blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Diversos clubes brasileiros fecharam as suas portas em definitivo. Alguns continuam marchando contra a história, vagando como zumbis, sem futuro pela frente.
A demanda no futebol dita as regras, e quando um clube a perde, certamente compra a passagem para o inferno. Sem torcedores, sem receitas aos poucos vão sumindo, e desaparecem com a primeira ventania. Muitos foram prejudicados por gestões desastradas que os tornaram irrecuperáveis.
No dia de ontem tomamos conhecimento que 45% da área de 110 mil metros quadrados que pertencem a Portuguesa na região do Canindé, cidade de São Paulo, vão a leilão no dia 7 de novembro para quitar impostos e dividas trabalhistas.
A Lusa é sem dúvida um produto de péssimas gestões que foram acumulando erros no decorrer do tempo, que levaram-na da Série A para a Série C, e com a probabilidade alta da Série D, já que depende de terceiros para não ser degolada.
O  clube tem um passado rico e faz parte da história do futebol nacional, mas os seus dirigentes não entenderam as mudanças efetuadas no setor, e em especial no mundo que tornou-se plano e com opções das mais diversas.
Quantas empresas fecharam no país nos últimos tempos por falta de uma boa gestão? Não acompanharam as inovações oferecidas pelo mundo, as novas tendências, e o futebol não fica isento de tais fatos, desde que é um produto comercializado e tem que ser bem gerenciado para a obtenção do sucesso.
Os atuais dirigentes da Portuguesa tentaram implantar um projeto imobiliário, reduzindo a capacidade do estádio, mas não conseguiram investidores. Na realidade a situação foi deteriorando e o Canindé que era grande em anos anteriores quando o clube tinha 100 mil sócios, e milhares de torcedores apaixonados, tornou-se pequeno e ocioso nos jogos realizados.
Sabemos que leilões desse tipo muitas vezes são sustados através de um acordo, mas na verdade mesmo se isso acontecer, o clube não terá sobrevivência, e marchará ou para o seu fim, ou então tornar-se um time disputando competições menores e sem expressão.
A situação da Lusa serve como exemplo para clubes que estão traçando o seu destino de forma equivocada, com gestões sem a menor qualidade, e sem um futuro para vislumbrar.
Brevemente iremos assistir o fim de mais um grande clube brasileiro, vitima da insanidade de seus gestores.
LAMENTÁVEL.

 

Escrito por José Joaquim

A contratação de Givanildo Oliveira pelo Náutico foi positiva. Um excelente profissional que certamente não irá fazer milagres, mas rezará com todos os alvirrubros para que a Nossa Senhora dos Aflitos possa mudar o rumo do clube.
A situação do time da Rosa e Silva é difícil, mas conta ainda com 12% de chances para o acesso, e para que tal fato aconteça, deverá conquistar pelo menos 32 pontos dos 45 a serem disputados, uma missão quase impossível, desde que teria que partir dos atuais 45% de aproveitamento para 71%.
Pelos números atuais o quarto colocado do G4 final deverá ter 63 pontos, de acordo com a classificação do CRB que ocupa essa posição. Existem chances de que haja uma redução.
As cinco últimas rodadas nos mostraram um novo campeonato. Os quatro primeiros na 19ª rodada, pela ordem Vasco, Ceará, CRB e Atlético-GO, não evoluíram, aproveitaram pouco dos 15 pontos disputados, permitindo que clubes que estavam mais distantes se aproximassem, em especial o Bahia (13º) que saltou para a 7ª posição. O time da Cruz de Malta tinha uma distância de 9 pontos para o Brasil de Pelotas, e na tabela atual essa é apenas de 2. O Ceará saiu do G4, quando ocupava o 2º lugar para o 5º. Uma queda e tanto.
A classificação dos cinco jogos foi a seguinte: 1º- Bahia com 12 pontos, 2º- Brasil de Pelotas- 9, 3º- Londrina- 9, 4º- Atlético-GO- 7, mesma pontuação do Luverdense (7), 6º- CRB- 5, 7º Criciúma- 5, 8º-Náutico- 4, 9º- Ceará- 3 e 10º-Vasco da Gama-2 pontos. As gorduras foram sendo queimadas, e a competição tomou um novo formato, quebrando uma linha que vinha sendo firmada, e apresentando uma nova tendência.
Para que os analistas possam entender a nova realidade, a diferença do 1º (Vasco), para o 7º (Londrina), na 19ª rodada era de 11 pontos. No momento essa é de apenas cinco (Bahia). São detalhes que servem para as simulações finais.
Pelo andar da carruagem, e com os números apresentados, Vasco, Atlético de Goiás e Bahia são os mais prováveis para ascender à Série A de 2017, A quarta vaga será disputada pelo CRB (50%), Brasil de Pelotas (48%), Londrina (40%) e mais distante o Ceará com 35%.
Enquanto existe vida a esperança continua acesa, que é o caso do Náutico, que tem a obrigação de ganhar pelo menos 10 jogos e empatar 2 dos 15 restantes a serem disputados, além disso, torcer pela queda de pelo menos 4 clubes que estão à sua frente. O seu primeiro confronto é com o tricolor da Boa Terra que vem de quatro vitórias e uma derrota nos seus últimos jogos. Uma pedreira.  
Na verdade o clube alvirrubro tinha tudo para estar entre os quatro classificados no grupo do acesso, mas faltou um planejamento adequado e somando muitos erros no caminho percorrido.
A única esperança é rezar para a Nossa Senhora dos Aflitos.
Escrito por José Joaquim

