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Escrito por José Joaquim

O efeito sanfona no futebol brasileiro é uma realidade autofágica e que foi acentuada à partir de 2006 com o Brasileirão com 20 clubes, e a média de permanência dos clubes emergentes nessa divisão é de apenas dois anos, ou seja vivem eternamente no sistema de sobe e desce.

O formato com mais jogos e menos equipes, e uma distribuição de receitas com uma alta crueldade para com esses, cujas estruturas financeiras não permitem que lutem por melhores condições com os chamados grandes clubes.

Hoje o time mediano mais longevo é Atlético-PR que irá completar seis anos, que é sem duvida uma raridade. A seguir vem o Sport com 5 anos. 

O Coritiba estava no seu sétimo campeonato seguido, foi rebaixado na atual temporada. Os demais clubes que tiveram o acesso vivem na eterna gangorra. Os seus torcedores em um ano comemoram, e no outro choram por mais uma queda.

Os números impressionam.

ACESSOS-

2006- Atlético-MG, Sport, América-RN e Náutico- O time potiguar foi degolado no ano seguinte (2007). Os pernambucanos duraram dois anos, ao caírem em 2009,

2007- Coritiba, Ipatinga, Portuguesa e Vitória. A Lusa e o time de Varginha saíram no ano seguinte (2008), o Coxa disputou dois campeonatos e foi rebaixado em 2009 (2 anos) o rubro-negro baiano caiu em 2010 (3 anos).

2008- Corinthians, Santo André, Avaí e Grêmio Barueri. O time do ABC paulista jogou um ano na Série A, foi rebaixado em 2009, o de Barueri durou 2 anos (caiu em 2010), enquanto o catarinense durou três anos, com uma queda em 2011.

2009- Vasco, Guarani, Ceará e Atlético-GO. O time de Campinas só participou um 1 ano na divisão maior. O cearense e o rubro-negro de Goiás disputaram por dois anos.

2010- Coritiba, Figueirense, Bahia e América-MG. A equipe mineira foi rebaixada no ano seguinte, o alvinegro catarinense durou por 2 anos, enquanto o tricolor baiano fez uma boa série de 4 anos. O Coxa durou 7 anos, e caiu em 2017.

2011- Portuguesa, Náutico, Ponte Preta e Sport. O rubro-negro foi rebaixado no ano seguinte, enquanto os outros 3 disputaram 2 campeonatos, caindo em 2013.

2012- Goiás, Criciúma, Atletico-PR e Vitória. O alviverde goiano permaneceu por 3 anos, quando foi rebaixado (2015), o catarinense e o baiano jogaram por dois anos. O Furacão completou 5 anos nessa temporada.

2013- Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense. O time de Chapecó, o rubro-negro da Ilha do Retiro completaram 4 anos e seguem para o quinto, enquanto o catarinense atuou por três anos (2016). 

2014- Joinville, Ponte Preta, Vasco e Avaí. Os dois times catarinenses foram degolados no ano seguinte, enquanto a Ponte manteve-se por 3 anos quando foi rebaixada (2017).

2015- Botafogo- Santa Cruz, Vitória e América-MG. O tricolor de Pernambuco e o Coelho de Minas Gerais jogaram apenas 1 vez, enquanto o Vitória irá completar na temporada de 2018, a sua terceira permanência na Série A.

2016- Atlético-GO, Avaí, Vasco e Bahia. O rubro-negro de Goiás e o time catarinense foram degolados no ano seguinte, e o tricolor baiano segue em 2018 para o seu segundo ano seguido.

Na realidade, os clubes grandes que são rebaixados voltam no ano seguinte, e os emergentes que tem o acesso tinham como referência o Coritiba com 7 anos, mas foi degolado, e agora o mais longevo é o Atlético-PR, o seu rival local.

O que existe é uma disparidade financeira indecente, entre os emergentes e aqueles considerados grandes.

O abismo a cada ano se acentua, com os recursos nas mãos de poucos, enquanto os demais se contentam com migalhas, e ingressam numa competição na certeza de que estarão no máximo por dois anos, e depois cedem os seus lugares a outros que sofreram quedas anteriores, e com os destinos traçados.

O importante para os que ascendem é o de investir corretamente e lutar pela permanência na divisão, visto que pensar em algo mais é um sonho que jamais será alcançado.

Esse é o mundo de um capitalismo perverso, onde o futebol tem a sua guarida.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A FEIRA DO TROCA-TROCA

* A feira do troca-troca faz parte da cultura brasileira.

Nessas não existem compras, somente as trocas.

O futebol brasileiro por falta de recursos nos caixas, se transformou em um comércio de trocas.

