli, à frente distando apenas 1 ponto da Juventus, 5 do 3º, a Internazionale.

São exemplos reais do que acontece no sistema de pontos corridos, e que merecem uma boa reflexão, sobretudo no Brasil.

Na Europa existe uma cultura de ir ao jogo independente da situação dos seus clubes, mas no Brasil os estádios ociosos demonstram que o modelo não vem atendendo aos torcedores, quando observam que os seus times perderam as chances na briga pelo título.

Nos campeonatos europeus, a luta pela Liga dos Campeões e Liga Europa estimula, mas em nosso país com exceção dos rebaixados e de outros dois clubes, todos os demais se garantiram para as Copas Libertadores e Sul-Americana, ou seja a meritocracia foi deixada de lado.

Qualquer campanha por mais que seja medíocre teve um presente.

Não existe dogma no futebol, e não é pecado se discutir um modelo alternativo para o sistema, que poderia ter uma decisão entre os vencedores do turno e returno, com a vantagem daquele que teve a melhor pontuação, e reduzir as vagas nas competições continentais para dar uma maior rivalidade entre os disputantes.

Os pontos continuariam sendo corridos.

Além de expulsar os vendilhões do templo, o futebol deveria abrir um debate sobre o tema.

É de uma burrice patológica não permitir que isso aconteça.

Gostaríamos de ouvir a opinião de nossos visitantes.