Os dois jogos pelo Brasileirão que foram realizados nesse final de semana, tendo Fluminense e Botafogo como mandantes, receberam 10.353 pagantes, o que mostra de forma bem clara a ausência de público na atual competição, que está sendo salva pelo Palmeiras, Corinthians e Flamengo.
O Brasil era considerado o país do futebol, mas na verdade a ausência de um planejamento, de um calendário racional, e de uma entidade séria, com dirigentes de visão, o torcedor perdeu o estímulo e vem trocando esse esporte por outras atividades. Em dois jogos da Seleção Brasileira de Voleibol Masculino, que foram realizados nos estádios de Curitiba e Brasilia, tivemos um pouco mais de 80 mil pagantes, com ingressos de valores acima dos cobrados no Brasileirão.
A média de público da Série A de 2016 é de 14.402 pagantes por jogo. O número de torcedores nas 220 partidas realizados totalizou 3.168.474, e certamente com as 16 rodadas que restam, dificilmente irá ser alcançada a média de 17.051 pagantes do ano de 2015.
Para que se tenha uma ideia e como efeito comparação, o total do público do Campeonato Alemão, em 306 jogos na temporada de 2015/2016 foi de 13.208.450 pagantes, com uma média de 43.306 por jogo, 4 vezes maior do que a atual do Brasil. A população da Alemanha é de 90,8 milhões de habitantes e a do Brasil é de 206 milhões. Uma disparidade total.
Somando-se as quatro Séries Nacionais que estão com seus campeonatos, A, B, C e D, essas totalizaram em 860 jogos 4.992.317 pagantes. A Segunda Divisão tem uma média de 4.338 pagantes por jogo, a Terceira com 2.867 e a Quarta com 1.400. São números inexpressivos se comparados com os dos maiores centros do futebol mundial.
Não somos o país do futebol. Disso temos a certeza, desde que os números são irrefutáveis, e com o agravante nada se faz para a modificação do sistema, em especial com a implantação de um calendário racional, que possa evitar que uma equipe como o Grêmio participe de 7 partidas em 21 dias no mês de setembro. É algo destruidor.
Horários inconvenientes, overdose de jogos entrelaçados com outras competições, o mando da televisão, são os fatores básicos para a decadência de um esporte que foi importante para o país e que hoje atravessa uma das suas piores crises, com o agravante nada se faz para mudar o sistema.
O brasileiro acostumou-se a viver com o que não presta, e quando se tenta modificar alguns desavisados ou oportunistas vão às ruas protestar, esquecendo da corrupção que tomou conta do Brasil nos últimos anos.
O país do futebol é uma piada.
Escrito por José Joaquim