As negociações que estão sendo efetuadas, tem de tudo menos dinheiro.

A moeda de troca são os atletas.

Quem não está gostando são os agentes que não estão ganhando as suas comissões, a não ser que recebam algo em troca, como um carro, um computador, um celular dependendo da escala que o jogador esteja situado.

Jogadores veteranos estão em moda, não pelas idades, e sim pela ausência de um bom trabalho de formação, e custam mais em conta por estarem com seus direitos nas mãos.

Da maneira que o futebol brasileiro vem sendo encaminhado, iremos ter um campeonato de bengalas.

Até na contratação de um técnico o sistema está funcionando.

O Santos está contratando o técnico Jair Ventura que tem uma multa rescisória no seu contrato com o Botafogo, e a solução que está sendo encontrada é o da troca por jogadores.

Grotesco. 

O Corinthians com o dinheiro da venda de Jô que caiu do céu do Japão, ficou com um caixa para negociações, mas só está procurando o bom e o barato.

Existe uma oferta grandiosa de jogadores pelo Brasil afora, e muitos desses estão na Feira do Troca, para que posam ser trocados.

Trata-se de um contexto que sem duvida vislumbra o que será em 2018, cuja tendência é ser pior do que o anterior, e que está levando o nosso futebol para a quarta divisão mundial.

A troca mais importante seria a da substituição de Del Nero do comando do Circo, mas isso é muito difícil de acontecer por conta do sistema brasileiro, que não troca, mas acoita o que não presta.

NOTA 2- MESMO SUSPENSO DEL NERO COMANDA O CIRCO

* Uma boa fonte nos contou que Marco Polo Del Nero mesmo depois de afastado pela FIFA por 90 dias do cargo do Circo, continua mandando e desmandando em seu pedaço.

Continua por dentro de tudo que acontece no picadeiro da Casa da Barra da Tijuca, e todos os atos estão passando por esse, mesmo sem frequentar as suas dependências.

O seu intermediário é Rogerio Caboclo, fiel escudeiro de longos e longos anos, e que é o presidente ad-hoc.

Regularmente esse tem ido à casa do cartola afastado, para tratar dos assuntos da entidade.

O Coronel Nunes o presidente legal não manda em nada, sequer é ouvido e só tem a função de assinar os documentos que já chegam prontos e aprovados pelo cartola afastado.

Uma Rainha da Inglaterra tupiniquim.

Na realidade Del Nero vive um suspensão fictícia, dede que o seu poder continua firme e forte.

São coisas do futebol brasileiro e de sua bela cartolagem.

NOTA 3- O FUTEBOL PAULISTA E A TORCIDA ÚNICA

* Segundo o jornal Folha de São Paulo o veto á torcida visitante em clássicos no estado de São Paulo é algo irreversível para as autoridades estaduais e será mantido em 2018.

Trata-se da falência do futebol, desde que impedir uma torcida de ir ao jogo do seu time é uma derrota maior do que os 7x1 contra a Alemanha.

Os setores de segurança são os maiores derrotados.

O Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, usam números apurados antes e depois da mudança para justificar os jogos com apenas seguidores do clube mandante.

Levantamento feito pela Policia Militar aponta que houve redução no número de confrontos ao mesmo tempo que diminuiu o total de escoltas.

As autoridades compararam os dados de 19 jogos que foram realizados entre abril de 2015 a abril de 2016, e a redução das brigas foi grande.

Nos jogos após a implementação do veto a torcida visitante houve crescimento de público de 24%.

Existem controvérsias sobre isso.

Na verdade trata-se de uma medida que caracteriza a fraqueza do poder público que não consegue parar a atuação dos vândalos, e como única solução é a de fechar as portas para os torcedores.

Quem perde é o esporte, e esse fica cada vez mais pobre sem a rivalidade sadia dentro dos campos.

NOTA 4- QUATRO CLUBES DA ESPANHA NO TOP 10 DA UEFA

* No dia de ontem foi publicado pela UEFA o Ranking dos clubes no ano de 2017, com o Real Madrid como líder disparado.

NO TOP 10 a Espanha colocou 4 clubes, o que mostra a força do futebol desse país.

A entidade dirigente considerou as performances dos clubes nos seus últimos cinco anos, quando o time merengue nesse período conquistou por três vezes a Liga dos Campeões.

