NOTA 1- TECNICAMENTE FALIDO
* Os números que foram apresentados pelo Santa Cruz através do seu vice-presidente administrativo e financeiro, demonstraram a realidade do clube que se fosse uma empresa estaria tecnicamente falida.
O passivo representa 10 vezes mais que as receitas previstas.
São débitos impagáveis.
Não sabemos quais as rubricas que estão alocados tais valores, ou seja, a que representa o Longo Prazo e o Curto Prazo.
R$ 115 milhões à pagar assusta, quando a receita em 2017, na Série B foi de apenas R$ 15 milhões, e obvio que será reduzida na próxima temporada com a perda de R$ 6 milhões dos direitos de transmissão.
Só um milagre poderá salvar o Santa Cruz, desde que a realidade é totalmente negativa.
Passou de todos os limites financeiros.
Gastou muito mais do que a sua capacidade de pagamento.
Contar com patrocinadores e da ajuda de torcedores é irreal.
É um modelo que não traz resultados positivos.
O tricolor do Arruda chegou ao fundo do poço, e a sua nova diretoria terá que tirar leite de pedra.
O clube deveria implantar uma diretoria de gestão da divida, para que pudesse tentar uma composição com os credores, inclusive os processos que correm na Justiça do Trabalho.
No tocante aos débitos fiscais, poderia haver uma recomposição, inclusive com o retorno ao Profut, que seria um grande alivio.
Se tiver uma receita de R$ 15 milhões por ano, pelo menos R$ 7,5 milhões deveria ser para a quitação dos débitos, e aí é que entra a mágica dos dirigentes, de como irá sobreviver a uma Série C que dá prejuízo, e cumprir com os compromissos assumidos.
Na realidade o Santa Cruz é a cara de um clube que há anos vinha mostrando sérios problemas, que eram empurrados pela barriga.
Trata-se de um momento em que o binômio receita x despesas será o ponto principal para a vida do clube.
O mais grave é que o tricolor não tem nenhum talento da base para negociação, que reduziria a agonia que está presente no Arruda.
Na realidade a vida a ser vívida pelo Santa Cruz em 2018, é a de transformar os tostões em milhões.
Dirigir um clube em tal situação é sinônimo de noites sem dormir, e de um estresse massacrante.
NOTA 2- A ECONOMIA E A LEI BOSMAN MUDARAM O RUMO DO FUTEBOL
* Ao conversarmos no dia de ontem com o jornalista Claudemir Gomes, comentarista da Rádio Clube, quando esse analisando uma nossa postagem sobre a virada gigantesca da Europa com relação ao nosso Continente, nos lembrou que no período de 1960 a 1995, as seleções do Brasil (na época ainda era do país, hoje é do Circo), e da Argentina ganharam cinco Copas do Mundo (1962-BR, 1970-BR, 1978- ARG, 1986-ARG e 1994-BR), e as da Europa quatro (1966-ING, 1974-AL, 1982-IT, e 1990-AL).
De 1995 a 2014, as europeias conquistaram 4 Copas (1998, 2006, 2010 e 2014), e a Sul-América apenas uma, com o Circo em 2002.
Na realidade essa inversão de conquistas teve dois motivos:
O primeiro foi a recuperação da economia do Velho Continente que tinha ficado abalada por conta da Guerra Mundial, e com a queda do comunismo tomou outras proporções que veio consolidar-se com a implantação da Comunidade Europeia.
Foi o grande salto.
O segundo motivo foi por conta da Lei Bosman de 1996, que tornou-se a responsável pelo domínio absoluto do Velho Continente, quando aproveitou o crescimento do setor econômico com a abertura para a contratação de atletas estrangeiros sem limite.
Até 1995 os clubes europeus só poderiam ter quatro estrangeiros.
Após a Lei isso ficou ilimitado.
Jean-Marc Bosman foi o protagonista das mudanças.
O mercado sul-americano começou a ser explorado, levando todos os talentos que despontavam.
Nada irá mudar, e a cada dia que se passa o abismo se aprofunda, e sem nenhuma perspectiva para que possa acontecer uma reversão.
Só resta uma coisa para o nosso Continente, o de chorar sobre o leite derramado.
NOTA 3- VAIADO NO BRASIL E CRAQUE NA EUROPA
* Casemiro é um exemplo de uma volta por cima.