No dia de ontem assistimos partes de alguns programas esportivos. Não conseguimos contempla-los na sua totalidade por conta do esvaziamento dos seus conteúdos. O mundo desse jornalismo é totalmente diferente de uma realidade em que vivemos.
O trabalho do jornalismo esportivo no Brasil faz parte da sua estrutura geral que está totalmente fissurada, e bem perto de romper. Não são discutidos os temas mais importantes, a razão de nossa decadência, pelo contrário o esporte na maioria dos casos é tratado de forma alienada e humorística.
O jornalismo perdeu a sua essência , quando a procura pela noticia foi deixada de lado, dando lugar a uma reprodução fixa de fontes, sem a busca pelo furo, que dá o lugar a audiência. O seu ponto principal é a apuração e isso não mais existe. O jornalista não sai mais da redação, e tem a internet como a sua maior fonte.
O futebol é um dos esportes brasileiros que vem definhando há muito tempo, e os seus segmentos deixam passar despercebido o fato. Um único jogo da seleção já transformou o treinador Tite como um novo Guardiola. Aqueles antes apaixonados por Scolari, já o adotaram. 
Nos apequenamos nos diversos setores relacionados aos esportes e em especial o futebol. Todos nós que o estudamos com afinco sabemos que os nossos problemas estão relacionados aos conceitos de gestão, que hoje na maioria das entidades estão ultrapassados. Ninguém observa, e preferem promover fatos isolados do que uma análise do contexto geral.
Não há, nem haverá melhora nesse esporte se não acontecer uma renovação em sua gestão. A modernização é necessária, para que possa atender a uma nova demanda totalmente insatisfeita na busca de novos produtos. Vivemos das glórias do passado e deixamos de lado o essencial que é o desejo do futuro.
O mais importante para os esportes em geral é o investimento nos recursos humanos, captando profissionais qualificados, para que as fissuras sejam costuradas, e novos caminhos pavimentados.
Uma entidade com boa gestão, com pessoas que pensem tem tudo para dar certo, em um país onde os esportes fazem parte de sua população. O jornalismo  serve como formador de opinião, alimenta o debate, mas infelizmente o está alimentando de forma equivocada, sem discutir que o nosso maior problema é na realidade a ausência de gestores competentes e sobretudo sérios.
Hoje Neymar dançando na concentração da seleção é noticia, enquanto os estádios estão vazios e o fato passa ao largo. Ou mudamos, ou iremos morrer de inanição. O futebol não pode fazer parte de programas humorísticos, e sim de debates sérios e produtivos.
É preciso renovar o modus operandi, inclusive no setor jornalístico. Humor é bom, mas em programas do gênero, não aqueles dedicados aos esportes.
Escrito por José Joaquim

A desorganização do futebol brasileiro é cristalina. Embora tenha terminado a 22ª rodada de sua principal competição, somente agora fechou o turno inicial com a realização dos dois jogos que tinham sido remanejados.
Tal fato mostra de forma clara que além da decadência técnica que é apresentada nos gramados, a ausência de público, a organização realizada pelo Circo Brasileiro do Futebol (CBF) é bizarra. Se houvesse a venda de ingressos antecipados como na Europa, o que diriam os compradores?
Por outro a principal competição nacional está sendo marcada pelos erros das arbitragens, ou as suas lambanças que são corrigidas, criando polêmicas discutidas em maior intensidade do que a movimentação das partidas. Os protagonistas são os apitadores e os jogadores meros figurantes.
No encerramento do turno em plena continuidade do returno, nos dois jogos realizados os árbitros deixaram as suas digitais.  No sábado, Rodrigo Raposo validou o gol de empate do Figueirense no seu confronto contra o Fluminense, quando tinha acontecido uma falta visível no goleiro tricolor Diego Cavalieri. Foi salvo pelo olho eletrônico que avisou ao auxiliar, sendo repassado para o apitador. Confusão em especial no final da partida. 
No dia de ontem a segunda lambança. O árbitro Wagner Reway validou um gol do Botafogo no seu jogo contra o Grêmio, com o acante do alvinegro carioca impedido. Como sempre reclamações. Ofuscou o belo gol de bicicleta de Camilo, meia do time carioca.
Felizmente nos dois jogos os erros foram sanados, mas deixaram bem claro que a arbitragem brasileira há anos vem descendo a ladeira, assumindo a responsabilidade de muitos resultados modificados e alterando a tabela de classificação.
Na verdade uma coisa chama outra. Os jogos são de baixa qualidade, e isso reflete no nível dos apitadores brasileiros, que acompanham a decadência do nosso futebol. Seria impossível o contrário.
Os problemas não se resumem apenas na Série A. Nas demais temos os mesmos problemas que não são destacados por falta de visibilidade. No último sábado, o paraense Dewson Freitas teve mais destaque na transmissão da partida entre Vasco vs Bahia do que os jogadores, embora não tenha influenciado no marcador. A sua arbitragem não agradou nem aos gregos nem aos troianos.
Aliás esse árbitro é um dos que mais atuam em nosso país. Tem um padrinho poderoso que é o Coronel Nunes, vice-presidente do Circo, o substituto de Del Nero quando de sua suspensão pela FIFA, que irá brevemente acontecer. Tem o QI,de quem indicou.
O roteiro que vem sendo seguido é bem interessante com uma combinação perfeita. Jogos ruins, jogadores fracos e arbitragem de nível duvidoso. O resultado final é de 7x1.
ESSE É O FUTEBOL BRASILEIRO.