O TOP 10 ficou assim constituído:

1º- REAL MADRID- 148 mil pontos,

2º- BARCELONA- 126 mil,

3º- Bayern de Munique- 125 mil,

4º- Atlético-Madrid- 121 mil,

5º- Juventus- 120 mil,

6º-PSG- 109 mil,

7º- Sevilla- 108 mil,

8º- Manchester City- 97 mil,

9º- Porto- 85 mil e,

10º- Borussia Dortmund- 85 mil. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ÚLTIMO DOS MOICANOS

* O Atlético-PR foi o último dos moicanos entre os clubes medianos a ganhar o título de campeão brasileiro da divisão principal. 

O fato aconteceu no dia 23 de dezembro de 2001, antes do inicio da era dos pontos corridos que começou em 2003.

Depois disso o direito à conquista do troféu passou para os poucos ungidos do futebol nacional.

Nas 15 disputas posteriores, os títulos ficaram com os seguintes estados:

SÃO PAULO- 9,

MINAS GERAIS-3 e,

RIO DE JANEIR0-3.

As diferenças econômicas moldaram o sistema.

O rubro-negro paranaense decidiu o título com outro mediano na época e que desapareceu praticamente do sistema, o São Caetano, em dois jogos.

No jogo de ida em Curitiba, o resultado foi de 4x2 para o dono da casa, e o da volta no Anacleto Campanela, o Atlético também ganhou por 1x0.

Uma decisão entre dois clubes que não estavam na relação daqueles da chamada elite de nosso futebol.

Para assegurar a conquista, o clube paranaense jogou 31 partidas, com 19 vitórias, 6 empates e 6 derrotas.

Marcou 68 gols e sofreu 45.

Sem duvida esse irá ficar gravado na história do futebol nacional, como o último dos moicanos, desde que pelo andar da carruagem jamais um time do seu porte irá alcançar tal objetivo.

NOTA 2- O BARCELONA FICOU MAIS EFICIÊNTE APÓS A SAIDA DE NEYMAR

* A melhor analise sobre a vitória do Barcelona no jogo contra o Real Madrid no último sábado foi sem duvida a do jornal  ¨MARCA¨ que por sinal é madrilenho.

Segundo o periódico, a saída de Neymar e a lesão de Dembelé forçou o Barcelona a se reinventar no Bernabéu, e ficou claro a mudança do estilo.

Pela primeira vez em muito tempo Madrid teve mais posse de bola durante 45 minutos.

O Barça decidiu esperar, reagrupar suas linhas, fechar espaços e aguardar suas oportunidades.

Ele não queria uma viagem de ida e volta, e rejeitou a se expor nas transições do Madrid, defendeu um controle do futebol quando tinha espaços para sair no contra-ataque.

O resultado é claro, uma equipe mais encopada, solvente sem a bola, e mais direta que o habitual.

No final vimos que a saída de Neymar não foi uma noticia tão ruim.

Na verdade tal analise reflete uma realidade que sempre discutimos, a de que Neymar mesmo sendo bom jogador tem um ego que pesa demais no grupo, se sente isso no PSG, e a leveza do Barcelona é um exemplo de que sem o jogador brasileiro o time está solto, e o modo de jogar de Paulinho que chegou sob desconfiança, e Messi voltando ao seu bom futebol, estão levando o torcedor catalão à esquecê-lo.

NOTA 3- O ESTORIL E O EFEITO FIFAGATE

* O Estoril é um clube que disputa a divisão maior de Portugal.

É o que abriga maior número de brasileiros, com 12 atletas em seu time.

Desde 2000 pertence a Traffic de J.Hawilla, que conseguiu tira-lo da Segunda Divisão, para a Primeira, inclusive com uma boa quarta colocação na temporada de 2013/2014, que levou-o à Liga da Europa.

Nesse período negociou vários jogadores tanto para Portugal, como para o resto da Europa.

A situação começou a se complicar após o escândalo do FIFAGATE, que tem J.Hawilla como o seu principal personagem.

Dai em diante o Estoril já cambaleou na temporada de 2016/2017, e na atual está na zona do rebaixamento, com apenas 3 vitórias em 17 jogos.

Os recursos que chegavam com facilidade por conta dos diversos contratos dos direitos de transmissão das Copas Continentais e a do Brasil desapareceram, e quem vai pagar sem duvida é o time português que estava feliz sem saber quem o sustentava era um bom pilantra.

São coisas do futebol.

NOTA 4- O ABRIGO PROVISÓRIO DE MARIN

* O ex-presidente do Circo do Futebol Brasileiro deixou o conforto do Trump Tower, um dos prédios mais luxuosos de Nova York, e foi se abrigar no Metropolitan Detention Center, em Brooklin, também em Nova York, e deverá se adaptar as normas federais para detentos provisórios, na espera da pena para ser transferido para outro local.

Todos os presos são acordados as 6h da manhã, quando o café é servido. O almoço é entregue às 11h, e o jantar às 15h.