Hoje titular do Real Madrid, é peça fundamental no elenco, e também titular da seleção do Circo do Futebol Brasileiro, jogando bem.
Voltamos o relógio do tempo quando presenciamos algumas vezes no Morumbi esse jogador ser massacrado.
Quando era publicado pelo som e no painel do estádio a relação do time do São Paulo, as vaias eram estrondosas.
Em um jogo que estávamos presentes, a perseguição era tão grande que o treinador teve que substitui-lo.
Foi emprestado ao Real, e contratado em definitivo em 2013 por 6 milhões de euros, preço de banana.
Foi jogar no time B do clube merengue.
Na temporada de 2015/2016 foi emprestado ao Porto de Portugal onde saiu-se muito bem, voltando para o clube espanhol.
Com a presença de Zidane como técnico ganhou a titularidade, tornou-se uma peça imprescindível para a forma que o time joga.
Na verdade enquanto a torcida do São Paulo o massacrava, os observadores do time madrilenho detectavam que tinha qualidade e acertaram em cheio.
Valorizou-se e tornou-se um bom jogador.
São coisas da vida e do futebol.
NOTA 4- ENGOLIDOS PELA COBRA QUE CRIARAM
* O Flamengo é um exemplo do criador de cobras que termina sendo engolido pelas criaturas.
A selvageria que aconteceu no jogo pela final da Sul-Americana, e que foi mostrada pela Globo no domingo, obrigou a diretoria do time da Gávea a tomar uma posição sobre o assunto.
A cobra criada era muito bem alimentada pelos dirigentes do rubro-negro, de maneira tal que tinham direito ao programa sócio torcedor, além de outras inúmeras benesses.
Na última segunda-feira a diretoria do clube em uma Nota Oficial, comunicou que estava encerrando esse plano coorporativo.
Além disso o Flamengo afirmou que não jogaria mais no Maracanã por falta de garantias, e que poderia sair do Rio de Janeiro e atuar em outras praças.
Vamos a realidade dos fatos.
Estão fechando as portas depois de serem assaltados.
Essas torcidas organizadas serviam como uma tropa de choque dos cartolas. Sempre foram seus eleitores. Frequentavam o CT do clube, faziam reuniões com jogadores para cobranças, e tudo sobre o olhar bondoso dos dirigentes.
Agora no desespero por conta da possibilidade de ser punido pela Conmebol, a diretoria vem com uma pirotecnia festiva com relação ao tema.
São tantas as cobras que foram criadas, que tornou-se impossível de combate-las.
Nada disso teria acontecido se houvesse a biometria nos campos de jogos, e as vendas dos ingressos pela internet exclusivamente, com todos numerados, como manda o Estatuto do Torcedor.
A cartolagem gosta da anarquia.
NOTA 5- MARIN NAS MÃOS DOS JURADOS
* O julgamento de Jose Maria Marin chegou na sua fase final, com a participação dos jurados que estarão discutindo se esse é inocente ou culpado, a fim de chegarem a um veredicto.
Caso o brasileiro seja condenado, o fato irá repercutir na situação de Del Nero perante a FIFA, desde que seu Conselho de Ética irá ter uma documentação farta para bani-lo do futebol.
Os analistas norte-americanos cravaram que o júri irá considerar a culpabilidade de Marin, e que a sua pena será alta, no mínimo de 25 anos.
Agora é só esperar, desde que as decisões dos jurados demandam um certo tempo.
NOTA 6- PREÇOS MÉDIOS DOS INGRESSOS
* Algo que não tínhamos detectado com relação ao Brasileirão, e que nos chamou a atenção pois tínhamos uma visão diferente no tocante aos preços médios dos ingressos dessa competição no período de 2012 a 2017.
Após o funcionamento das arenas houve um crescimento nos valores nos anos de 2014, 2015 e 2016, e com uma queda em 2017, que teve o menor preço desde o ano de 2013.
As médias foram as seguinte:
2012- R$ 24,05,
2013- R$ 30,90,
2014- R$ 34,79,
2015- R$ 37,03,
2016- R$ 35,41 e,
2017- R$ 34,41
A queda grande que aconteceu na temporada que acabou de ser encerrada, ficou por conta das promoções com preços baixos.
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