Durante a estadia os presos terão que usar uniformes, e não podem utilizar qualquer outra roupa que não seja a emitida pelo governo. Tem o direito de comprar mais peças mas nos padrões determinados.

Marin será limitado no recebimento de cartas, livros e jornais que podem ser armazenados em seu espaço.

Na cadeia poderá desfrutar de uma sala com televisão e de uma biblioteca de onde pode tirar livros emprestados.

Para lutar contra o tédio, o sistema fornece programas de alfabetização em inglês e espanhol, e ainda aulas de artesanato, serviços psicológicos, e atividades religiosas.

Apenas dez pessoas podem se credenciar para visitas, e mediante solicitação previa. Serão quatro horas por mês.  

Quem vivia de uma forma milionária, é algo que irá impactar, e Marin certamente irá sentir que o crime não compensa, e a Justiça norte-americana é para todos, ricos e pobres, e não tem ninguém para dar um jeitinho como no Brasil.

NOTA 5- ACREDITE SE QUISER

 

* Foram gastos R$ 9 bilhões na construção de novas arenas. As previsões de que esses novos palcos iriam obrigar a reformas nos antigos estádios e isso iria aumentar a participação das bilheterias nas receitas dos clubes.

Acredite se quiser, nos vários estudos que foram realizados pelo consultor Amir Somoggi sobre as finanças dos grandes clubes com base em 2016, essa fonte de renda só representou 7% nas suas receitas.

No mesmo patamar de 2003.

Houve uma estagnação nesse item, motivada pela ausência  de um bom gerenciamento nos clubes de futebol, que se encantaram com os direitos de transmissão dos seus jogos, e deixaram de lado uma fonte tão importante.

Escrito por José Joaquim

As mídias sociais sem nenhuma duvida representam a verdadeira democracia, mas são muitas vezes utilizadas de forma medíocre, para agressões ou piadas de mal gosto.

O tal do ¨Selfie¨, Istagram, e outros,  formam uma das maiores constatações que a sociedade brasileira a cada dia que se passa, está abraçando a mediocridade.

A divulgação super exagerada do auto-retrato em situações muitas vezes não convencionais, mostra o desprezo do ser humano com si próprio, ao expor as suas intimidades.

Na verdade não estamos sabendo aproveitar o que existe de bom nessas ferramentas, que é o entrelaçamento e a troca de ideias que formam opiniões.

Por outro lado nada mais pequeno nesse pais do que a maioria dos programas esportivos na televisão.

Anteriormente esses estavam apenas na TV aberta, mas hoje o vírus contaminou também a fechada, que contemplava programas de bom nível.

O humorismo tomou conta.

As piadas, os gracejos, são os principais personagens, enquanto o debate sério fica de lado, e quem ganha com isso são os cartolas que estão matando o esporte e que não encontram contestações da parte dos formadores de opinião.

Um bom exemplo que temos sobre o assunto, está ligado a prisão de Jose Maria Marin, que foi pouco debatida, e que embute algo por demais importante, ou seja os tentáculos que poderiam chegar na cartolagem brasileira por conta dos diversos contratos pelos direitos de transmissão.

Deixaram passar ao largo.

O modelo adotado para atrair espectadores é colocar um mediador, ou mediadora, mesmo sem a experiência no ramo, e juntar-se com pelo menos um ¨humorista¨, e o programa está feito.

Passam meia hora falando do nada para o nada, e quem sofre são aqueles que tem a paciência de ouvi-los.

Obvio que não queremos velório, mas o momento do nosso futebol exige mais seriedade nos programas, que poderiam servir como palcos de debates produtivos, sérios, esclarecedores sobre os temas abordados.

Programas como o Cartão Verde deixaram saudades (embora esse ainda exista), e para aqueles que acompanham os esportes tem que se contentar com o humor esportivo, tratando de coisas sérias com piadas sem conteúdo.

Futebol faz parte da indústria de entretenimento, é coisa séria que demanda vultosos recursos e por conta disso merece ser tratado de outra forma, com um debate mais analítico, na busca dos fatos que ocasionaram a sua debacle.

Não adianta falar da vitória do Barcelona para o Real Madrid, e sim mostrar o modelo do futebol espanhol, seus públicos e bons jogos, e fundamentalmente que o time catalão ganhou dinheiro com a negociação de Neymar, e que hoje não fz a menor falta, desde que o time aprendeu a jogar sem a posse da bola e de forma coletiva.

Não necessitamos nem queremos vários velórios, mas de programas que ajudem o entendimento do que se passa nos esportes.

O humor sempre é bem recebido quando feito por especialistas e não por profissionais de outras áreas, embora esse também já esteja sentindo a chegada da mediocridade, com a perda dos gigantes que os traziam para as telinhas.

Na verdade o jornalismo esportivo perdeu a independência, ao obedecer um roteiro desenhado pelos seus editores, esses pelos seus diretores.

As vagas de empregos no setor cada vez estão menores, e por isso para assegura-los o vale tudo pela audiência acontece, mesmo que seja desvirtuando-o.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Desde 2010, primeiro ano de implantação desse blog, enviamos uma mensagem de Natal aos nossos visitantes, e não poderíamos deixar passar essa oportunidade para repetir o gesto.

Estamos terminando 2017 com cerca de 300 mil acessos, o que para um site que não tem uma grande divulgação, a não ser aquelas dos amigos que o visitam é algo para se comemorar.

Os comentários sempre de excelente qualidade ultrapassaram a casa dos três mil, o que nos dão a certeza de que estamos no caminho certo, muito embora o desânimo as vezes bate em nossa mente, por conta de uma sociedade alienada que permite com a sua passividade tudo que acontece em nosso país, em especial nos esportes, sem um sentimento de revolta.

No Brasil, como comemorar o Natal à beira de um precipício? Um ano de péssimas noticias, uma roubalheira sem fim, não pode e não deve ser transformado em uma noite de muita felicidade, como desejam os vendedores de sonhos.

O presidente Temer deu um belo presente de Natal  aos corruptos, ao mudar o sistema do indulto do Natal, para proteger os bandidos, que se apropriaram do dinheiro do povo brasileiro.

Uma vergonha.

Da maneira que estamos seguindo, não temos nenhuma duvida de que o dia de amanhã será  a continuação desse processo nefasto que estamos vivendo, e que nos tira as esperanças de algo melhor com esse tipo de gente que tem o poder em suas mãos.

Estamos chegando ao final de mais um ano, e hoje se comemora a véspera do nascimento de Cristo numa manjedoura, cujo presépio de Belém perto de onde o Menino Jesus nasceu, explodem as bombas, a violência entre dois povos, que mostra bem o destino reservado para a humanidade, que ainda conta com um irresponsável Donald Trump para atear mais fogo.

A manjedoura e o seu berço de palha em que foi colocado o novo Rei, filho de Deus, serviu como uma representação simbólica para o mundo. O Natal seria uma reverência a tudo que esse personagem representou em sua trajetória de uma vida curta, quando plantou uma semente através dos 12 apóstolos, que foram os primeiros marqueteiros do mundo.

O Natal é para comemorar esse nascimento, mas criaram um Papai Noel nórdico, com roupas quentes para a nossa região, que se tornou a figura central graças a um mercantilismo desenfreado, que serve apenas para atender ao mercado, desde que em um dado momento um comerciante esperto criou a ideia de que a data era para a troca de presentes.

Temos uma visão bem diferente a respeito dessa data.

Gostaríamos que essa festa fosse perene e não sazonal como alguns clubes de futebol. A bondade das pessoas não deveria ter um prazo limitado a uma semana e sim aos 365 dias do ano. Talvez o mundo ficasse bem melhor, e sem os corruptos que tomaram conta desse, em especial no Brasil.

Pela oitava vez vamos repetir aquilo que desejamos para o futebol brasileiro, e mais uma vez iremos aguardar se algo irá acontecer, muito embora estejamos perdendo as esperanças achando que o Papai Noel já foi cooptado pelos cartolas através de seus pixulecos.

Caro Papai Noel, ajude-nos a tirar essa bandalha que tomou conta de nosso futebol, um desses já está preso nos Estados Unidos, desde que se estivesse no Brasil estaria muito feliz comemorando essa data com o dinheiro roubado do esporte.

Apelamos por mudanças radicais, com uma varredura geral em todos os seus segmentos, para que o futebol possa ser dirigido por pessoas sérias e dignas, que conseguiram escapar do vírus da corrupção que o abraçou.

De qualquer maneira vale a pena comemorarmos essa data, desde que é um fio de esperança para uma reflexão da sociedade, que teve Jesus morrendo na cruz para salva-la, e como troco vem recebendo guerras, insanidades, roubalheiras entre outras coisas.

Agradecemos a todos que nos acompanham, e desejamos um Feliz Natal, extensivo a todos os seus familiares, e que não desistam de lutar por dias melhores nos esportes, participando dos seus debates, pois necessitamos de bons formadores de opinião, independentes, para que possamos modificar a estrutura carcomida que se apoderou de um esporte tão importante para o povo brasileiro.